segunda-feira, 31 de março de 2014

É BOM DEMAIS

Final de tarde, resultados definidos, vou à farmácia comprar o meu remedinho de uso contínuo e me deparo com torcedor coxa pedindo pelo amor de seus filhinhos em prantos uma injeção, um remédio qualquer que o livrasse da tremenda dor de cabeça. Vendo o sofredor naquela situação terrível, desprezo minha situação de idoso e passo a vez ao padecente verde branco.

O atendente recomenda a injeção e assisto a dupla se encaminhar para o quartinho, fechar a porta e, por certo, iniciar os procedimentos para o espetar do glúteo. Pego minha poção mágica e passo ao lado da sala silente cantarolando baixo “Maringá! Maringá! Depois que tu partiste, tudo aqui ficou tão triste que eu garrei a imaginar...”. O que ouvi foi impublicável. O coxa ficou brabo.

Calma coxa do meu coração é só uma brincadeira. Quando o dia não é verde nem o Alex dá jeito.

Se a tarde foi só alegria, pela manhã me aborreci. Estou de olho na ESPN esperando a notícia do teste na Arena e, quando chega a matéria, sou maltratado pela repórter. A moça começa pela praça, segundo ela um depósito de material, depois entrevista um atleticano, filho nos ombros, reclamando da falta de informação, concluindo difícil para 10 mil, muito pior para 40 mil.

Explora então operário da obra todo feliz, dizendo que não vai ficar pronto, seguido por imagem de fila de obreiros com ingresso na mão sem conseguir entrar. Bate na diretoria limitadora da imprensa e mostra imagem obtida por fresta qualquer. Fecha com a negativa do TCE ao empréstimo de 65 milhões. Por sorte, o comentarista era o Paulo Calçade, um homem sério, a notícia parou aí.

Amigos, não adianta ganhar a guerra e perder a batalha da comunicação, dar um duro danado e tomar rabada de foca cheirando a leite em rede nacional. Qualquer bebê com solidéu na cabeça sabe da importância da imprensa, a data de hoje é emblemática, a guerra vencida transformada em derrota por derrotados com papel, caneta e espaço para contar estórias.

Enfim, o Atlético tem profissionais competentes na área, eles conhecem o ofício, quem sou eu e meus achismos, meus incômodos com a imprensa. Vamos esquecer tudo isso, começar a semana pensando em Libertadores, final de Paranaense, Coritiba de volta à pré-temporada. Mesmo com a mídia aborrecendo meu amanhecer domingueiro, viver atleticano é bom demais.

domingo, 30 de março de 2014

AGORA AINDA MAIS

No meu parecer apaixonado, 10 para a Arena no seu primeiro teste. Mobilidade, telão, gramado, iluminação, som, visibilidade, cadeiras, iluminação, tudo funcionou perfeitamente. Ainda há muito trabalho a fazer, muita cadeira a colocar, os indispensáveis acabamentos, para a Copa estará uma beleeeeeeza.

Sobre o jogo não cabe análise. Mesmo assim, vou fazer três considerações. Natanael tem ótimos fundamentos, é rápido, com maior experiência vai ajudar muito. Entrar com Adriano contra o Strongest será uma temeridade. João Paulo está fazendo faltas em excesso, jogando bola rende muito mais. Fim de festa, vamos ao trabalho, ao jogo contra o Londrina.

Seu Pet acertou a defesa com Léo Pereira, deu-lhe proteção com Deivid e Juninho, dois volantes de ofício, armou o ataque com três veteranos de sub-23 – Bruno Furlan, Crislan e Zezinho – e o menino Marquinhos.

O time foi superior ao Londrina os 90 minutos, mas, e o Atlético tem sofrido com o mas, o posicionamento equivocado da defesa permitiu o gol do Tubarão. Cruzamento da direita e o atacante livre no meio da área, pés no chão, cabeceio no canto. Vida dura.

O primeiro tempo terminou com o Furacão bem arrumado, boas participações de Mário Sérgio, Zezinho e Nathan – entrou no lugar de Furlan machucado – e foi para o segundo tempo jogar contra dez, Bidia foi expulso aos 45, deixou o Tubarão desdentado.

Força pela direita, o Londrina defende todo atrás, às vezes assusta no ataque, Rodolfo faz milagre em escanteio, Zezinho dá lugar a Guilherme, Harrison substitui Juninho, a bola começa a sair com melhor qualidade, escanteio, Harrison cobra, Guilherme empata aos 32. Aos 38, Guilherme coloca Mário Sérgio livre pela direita, o cruzamento rasteiro encontra Marquinhos livre no segundo pau, dois a um, a virada acontece. Aos 42, Marquinhos para Nathan, a devolução perfeita pelo meio da área, mais um, moqueca garantida.

Nathan, Marquinhos, Mário Sérgio e Guilherme decidiram o jogo. Harrison foi importante na saída de bola. Petkovic escalou com acerto, a virada veio do banco, venceu jogando bem, merecidamente. Impressionante a evolução de Marquinhos. Se Don Miguel precisa de um pivô na frente da área, Nathan tem lugar no avião para a Bolívia. Eu disse que no quintal tem pimenta boa. Se eu já estava botando fé, agora muito mais.

sábado, 29 de março de 2014

A MOQUECA DE DOMINGO

O sábado é para deixar a autoestima do atleticano nas alturas do Himalaia. Às três da tarde, jogo-teste na Arena magnífica, o time da Lib enfrentando o Jotinha. Às seis e meia, na hora do crepúsculo no Barigui, o sub-23 vai à luta contra o Londrina pela semifinal do Paranaense.

O aperitivo é festivo, jogo para chegar cedo, levar câmera, tirar fotos, passear pelas novas instalações, surpreender-se com a beleza, com a qualidade, com o padrão FIFA tão decantado, por fim, emocionar-se. Depois, testar a cadeira confortável, assistir ao jogo, ver a bola rolando no gramado classe A, os repetecos no telão imenso, dar moral ao Adriano caso ele apareça.

Um daqueles instantes para se guardar na memória. Quando o papo no boteco trouxer de volta este 29 de março, o torcedor pé-quente sorteado para o acontecimento histórico dirá com justificada soberba: “Eu estive lá. Eu vi”.

Olhos escancarados e bocas aflitas perguntarão: “E aí, conta, conta como foi”, e a narrativa então começa: “Era uma vez uma Copa do Mundo, todos os bruxos e vampiros se uniram contra o Furacão, e todos foram fragorosamente derrotados por São Petraglia. Então, no dia 29 de março de 2014, as portas do templo se abriram finalmente...” e por aí vai.

O jogo de fundo vale três pontos, uma aventura do tipo eu te desdenho, mas se te ganhar vou fazer uma festa danada. O Ventania, que já estava morto e enterrado, ressuscitou contra a Gralha e agora ninguém sabe aonde vai parar. O futuro é uma incógnita.

Eu tiro minhas conclusões. Se passar do ponto no emocional, se achar favorito, entrar para ganhar e esquecer o equilíbrio, bobear na defesa, corre o risco da derrota, repete o Furacão da quarta-feira. Defender sem erros, atacar com segurança, é o caminho para a vitória. Enfim, repetir o jogo contra a Gralha, enredar o Tubarão, impedir seus ataques e, no momento exato, arpoar o bicho, transformar tubarão em cação, garantir a moqueca de domingo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

MENINOS COMILÕES

Moro num 13º andar com vista privilegiada para os fundos da Arena magnífica. Administro a obra da minha janela, uma olhada no texto, troca uma vírgula por um ponto, uma sapeada no comentário do amigo que acha que o resultado do jogo de quarta deveria ser sete a três Furacão, uma espiada na obra, o guindaste se moveu, mais uma viga colocada, quando de repente, há vida no colosso.

Fixo os olhos, coloco os óculos e o que imagino é verdade. Alguém testa o telão da Buenos Aires. As imagens se agitam, algo que não consigo precisar, e em instantes aparece o símbolo do Atlético num fundo branco, inconfundível a uns seiscentos metros de distância. Largo tudo, giro a cadeira no sentido Arena e fico saboreando a novidade até o apagar da tela. Uma beleza, mal posso esperar o sábado para adentrar ao templo e me encharcar de encantamento.

Depois do almoço dos noventa anos em que revi o Adriano, o Assis, o Sicupira, o Alfredo, o Jackson, o Gustavo, o Luisinho Neto e grandes amigos atleticanos, os jogos de sábado serão o coroamento desta semana de intensas vibrações.

Só rever o Sicupa, o craque da camisa oito de tantos gols, o Assis do fantástico time de 83, o Adriano do campeão de 2001, o Jackson inventor do Furacão já valeu o ingresso. Sentar à mesa de uns meninos com aquela fome que todos temos aos dezoito anos, tão envolvidos com o Furacão, ouvi-los falar com esperança do jogo noturno foi um carinho para o meu velho coração, uma felicidade saber que eles vivenciarão o Atlético gigante.

Devem ter saído do jogo com a alma arrasada, como eu saí em tantos jogos na minha juventude, comendo um último pão com bife para acalmar o estômago revirado. É assim que funciona. Perde-se, ganha-se, queremos a utopia, o ganhar sempre, a derrota nos incomoda, às vezes sinaliza o fim do sonho, é duro ver morrer o sonho.

Para o atleticano o sonho está vivo. Num mundo em evolução tecnológica constante, o Atlético evolui, cresce, prepara-se para o futuro no ritmo alucinante da vida moderna, o telão está lá para provar.

Esses meninos assistirão jogos sensacionais, finais emocionantes, levantarão taças e lamentarão derrotas. É assim que a banda toca, as maçãs são poucas, as bocas muitas, o negócio é persistir, gastar a voz nas arquibancadas, um dia, quando menos se espera, uma maçã das mais saborosas cai na nossa boca.

O importante é que o Atlético se aparelha para a vitória. Se eu que parti do nada, vi o Furacão campeão brasileiro, vice da Libertadores, imaginem esses meninos comilões.

quinta-feira, 27 de março de 2014

JARDIM DE INFÂNCIA

O Atlético tomou um chocolate do Velez em plena Vila Capanema por uma simples razão, o time argentino é superior ao Furacão em todos os sentidos. Exagero meu, o time de Don Miguel é um guerreiro obstinado, único fator positivo a ressaltar na atuação atleticana. Se o jogo fosse apenas comemorativo poderia ser visto como aula e inúmeras experiências tomadas como ensinamento. Vamos ver.

O time portenho dificilmente erra passes, põe por terra o mito de que o gramado da Vila impede o jogo tocado. O Atlético forçava o lance longo, a defesa interceptava e o passe já saía de primeira para alguém livre iniciar o ataque.   

Bem distribuído em campo, sempre há alguém de azul e branco em condições de receber e passar para outros disponíveis ao passe de meia distância. Fácil jogar, sem correrias, sem esforços desmesurados, a individualidade colocada em segundo plano, o coletivo a prioridade.

Defensivamente, a primeira linha marca bafando na nuca, os demais se aproximam rapidamente do homem com a bola, cerram a trinta centímetros, diferente dos rubro-negros, correndo atrás, atrasados, espiando a dois metros. Tudo fruto da ótima ocupação de espaços. Quando Natanael esqueceu que a prioridade é marcar, tentou deixar o atacante em impedimento, gol argentino. Quando empatamos, deixamos o artilheiro livre, bola na rede. Quando encolhemos sem marcar o homem com a bola, três a um.

Irmão atleticano, eu sei, demos bolas na trave, Sosa fez grandes defesas, Bruno Mendes perdeu um livre, mas taticamente fomos inferiores. Tecnicamente fomos muito prejudicados pelo gol em início de partida, a saída de Manoel, a juventude, tentamos colocar velocidade e fomos traídos pelos nervos.

Na realidade, nosso problema começa quando aos dez minutos a torcida pede Felipe, claro atestado do nível mediano do nosso elenco. O Atlético não foi às compras e Don Miguel tem que fazer a omelete com os ovos que tem. Poderia até ter dado certo, então estaríamos em êxtase e iludidos.

Os bons resultados foram saindo e o Atlético postergando a ida à feira. Quando o convidado tem algum estilo faltam as especiarias. Se o Furacão não quer ir às compras, ou não pode, que vá ao fundo do quintal, traga os meninos que nos fizeram passar para a fase de grupos. Lá tem pimenta da boa, gente que pensa, pode ajudar. A solução pode estar no jardim de infância.

quarta-feira, 26 de março de 2014

COISAS DE DEUS


Amigo me pediu para escrever texto sobre os noventa anos do Atlético, cavar um momento especial nos meus grisalhos anos de torcedor. O time do nosso coração está na milha janela fulgente ao raiar do dia, prata lunar ao findar da noite. Veja no que deu.

COISAS DE DEUS

Estou aqui embatucado frente a um teclado ansioso, cansado de me ver com esta cara indecisa, sem sorrisos, a mente velha a procurar nos arquivos desbotados um momento inesquecível, marcante na minha relação de amor com o Atlético de 90 anos. Os dedos vão em direção às teclas e ele se assusta com o escrito, um simples e definitivo não o tenho. Meu caso de amor com o Furacão é longo e salpicado de pessoas e emoções. Meu irmão, sempre parando de fumar e voltando aos 20 do primeiro tempo, que um dia, após vitória daquelas de tirar da forca, deu-me abraço tão caloroso que ainda hoje o sinto. Da menina que aos quinze anos entendeu ser domingo dia de Furacão, e hoje tem nome em cadeira da Arena, vai lá para torcer e cuidar de mim, dizer ao cantar do Hino: “Você já está com a mão gelada. Para que isso?” Dos filhos que entenderam meus extremos e torcem sem perder saúde. Dos netos, pobrecitos, sufocados com camisas em vermelho e preto. Do amigo coxa, uns cinquenta anos de duros Atletibas, sem atritos, uma amizade diamantina. Do Pedrinho, do time que goleou o Caramuru de Castro, do emocionante Joffre Cabral e Silva, do Nilson, do Sicupira, do gol campeão do Joel matador de alviverdes, dos quatro gols do Ziquita, do Assis, do insuperável esquadrão de 83, do Oséas estrela de prata, do Kléber, dos campeões de 2001, dos meninos movimentando o placar da antiga Baixada, das durezas do Pinheirão, da volta ao ninho, do impressionante Mario Celso Petraglia, da inauguração da Arena em 99, em que me desmilingui de chorar como se fosse aquele o fim de todas as penúrias, sem saber que um dia, conselheiro do clube, a veria demolida para a construção de um novo e magnífico sonho. No meu check-in para o planeta Terra, Deus me mostrou a mãe linda no nono mês, o pai preocupado, os irmãos à espera, deu-me um flash da vida a seguir, gostei da imagem da bela menina de quinze anos, e já me entregando a passagem perguntou: “Com emoção ou sem emoção?” À beira da vida, fiz cara de coragem e optei pela emoção. “Tem certeza?”, voltou sorrindo. Trincando os dentes, fiz sinal de positivo. Então, Ele colocou o Atlético no meu coração. Coisas de Deus.

terça-feira, 25 de março de 2014

QUE SEMANA!

O Atlético faz noventa anos e seu torcedor está em festa. Já amanhã, na data do aniversário, o Furacão enfrenta o Velez e pode garantir a passagem de fase na Libertadores. Na sequência tem o jogo contra o Londrina, quem sabe o primeiro na nova e espetacular Arena, primeiro passo para a final do Paranaense.

O amigo rubro-negro quer mais? Impossível. Então vamos comemorar. Pode começar indo ao almoço no Porta Romana amanhã, os ingressos estavam sendo vendidos no Espaço Sócio Furacão. É ótima oportunidade para reunir com a irmandade, levar seu sorriso de orelha a orelha, vai lá aparece o seu Petraglia, uns jogadores, o amigo pode pedir um autógrafo, dar seu incentivo. Só para dar destaque, almoço em São Mateus do Sul reuniu mais de 500 atleticanos, sucesso absoluto.

Vamos lá irmão, tem gente dando um duro danado pelo sucesso da promoção, a sua presença vai ser um prêmio aos amigos. Falando em prêmio, haverá sorteio. Para mim, desde a infância fascinado por quermesse de igreja, aquela roda de bicicleta girando, a galinha com farofa, o bolo coberto de nata grossa expostos mexendo com minha imaginação gastronômica é apelo mais do que suficiente, estou dentro.

Quem parece estar dentro é Marcelo, sua participação no jogo contra o time argentino é dada como certa. Mais um prêmio para o torcedor, o papa-léguas é garantia de um incômodo danado para o adversário. Fico apenas imaginando onde vai parar Douglas Coutinho, com certeza um dos melhores do time nas últimas partidas.

Vai para a esquerda, sai Bruno Mendes, Éderson vai para o meio do ataque, ou vai para o banco? O amigo pode dar o seu pitaco, ver se está de acordo com o pensamento de Don Miguel. É mais provável que Coutinho vá para o banco, entre lá pelos vinte do segundo tempo para dar um descanso ao papa-léguas e uma canseira no lateral portenho.

Imaginar, discutir, escalar, substituir é missão do torcedor entusiasmado, cada um escala seu time, tem suas preferências. O importante é que o Furacão está rodando a milhares de rotações por segundo, fortíssimo na defesa, fatal no ataque, pronto para botar o Velez para dançar um tango. Neste baile dos sonhos, o atleticano é convidado especial, vai às festas de cartola, fraque e pince-nez, só para lembrar o cartola, antigo símbolo do clube.

Amigos! Que semana!

segunda-feira, 24 de março de 2014

COMECEI A BOTAR FÉ

O time do fim da rua mandou uns meninos lá no começo da rua e eles cometeram uma maldade tremenda, frente a seis mil testemunhas depenaram a Gralha. Um menino, um certo Marcos Guilherme, um dos mais maldosos, já procurado pelo IBAMA, deu-lhe duas estilingadas nas asas, impedindo-a de voar por meses, até que se refaça e encontre novos companheiros de bando.

O amigo, que me lê na China, acredite, o Ventania fez dois a zero na ave nativa e passou para a semifinal do Paranaense sem penalidades, sem nada, tudo dentro do tempo regulamentar, um passeio na definitivamente Vila Caldeirão. Como? Pergunta você de olhos bem abertos frente a um prato yakisoba.

A atração montou um time equilibrado, dois volantes de ofício, trouxe Zezinho de volta, bloqueou o avanço pela direita da ave segurando Olaza, colocando Hernani de vigia, e deixou para Marcos Guilherme e Crislan o “avecídio”.

Após uns vinte minutos de jogo ruim, o Ventania começou a soprar. Uma boa falta pela direita, outra pela esquerda, uma pelo centro, Crislan lançou Marquinhos, o maldosinho cobriu o goleiro, bola para fora, aos 44, Crislan enfiou uma bola açucarada para o menino, ele entrou, tocou no cantou e fez pose de Ronaldinho Gaúcho. Tem jeito melhor de ir para o vestiário, 1 a 0 no placar?

A ave voltou a fim de incomodar, jogou-se toda pela direita e foi conseguindo faltas, na esperança de Lúcio Flávio encontrar um bico esperto e empatar o jogo. Um deslize fatal. Deixou a direita desguarnecida. Hernani já tinha entrado livre por ali aos 45, o maldosinho resolveu brincar pelo corredor no segundo tempo. Aos 16 fez umas maldades e chutou com perigo, aos 27 partiu para cima, deixou o zagueiro na saudade, entrou na área e marcou na saída do goleiro.

O treinador da ave foi trocando defensores por atacantes e a atração respondeu com atacantes. Obrigado São Estanislau por tanto esclarecimento. Tive que chamar o santo polaco, o sérvio se recusou a voltar. Eu que já estava satisfeito com um susto na ave, estou em cólicas, faz uma 3 horas que não paro de rir.

Vou confessar um segredo ao amigo. Só fui me entusiasmar com o futebol de Marcos Guilherme no último jogo no Ecológico, achei que teve personalidade, deu um belo chute aos 78, quase marcou. Hoje foi o dono da pelada, marcou dois, ajudou Olaza, nos permitiu seguir em frente. Nota dez. Vamos lá piá, comecei a botar fé.

domingo, 23 de março de 2014

DAR UM SUSTO NA GRALHA

Tem jogo que dispensa concentração, preleção, todos esses cuidados e responsabilidades. A partida de hoje contra a Gralha é um desses eventos de entregar a camisa e deixar jogar, deixar a piazada se divertir.

Com chances remotas de passar de fase, o Atlético vai à Vila Capanema tentar o que até hoje não conseguiu, fazer uma boa partida, ganhar com folga de um Paraná motivado, rodadas e rodadas sem perder, louco para alcançar a semifinal do paranaense, alegrar sua torcida cansada de dificuldades.

O seu Pet treinou os meninos por toda a semana, orientou, estimulou, deu a eles a esperança na vitória salvadora, convenceu-os da capacidade de conseguir o sucesso, dar a volta por cima. O nome do jogo é futebol, tudo é possível.

Pet pode ajudar muito mais. Escalar um time equilibrado e tirar a pressão da piazada, deixar as promessas ao sabor do vento, animá-las coletivamente, dar chance para que a individualidade brote e dê seus frutos benfazejos, em casos extremos o brilho individual pode por si só corrigir mazelas e rumos.

Dizem que contra a parede, frente ao fim do mundo, os homens se superam, conseguem realizar proezas dignas de um Duro de Matar 7. É outra possibilidade, ir à batalha com todas as forças, longe dos tambores e das fanfarras defender com raça e atacar com a fúria dos desesperados.

Impossível esquecer que o Atlético tem uma camisa a honrar, não importa a idade ou capacidade técnica dos jogadores em campo, a inexperiência do treinador. Enfim, a camisa a honrar proíbe a diversão e impele para o jogo da morte.

O Ventania tem que enfrentar a Gralha presunçosa e suar sangue, os onze em campo tem que esquecer o sub-23, os adjetivos que lhes perdoam erros infantis e jogar como grandes, ganhando ou perdendo, misturando raça e criatividade, jogar bem, no mínimo, dar um susto na Gralha.

sábado, 22 de março de 2014

CAPITÃO DE OURO

Meninote de calças curtas, ouvi a final da Copa de 58 pelo rádio, sem entender muito tudo aquilo, a razão daquela gente do bar da dona Mindoca soltar dezenas de foguetes de vara, de cravados no chão ao estrondo nos céus uma questão de segundos faiscantes. O dia foi tão festivo que ganhei uma cocada branca da dona do bar, uma delícia. Aprendi que a vitória é doce.

Uma semana depois, li a história toda na revista O Cruzeiro. Lá no meio, entre as fotos do menino Pelé chorando abraçado a Nilton Santos, do time dando a volta olímpica, do Didi caminhando com a bola nas mãos após o gol sueco, estava ele, o capitão Bellini, levantando a taça Jules Rimet. O Brasil era campeão do mundo. Pois esse capitão de ouro honrou a só se veste por amor.

Caído para a segunda divisão em 67, o Atlético não precisava de um presidente, precisava de uma salvador. Foi então que Joffre Cabral e Silva caiu do céu. Ainda lembro sua frase defendendo a permanência do Atlético na primeirona: “O seu José Milani não é um hermeneuta, eu sou um hermeneuta”, dizendo-se assim um intérprete das leis, sua arte para salvar o Furacão. Salvou o Furacão.

Salvou e formou um timaço em 68. Convenceu Bellini, com ele foi fácil trazer Dorval, Zequinha, bicampeões do mundo, Zé Roberto, Nair, Milton Dias, Nilson Borges, ressuscitar o Furacão e mudar a mentalidade dos dirigentes do futebol nativo. Bellini foi atleticano por dois anos, despediu-se do futebol em 20 de julho de 69. No dia em que o homem chegou à lua, o capitão aposentou as chuteiras.

Não o vi jogar no Atlético, já estava longe, ouvindo os jogos pelo rádio, um doido procurando canto de alojamento premiado com onda da PRB2. Não vi, mas sinto orgulho da sua passagem pelo Furacão, o capitão de 58, capitão do time do meu coração.

Bellini foi o capitão que colocou o Brasil no mapa-múndi, nunca mais a Bandeira de cabeça para baixo, destacou o Atlético no mapa do futebol brasileiro.

Fossemos nós chegados a cultuar nossos ídolos, na braçadeira de capitão do Atlético deveria estar gravado para sempre o nome de seu mais importante comandante – BELLINI –, sublinhado por três douradas estrelas tiradas com pompa e circunstância dos ombros do primeiro brasileiro capitão de ouro.

sexta-feira, 21 de março de 2014

EL PARANAENSE É ASSIM

O Atlético que jogou em Lima deixou lá o futebol organizado, a pressão no ataque, as jogadas partindo da defesa com bola dominada, mesmo com o primeiro gol e seus efeitos tranquilizantes acontecendo já aos dez minutos. Mirabaje fez passe vertical para Bruno Mendes, o atacante chutou na saída do goleiro, o zagueiro Dalton se encarregou de dar destino à pelota.

Confesso que tive dificuldades no entendimento do plano de jogo. Vencendo, em casa, a defesa rifava para todos os lados, o Universitario chegou a ter mais posse de bola, o Furacão só ventava ao desarmar e saír rápido para o ataque. Daí, passes errados e excesso de individualidade complicavam as coisas.

Mendes reclamou a falta do cruzamento de Coutinho, a seguir cabeceou para o gol quando o passe para Coutinho era certeza de gol. Coutinho assistiu Ederson livre, bola raspando a trave. O Atlético forçou pela direita com Sueliton, Ederson e Coutinho, esqueceu a esquerda, ficou no placar mínimo nos 45 iniciais. Embora tenha perdido dois gols certos, achei o time confuso, nervoso, errando passes, sem necessidade, por quê?

Volta o jogo com Manoel dando um bico já aos 30 segundos. Por quê? Tempo para usar o chapéu pensador e catapum, descobri. O Atlético veio a campo para não levar gols, daí o bumba meu boi defensivo, a segurança que eu pedi em máxima voltagem, os gols sairiam com o passar do tempo. Foi o que aconteceu.

Ederson deixou Felipe livre na cara do goleiro, dois a zero. O goleiro falhou, deixou Ederson livre na cara do gol, três a zero. A defesa com futebol eficiente e sem maquiagem foi base da vitória. Os laterais, mal no ataque, foram intransponíveis nos seus setores. Venceu, excelente, se pudesse ser mais lúcido na transição, seria muito melhor.

Gostei de João Paulo, alimentou o ataque o jogo todo, gostei de Coutinho, uma força no ataque e na defesa, gostei de Éderson, jogou pelos dois lados, fez assistência, marcou em final de partida. A defesa garante os três pontos e eu elogio os atacantes. Então vamos distribuir medalhas para todos, mesmo assim, vejo Coutinho crescendo jogo a jogo. Marcelo tem que voltar em grande forma.

O Atlético, que entrou na Libertadores como última força, começa a soprar forte, é o melhor dos brasileiros, pode pular de fase já na próxima semana. A grande mídia nacional se impacienta, vai ter que gastar tempo e espaços com o Furacão. Que culpa temos nós, el Paranaense é assim.

quinta-feira, 20 de março de 2014

INESTIMÁVEL AJUDA

Sem Adriano, sem Mosquito, sem Marcelo e sem Zezinho, o Furacão, salvo alguma novidade de última hora, repete a mesma escalação, contra o mesmo adversário da última semana, o Universitario de Lima.

As notícias são poucas, a ressaltar apenas a declaração de Don Miguel: “Espero que o time do Atlético tenha a mesma atitude, com muita intensidade, muito trabalho e muito ritmo, que faça uma boa pressão no rival em seu campo, que tenha uma boa posse da bola para fazer os gols necessários”.

Se Don Miguel espera, eu também espero, especialmente “a mesma atitude, com muita intensidade”. Nos Andes peruanos, o Furacão fez partida em que acreditei não conseguiria manter o ritmo até os noventa minutos, tal o nível de esforço empregado por todos os jogadores. Provou estar com ótima preparação física, a ausência do Paranaense tem reflexos muito positivos.

O treinador fala em “gols necessários”, fazendo as contas, após a vitória do Velez contra o Strongest, teríamos que marcar quatro para assumirmos a primeira colocação na chave. Aí, eu gostaria que o Furacão repetisse Lima, segurança defensiva, os gols, ou o gol, sairão com o passar do jogo.

O Universitario vem a Curitiba para cumprir tabela, conhecer a cidade da Copa do Mundo, mas tem camisa, bobeou marca e torna o jogo um inferno. A Vila Capanema facilita para o defensor, o campo é ruim, por isso vamos subir a ladeira devagar, com segurança, “muito trabalho e muito ritmo”.

Ando concordando demais com Don Miguel, só gostaria de insistir na manutenção daquela âncora que segura Manoel na defesa. Sei que é pedir muito, mas se fosse possível, ficaria feliz com Nathan no banco de reservas.

O jogo é aparentemente fácil, fundamental para as nossas pretensões na Libertadores. Um deslize e colocamos pedras no caminho. O torcedor, que anda invocado com o sub-23, tem que trocar o canal, ir à Vila Caldeirão com atitude e intensidade libertadoras, o grande passo para o caminho da América será dado hoje, com a sua imprescindível e inestimável ajuda.     

quarta-feira, 19 de março de 2014

TEM QUE GANHAR

O amigo mais novo não vai acreditar, mas já houve tempo em que os treinadores ficavam sentadinhos no banco de reservas, usavam o intervalo e as substituições, quando se tornaram possíveis, para dar jeito no time. Eram treinadores, treinavam o time durante a semana, distribuíam as camisas e orientavam os jogos sem estrelismos.

Dizem que Feola, técnico da seleção campeã em 58, dormia no banco. Uma lenda, óbvio, dormir com aquele timaço em campo era uma impossibilidade física, mesmo que o gorducho sofresse de pressão baixa e tivesse acabado de arrematar feijoada poderosa no almoço da concentração.

É difícil para o jovem acreditar, e eu entendo perfeitamente, não tivesse vivido o passado, tivesse começado a ver futebol de alguns anos para cá, em que o treinador parece mais um boneco de posto, possesso a indicar quem deve receber o lateral, empurrar o volante para o ataque, usar todos os dedos da mão para apontar ações a realizar.

Já ouvi Falcão, o rei de Roma, contando história de treinador do Inter, um desses berradores de lado de campo. Para alívio dos colorados, o professor foi expulso, mas continuou berrando, escondidinho atrás da casamata. Assim, como quem não quer nada, jogador se aproximou do homem de preto e cochichou a posição do infeliz, finalmente afastado pelo apito salva ouvidos.

Eu fico só imaginando. Você pega na bola e o cara grita “Vira! Vira!”, você vira, o adversário corta teu lançamento e lá vem ele de novo “Volta! Volta!”, sebo nas canelas, “Marca! Marca!”, o condutor da bola está ao seu alcance, “Faz a falta! Faz a falta!”, você faz a falta, leva o vermelho, tira a camisa, dá para o boca de ferro e vai para o vestiário feliz da vida. Fim do tormento.

O treinador assumiu lugar no palco que nunca foi dele, passou a ser estrela, vedete da companhia. Entendo que a possibilidade de estar ao lado do campo, orientar, não se pode jogar fora, mas alguns passam dos limites, atrapalham os jogadores no difícil trabalho de parto que leva ao gol.

Por que entrei nesse papo sem Atlético. Porque gosto da postura de Don Miguel. Tem um time treinado, um esquema claramente definido, poucos chiliques à beira do campo, eu gosto. Infelizmente para ele, o meu gostar é um grão de areia no oceano, Don Miguel tem que ganhar,

terça-feira, 18 de março de 2014

COM OS TEUS FILHOS

Saio de casa com o mundo virado em água, chove na horizontal, na vertical, em todos os ângulos. Vamos lá, o trânsito complicado atrasa o movimento, a reunião do Conselho não espera. Quando entro no hotel a chuva já se resume a pingos esporádicos, foi só para criar suspense.

Subo as escadas, assino o nome, ganho um capacete de presente, passei a vida de capacete, merecia ganhar um para enfeitar a estante, e vou procurar alguém que conheça, por incrível que pareça, entre tantos conselheiros, conheço um pingo de gente. Vejo o Elias, amigo velho de Colégio Militar, e fico de papo.

Petraglia chega sorridente, vai cumprimentando um a um, faz uma graça para o Elias, e somos chamados para a sala de reuniões. Forma-se a mesa, a Clara é chamada para a cerimônia da bandeira, todos de pé, canta-se o Hino, sinto aquela velha emoção que me acode com a palavra Hino, e a reunião começa.   

Primeiro assunto da pauta, a inclusão da Arena como garantia para o BNDES face um novo financiamento de 65 milhões. Petraglia apresenta o andamento da obra, mostra os trilhos já colocados na cobertura para receber o teto retrátil, explica a engenharia financeira, perguntas são feitas, o temor com o calote do governo do Estado é levantado – A Prefeitura já colocou todos os seus 110 milhões na obra, o Estado apenas 45 milhões –, respostas são dadas.

Chega-se à conclusão de que o Atlético ficará com uma dívida de 82,5 milhões, a serem pagos em 15 anos a juros de 1,8% ao ano, algo como 6 milhões/ano. Com a possibilidade de recebimento de 4,5 milhões/ano pelo naming rights, a dívida pode ser paga com a placa na parede. Levada à votação, a proposta é aceita por unanimidade.

Segundo item da pauta, a prorrogação do mandato da diretoria do clube em um ano, passando de 3 para 4 anos o mandato da atual gestão. Verificada a legalidade da proposta, a necessidade de Assembléia Geral dos sócios, que votarão pela sua aprovação ou não, respondidas as perguntas, a proposta é aprovada preliminarmente, também por unanimidade.

O conselheiro pede a palavra e se diz orgulhoso de ser atleticano, de viver o momento em que se constrói um novo Atlético, ressalta a palavra do presidente do Galo mineiro, firme ao afirmar que o único time do Brasil a ganhar com a Copa do Mundo é o Atlético Paranaense.

Vou lá à frente, cumprimento o Petraglia e saio com o meu capacete embaixo do braço, dever cumprido, as imagens da super Arena ainda nos meus pensamentos. O motorista do táxi pergunta se o Petraglia estava na reunião, se o teto retrátil vai sair, diz que não torce por futebol, a esposa é coxa, levada pelo pai. Eu não digo nada, mas penso cá comigo, seja um bom pai, não vá fazer o mesmo com os teus filhos.

segunda-feira, 17 de março de 2014

SÓ STROVAC

Quando você pensa que Petkovic já esgotou seu estoque de equívocos, ele se mostra definitivamente insuperável. A atração é “pracabá”. A escalação é desastrosa. Com Tarik no banco, a presença de Ricardo Silva é imperdoável, prejudica o jogador, coloca o time em risco, o emocional do grupo fica por um fio.

O fio se rompe aos oito minutos. Cruzamento da direita, Ricardo dá uma pixotada nível bola murcha campeão do mês, a bola sobra limpa para Lúcio Flávio, lá está ela no fundo das redes. Pela cabeça dos jogadores passa um “Já!”, o emocional é destruído, o cansaço pesa aos dez minutos.

Cheio de atacantes, super vulnerável, o time é um desastre em andamento. O Paraná deita e rola, força pela direita e cria uma avenida pelo lado. O amigo sabe por quê? Alguém no Atlético acha que Hernani é volante. O piá não tem o menor cacoete para a função, marca com os olhos, não desarma, não faz falta, Sidcley fica só, a Gralha aproveita, perde gols e eu peço o intervalo.

Amigos, o Ventania só voltou a soprar aos 40 minutos, Marcos Guilherme e Nathan resolveram se aproximar e criaram algumas boas jogadas. O que fazer? Acertar a defesa, dar condições para que se vá ao ataque com segurança.

O time volta sem alteração, a Gralha atacando, perdendo gols, um certo Paulinho infernizando pela direita. Aos 21, Sidcley insiste, cruza, a defesa do Paraná dá rebote, Hernani chuta de fora, gol do Ventania. Hernani faz gol de cabeça, de fora, tem visão de jogo, sabe passar e é volante, só para a turma do Caju.

Não demorou para seu Pet fazer outra travessura. Nathan por Taiberson. Alguém quer comentar? Tirar o jogador que em um lance pode resolver a partida dá até uma dor. Crislan fez uma partida horrível, o jogo central estava completamente bloqueado, me dá um motivo para tirar Nathan e mantê-lo em campo.

O Paraná nada fez de especial, mas conseguiu penalidade aos 35, ali pela direita, marcou. Então, e só então, seu Pet colocou Juninho, arrumou a defesa. O jogo acabou com a Gralha bicando a trave aos 45. Essa bota na conta da atração. Petkovic tem que se recolher à burocracia. No banco, só strovac.

domingo, 16 de março de 2014

VAI DEPENDER DE VOCÊ

As notícias dão conta de que Zezinho voltou ao time principal, assim, não estará presente hoje no Janguito. Zezinho é veterano no sub-23, se é fundamental não arrisco dizer, embora, fosse eu o treinador, iria sair no sopapo pela sua presença.

Os homens que decidem no Atlético têm que entender que o torcedor quer vencer, assimila esse rosário de derrotas, tem a resposta na ponta da língua – o tal time sub-23 –, mas a sapecada que levou no último domingo foi de amargar, não foi para ver a repetição da dose que as habilitações aconteceram em minutos.

Entendendo o desejo do torcedor e do seu Presidente, Petraglia chegou a fazer uma dancinha na vitória frente ao Maringá, acredito em Ventania tendendo a Furacão no jogo de hoje. Pelo menos espero uma zaga vacinada contra falhas imperdoáveis. O Atlético tem gente capaz para ocupar o meio da área, o tempo de arriscar ficou para trás, brincando, quase fomos para o torneio da morte. 

Vi a entrevista de Petkovic e descobri um treinador cansado, barba por fazer, estudando frases, falando em detalhes, pedindo o apoio da torcida. Rodolfo foi mais específico: “Precisamos aprender com as falhas, repetir os acertos, buscar não falhar mais e acertar o máximo possível”. Rodolfo sabe que o erro a evitar é do pessoal ao alcance da sua voz, no ataque, em meio a uma profusão de erros, um acerto pode definir a partida.

O Atlético tem elenco para colocar em campo um time experiente, em boas condições emocionais de enfrentar a Gralha, o apoio da torcida única ajudará demais. Se esse time experiente está treinando junto desde a segunda-feira as chances crescem, o bom resultado se torna possível. Vamos ver o que nos reserva nosso misto de atração, manager da formação e treinador.

Eu sei que o amigo quer adivinhar o resultado, saber o futuro, ir para o jogo de sangue doce. Pois irmão, analisei, li, reli e, falando bem a verdade, se o prezado conseguiu habilitar seu smart, acho que vai depender de você.  

sábado, 15 de março de 2014

COM ESPERANÇAS

Vítima da queima de um acelerador gráfico, fiquei na mão, sem poder teclar sobre o acelerado Atlético em Lima. Socorrido pela filha volto à luta. Às vezes entrevistas parecem repetir o óbvio. Antes do jogo, disse o jogador atleticano: “o time está treinado”. Retruquei mentalmente: “só faltava não estar”. Vendo a partida, entendi o rubro-negro, o time está realmente treinado.

O Atlético foi um time motivado, aplicado ao plano tático, preocupado em jogar, faltas apenas as necessárias, venceu com mérito, mérito que não se pode negar mesmo entendendo a fragilidade do adversário.

Engessado por um 433, que transformou Mirabaje em mais um volante, mesmo assim o Furacão marcou à frente, jogou no ataque, liberou os laterais, impediu a ação ofensiva do time da casa, dominou os 90 minutos.

Se foi tão bem, porque não ganhou por placar mais dilatado? Vou dar meu pitaco. A rigidez do sistema, os três volantes parecem ter uma linha imaginária limitando seus avanços, obrigou os atacantes a viver da individualidade, a construir e inaugurar a obra, escrever a carta e entregá-la no fundo das redes.

O que fez a carta chegar ao destino foi a ótima preparação física e a insistência na aplicação do esquema. O gol aconteceu como teria que acontecer. Mirabaje encontrou Ederson livre pelo meio, o artilheiro lançou Sueliton aberto na direita e penetrou na área para receber o cruzamento. Forçou com sua presença a ação do zagueiro, gol contra. A carta chegou por vias tortas, mas chegou.

Gostei da postura da defesa, da velocidade dos laterais, vou dar as medalhas para Douglas Coutinho, Ederson e Sueliton. Quem vai levar o ouro? Sueliton. Ninguém se criou pelo seu lado, chegou várias vezes ao ataque, tem bom entrosamento com Coutinho, fez o cruzamento para o gol. Vale ouro.

Ficou claro que Don Miguel treinou esse time, a garotada está voando, motivada pela Libertadores. Pode ser pouco para a continuidade da competição, as substituições mostram as carências do elenco, mas, seguimos na luta, acelerando corações com esperanças.  

quinta-feira, 13 de março de 2014

DEIXAR ROLAR

A falta de jogos faz com que o torcedor tenha dúvidas na hora de escalar o Atlético que joga hoje em Lima. Começa pelo Weverton e empaca logo no lateral direito, esquece o nome, demora a lembrar de Sueliton. No meio de campo, tem dúvidas enormes, Fran Mérida, MIrabaje – quem arma esse time? –, no ataque, sabe que Adriano e Marcelo não viajaram, fica com Ederson e, santíssimo, quem vai fazer os gols do Furacão?

Aquela ideia que time bom é aquele que o torcedor tem na cabeça, escala num jato, não funciona no Atlético de Don Miguel. Para piorar, aparece um Carlos Cesar dando entrevista – quem é? –, Felipe volta à cena, quem dorme com um barulho desses?

Nada disso tem importância se o time a entrar em campo na hora da balada estiver na cabeça de Don Miguel desde o retorno da partida contra o Velez, tenha treinado, ganhado entrosamento, os jogadores adquirido confiança no sistema tático, acreditem-se capacitados para a vitória.

Com o pensamento no jogo treino contra o Figueirense vou adivinhar o Furacão: Weverton, Sueliton, Manoel, Cleberson e Natanael; Deivid e Paulinho Dias; Mirabaje; Douglas Coutinho, Ederson e Mosquito. O time defende com uma linha de cinco no meio de campo, Coutinho e Mosquito bloqueiam os laterais, Mirabaje faz um terceiro volante pela esquerda.  

Ataca com Mirabaje armando prioritariamente pela esquerda, algum avanço de Paulinho ou Deivid pela direita e os três atacantes alternando posicionamentos. Tudo adivinhação, o jogo vai mostrar a realidade de Don Miguel.

As entrevistas dos jogadores falam em time bem treinado, consciência de jogo difícil, pensamento na vitória, nem pensar em derrota. A cabeça tem que ser essa mesmo. Depois é ter disposição e ir à luta. Dizem que todo jogador é baladeiro, se assim for, no horário do jogo estarão no pico do seu melhor rendimento, é só entrar em campo e deixar rolar.

quarta-feira, 12 de março de 2014

ELE É O CARA

Sinceramente, tem algum atleticano interessado em notícia do Coritiba? Se tem deve ser o dedicado a zoar o arquirrival nas redes sociais, transformar o Couto Pereira num vaso sanitário, colocar o Alex carregando uma marmita, coisas desse tipo, expressões da criatividade de alguns incrementada pelas possibilidades infindas da internet.

Pois bocejante liguei a TV no meio da manhã, fui para o Redação Sportv e a notícia do momento era de deixar cabelos em pé. Carta dos jogadores coxas alertava para a deprimente administração coritibana, os atrasos de salários em primeiro plano. Disse o apresentador do programa que só o Deivid cobra na justiça 12 milhões do alviverde. Um caos financeiro.

O atleticano dando cambalhotas de tanto rir dirá “culpa do CAP”, e repetirá próximo de um engasgo fatal “culpa do CAP”, antes de revirar os olhos de alegria, desfalecer e a esposa chamar a ambulância.

A brincadeira tem um fundo de verdade. Inevitavelmente batido pela invejável administração rubro-negra, seu Vilson viu a contratação de medalhões como possibilidade única de dar alguma satisfação ao seu torcedor. Se já vivia no vermelho, está no roxo e não ganhou nada de importante, muito pelo contrário, andou perto da segunda divisão em 2013.

A notícia aponta para o futuro do futebol paranaense. O Atlético transformado no grande clube do Estado, uma força nacional, os demais lutando para sair do atoleiro financeiro em que se meteram, alternando fracas campanhas com brilharecos advindos da boa sorte.

Por trás de toda essa mudança está seu Petraglia. Você pode até não gostar dele, mas como diz Roberto Carlos, agora uma majestade com código de barra, ele é o cara.

terça-feira, 11 de março de 2014

PARECE FÁCIL

Don Miguel viu os jogos do Universitário e acha que dá para ganhar. O jogo é duro, uma final para o time de Lima. Com zero pontos na tabela, se perder, não precisa ser universitário para saber que está fora de la Lib. Vai jogar a vida. O técnico novo vai estimular, arrumar a cozinha, tentar surpreender el  Paranaense no ataque e, se tiver sorte, garantir o resultado na raça e no apoio da torcida. Mesmo assim, Don Miguel está animado.

Não posso negar que sou encantado com a ofensiva. Poucos jogos vencidos com atuação predominante da defesa me entusiasmaram. Vencer defendendo requer foco na proposta, extrema coordenação e sorte. A eliminação do Barcelona pelo Chelsea na Liga dos Campeões 2011/2012 foi exemplo clássico. O time catalão esbarrou em defesa obstinada e faleceu vítima de contra-ataques. A defesa avançada, em linha, facilitou a eliminação, até o Fernando Torres fez gol no time do Messi.

“É uma partida que temos que ganhar” diz Don Miguel, “e para ganhar temos que ter uma disposição ofensiva boa”. Ao fazer uma análise cega do jogo-treino contra o Figueirense, adivinhei um Furacão soprando no ataque, forte com MIrabaje e Mosquito pela esquerda. No papel, é time de ataque, vai criar situações de gol.

Aí vem o problema. Nossa defesa gosta de cometer os erros que levaram o Chelsea a eliminar o Barcelona, avança demais, joga em linha, se expõe à bola enfiada, de minuto em minuto tem alguém na cara de Weverton. Se Don Miguel conseguir limitar o avanço defensivo, quebrar a linearidade da última linha, criar um bom sistema de coberturas, nossas chances aumentam consideravelmente.

Don Miguel é um teórico, sabe de tudo isso, teve tempo para treinar, tomara tenha dado ao Furacão um ataque barcelonês, bom na troca de passes, mortal na finalização. Fica faltando a defesa inglesa do The Blues, consciente do seu papel, primeira, segunda e terceira prioridades, defender.

Garantido na defesa, é seguir o roteiro definido por MIrabaje: “sair para o jogo, ficar com a posse de bola, cedo ou tarde a oportunidade de marcar vai aparecer”. Aparecida a chance, colocar para dentro. Assim, no papel, parece fácil.

segunda-feira, 10 de março de 2014

MOSTRAR SERVIÇO

Bem que eu estava desconfiado daquela carta do carro com cara de Kombi. Seu Petkovic colaborou e a torcida da Gralha vibrou pelos últimos cinco anos de seca. As Kombis abandonaram a Vila soltando fumaça, ouviu-se o buzinaço por toda a cidade, até o momento em que as baterias acabaram deixando os passeriformes felizes, mas a pé.

A escalação do Ventania foi um convite à goleada. O Léo Pereira jogou de zagueiro contra o Figueirense e apareceu encostado na lateral. O Tarik fez dupla com o Léo em Floripa e nem no banco deu as caras, onde seu Lucas Alves roncou uns oitenta minutos. A zaga que entrou em campo está no maternal, passa mais tempo engatinhando, caindo sentada, do que protegendo o goleiro.

Resultado. O time entrou, foi pressionado, falhou, foi levando gols, quis jogar, errou passes no meio de campo, sofreu contra-ataques, tomou um chocolate inesquecível. Um tal Giancarlo chegou a pedir música. O Atlético foi vítima de erro cinco estrelas da avaliação do seu próprio elenco e, é lógico, de um Paraná menosprezado, muito superior.

Por que não chamei a santa? Porque do jeito que estava, a situação só seria resolvida por São Ziquita, expert no assunto, a quem resolvi não chamar, o time estava classificado, achei melhor castigar seu Pet. Sem ajuda celestial, tomamos um baile, naquele campo duro de dançar, o gramado da Vila piora a cada dia.

O Atlético tem ótimos jogadores no seu elenco sub-23, tem também seus menos qualificados, que podem a conta-gotas compor o time, em dose elevada são veneno mortal. Ficamos em oitavo lugar, com todas as bobagens feitas ficar à frente seria um perigo, fortaleceria a miopia da comissão técnica, necessitando urgente de óculos fundo de garrafa.

Petkovic tem que agradecer ao Atlético. Em nenhum lugar do mundo iria achar patrão mais compreensivo e campeonato mais chinfrim para começar carreira. É bom abrir o olho. Tem duas partidas para mostrar serviço.

sábado, 8 de março de 2014

PARABÉNS MENINAS

O Atlético goleou o Figueirense, quatro a zero, dois vira, quatro ganha. Qual a conclusão? Não há conclusão. Sobre o que não se vê não se conclui. Afirmar que o Atlético está no caminho certo seria uma temeridade. Nada se sabe sobre o Figueirense, nem se mostrou algum interesse pela pelada. Assim, ficamos em suspense com o Furacão, vibrando com o Ventania. Um suspense vibratório.

Muitos clubes nos copiaram e relegaram os estaduais a segundo plano, esporadicamente jogam partidas com o time principal. Viram os benefícios da inovação e a aperfeiçoaram. Nós estamos presos ao modelo inicial. Poderíamos ter jogado contra o Maringá com o Furacão. Chamaria a torcida, valeria três pontos importantes, o adversário iria dificultar, seria um bom teste, iríamos ver.

Da vitória em sigilo, do teste em segredo, ficou a escalação: Weverton; Sueliton, Dráusio, Léo Pereira e Natanael; Deivid, Paulinho Dias e Mirabaje; Douglas Coutinho, Ederson e Mosquito. Sete substituições caracterizam o jogo treino, os reservas correndo atrás, os titulares se guardando. As ausências de Manoel e Adriano socorrem meu raciocínio.

Adivinhando, e só adivinhando, eu diria que temos um time ofensivo, forte pela esquerda com Mosquito e MIrabaje. O gol de Mosquito, concluindo passe de Mirabaje, pode dar um mínimo de realidade à minha adivinhação. Se imaginarmos que nossa prioridade não é o ataque em Lima, ficamos na expectativa de que Mosquito e Douglas Coutinho fechem os lados do campo em situação defensiva. Já adivinhei demais.

Deixemos de lado o suspense e vamos vibrar contra a Gralha. Já que estou em ritmo de adivinhação, espalho as cartas do tarô sobre a mesa e tiro uma oferecida. É o carro, símbolo da vitória. A carta me tranquiliza e me amedronta. O carro estilizado na carta vencedora mais parece uma Kombi, e Kombi, o amigo sabe, é o transporte preferido dos passeriformes.

Sai para lá preocupação. Como hoje é dia da mulher, parabéns a todas elas, e amanhã aniversário da mãe do Nathan, inconformado com a lei “empelésario” que vai nos roubar seu filho, em quem investimos tanto, vou deixar para o menino.  Se ele não der conta, vou esquecer santo macho, vou pedir para uma santa, as mães às vezes querem nos tirar o couro, mas, o amigo sabe, quebram todos os galhos. Parabéns meninas.

sexta-feira, 7 de março de 2014

CHAMA O ESTANISLAU

E aí irmão? O coração resistiu bem? É rubro-negro, o Atlético não é time para pessimistas, este ano já ressuscitou umas três vezes nos últimos segundos. Quando o árbitro já colocava as moedas nos olhos do Ventania, a travessia do rio nevoento já encaminhada, o milagre aconteceu. Dá para acreditar?

Jogo duríssimo, falha tremenda da defesa e aos 13 o Maringá faz um a zero. O que nossa defesa já falhou nesse Paranaense dá para entupir coração de maratonista. Falha um, gol do Maringá, falha o segundo, cai um fulminado na arquibancada. Aos 24 e aos 26 a Zebra só não aumentou por falta de sorte.

Quando nossa zaga parou de fazer caca, fomos ao ataque, mas só a partir dos 40 conseguimos incomodar, com duas boas chegadas de Jean Felipe pela direita. O time foi para o vestiário e eu para o oratório. Outro dia, sem conhecer santo sérvio, chamei Santo Estanislau. Deu certo. Leitor no Egito me alertou que o padroeiro da Sérvia é São Sava. Então, chamei São Sava, vai ver ele nos salva.

O Ventania sopra no ataque, entra pelos lados, tenta demais o pivô com Crislan, Hernani sai contundido, entra Harrison, aos 20, o time começa a errar passes, sintoma clássico de que a vaca se encaminha para o brejo. Para complicar, o Maringá contra-ataca com perigo, Rodolfo tem trabalho. Vamos São Sava!

Aos mesmos 20, sai Juninho, entra Guilherme. Volante por atacante é tudo ou nada. Quem enxergou alguma organização no Ventania dos últimos 25 minutos ganha vaga de julgador da Liga Independente das Escolas de Samba do RJ, vai julgar o quesito harmonia em 2015. Foi um São Sava nos acuda.

No horror, quem se dá bem é quem está ali na área a passeio, o coração batendo a 72 quando todo mundo está a 150. E quem é o sangue frio do Ventania? O menino Nathan. O piá já tinha obrigado Ednaldo a grande defesa no 1º minuto de jogo, aos 8 cruzou bola que Crislan dormiu no ponto e perdeu. O dia era do guri.

Trinta e um minutos, Sidcley entra pelo meio, toca a Marquinhos, daí a Guilherme, excepcional passe por cobertura para Nathan, o piá entra solando e empata. Ufa! Aos 46, São Sava gritando pela boca de Petkovic, Nathan recebe na ponta esquerda, cruza alta, a bola passa por todo mundo e cai no pé certeiro de Harrison. Bola na rede. Fim de pelada.

São Sava olha para mim com o coração aos pulos e pergunta: “Foi você que me chamou aqui?”. Balanço a cabeça afirmativamente. Ofegante, o santo dá adeus e sai praguejando: “Aqui nunca mais. Dá outra vez chama o Estanislau”.

quinta-feira, 6 de março de 2014

SURDO DE PRIMEIRA

Após descobrir a importância de um surdo de terceira, assistir a marcha dos zumbis curitibanos, volto ao futebol, melhor dizendo, ao Ventania, fora da zona de rebaixamento, por décimos de milésimos fora, por incrível que pareça à frente de Paraná e J. Malucelli. Este é o velho Paranaense e seus supertimes.

Vou às notícias e leio que Petkovic pode repetir pela primeira vez a escalação. É bom sinal. Assim, boa oportunidade para espiar o carnavalesco Ventania e Jotinha, fonte da equipe a jogar hoje contra o Maringá.

O Atlético venceu com um 433 ofensivo. Uma primeira linha de quatro, com os laterais avançando com segurança, Otávio protegendo, centralizado, Zezinho pela direita e Hernani pela esquerda, com liberdade para atacar, fechando o meio. Zezinho e Hernani, a meu ver, são meias que marcam. Eu disse meias.

O ataque – Crislan de pivô, Nathan pela direita e Marcos Guilherme pela esquerda, alternando posicionamentos – apoiado por Zezi-Her, fez um primeiro tempo de resultado. Gol de Hernani de cabeça, outro de Crislan em cruzamento de Hernani, garantiram a folga no placar. Rodolfo salvou a vantagem ao pegar pênalti ao início da segunda fase, não conseguiu pegar um segundo, um susto, Petkovic trocou Nathan por Juninho. Foi para a defesa? Mais ou menos.

O meio ficou com Zezinho, Otávio e Juninho, Hernani foi para a ponta direita, marcar o lateral e atacar pelo lado. O time sofreu um pouco, ganhou força e controlou o jogo até o gol de Lucas Alves, definidor do placar. Importante, o Ventania não deixou de soprar no ataque. A entrada ofensiva de Harrison no lugar de Zezinho foi corajosa e determinou a vitória.

Última notícia, Zezinho sentiu e deve dar lugar a Juninho. Acho que pouco muda. O jogador que desequilibrou contra o Jotinha foi Hernani. Com a frieza de Nathan, a frequência de gols de Crislan, a transição eficiente de Otávio e o bom apoio dos laterais, o Ventania vai soprar no Ecológico. Vale a pena ver, os zumbis foram embora, jogo para torcida tocada a surdo de primeira.