Há tempos conversava com
amigo rubro-negro sobre o embate entre o Atlético e as emissoras de rádio. Meu
pensamento sempre foi de que ruim com a mídia, pior sem ela. Sei muito bem o
que é ganhar uma guerra e perder a batalha da imprensa. Todos os sacrifícios feitos
viram pó, um teclado qualquer pisa na tua vitória. É o Brasil varonil. Aqui,
bandido com boa mídia vale mais que herói morto.
Mas deixemos de lado os
ressentimentos de um velho. Leio que o Atlético fez um jantar de reconciliação
com os radialistas da terra. O texto era pouco, não trazia maiores detalhes. Ressentido,
indicava apenas que o pessoal da latinha foi abanando o rabo para o rega-bofes,
fumar o cachimbo da paz.
O desentendimento foi
longe demais e só podia acabar como acabou. A experiência da Rádio CAP ficou nos
anais da história, o retorno esperado não aconteceu, as entrevistas da TV CAP mínguam
no site oficial, construímos uma Arena sofrendo ataques de todos os lados, uma
mídia ruim que não facilitou em nada, aliás, só prejudicou.
O Atlético às vezes é
assim, arruma brigas justas, mas inúteis, desgastantes para a imagem do clube. Falta
de alguém que consiga assessorar com sabedoria, com consciência da realidade,
pesando prós e contras, indicando o caminho menos abrasivo, onde se perca algum
e se ganhe muito, e, principalmente, tenha o poder de ser ouvido. No futebolês
clássico, alguém que acalme o jogo, alguém que na hora da pressão extrema...
fure a bola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário