Não posso negar que sou
encantado com a ofensiva. Poucos jogos vencidos com atuação predominante da
defesa me entusiasmaram. Vencer defendendo requer foco na proposta, extrema
coordenação e sorte. A eliminação do Barcelona pelo Chelsea na Liga dos
Campeões 2011/2012 foi exemplo clássico. O time catalão esbarrou em defesa
obstinada e faleceu vítima de contra-ataques. A defesa avançada, em linha, facilitou
a eliminação, até o Fernando Torres fez gol no time do Messi.
“É uma partida que temos
que ganhar” diz Don Miguel, “e para ganhar temos que ter uma disposição
ofensiva boa”. Ao fazer uma análise cega do jogo-treino contra o Figueirense,
adivinhei um Furacão soprando no ataque, forte com MIrabaje e Mosquito pela
esquerda. No papel, é time de ataque, vai criar situações de gol.
Aí vem o problema. Nossa
defesa gosta de cometer os erros que levaram o Chelsea a eliminar o Barcelona,
avança demais, joga em linha, se expõe à bola enfiada, de minuto em minuto tem
alguém na cara de Weverton. Se Don Miguel conseguir limitar o avanço defensivo,
quebrar a linearidade da última linha, criar um bom sistema de coberturas,
nossas chances aumentam consideravelmente.
Don Miguel é um teórico,
sabe de tudo isso, teve tempo para treinar, tomara tenha dado ao Furacão um
ataque barcelonês, bom na troca de passes, mortal na finalização. Fica faltando
a defesa inglesa do The Blues, consciente do seu papel, primeira, segunda e
terceira prioridades, defender.
Garantido na defesa, é
seguir o roteiro definido por MIrabaje: “sair para o jogo, ficar com a posse de
bola, cedo ou tarde a oportunidade de marcar vai aparecer”. Aparecida a chance,
colocar para dentro. Assim, no papel, parece fácil.
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