segunda-feira, 10 de março de 2014

MOSTRAR SERVIÇO

Bem que eu estava desconfiado daquela carta do carro com cara de Kombi. Seu Petkovic colaborou e a torcida da Gralha vibrou pelos últimos cinco anos de seca. As Kombis abandonaram a Vila soltando fumaça, ouviu-se o buzinaço por toda a cidade, até o momento em que as baterias acabaram deixando os passeriformes felizes, mas a pé.

A escalação do Ventania foi um convite à goleada. O Léo Pereira jogou de zagueiro contra o Figueirense e apareceu encostado na lateral. O Tarik fez dupla com o Léo em Floripa e nem no banco deu as caras, onde seu Lucas Alves roncou uns oitenta minutos. A zaga que entrou em campo está no maternal, passa mais tempo engatinhando, caindo sentada, do que protegendo o goleiro.

Resultado. O time entrou, foi pressionado, falhou, foi levando gols, quis jogar, errou passes no meio de campo, sofreu contra-ataques, tomou um chocolate inesquecível. Um tal Giancarlo chegou a pedir música. O Atlético foi vítima de erro cinco estrelas da avaliação do seu próprio elenco e, é lógico, de um Paraná menosprezado, muito superior.

Por que não chamei a santa? Porque do jeito que estava, a situação só seria resolvida por São Ziquita, expert no assunto, a quem resolvi não chamar, o time estava classificado, achei melhor castigar seu Pet. Sem ajuda celestial, tomamos um baile, naquele campo duro de dançar, o gramado da Vila piora a cada dia.

O Atlético tem ótimos jogadores no seu elenco sub-23, tem também seus menos qualificados, que podem a conta-gotas compor o time, em dose elevada são veneno mortal. Ficamos em oitavo lugar, com todas as bobagens feitas ficar à frente seria um perigo, fortaleceria a miopia da comissão técnica, necessitando urgente de óculos fundo de garrafa.

Petkovic tem que agradecer ao Atlético. Em nenhum lugar do mundo iria achar patrão mais compreensivo e campeonato mais chinfrim para começar carreira. É bom abrir o olho. Tem duas partidas para mostrar serviço.

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