sexta-feira, 31 de outubro de 2014

QUE MAL TEM

Diz o seu Claudinei sobre o jogo de domingo contra o Galo: “Eu prefiro que venha completo, por que se ganharmos sem desfalques, o resultado não será contestado. Sempre prefiro jogar com o adversário na melhor situação possível para ver o que evoluímos”. Menos Claudinei.
Eu espero que o Galo venha bem desfalcado, que tenhamos uma boa vitória e nos aproximemos o mais rápido possível dos 46 pontos. Eu gosto de jogo fácil, gosto que o meu time seja mais forte, ganhe com propriedade, some três pontos, pouco me importa que alguém conteste o resultado.
O problema é que o Galo desfalcado é um belo time, os mineiros sabem contratar, Cruzeiro e Atlético tem elencos fortes, troca aqui, troca ali, a força continua a mesma. Claudinei corre o risco de enfrentar uma galinha bombada, ter mau resultado e ficar contestado. Acho que o Atlético tem condições de vencer galo e galinha. Eu prefiro a galinha.
A máquina de contratações do Cruzeiro já está em funcionamento. A raposa colocou o olho em Douglas Coutinho. É assim que ela afia os dentes. Fica de olho nas revelações da série B, nos aproveitáveis dos caídos da série A, nas promessas ainda não carimbadas como o nosso Coutinho. Tudo isso em outubro, nada de esperar o fim do ano. Dá certo.
Diz o empresário de Coutinho: “Sei que o torcedor quer que ele fique e jogue, mas ele não está nem como titular”. Amigos, temos um Pelé no banco e não sabíamos. Por que será que eu não gosto de empresário? Dizem que a multa rescisória de Coutinho está em vinte milhões. Se o Atlético de Madrid pagar, poder ir. Pagando bem, que mal tem.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

PARA ONDE FORAM OS PARDAIS

Do ótimo jogo em que o Flamengo venceu o Galo por dois a zero fica uma pergunta? Levir Culpi vai economizar seus jogadores na partida contra o Atlético visando ter sua força máxima para a segunda partida no Mineirão. Esperemos que sim. E uma certeza. Vanderlei Luxemburgo quando está disposto a trabalhar é o melhor treinador do Brasil, devia ter o nome grafado com W e Y.
A colocação do teto retrátil entrou novamente na pauta negativa, agora o tal guindaste é muito curto, os espanhóis veem dificuldades para que a instalação esteja concluída a tempo do espetáculo já programado para dezembro. Ontem, quando especulei sobre o reatar de relações entre imprensa e Atlético, assim, com um pingo de crítica, o amigo em seu comentário pediu para que eu deixasse o Petraglia trabalhar. Realmente, o que não falta é trabalho. Que o Petraglia tenha toda a saúde do mundo e esqueça os chatos como eu.
Por falar em apoios, basta eu jogar uma mamona seca na administração Petraglia e marinheiro velho coloca as fragatas na água e sai em seu socorro. Outro dia descobri que o homem que canta o Cisne Branco toda manhã é coxa-branca doente, está com os cabelos em pé, sonhando com Arapiraca todas as noites. Fiquei sabendo também que é parente muito próximo do seu Petrus. Gosto dessa defesa familiar. Bonito isso.
Essas diferenças clubísticas são coisas da antiga Água Verde, em que os meninos torciam pelo Furacão, pelo Coxa e deixavam o dono do armazém da esquina doido, achando que todos devíamos torcer pelo Leão da Vila Guaíra, o finado Água Verde. Bons tempos em que eu assistia treino embaixo dos pinheiros da velha Baixada, mandando setrada de mamona nos pardais. Por falar nisso, para onde foram os pardais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FURE A BOLA

Há tempos conversava com amigo rubro-negro sobre o embate entre o Atlético e as emissoras de rádio. Meu pensamento sempre foi de que ruim com a mídia, pior sem ela. Sei muito bem o que é ganhar uma guerra e perder a batalha da imprensa. Todos os sacrifícios feitos viram pó, um teclado qualquer pisa na tua vitória. É o Brasil varonil. Aqui, bandido com boa mídia vale mais que herói morto.
Mas deixemos de lado os ressentimentos de um velho. Leio que o Atlético fez um jantar de reconciliação com os radialistas da terra. O texto era pouco, não trazia maiores detalhes. Ressentido, indicava apenas que o pessoal da latinha foi abanando o rabo para o rega-bofes, fumar o cachimbo da paz.
O desentendimento foi longe demais e só podia acabar como acabou. A experiência da Rádio CAP ficou nos anais da história, o retorno esperado não aconteceu, as entrevistas da TV CAP mínguam no site oficial, construímos uma Arena sofrendo ataques de todos os lados, uma mídia ruim que não facilitou em nada, aliás, só prejudicou.
O Atlético às vezes é assim, arruma brigas justas, mas inúteis, desgastantes para a imagem do clube. Falta de alguém que consiga assessorar com sabedoria, com consciência da realidade, pesando prós e contras, indicando o caminho menos abrasivo, onde se perca algum e se ganhe muito, e, principalmente, tenha o poder de ser ouvido. No futebolês clássico, alguém que acalme o jogo, alguém que na hora da pressão extrema... fure a bola.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

O VENTO DA BARBÁRIE

Atlético e Coritiba foram salvos da perda de mando de campo pelos malfeitos das duas torcidas no último Atletiba, o que seria desastroso para ambas as equipes. Definitivamente, o clássico tornou-se um espetáculo para torcida única.
Não dá mais para arriscar. É impossível que todo o esforço de diretorias seja colocado em risco por delinquentes que se mobilizam para criar problemas, sabendo que esses problemas poderão trazer consequências graves para seus clubes. Impossível ter boa fé, acreditar que esses fatos não mais acontecerão.
Imagine o amigo se o Coritiba, no bico do corvo, perde quatro mandos de campo nessa reta final do Brasileiro. Mesmo que sua torcida saísse em massa para acompanhar o time do seu Virso, nunca teria a mesma força exercida no Couto Pereira. Era adeus tia Chica.
Imagine o atleticano depois de passar o ano peregrinando pelo Brasil, agora que conseguiu voltar para casa, ter que retornar à estrada, ao desconforto dos ônibus, dos estádios acanhados, na importante hora da decisão. O dano causado sobre as já minguadas associações.
No Brasil varonil, o mal está disseminado, vencendo em todas as frentes. No Brasil favela, entre a polícia e o traficante, o povo está ficando com o traficante. Os idiotas estão à solta, obrigando às cercas elétricas, às farpas dos arames, ao inacreditável afastamento dos campos de futebol. Eu que vi Atletibas com o treme-treme dividido afirmo a vocês: era lindo demais. Ficou no tempo, foi levado pelo vento, o vento da barbárie.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A COXARADA TODA

Há duas rodadas atrás tínhamos nove jogos pela frente, cinco fora, quatro em casa, estávamos perigosamente próximos da zona do rebaixamento, olhando com receio para Criciúma e Fluminense além Baixada. Terminada a viagem, vencemos na toca do Tigre, perdemos no último minuto no Maraca, estamos a seis pontos do número mágico que nos afastará da degola, quatro partidas em casa, três fora. Melhorou muito.
Qual a nossa sequência de jogos? Vejamos: Galo (C), Bota (F), Sport (C), Santos (C), Bahia (F), Goiás (C) e Palmeiras (F). Espiando a tabela, vemos o Galo ainda vivo perseguindo a Raposa, Santos e Goiás precisando de um empurrãozinho para fechar o ano, Botafogo, Sport, Bahia e Palmeiras em dificuldades.
Não é o pior dos mundos, principalmente quando vemos que o Atlético arrumou o time, estamos fazendo boas partidas, tivéssemos mais qualidade nas finalizações contra o Flu e poderíamos ter saído do Rio com resultado excelente.
Tudo leva a crer que o jogo contra o Galo será de arrepiar. Claudinei terá uma semana cheia para acertar a pontaria da turma, ajustar a defesa com a saída de Cleberson, evitar a chuva de cruzamentos que nos maltrata, encontrar um jeito de cozinhar o galináceo. Um pouco de capricho, trabalho duro, e teremos uma grande vitória.
Revendo a relação de jogos, enxergo um reforço importante para nossa fanática torcida. Por certo o amigo também já viu. Não viu? Então tenho o prazer de lhe dizer: a coxarada toda. 

domingo, 26 de outubro de 2014

PITANGAS AO SOL

A derrota impossível sofrida pelo Atlético merece uma análise pontual para a melhoria efetiva do modo de jogar do Furacão, que foi bem no Rio, fez boa partida e perdeu para time melhor qualificado individualmente e com entrosamento superior. Convenhamos, o jogo era dificílimo.
Vamos devagar. A postura defensiva com as duas linhas de quatro muito recuadas, permite o avanço dos laterais adversários e um número de cruzamentos com liberdade para matar, olhar e cruzar demasiadamente grande, redundando em inúmeras chances de gol. Já com o Criciúma foi assim, repetiu-se contra o Flu. O setor de Sueliton é o mais vulnerável.
A finalização do Atlético está péssima. Marcelo perdeu uns três gols feitos, Willian Rocha se assustou com a bola em cruzamento de Natanael, Bady quis tirar o zagueiro para dançar na hora de matar, Marcos Guilherme mandou boa chance para fora. Quando gols são perdidos, pode-se elogiar a criação. O que faltava funcionar, funcionou.
Os dois gols do Flu foram consequência de enormes desatenções. Dois jogadores sem qualquer marcação dentro da área. Aos 46, depois do empate aos 45, é para colocar a defesa toda de joelho no milho.
Marcos Guilherme foi, finalmente, jogador vertical, produtivo, colocou Dellatorre e Marcelo na cara do gol, finalizou, fez boa partida. Caiu de produção no segundo tempo. Cansaço, necessidade de marcar Bruno, Marcelo bloqueando sua passagem pelo lado podem ser as causas. A grande lição: o banco ensina.
Posso estar enganado, mas acho Dellatorre a cabeça mais viva do ataque do Atlético. Se ele conseguir dar liga com alguém, vai ter chuva de gols. O amigo não se anime, eu me engano muito. Uma coisa é certa, as derrotas ensinam. Então, que assim seja, que os frutos dessa derrota impossível brotem como pitangas ao sol.

Em tempo: Hoje vou votar no Aécio.

sábado, 25 de outubro de 2014

QUEIMAR O MIOLO

Amigos, hoje pegamos um osso duro de roer. O Flu resolveu jogar no ataque, parou de oscilar, venceu o Figueirense no Rio, o Santos na Vila, e vem com Fred e Bruno para tentar a terceira vitória. É jogo de arrepiar.
Assisti a vitória do tricolor sobre o Santos. No primeiro tempo, o Peixe foi um Atlético em Criciúma, defendeu-se e contra-atacou, teve boa chance e perdeu. Sofreu com o avanço dos laterais do Flu, com a pressão pela esquerda com Sobis, Conca e Chiquinho, com a virada de jogo para Jean livre na direita, com os muitos chutes de fora, com as paradas de Conca.
Na segunda fase, o treinador santista movimentou Rildo da esquerda para a direita e bloqueou Chiquinho no campo de defesa, fugiu da espera atrás da linha do meio de campo. Funcionou, o jogo ficou parelho e se encaminhava para o empate quando aos 45, Wagner achou Chiquinho livre na esquerda, veio o cruzamento e o volante Edson marcou. Fim de pelada. Venceu quem optou pelo ataque.
Contra o Furacão, voltam Bruno na lateral-direita e Fred no ataque. Com isso Jean vai para o meio e o time fica ainda mais ofensivo. Ataca com os laterais, com Jean somando pela direita, com Wagner e Conca na armação, Walter flutuando, se isso é possível, e Fred fixo para finalizar. Mantém como segurança os dois zagueiros e Edson.
Claudinei tem duas alternativas. Se enfurnar na defesa, repetir Criciúma, ou marcar alto, tentar bloquear os laterais, dificultar a saída de bola e usar a velocidade dos atacantes sobre o zagueiro Guilherme Mattis, a brecha na defesa tricolor. O Flu é time arrumado, experiente, ofensivo. O Atlético vai ter que jogar muito se quiser os três pontos. Um belo teste para o Claudinei. Vai ter que queimar o miolo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

É ASSIM QUE FUNCIONA

Cléo não joga contra o Fluminense. Quem será seu substituto? Se depender da entrevista pós-jogo do seu Claudinei, Marcos Guilherme já está escalado. Claudinei falou pelo menos umas oito vezes o nome do jogador, voltou a reclamar da vaia que o obrigou a substituir Marquinhos no intervalo da partida contra o Figueirense.
A vaia que atingiu o homem Marcos Guilherme era justa, embora devesse ser dirigida a todos os treinadores que o escalaram sem qualquer rendimento. E não foram poucos. Sem saída, vendo o time ir para o brejo, a torcida lançou seu grito, foi atendida, Dellatorre entrou e foi o que se viu. Quando o comando não funciona, a tropa perece, o zumzum na trincheira força a mudança.
Marcos Guilherme é jogador em desenvolvimento com evidentes aspectos a melhorar, tem que ser assim encarado, desnecessária a paparicação que lhe é devotada. MG é jogador como Natanael, que precisa ter mais cuidado com o bote, mais eficiência no cruzamento, precisão no lance decisivo frente ao goleiro.
Como Hernani que precisa melhorar o desarme, entrou no jogo e em cinco minutos fez duas faltas duras, a batida da falta, tem que ser mais regular e preciso, ser explorado como um jogador com visão de jogo, boa saída de bola, para marcar o Atlético tem outros muito melhores.
São jogadores de pouca experiência, tem que ganhá-la pouco a pouco, a formação tem que orientar, burilar, como aconteceu com Marcelo, com Cleberson, com Deivid que hoje nos ajudam muito. A pararicação não ajuda em nada, são homens feitos, tem que ser exigidos, cobrados, já passou da fase do “já tomou seu leitinho filhinho”. Chega de frescura Claudinei. No mundo de Marlboro é assim que funciona.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MUITO MELHOR

De vez em quando ficamos conhecendo alguns termos novos no futebol. O Claudinei, por exemplo, gosta de um tal “propor o jogo”. Na partida de ontem descobrimos que existe a proposta de jogo positiva e a negativa. O Atlético optou pela segunda, defendeu-se o tempo todo e venceu.
Foram noventa minutos atrás da linha do meio de campo, três contra-ataques, um gol salvador. Para quem gosta de resultados, de números, como eu, nada a reclamar. Três pontos na conta, uma finalização e um contra-ataque de Marcos Guilherme em 30 minutos, muito mais do que fez o ano todo. É isso aí piá. Dava para parar por aqui.
Vou me estender um pouco mais. O amigo sabe que sou um prolixo. A vitória do Atlético foi um castigo para o Tigre. Teve quase 70% de posse de bola, mais de dez cruzamentos da direita no primeiro tempo, mais de dez pela esquerda no segundo. Trocou de lado, chutou de fora, fez chover na área rubro-negra, foi colocando atacantes no jogo e não conseguiu marcar. Fez o que tinha que fazer e não teve sucesso.
O que me intriga na atuação rubro-negra? A ausência do contra-ataque que matou o Flamengo no domingo. E por quê? Simplesmente por que não conseguimos desarmar. As jogadas do Criciúma invariavelmente acabaram dentro da área do Atlético, as situações de perigo sempre presentes. Andamos para tomar o gol logo aos dois do primeiro.
Alguém vai dizer que esta é a proposta de jogo do Furacão para partidas fora de casa. Eu não gosto. Jogar com as duas linhas quase dentro da grande área noventa minutos é um convite a tomar gol. Jogar com os três atacantes que o Atlético tem, sem conseguir contra-atacar com maior frequência é liberar volantes e laterais adversários para o ataque. Ontem deu certo e eu estou louco de feliz. Estou resmungando por que sou chato mesmo, acho que pode ser muito melhor.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

BOLA ROLANDO

Vamos falar de bola, vamos falar de Criciúma. Amigos, dei uma espiada em Fluminense 4, Tigre 2 e acho que temos chances de sair com três pontos do Heriberto Hülse. O meu entusiasmo tem uma única razão, o Atlético é mais organizado que o Criciúma.
O primeiro tempo do jogo no Rio de Janeiro foi uma confusão geral. O Tigre joga com três volantes, defende num 442 com o retorno de Lucca pela esquerda, ataca num 433. Faz o que todo mundo faz, só que a movimentação é tão desbaratada que consegue afetar o desempenho do adversário. O Flu se perdeu em campo, não conseguiu se organizar.
Além da confusão que lhe é benéfica, o Criciúma tem em Giovanni um bom lateral-esquerdo, com chegada fácil no ataque, e um ótimo batedor de faltas, Lucca, jogador do Cruzeiro que coloca a bola onde quer. Deu duas assistências cobrando falta e escanteio na vitória de 3 a 0 contra o Santos, outra contra o Flu em escanteio, e fez o segundo gol entrando pelo meio da zaga. Lucca é decisivo, é o cara.
Além do Lucca das paradas e o avanço de Giovanni, a bola longa para Souza – lembra do velho Souza? – é outro dos poucos expedientes ofensivos com alguma eficiência. O time perdeu dois volantes e um zagueiro contra o Flu. Quem entra é um mistério. Cleber Santana e Paulo Baier estão na lista, idosos nossos conhecidos. Vamos ver.
A diretoria colocou os ingressos a vinte reais, a toca vai estar em ebulição. Penso que se o Atlético conseguir repetir domingo, colocar a bola no chão, trocar passes, fazer um gol, torna a missão mamão com açúcar. O amigo não se anime, previsão em futebol é como pesquisa do IBOPE, ela dá um rumo, o que vai a acontecer, só com bola rolando.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

SÓ FALTA VOCÊ

Entro no site Furacão.com e me deparo com pesquisa sobre o preço de ingressos. No momento em que acessei, 8996 atleticanos tinham manifestado suas opiniões, 5400 optando pelo valor entre 50 e 60 reais, o mais baixo apresentado pela janela de votação.
Analisando a pesquisa sem muita preocupação com detalhamentos, vamos admitir que 9000 atleticanos tivessem interesse em comprar ingressos. Um belo número. Vamos supor que fixemos o valor do ingresso em 70 reais e 5000 desses rubro-negros resolvam assistir aos últimos 4 jogos do ano, Galo, Sport, Santos e Goiás, um cardápio e tanto.
Noves fora zero seriam um milhão e quatrocentos mil reais na conta do Furacão em novembro, sem contar o grito de toda essa gente empurrando o time para a vitória. Por que novembro? Porque os quatro jogos em Curitiba são em novembro.
Aí o amigo surpreso vai dizer: “então melhor eu me associar, vou pagar 150 pratas ao invés de 280, vou economizar 130”. Claro como gol de Dellatorre. Surge no seu ombro esquerdo aquele diabinho verde e branco, que empata sua vida, e cochicha: “mas vai pagar 300 em dezembro e janeiro que não tem jogos” e você volta às contas.
É irmão, cada um sabe onde o sapato aperta. A decisão é sua. Penso que o Atlético poderia fazer uma promoção, você se associa agora e só volta a pagar em fevereiro. Poderia também chegar aos 70 reais pelo ingresso, considerar esse final de ano um aperitivo para a associação, trazer o torcedor ao campo com a família, convencê-lo que o smart na mão é a melhor solução para o seu orçamento. Vinte e quatro mil atleticanos já chegaram a essa conclusão. Só falta você.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Tá mais feliz irmão rubro-negro? Trinta e sete pontos, um salto de quatro posições na tabela, tem que estar. Respire fundo irmão, para usar uma expressão de Vanderlei Luxemburgo, saímos da “zona da confusão”. O nosso querido Urubu, freguês de caderno de longa data nos ajudou muito.
Agora é fácil dizer, mas quando o Fla marcou aos sete minutos, vi a viola em cacos. O amigo sabe que assisti a Flamengo e Cruzeiro e fiquei bem impressionado com a força da defesa carioca. Imaginei jogo duríssimo, o Urubu sorrateiro defendendo e nos matando no contra-ataque.
A virada que eu pensava difícil veio ainda no primeiro tempo. Marcelo pela esquerda enfiou bola para Dellatorre, o artilheiro do gol bonito cortou o zagueiro, bateu, Chicão salvou sobre a linha, Cléo encostou para a rede. Marcelo entrou na área feito bala, o xará do papa-léguas deu-lhe um trambolhão, pênalti. Cléo bateu, 45 minutos, Furacão na frente. Vamos falar de números, Cléo fez dois, Marcelo disse presente nos dois.
O segundo tempo foi inteiro do Furacão. Uma superioridade tão absoluta que aos doze minutos Luxemburgo trocou três de uma vez, sem qualquer resposta positiva. Ficou claro que o Atlético só sofreria o empate por um descuido ou azar tremendo. Nem um, nem outro. O Urubu estava completamente dominado, foi escaldado, depenado e frito sem piedade.
Em campo molhado, chuva os 90 minutos, fora o gol sofrido em cobrança de lateral, o Atlético foi coletivamente muito eficiente, o desarme funcionou e no mínimo quatro boas chances de gol foram perdidas no segundo tempo. A torcida gritou “o Furacão voltou” e é verdade. O time envelheceu, ganhou experiência, hoje só temos Natanael de menino, ganhou rapidez, passou a marcar com proximidade, o torcedor adorou.
Eu enxerguei uns três destaques, mas não vou nem dizer, vou exaltar o coletivo, finalmente o bom futebol. O torcedor que queria time já consegue ver luz no fim do túnel. Antes tarde do que nunca.

domingo, 19 de outubro de 2014

VAMOS PRECISAR DE VOCÊ

E aí irmão? Foi lá se associar? Garantiu sua entrada baratinha para o jogão de hoje? Ótimo irmão, não vai se arrepender. E o torcedor do Urubu, gastou as economias do mês para ver seu amor depenado sem dó nem piedade? Depois de ver o primeiro tempo de Flamengo 3, Cruzeiro 0, fiquei certo de que depenar a ave agourenta é tarefa para Furacão e meio. Por quê?
Luxemburgo montou um Flamengo defensivo, sem avançar os laterais, com três volantes que marcam com muita proximidade, se não der na bola, dá no corpo, é um atropelamento atrás do outro. Éverton volta pela esquerda para fechar o lado, faz a mesma função exercida no Atlético 2013, é a válvula de escape, a puxada de contra-ataque do Mengão.
A marcação forte rende os desarmes que alimentam o ataque com Eduardo Silva e o substituto de Alecsandro, Nixon ou Gabriel. Foi assim contra o Cruzeiro. Egídio exagerou na saída de bola, perdeu, Márcio Araújo tomou, serviu Alecsandro, cruzamento, gol contra de Dedé. Lançamento longo, Manoel e Fabio bobearam, Canteros se aproveitou da indecisão, 2 a 0. O terceiro saiu só para confirmar. O desarme combinado com as falhas defensivas da Raposa deram a vitória ao Mengão.
É jogo para ser vertical, rápido, segurar pouco a bola, acertar passes, o cruzamento alto é boa alternativa. Bady tem que jogar um toque, Marcelo usar todo o ataque, se estacionar na esquerda vai virar saco de pancada de Anderson Pico. O Fla joga por uma bola, com série de placares mínimos saiu da ZR e está na nossa frente. Bom que você se associou irmão, hoje vamos precisar de você.

sábado, 18 de outubro de 2014

GALINHA PINTADINHA

O presidente Petraglia obteve duas vitórias nesta semana. A primeira, o retorno de parte dos recursos investidos na compra de El Morro do Nacional do Uruguai na gestão Malucelli. Outra, o reinício da colocação do teto-retrátil na Arena magnífica, completando o projeto inicial e dando condições para a realização de eventos que podem capitalizar ainda mais o Furacão.
O amigo rubro-negro pode não gostar do presidente, deve ter um milhão de motivos para isso, relativos ao futebol principalmente. Entretanto, não se pode negar a luta de Petraglia para o atingimento de seus objetivos, pouco a pouco todos eles vão se tornando realidade.
Seguindo esse raciocínio, podemos ter a esperança de que um dia o Furacão tenha o time que todos desejamos, e certamente Petraglia também, que venha a nos tirar das eternas angústias, disputar títulos, ser o tal CAP Gigante prometido. É esperar para ver.
O presidente que ultrapassa barreiras não consegue comover o atleticano à associação. Pelo jeito empacamos, ou andamos a passo de cágado rumo ao espaço sócio Furacão. De certa forma deixamos de fazer a nossa parte. Assim, damos chance para o presidente justificar a falta de investimentos na equipe, ficamos sem direito à cobrança.
É a eterna dúvida do que apareceu primeiro, o ovo ou a galinha? É o time forte, as conquistas, que levam à associação, ou a associação espontânea, consciente que levará ao CAP Gigante? Na dúvida, melhor perguntar à galinha pintadinha.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

FAZ MAL AO CORAÇÃO

Tenho minhas cadeiras lá no alto da pirambeira da Getúlio. Domingo, quando terminei escalada, estava com um calor tremendo e fiquei com calor o jogo todo. Eram seis e meia da tarde, o dia estava quente, achei a Arena um forno. Não sei se no campo a sensação térmica era a mesma, se os jogadores também sentiram o calor de velho que eu senti.
Com o verão chegando, as temperaturas subindo, os jogos a partir das quatro horas podem trazer um desgaste maior aos atletas, o pessoal da preparação física tem que ficar de olho. O bom é que estamos em Curitiba, um dia faz trinta, outro sete, com possibilidade de neve. É só acertar com o homem da frente fria para que tenhamos um dia de jogo mais ameno.
O ingresso mais barato para o jogo contra o Urubu foi fixado em 150 reais. Quem vai pagar? A torcida do Flamengo sem dúvida. O atleticano vai custar para por a mão no bolso. O valor é um baita solavanco naqueles que ainda não encontraram o caminho do espaço sócio Furacão, olham para o tênis meio caindo aos pedaços do filhote e param na Coronel Dulcídio.
Com os preços estabelecidos, a associação é o melhor caminho para aquele assíduo aos jogos do Furacão. O time parece que vai pegar no breu, aquela sensação de “vou lá só para me incomodar” pode estar chegando ao fim. Na verdade, irmão rubro-negro, o teu velho amor está precisando de você mais do que nunca. Vá lá, se associe, pegue o smart mais barato, você e eu sabemos muito bem, fugir do amor faz mal ao coração.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ELE ACABA TE MORDENDO

Nas durezas da segunda divisão, presenciei no Himalaia, aquela arquibancada de dar medo do Ecoestádio, a torcida pegar no pé de um rapaz que estava de camisa verde, obrigá-lo a tirar a peça, prova cabal do atraso civilizatório de alguns de nossos companheiros de estrada.  Acho isso inconcebível.
Agora foi com idoso, salvo pelo Weverton que lhe emprestou uma camisa de treino. Até quando vamos conviver com essa ignorância, com essa gente que se julga no direito de legislar sobre cor de camisa, impedir que um sócio possa assistir ao jogo vestido como bem desejar. Nem por brincadeira. Um absurdo.
A torcida do Atlético não pode ser vítima dessa tralha que vai a campo para fazer bobagem, criar problemas para torcedor já com idade, manchar a história do clube.
De que adianta avançar materialmente se mentalmente continuamos nas cavernas. Pior, não era assim. Esses cavernícolas apareceram nos últimos anos, brotaram de algum lixo alimentado pela impunidade, pela péssima educação, pelo direito a tudo que termina por agredir o direito do outro.
Weverton fez o seu papel. Como representante do clube salvou o torcedor. Parabéns Weverton. A instituição Atlético deveria usar seus seguranças para afastar os agressores da Arena, tirar deles a carteira de sócio. Estou exagerando? Nem um pouco. É assim que começa. Hoje é com o idoso, amanhã é com a mocinha, depois com a criança. Pilantra é pilantra. Se você deixa ele se criar, ele acaba te mordendo. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

INTELIGÊNCIA E CORAGEM PARA MUDAR

O amigo vai me permitir um particular com Marcos Guilherme. Três minutos. Melhor, um minuto e trinta. No máximo.
Prezado Marquinhos. Você viu o jogo do Brasil? Estou certo que sim. Então deve ter visto o primeiro tempo do Oscar, correndo para cá, para lá, virando o jogo, tentando marcar, percebeu que nosso armador nada fez de produtivo, a não ser dar precisos passes de cinco metros. O que aconteceu? Foi substituído por Philippe Coutinho.
O que mudou com a entrada da joia do Vasco? Com quatro minutos uma assistência para Neymar, Brasil 2 a 0, a partir daí boas puxadas de contra-ataque, chute a gol raspando a trave, chute a gol com rebote do goleiro, outro gol de Neymar. O que vai acontecer? Oscar dura alguns jogos como titular, se não mostrar serviço perde a posição. É assim que funciona.
Ouço que você se aborreceu com a substituição. Ótimo, ninguém quer sair, mas tenha certeza, a mudança foi justa, entre Philippe Coutinho e Oscar, você é muito mais Oscar há meses. O que tem de bom em tudo isso? Você é jovem, tem tempo e fundamentos para mudar, transformar-se em jogador objetivo, vertical, bom de números.
Assista a jogos, estude os craques da posição, veja como fugir da marcação, como se posicionar de forma a ter alguma liberdade, entenda a movimentação de seus companheiros, ache um jeito de colocá-los na frente do gol. Estudar é preciso.
Lembre que Paulo Baier saiu do Atlético por não ganhar nada, e ele assistia, marcava gol, batia falta, escanteio, com 40 anos de idade. Mudar é preciso. Não tenha dúvida, um dia você vai achar que a vaia e a substituição em meio ao jogo foram as melhores coisas que aconteceram em sua vida. Claro, se você tiver inteligência e coragem para mudar.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

CASA CHEIA

O ótimo resultado e o afastamento de Hernani por desconforto do jogo contra o Figueirense indicam o time a jogar contra o Flamengo. Vamos lá: Weverton; Sueliton, Gustavo, Cleberson e Natanael; Deivid e Hernani; Bady; Marcelo, Cléo e Dellatorre.
Claudinei tem toda a semana para orientar a melhor maneira de depenar o Urubu. O único resultado possível é a vitória. Então, casa cheia. Para casa cheia ingresso de acordo com o valor do espetáculo, da sua tradição, da sua importância. O não sócio vai ter que pagar o que o jogo vale. Ou não? Poderemos ter um valor menor para atrair o torcedor?
Em uma das últimas filas enfrentadas no Espaço Sócio Furacão, fiquei de ouvidos ligados, descobri que um dos problemas para a associação é a inexistência de jogos em dezembro e janeiro. É claro, você paga dois meses sem usufruir. Confesso que nunca pensei nisso.
O fato mostra que o torcedor quer se associar, mas o dinheiro curto o obriga a pensar duas vezes. Lutando contra o Papai Noel, as férias no litoral, o material escolar, o Furacão fica sem sócio. Com o preço do ingresso nas alturas, a Arena fica sem torcedor, a casa cheia que todos queremos ver, precisamos, cada vez mais longe. Vida dura para o contador.
O time ideal sai da prancheta a conta gotas, parece que agora vai. Faltam ainda os preços ideais, a fórmula mágica que seduza sócios e não sócios, garanta a casa cheia.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

PELO BEM DO CLUBE

Claudinei resistiu, foi empurrado pelo povo rubro-negro, mudou e venceu. Quando as coisas não vão bem, insistir no dispositivo estagnado é irresponsabilidade inequívoca, algo impossível para aqueles que conseguem enxergar um pouco mais, tem compromisso com o clube. O grito da galera sustentou a decisão do treinador.
O Atlético fez um bom primeiro tempo. Entendeu a necessidade de atacar, avançou os laterais, deu liberdade a Marcelo, o papa-léguas foi à luta, incomodou, fez o que jogador do seu nível tem que fazer, colocar o time nas costas e lutar. Bady e Cléo ajudaram, o Furacão teve chances, mandou uma na trave, foi pouco incomodado na defesa. O zero a zero não servia, o placar imóvel implorava pela velocidade de Dellatorre.
E ele veio com tudo. No seu primeiro momento na partida aproveitou cruzamento de Sueliton e marcou. Eram 6 minutos. A vitória crucial para os destinos do Furacão estava encaminhada. Ganhou força aos 24 com Bady finalizando o cruzamento de Marcelo e definida aos 46 com o golaço de Dellatorre, recebendo de Cléo, cortando o zagueiro e colocando na gaveta de fora da área. O time que não marcava fez 3 em 46 minutos.
É óbvio que a entrada do “Della” foi determinante. Vertical, veloz, finalização precisa, o atacante só pode estar fora deste time em caso de contusão. Marcelo voltou a ser o jogador impetuoso de 2013, procurando espaços, pedindo a bola, assistindo os companheiros. Bady foi importante na armação, marcou. Cléo como pivô deu uns dois passes para gol, pelo lado serviu Dellatorre no golaço que fechou a partida.
Claudinei está muito perto do time ideal. Está na hora, a tropa da retaguarda está chegando, a luz vermelha do desastre está próxima. A mudança que nos levou à vitória foi doída, necessária, inadiável. Tinha que ser feita, pelo bem do clube.

domingo, 12 de outubro de 2014

NO GRITO DE VOCÊS

Um minuto sobre seleção brasileira. Levir Culpi colocou Tardelli no banco, o jogador chiou uma barbaridade, foi à luta, mudou, voltou à seleção, fez dois contra a Argentina, vencemos. A cobrança de Levir acordou o atleta, ele teve a inteligência de entender a necessidade de mudar, está levando o Galo às primeiras posições na tabela, ajudou o Brasil a colocar mais um troféu na estante. Os exemplos da importância da mudança estão em toda parte, só não enxerga quem não quer.
Vamos falar de Furacão. Hoje a bola está com você torcedor. O time do Atlético todos conhecemos, sabemos de suas deficiências, de suas virtudes. O time do coração é como um filho, ele pode estar com o boletim cheio de notas vermelhas, incomodando os companheiros na sala de aula, tirando o sono dos pais, mas não dá para abandonar, quanto mais difícil, mais necessária a presença.
Amigo atleticano, teu filho Furacão tira teu sono há meses, você desconfia que ele está no mau a caminho desde o início do ano, agora tuas desconfianças se exacerbaram, o diretor da escola te chamou e avisou que se continuar assim, teu pimpolho vai reprovar de ano.
É amigo, a coisa está preta. Temos três jogos para fugir da degola, três vitórias e ganhamos um gás, nos candidatamos a passar de ano. E o que você pode fazer? Ir a campo e empurrar esse teu filho problema. Só.
Chego à Arena, olho ao redor e vejo uma torcida mais para o grisalho, gente que já gritou muito, empurrou o Furacão em tantas dificuldades, e hoje está mais para apreciar o jogo, só gasta a garganta na hora boa, na esteira dos meninos do espaço fan.
Então piazada da Buenos Aires, a bola está com vocês. Gritem de lá que eu acompanho de cá, mas gritem muito, gritem sempre, o Atlético precisa de vocês noventa minutos. Hoje vai ter que dar, nem que seja no grito de vocês.

sábado, 11 de outubro de 2014

MARCELO MUDAR

O Atlético tem uma chance de se reerguer na competição se Marcelo mudar. Marcelo foi a revelação do Brasileiro 2013, é a grande expressão técnica rubro-negra, é a esperança rubro-negra.
Ele tem que saber disso. Ele tem que saber que jogado no canto do campo as condições para que volte a brilhar como brilhou são mínimas. Ele não é mais o desconhecido que surpreendeu e cresceu, ele é o jogador temido, sobre o qual o treinador adversário determina a falta seja feita. E só o faz porque conhece o seu valor.
Marcelo tem que entender o avanço do processo, sua nova posição no cenário e adquirir nova postura que o permitirá seguir em frente com sucesso, o sucesso que ele deseja e todos desejamos.
Marcelo tem que buscar o jogo onde ele estiver, estimular os companheiros, aproximar-se deles, ser o exemplo que o Furacão precisa neste momento de dificuldades. Este é o momento que separa os homens dos meninos, e o Atlético tem um monte de meninos. Marcelo tem que assumir seu papel, levar esse time ao ataque, conduzir o time à vitória.
Ele pode? Claro que pode. É jovem, já provou ter qualidade. Basta querer assumir a responsabilidade, abrir a boca, falar, botar os cambitos para correr, por fogo no jogo. A vida é feita de mudanças, elas levam ao progresso, às vezes nos tiram da zona de conforto, parece difícil, mas sem elas vem a estagnação, o fim da vida produtiva e do sucesso ao alcance das mãos, ou dos pés. Amanhã vou ao campo para ver o Marcelo jogar, melhor, vou lá para ver o Marcelo mudar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

TEM MINHA TORCIDA

Todos os problemas que o treinador rubro-negro ressalta em sua entrevista de final de jogo são mais que conhecidos. Assisto a todas as aparições do professor, momentos únicos em que se abre uma janela para o Caju, podem-se captar fragmentos do que lá acontece.
Claudinei é um entrevistado de coração aberto, fala pelos cotovelos. Como todo treinador, vez por outra choraminga contra a análise feita com base no resultado. Infelizmente não pode ser diferente, ainda mais quando o resultado espelha o acontecido no gramado.
Acha que o time apresentou progressos, teve chances, Ceni fez boas defesas, o que em parte é verdade.  Tudo bem se estivéssemos na pré-temporada, ajustando a equipe, jogando a leite de pato. Estamos no segundo turno do Brasileiro, com a água batendo nos fundilhos.
O professor acredita no esquema, eu tenho dúvidas, simplesmente pelas dificuldades na transição. Ainda acho que o 352 seria a melhor proposta. Os três zagueiros, Cleberson, Gustavo e Willian Rocha, Gustavo de líbero, Cleberson e Rocha caçadores. Sueliton e Natanel os alas, Deivid jogando de Cocito, Hernani de Kleberson. Lembram 2001.  Um serelepe para fazer a função do Adriano Gabiru, Marcelo e Cléo na frente, ou Marcelo e Dellatorre, ou Marcelo e Coutinho, livres para jogar.
Ficaríamos com quatro atrás, sempre, uma boa segurança, com caçadores determinados a bloquear contra-ataques, e seis jogadores na frente, comprometidos com o gol.
Claudinei tentou o esquema contra o Cruzeiro, tomou um gol e levantou acampamento. Treinou pouco, Gustavo não é caçador, bobeou na cobertura de Sueliton, deu espaço para o cruzamento, fim da experiência. Eu penso que o desenho é a solução para o atual elenco do Atlético.
Não é a de Claudinei. Vai ter que ensaiar muito para obter o resultado esperado, principalmente escolher bem seus atores. É bom concentrar hoje, treinar em três períodos, inclusive sábado e manhã de domingo. Vamos lá Claudinei. Tem minha torcida.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

SÓ UMA VEZ

Meus irmãos, estamos no bico do corvo. O Atlético não acumula ganhos. Há quatro rodadas atrás parecia ter aprendido a marcar, diminuindo espaços, forçando o desarme. Pois voltou a espiar, dar três metros para o condutor da bola, colocar nove jogadores em posição defensiva e deixar trocar passes, o que sempre acaba num “te vira Weverton”.
Daí, a bola tocada, o cara tem uma vida para olhar, caprichar e marcar. É triste, é cansativo, mas é a mais pura realidade. Ganso é um craque e joga livre, vai enfiando bolas com liberdade de preso do mensalão. Joga em casa com direito a todas as mordomias.
Do outro lado, Marcelo joga em canto de quadra de futebol de salão, marcado por três. Óbvio, não funciona. Troca de lado, fica um pouco melhor para entrar pela diagonal e é só. Caia para o meio Marcelo, aproxime-se da área, de Cléo, fique com os dois lados para escapar. Onde você está jogando é o fim de tudo o que você já fez.
O futebol brasileiro está tão ruim, há tantos anos não vemos um craque de nível que alguém deduziu que Marcos Guilherme é uma joia. Espero sinceramente que seja um diamante. Amigos, de olho nos fatos, onde está a inteligência na sua escalação. Por favor, estamos a caminho de Arapiraca.
Claudinei já tentou tudo e pouca coisa funcionou. Só não tentou jogar sem Marcos Guilherme. Podia quebrar um galho, dar uma chance ao torcedor, deixar o Marquinhos no banco. Não é pedir muito, não é encerrar uma carreira. Para quem ganha mais de cem pacotes por mês, o que custa agradar a quem lhe paga o salário. Só uma vez. 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DIA DE TROPEÇO

O especialista em São Paulo afirma: “É mais um jogo daqueles que ‘dá medo’ devido à alta oscilação do time no Campeonato Brasileiro: ganha jogos improváveis e tropeça em partidas consideradas obrigatórias”. Pronto, está aí, queria uma motivação para o jogo, ganhou.
O tricolor do seu Muricy, com o coração em pandarecos, tem seis desfalques: Kaká, Souza, Álvaro Pereira, Edson Silva, Reinaldo e Tolói. Três deles jogaram em Porto Alegre e venceram o Grêmio, conseguiram ultrapassar a barreira Marcelo Grohe que há muito não levava um gol.
Assisti ao resumo do jogo. O Grêmio perdeu muitas oportunidades, o time do santo também perdeu as suas, gostei do Pato se movimentando muito, passando com facilidade por seus marcadores, e, é claro, não há como não gostar do Ganso, uma fineza com a bola, uma visão de jogo raríssima no futebol brasileiro.
Desfalcado, o São Paulo deve jogar com: Ceni, Auro, Paulo Miranda, Antônio Carlos e Michel Bastos. Hudson, Denílson, Ganso e Pato. Alan Kardec e Luis Fabiano. O amigo leu os últimos quatro nomes. Um baita time. Eu tremo quando ouço falar em Antônio Carlos.
Todo jogador que sai do Atlético leva um rancor que o faz procurar o gol com fome de náufrago. O zagueiro não é diferente, sempre está lá nos escanteios e faltas querendo vingança.
Eu vou espantar meus medos, ficar com o especialista de batinas, torcer pela oscilação tricolor, esperar que hoje seja dia de tropeço.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

VAI À LUTA

O Atlético andou contratando uns meninos nos últimos dias. Os garotos vem passar a primavera em Curitiba, conhecer a cidade, o CT bacana, depois voltam para seus clubes de origem, vão contar para as famílias do frio, das estações tubo, essas coisas que fazem parte do nosso dia a dia. Só por milagre um deles será utilizado com sucesso no Furacão.
Somos um laboratório onde ao final de tudo se poderá chegar ao resultado da soma de múltiplas inexperiências, inexperiências talentosas, mas que reunidas até agora não conseguiram criar, produzir em ambiente de cobras velhas e matreiras. Uma ótima tese de mestrado.
Claudinei já fez todas as experiências com os meninos. Nenhuma funcionou. Perdendo, nenhuma de suas substituições mudou o cenário de derrota. Penso que o treinador está mal acostumado com o Santos, onde sempre tem uns dois ou três experientes com boca para falar, orientar, pedir a bola e sair para o jogo carregando pelo exemplo.
Para quem vê de fora, o Atlético é um time sem lideranças. Inexiste liderança técnica reconhecida, o craque, liderança física, o xerife, liderança de cabelos brancos, o armador rodado, liderança espontânea, um menino valente. O time vai bem enquanto venta a favor, ventou contra perde o norte, fica à deriva.
Salvo Weverton, os mais maduros parecem não ter boca para nada. Sem liderança, sem puxão de orelha, sem faísca, o time não pega fogo. Alguém precisa dizer “Marcelo ou joga, ou sai fora”, “Marquinhos para de correr feito um coelho e faz uma assistência”, “dá pra mim que eu resolvo”.
Alguém tem que fazer cara feia nesse time, transformar esse time doente em time de briga. O Brasil acordou, é tempo de virada, é só do que se fala, vamos lá Furacão, engata na onda, vai à luta.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

AJUDA COMO PODE

Critico a diretoria pela atual situação do Atlético e tenho de admitir que a pedra que jogo cai também sobre a minha cabeça. Sou conselheiro do Atlético, daqueles que se orgulham de ter participado do grupo que ajudou a construir a Arena. Se me orgulho da obra, tenho que assumir meus deveres com relação ao atual estado do futebol rubro-negro.
É claro que minha participação no elevar da Arena se restringe ao apoio incondicional a todas as propostas do presidente Petraglia, o que é nada face ao esforço conduzido pela sua equipe em tantos anos de luta. Mesmo assim, orgulho-me desse nada, que inclui meu total apoio pela palavra escrita neste blog sempre que as coisas periclitaram. Cada um ajuda como pode.
Quanto ao futebol minha ajuda segue através da crítica que penso honesta, construtiva, baseada em fatos reais, do futebol que vejo em campo, desde que dos bastidores do clube, dos seus problemas, nada sei. Até acho que, como conselheiro, deveria saber, mas não sei.
Aqui e ali surgem nos grupos em que publico a pergunta: “Para que time você torce?”. Realmente às vezes posso parecer contra o sistema. Não sou. Faço parte. Entretanto, expresso minha opinião para apontar erros repetidos, planejamentos equivocados, que estão na cabeça de todos nós, não são fruto da minha visão privilegiada, o torcedor da arquibancada está cansado de saber.
É óbvio que o meu apontar morre aqui na nossa conversa, estou certo que a direção rubro-negra está longe dos meus textos, enfim, a bem da verdade, o meu falar vale nada além do agradável contato com o amigo. Nada vale, mas tem que ser dito, porque acredito ser verdade, porque esta é a minha forma de ajuda, de ajuda possível, e, como disse, cada um ajuda como pode.

domingo, 5 de outubro de 2014

NÃO TENHO DÚVIDA

Amigos, o meu crítico contumaz está esperando meu chororô para me chamar de comentarista de resultado, reclamar que eu falo mal dos meninos. Vamos dar a ele a chance.
Mas vamos com calma. Muita calma nesta hora. O Atlético fez um primeiro tempo razoável, teve no mínimo três boas chances para marcar, o Coxa uma situação de quase gol, perdida pelo Joel, zero a zero. Um pouco mais de precisão teríamos saído na frente. Teríamos.
Começa o segundo tempo e o volante Coxa acerta um chutaço de fora. Gol. O jogo acabou. Por sorte, o técnico alviverde empurra o time ao ataque, resta uma chance para o contra-ataque, nossa única opção. Não demora, o Coritiba encolhe e voltamos à situação de chance zero.
Com o adversário recuado, as chances do Atlético marcar são mínimas. É o histórico deste Brasileiro. A marcação fecha, a “p... da falta” joga nossos atletas no chão, as cobranças de Natanael não acham ninguém. Aí vêm as substituições de atacante por atacante. Alguém para armar, nem pensar. Sem armadores, dependemos da sorte, sem sorte, Vanderlei sequer foi molestado.
Vou repetir aqui velhas considerações. Marcelo parado de costas para o marcador é alvo fácil, inútil. Alguém tem que ter uma oportunidade no lugar de Marcos Guilherme, por favor. Coutinho tem que aprender a finalizar quando é para finalizar, passar quando é para passar. Sidcley é o 12º jogador que não resolve e entra sempre. Damasceno é menino demais para entrar em fogueira. Perdendo, tendo que criar jogadas, sem armadores não vai funcionar. Uma nova, a substituição de Sueliton por amarelo foi precipitada, nos deixou com uma troca a menos. 
Claudinei pode ter seu time ideal com três atacantes, mas tem que treinar opção com armadores, se assim não fizer, ficamos sem solução para a virada do placar. É claro como água de poço. Tem também que colocar experiência em campo, não é hora de insistir nas crianças, ainda mais com a transição aos pedaços. Onde está o Dellatorre, o Bady?
O Atlético perdeu para o lanterna. Se algo não for feito, o torcedor pode colocar o burro na sombra, parar de sofrer, nada vai acontecer. Atiro no treinador, nos atletas, mas sei que a culpa é da diretoria. Se ela tem justificativas ou não, fico devendo. Que ela é a responsável não tenho dúvida.


sábado, 4 de outubro de 2014

HOMEM ARANHA

A imagem mostra Lucio Flavio em campo ruim fazendo exercícios com peso. A notícia por trás da imagem diz que o Atlético fez proposta de última hora para levar o meia tricolor. Foi a última cartada para que Claudinei tivesse um Alex para armar o Furacão. Pelo jeito, melou. Melhor, iam ter que repintar a vaga de idoso do P. Baier no Caju.
Claudinei diz não gostar de marcação individual. Quem estiver no setor vai marcar Alex. Eu gostaria que Deivid passasse o jogo conversando com Alex, falando da família, das filhas, perguntando da Turquia, da Liga dos Campeões. Terminado o jogo, o Pinduca não tivesse dado um chute a gol, feito uma assistência, entrado de surpresa para marcar gol de cabeça. Esperemos que o setor funcione.
Seu Virso vendeu os ingressos e a torcida atleticana dirá presente. Ainda bem, ficar fora do jogo, impossibilitado de ver um Atletiba, seria mais um golpe duro para o cansado rubro-negro. A razão pela qual o Atlético deixou de realizar a venda, embora explicada em nota oficial, é para mim um mistério profundo. Tem coisas no Atlético que são como a teoria das cordas, a física quântica, difíceis de entender.
A imagem mostra o treinador Coxa exigindo do seu lateral a “p... da falta”. Marquinhos deveria treinar a equipe com a mão sobre a boca, como ridiculamente fazem os jogadores ao conversar dentro do campo. É óbvio que a falta exigida é sobre Marcelo. Nosso papa-léguas vai ter que se movimentar muito, deixar o ponto de ônibus na ponta direita e ganhar vida pelo campo todo. Aproximar-se da área, entrar na área, deixar que a “p... da falta” seja feita onde interessa.
O que me basta hoje? Um gol matador em final de jogo, como aquele do Ozéias, de subir alambrado como homem aranha. Lá no Couto ainda tem alambrado? Tem. Então ótimo. Ali pelos quarenta e dois, a bola sobe na área e Coutinho, o artilheiro dos míseros minutos, sobe e confere. Aí é só subir no alambrado. Que seja um bom jogo, com um final digno do homem aranha.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

FESTA NA COLMEIA

Abel Braga meteu quatro no Coxa e saiu elogiando o adversário, dizendo não acreditar que o alviverde esteja iluminando o país de norte a sul. Dei uma olhada no jogo para conhecer esse timaço que assustou o zagueirão que só batia da santinha para cima.
O Coxa é simples de entender, pelo menos foi no primeiro tempo. É um 442PD, Alex e Joel na terceira linha, um 4123PA, Helder na frente da zaga, Robinho e Alex armam, Elber pela direita, Joel centralizado, Zé Love pela esquerda. Encarou o Inter, marcou na frente, tomou três, fez um em escanteio.
A bola parada é o grande recurso das abelhas luminosas. Alex alterna bolas no primeiro e segundo pau com precisão cirúrgica. Bobeou levou. Nas diretas dá aula. A saída de bola é complicada, o setor esquerdo defensivo é vulnerável. A volta de Zé Love é pouco eficiente, o lateral Dener sofre. O Colorado forçou com Aranguiz, D’Alessandro e Gilberto pelo lado, cruzou mais de dez bolas, arrumou um pênalti, uma assistência no gol de Alex, aproveitou bem brecha.
Perdendo, Elber foi substituído por Martinuccio e o Coxa foi ao ataque. Continuou com três atacantes, Zé Love trocou de lado, Martinuccio no centro, alternando com Alex, Joel pela esquerda. Tomou conta, deu duas bolas na trave, aos 18 fez seu gol com Martinuccio chutando cruzado e Zé Love completando. O Inter parou, foi ineficaz no contra-ataque, levou bucha. Olha o ensinamento.
O susto passou aos 24 quando em contragolpe bem sucedido Valdívia assistiu Sasha e o guri acabou a pelada. Alex saiu para descansar visando o Atletiba, nada mais aconteceu além do apagão no Beira-Rio.
Penso que o “luminoso” vem com o time do segundo tempo no sul, ofensivo, marcando na frente, deixando espaços na defesa. Claudinei deve ter visto muito mais. O conhecimento é a sua principal arma. No ir e vir as abelhinhas graciosas deixam espaços, caem com seus potinhos de mel, a área fica um doce. Sábado vai ter festa. Festa na colmeia. 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

DAR AS MÃOS

Cruzeiro e Galo perderam um mando de campo por briga de torcidas. Não tem jeito. Podiam perder até vinte mandos. Isso nos leva a pensar que Atlético e Coritiba devem tomar todos os cuidados para o jogo de sábado. Não é complexo de vira-lata, é uma certeza, quando nós cá da província somos julgados a pena fica muito mais para os vinte do que para o um. Perder mandos de campo agora seria uma desgraça para ambos os times.
O amigo vai dizer que o torcedor sabe disso e vai se comportar. É o mesmo que acreditar que algo vai mudar num segundo mandato da dona Dilma. No jogo contra o Corinthians, em pleno intervalo, estavam lá uns dois rubro-negros provocando os corinthianos. A faísca era mínima, mas a possibilidade de incêndio era imensa.
Como a segurança não quer tomar nenhuma medida mais aguda, digo, dar logo umas boas cacetadas nos provocadores e acabar o problema, levantamos as mãos para o céu e esperamos que os anjos evitem que um mais animadinho do outro lado resolva tirar satisfação e carregue com ele uma vintena de arruaceiros. Desgraça feita.
O novo presidente da Fanáticos já disse que com ele não tem briga em campo. Excelente, um mínimo de boa vontade, de exemplo do comandante ajuda muito, mas não basta. O planejamento da segurança tem que funcionar. Distanciamento entre as torcidas, lateral e vertical, ausência de meios que possam facilitar o dano ao patrimônio, fiscalização rigorosa nas entradas, observação aproximada do torcedor-problema, tudo deve ser feito para garantir o jogo sem traumas.
Mesmo usando de todos os artifícios, infelizmente, ninguém pode garantir o clima de paz, ninguém segura a inconsequência. O risco é grande. Os clubes sabem que podem ser muito prejudicados, têm que se unir para evitar o pior. É bom dar as mãos. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

GASTANDO A BATERIA

Copiei do site furacão.com a frase de Claudinei pós-vitória sobre o Timão: “Hoje, foi um jogo em que todos se doaram. A 'chave' [para vencer] é esta: o comprometimento e a união de todos. E tem que continuar. Não pode ser só uma coisa de hoje". Claudinei fala sobre o óbvio.
O leitor que gosta de vírgulas pode entender que o time perdeu três seguidas por falta de comprometimento, o que não é verdade. O comprometimento deve estar presente no cobrador de ônibus, no pipoqueiro, no vendedor das casas Bahia, no médico, no engenheiro, no jogador que está no topo da pirâmide salarial, nem falar.
Com a frequente troca de treinador, o que se observa é o desestímulo daqueles que perdem posição. Vou dar exemplo de jogador que gosto, para não dizer que estou pegando no pé. Acho que João Paulo vem entrando sem força, precisa ganhar um afago do treinador, entrar com a faca na boca, como sempre fez. Se liga João Paulo.
Prefiro a parte da declaração em que Claudinei fala sobre equilíbrio. O que nos deu a vitória foi a segurança defensiva, o evitar o gol. Não tenho dúvidas que se o Corinthians marcasse primeiro, teríamos muitas dificuldades. Não só a segurança defensiva, a criação de oportunidades no ataque é indispensável para o equilíbrio desejado.
No clássico, o Atlético tem que estar preparado para tudo. Levar gol e reagir de forma coordenada, marcar primeiro e suportar a pressão, tudo sem impaciências, sem vermelhos que já nos detonaram em tantos Atletibas.
Tudo com a visão fraterna de coirmão. Olhar para o vagalume do outro lado – semana sim, semana não com a lanterna na mão – e ajudar, tentar dar a ele um pouco de regularidade, deixá-lo por mais um tempo gastando a bateria.