A derrota impossível
sofrida pelo Atlético merece uma análise pontual para a melhoria efetiva do
modo de jogar do Furacão, que foi bem no Rio, fez boa partida e perdeu para
time melhor qualificado individualmente e com entrosamento superior.
Convenhamos, o jogo era dificílimo.
Vamos devagar. A postura
defensiva com as duas linhas de quatro muito recuadas, permite o avanço dos
laterais adversários e um número de cruzamentos com liberdade para matar, olhar
e cruzar demasiadamente grande, redundando em inúmeras chances de gol. Já com o
Criciúma foi assim, repetiu-se contra o Flu. O setor de Sueliton é o mais
vulnerável.
A finalização do
Atlético está péssima. Marcelo perdeu uns três gols feitos, Willian Rocha se
assustou com a bola em cruzamento de Natanael, Bady quis tirar o zagueiro para
dançar na hora de matar, Marcos Guilherme mandou boa chance para fora. Quando
gols são perdidos, pode-se elogiar a criação. O que faltava funcionar,
funcionou.
Os dois gols do Flu
foram consequência de enormes desatenções. Dois jogadores sem qualquer marcação
dentro da área. Aos 46, depois do empate aos 45, é para colocar a defesa toda
de joelho no milho.
Marcos Guilherme foi,
finalmente, jogador vertical, produtivo, colocou Dellatorre e Marcelo na cara do
gol, finalizou, fez boa partida. Caiu de produção no segundo tempo. Cansaço,
necessidade de marcar Bruno, Marcelo bloqueando sua passagem pelo lado podem
ser as causas. A grande lição: o banco ensina.
Posso estar enganado, mas
acho Dellatorre a cabeça mais viva do ataque do Atlético. Se ele conseguir dar
liga com alguém, vai ter chuva de gols. O amigo não se anime, eu me engano
muito. Uma coisa é certa, as derrotas ensinam. Então, que assim seja, que os frutos
dessa derrota impossível brotem como pitangas ao sol.
Em tempo: Hoje vou votar
no Aécio.
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