quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FURE A BOLA

Há tempos conversava com amigo rubro-negro sobre o embate entre o Atlético e as emissoras de rádio. Meu pensamento sempre foi de que ruim com a mídia, pior sem ela. Sei muito bem o que é ganhar uma guerra e perder a batalha da imprensa. Todos os sacrifícios feitos viram pó, um teclado qualquer pisa na tua vitória. É o Brasil varonil. Aqui, bandido com boa mídia vale mais que herói morto.
Mas deixemos de lado os ressentimentos de um velho. Leio que o Atlético fez um jantar de reconciliação com os radialistas da terra. O texto era pouco, não trazia maiores detalhes. Ressentido, indicava apenas que o pessoal da latinha foi abanando o rabo para o rega-bofes, fumar o cachimbo da paz.
O desentendimento foi longe demais e só podia acabar como acabou. A experiência da Rádio CAP ficou nos anais da história, o retorno esperado não aconteceu, as entrevistas da TV CAP mínguam no site oficial, construímos uma Arena sofrendo ataques de todos os lados, uma mídia ruim que não facilitou em nada, aliás, só prejudicou.
O Atlético às vezes é assim, arruma brigas justas, mas inúteis, desgastantes para a imagem do clube. Falta de alguém que consiga assessorar com sabedoria, com consciência da realidade, pesando prós e contras, indicando o caminho menos abrasivo, onde se perca algum e se ganhe muito, e, principalmente, tenha o poder de ser ouvido. No futebolês clássico, alguém que acalme o jogo, alguém que na hora da pressão extrema... fure a bola.

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