domingo, 14 de abril de 2013

AO ATAQUE

Leio que o Conselho Municipal de Urbanismo ratificou os parâmetros da lei 9629/99. E daí pergunta o amigo? E daí que essa lei permite que todas as obras feitas no terreno do Couto Pereira antes de 1964 – quase cinquenta anos atrás – e que não estavam registradas sejam averbadas no Registro de Imóveis e passem a existir legalmente. Enfim, o que não existia, passou a existir, o que era ilegal, de uma penada, virou legal.
O passe de mágica permitirá que o time das dívidas insolúveis possa levantar puxadinho na reta da Mauá, o lugar em que, em 1983, meio sentado, meio deitado, assisti Atlético 2 Flamengo 0, a maior lotação do estádio verde, 65493 pagantes, público que jamais será superado. Fossemos um povo que preservasse a sua memória, o local deveria ser mantido como está, tombado pelo patrimônio histórico, prova indiscutível da paixão do rubro-negro pelo seu Furacão.
Memória é tudo que não temos. Tudo bem, o custo da obra será de 14 milhões, pagos por patrocinador coxa, o mesmo valor que o Atlético terá que restituir pelas desapropriações realizadas para a construção da magnífica Arena ao final do próximo ano. Do puxado ao palácio a diferença é enorme.
O que me incomoda é que os atentos olhos dos nossos vereadores, tacape na mão quando se trata das obras da Arena da Baixada, sequer pediram para dar uma olhada na solicitação coxa, que levou à solução de décadas de problemas.
Preocupa-me ainda mais quando o senhor Felipe Braga Côrtes, tucano pronto a meter seu bico em qualquer movimento rubro-negro, esteja mais quieto que corruíra na muda.
O sempre presente questionou se o alvará de conclusão da Arena Copa 2014 será emitido pela Prefeitura ou se o documento será atrelado ao cumprimento dos compromissos financeiros firmados pelo CAP, aqueles 14 milhões em desapropriações. É cheio de ideias sobre a construção do ninho dos outros, talvez por inveja, talvez por pobreza de espírito, talvez por não ter o necessário espírito público, talvez por ter o sangue verde.
Mudando de assunto. A PM admite “incômodo” com o possível Atletiba na Vila Olímpica. Motivos: ruas estreitas conduzindo ao estádio e concentração perigosa de torcedores no terminal do Boqueirão. Se é assim, por que nossas autoridades ao invés de vetar praças de esportes não impõe o jogo com torcida única?
Obviamente o problema não é o tamanho do estádio, ou a largura dos acessos, ou a proximidade de terminais de ônibus. O problema se define no perigoso encontro de torcidas. Então, determine-se que os coxas fiquem em casa.  É muito mais simples, econômico e seguro.
Falando em futebol. Hoje é dia de ganhar, manter a liderança, mostrar força. Vamos Prof. Berna, vamos meninos de ouro, ao ataque.

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