domingo, 26 de outubro de 2014

PITANGAS AO SOL

A derrota impossível sofrida pelo Atlético merece uma análise pontual para a melhoria efetiva do modo de jogar do Furacão, que foi bem no Rio, fez boa partida e perdeu para time melhor qualificado individualmente e com entrosamento superior. Convenhamos, o jogo era dificílimo.
Vamos devagar. A postura defensiva com as duas linhas de quatro muito recuadas, permite o avanço dos laterais adversários e um número de cruzamentos com liberdade para matar, olhar e cruzar demasiadamente grande, redundando em inúmeras chances de gol. Já com o Criciúma foi assim, repetiu-se contra o Flu. O setor de Sueliton é o mais vulnerável.
A finalização do Atlético está péssima. Marcelo perdeu uns três gols feitos, Willian Rocha se assustou com a bola em cruzamento de Natanael, Bady quis tirar o zagueiro para dançar na hora de matar, Marcos Guilherme mandou boa chance para fora. Quando gols são perdidos, pode-se elogiar a criação. O que faltava funcionar, funcionou.
Os dois gols do Flu foram consequência de enormes desatenções. Dois jogadores sem qualquer marcação dentro da área. Aos 46, depois do empate aos 45, é para colocar a defesa toda de joelho no milho.
Marcos Guilherme foi, finalmente, jogador vertical, produtivo, colocou Dellatorre e Marcelo na cara do gol, finalizou, fez boa partida. Caiu de produção no segundo tempo. Cansaço, necessidade de marcar Bruno, Marcelo bloqueando sua passagem pelo lado podem ser as causas. A grande lição: o banco ensina.
Posso estar enganado, mas acho Dellatorre a cabeça mais viva do ataque do Atlético. Se ele conseguir dar liga com alguém, vai ter chuva de gols. O amigo não se anime, eu me engano muito. Uma coisa é certa, as derrotas ensinam. Então, que assim seja, que os frutos dessa derrota impossível brotem como pitangas ao sol.

Em tempo: Hoje vou votar no Aécio.

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