O amigo vai me permitir
um particular com Marcos Guilherme. Três minutos. Melhor, um minuto e trinta.
No máximo.
Prezado Marquinhos. Você
viu o jogo do Brasil? Estou certo que sim. Então deve ter visto o primeiro
tempo do Oscar, correndo para cá, para lá, virando o jogo, tentando marcar,
percebeu que nosso armador nada fez de produtivo, a não ser dar precisos passes
de cinco metros. O que aconteceu? Foi substituído por Philippe Coutinho.
O que mudou com a entrada
da joia do Vasco? Com quatro minutos uma assistência para Neymar, Brasil 2 a 0,
a partir daí boas puxadas de contra-ataque, chute a gol raspando a trave, chute
a gol com rebote do goleiro, outro gol de Neymar. O que vai acontecer? Oscar dura
alguns jogos como titular, se não mostrar serviço perde a posição. É assim que
funciona.
Ouço que você se aborreceu
com a substituição. Ótimo, ninguém quer sair, mas tenha certeza, a mudança foi
justa, entre Philippe Coutinho e Oscar, você é muito mais Oscar há meses. O que
tem de bom em tudo isso? Você é jovem, tem tempo e fundamentos para mudar,
transformar-se em jogador objetivo, vertical, bom de números.
Assista a jogos, estude
os craques da posição, veja como fugir da marcação, como se posicionar de forma
a ter alguma liberdade, entenda a movimentação de seus companheiros, ache um
jeito de colocá-los na frente do gol. Estudar é preciso.
Lembre que Paulo Baier
saiu do Atlético por não ganhar nada, e ele assistia, marcava gol, batia falta,
escanteio, com 40 anos de idade. Mudar é preciso. Não tenha dúvida, um dia você
vai achar que a vaia e a substituição em meio ao jogo foram as melhores coisas
que aconteceram em sua vida. Claro, se você tiver inteligência e coragem para
mudar.
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