O
Paraná não fez traquinagem nenhuma, fizemos um grande segundo turno, jogamos a
moeda para o alto no Atletiba, ganhamos com méritos, resultado, somos campeões,
estamos na final.
Tinha
tanta confiança na campanha do Sub-23 que o péssimo começo de campeonato me
deixou apreensivo. Não podia estar tão errado. Ser campeão do turno, o “passar
por cima” podia ser um exagero, mas beirar a queda para a segunda divisão impossível.
A chegada à final provou minha sanidade.
Agora
são dois Atletibas, o coxa com todas as vantagens.
Atlético
e Coritiba se conhecem perfeitamente. O coxa está com a guarda alta, ainda
magoado com o 3 a 1, o baile na Boqueixada deixou sequelas graves. O Sr.
Rafinha e sua boca grande revoltada fala da revanche para qualquer microfone.
Alex aceitou ser poupado contra o Sousa da Paraíba, muito diferente de Seedorf
que faz questão de jogar pelo Botafogo contra o CRB nas vésperas da decisão da
Taça Rio. Cada um conhece suas fragilidades, joga com elas.
O
Furacão foi do céu ao inferno em sete dias, saiu de Ponta Grossa com a taça na
mão e o as chuteiras pegando fogo. O jogo contra o Operário lembra derrota
sofrida pelo Corinthians às vésperas da viagem ao Japão, 3 a 1 para o segundo
time do São Paulo.
O
timão arrogante, com banca de campeão do segundo turno do Brasileiro, colocou as barbas de molho, o elenco encarou a simples
realidade do futebol, se achou a última bolacha do pacote, rebolou, foi tirado
para dançar. Resultado: viajou desacreditado, voltou campeão do mundo.
Sabendo-se tirar lições do desastre, só ajuda.
É
neste ponto que me apego para nivelar as forças na final. O Atlético tem melhor
comando, a semana pós-derrota será duríssima, os meninos têm fé no treinador,
já passaram o diabo juntos, vão cumprir suas ordens ao pé da letra, com o
acréscimo da torcida insuperável, a resultante é Furacão avassalador.
Quem
imagina que a final será um passeio coxa pode estar muito enganado. O amigo
rubro-negro tenha fé. Salvo desequilíbrios cruciais, determinantes, acredito em
dois jogos de arrepiar.