O amigo das frias manhãs de Colégio
Militar leu o texto em que ressaltei o trabalho de Autuori e saiu-se com um
“não sei... não sei...” cheio de dúvidas. Após o jogo contra o Vitória,
encontro no hall do edifício doutor atleticano de fé, que me aponta o bisturi e
ataca com sua certeza: “Hoje o Autuori fez tudo errado”. E eu o que faço,
defendo meu pensamento, ou entrego a rapadura?
Lembro aos amigos que, preparando a
possível defesa, deixei escondido num canto da escritura um salva-vidas
poderoso. Disse eu, “o time com elenco minúsculo e em desfazimento está no G4”.
O empate deixou isto mais do que claro. O elenco que só perde jogadores –
Ewandro, Anderson Lopes, Barrientos, só para lembrar os recém desaparecidos –,
tem no banco uma piazada inexperiente, com as responsabilidades de substituir
Nikão, Walter e Pablo.
Se a partida estivesse dois a zero
Furacão, tudo bem. Com o empate, as substituições desorganizaram a equipe, deram
moral ao time baiano, que só não venceu pela intervenção dos santos e santas da
terra. Como disse o doutor de bisturi em riste, Autuori foi mal, não poderia
ter trocado todo o trio de armação rubro-negro. Nikão e Pablo poderiam ter
permanecido. O rei leão pode explicar as mudanças pela necessidade de descanso
dos atletas para o jogo contra a Chape. Explica, mas não justifica.
O Atlético anuncia a contratação do
lateral-direito Rafael Galhardo, uma das poucas posições do elenco com sobra de
atletas. Há muito tempo sinto a necessidade de reformulação completa no departamento
de futebol rubro-negro. É só um sentimento, sem emoção, a emoção ficou pelo
caminho.
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