O aperitivo é festivo,
jogo para chegar cedo, levar câmera, tirar fotos, passear pelas novas
instalações, surpreender-se com a beleza, com a qualidade, com o padrão FIFA
tão decantado, por fim, emocionar-se. Depois, testar a cadeira confortável, assistir
ao jogo, ver a bola rolando no gramado classe A, os repetecos no telão imenso,
dar moral ao Adriano caso ele apareça.
Um daqueles instantes
para se guardar na memória. Quando o papo no boteco trouxer de volta este 29 de
março, o torcedor pé-quente sorteado para o acontecimento histórico dirá com
justificada soberba: “Eu estive lá. Eu vi”.
Olhos escancarados e
bocas aflitas perguntarão: “E aí, conta, conta como foi”, e a narrativa então
começa: “Era uma vez uma Copa do Mundo, todos os bruxos e vampiros se uniram
contra o Furacão, e todos foram fragorosamente derrotados por São Petraglia.
Então, no dia 29 de março de 2014, as portas do templo se abriram finalmente...”
e por aí vai.
O jogo de fundo vale
três pontos, uma aventura do tipo eu te desdenho, mas se te ganhar vou fazer
uma festa danada. O Ventania, que já estava morto e enterrado, ressuscitou
contra a Gralha e agora ninguém sabe aonde vai parar. O futuro é uma incógnita.
Eu tiro minhas
conclusões. Se passar do ponto no emocional, se achar favorito, entrar para
ganhar e esquecer o equilíbrio, bobear na defesa, corre o risco da derrota,
repete o Furacão da quarta-feira. Defender sem erros, atacar com segurança, é o
caminho para a vitória. Enfim, repetir o jogo contra a Gralha, enredar o
Tubarão, impedir seus ataques e, no momento exato, arpoar o bicho, transformar
tubarão em cação, garantir a moqueca de domingo.
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