sábado, 30 de abril de 2016

O CHAMPANHE DA VITÓRIA

Para começar este final de semana de futebol, quero dar medalha de lata para a Gazeta do Povo pela publicação da matéria “ ‘Vovô’ em clássicos, Deivid representa fase negativa do Atlético contra o Coritiba”. A reportagem coloca sobre os ombros do volante atleticano a responsabilidade de maus resultados rubro-negros, baseia-se em números que só se sustentam porque o jogador tem longa vida no elenco, dá razão àqueles que julgam o periódico inimigo do Furacão, enxergam no texto o objetivo de prejudicar o atleta, por extensão o clube na reta final do campeonato. No mínimo, o texto é infeliz, jornalismo de baixo nível, que imaginei já ausente de nossas redações. Em tempos de Olimpíada, que suba a Gazeta ao pódio, a ela uma luminosa medalha de lata.

As ausências deram tempero especial ao Atletiba decisivo. Pelo Atlético, André Lima, Vinícius e Otávio; pelo Coritiba, Juan, Dudu e Ceará. Do pouquíssimo que vi o Coxa jogar, acho que a contusão de Juan pesa muito para a criação alviverde. Confirmada a falta de Ceará, ou seu aproveitamento fora do seu melhor estado físico, a defesa fica também comprometida. Assim, a semana que começou capenga para o Furacão, igualou forças durante seu transcorrer. Difícil entender como, jogando contra adversários de segundo nível, o Coritiba conseguiu lotar seu departamento médico.

Como clássico é desafio mental, choque de lideranças, penso que a ausência de Juan no Coritiba pode levar o barco alviverde a fazer água, o vigor da torcida atleticana conduzi-lo ao naufrágio. Vamos lá rubro-negro, Madame RR já falou, tudo conspira a nosso favor, se sócio compareça, se não sócio associe-se, vamos com tudo, o primeiro jogo vale taça, no almoço é lasanha na manteiga, ao final da tarde brócolis com radiche. Ao chegar em casa, o champanhe da vitória.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

MADAME RR NÃO ERRA

Angustiado com o Atletiba que se aproxima, fui consultar minha vidente preferida, madame Rosa Regina. Madame RR é daquelas que tudo sabe, tudo vê, lê as linhas da mão como cigana adornada com pendentes brincos de ouro, trafega entre as cartas do tarô com a habilidade de mago centenário, afasta as brumas, enxerga o futuro claro na bola de cristal como se a carcomida esfera disponível fosse TV de plasma da melhor qualidade.

Cliente antigo, consegui brecha na sua agenda lotada de consulentes e sai em disparada, o coração aos pulos para saber o resultado do jogão de domingo. Pisquei o olho para a secretária, procurei uma cadeira vazia e aguardei na sala de espera plena de indagações. Ouvia-se o barulho de pequenas peças caindo sobre mesa que eu conhecia bem, búzios sendo lançados, o som murmurado das projeções de Madame RR.

Beijinhos na porta e a cliente se foi. Fui chamado. Ai... Ai... Ai... Entrei e... ela leu meus pensamentos: “Já sei, quer saber o resultado do jogo”. Era o óbvio, até aí nada de sobrenatural pensei eu. “Sente-se e concentre-se”, comandou. Olhou para a mesa onde os búzios restavam ainda lançados aleatoriamente, passou a vista pelo tarô guardado em caixa de madrepérola, pela bola de cristal escondida sob a mais pura seda indiana, relutou entre os três e escolheu a bola.

Tirou a seda que encobria a dona do destino, pousou as mãos sobre as minhas, fechou os olhos, pareceu ter tomado um choque, e quando os abriu novamente estava na Magnífica, assistindo ao espetáculo ainda por acontecer. “Que time é esse que tem um gordinho que parece um capeta?” perguntou. “É o Furacão Madame”, respondi ansioso. “Pois então o Furacão vai ganhar, esse gordinho vai fazer a festa”. Amigo, confie em mim, Madame RR não erra.

VOCÊ DESEQUILIBRA

A semana cheia é boa para o treinador, para a recuperação de jogadores, para os acertos necessários a elevar o nível de eficiência das equipes. Para quem têm que escrever sobre o assunto, os sete dias são uma eternidade, ainda mais nos dias de hoje, quando os jogadores não falam, se falam observa-se que melhor seria terem permanecido calados, os centros de treinamento são lacrados a sete chaves, as notícias inexistem.

Correm então os noticiários para os retrospectos. Quantos Atletibas nas finais, quantos vitórias de cada um, procuram um favorito, os números, que deveriam indicar o vencedor, submetidos à rivalidade tornam qualquer prognóstico impossível. Ninguém sai de cima do muro. Só o torcedor se arrisca a puxar a brasa para sua sardinha.

Os jogos entre Paraná e Atlético mostraram a importância do jogo em casa. Na Magnífica, o Furacão passou por cima da Gralha, poderia ter vencido por placar superior. No puxadinho entregou-se à marcação, perdeu seu jogo de cintura, a criatividade, perdeu nos noventa, levou nas penalidades. Pela prática, levando-se em consideração inclusive os jogos das quartas de final contra o Londrina, o jogo caseiro, o apoio maciço do torcedor vale ouro.

Então, o rubro-negro que quer títulos tem que correr para a fila comprar seus ingressos, ou partir definitivamente para a associação. Precisa ajudar. O time tem que jogar futebol, entregar-se no limite máximo, evitar o erro, aproveitar-se do erro adversário. É o seu dever. O Furacão de hoje está à altura da final, chegou a ela enfrentando durezas, as cicatrizes fortalecem o espírito do guerreiro. Vamos lá irmão, o jogo é jogado, mas nesta hora você desequilibra.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

VIEMOS PARA VENCER

Quarta- feira, seu Autuori já deve estar treinando o time que vai jogar no domingo. Pode ser tarde, mas vou me arriscar a dar conselhos. O primeiro trata da substituição de Otávio. É bem possível que o “rei leão” esteja pensando em escalar Hernani. Penso ser decisão arriscada. Hernani não conta com a simpatia da maioria da torcida atleticana, dois erros de passe e um murmurar vai correr pelas arquibancadas, algo totalmente indesejável na grande decisão.

Outro é liberar Marcos Guilherme para jogar, sair do caixote em que está metido pela esquerda. Marquinhos jogando sobre a linha lateral é facilmente marcado, a liberdade para entrar pelo meio lhe dá alguma utilidade, alguma eficiência. É outro que já foi enxotado de campo pela torcida, parodiando o ditado antigo, ou joga ou desocupa a moita.

O terceiro é entrar com Ewandro, alguém que pode dar velocidade e movimentação ao ataque, algo que definitivamente faltou nos dois últimos jogos. Ouvi falar em Pablo e pergunto, a ideia é marcar ou atacar? Se for marcar, ajudar na contenção da saída de bola Coxa tudo bem, se for criar, driblar, obrigar os zagueiros alviverdes a correr atrás, fazer faltas, Ewandro é melhor.

Meus conselhos podem ser os piores possíveis, Hernani pode entrar domingo e fazer o gol da vitória, lembra do Pelotas? São conselhos do torcedor, que está há anos vendo as mesmas promessas subirem e descerem com a chegada de novos treinadores. Do torcedor cansado, que quer movimentação, drible, velocidade, impacienta-se com o toque para trás, a opção fácil desde o momento em que o treinador passou a ser mais importante que o jogador.  O último conselho fica para a torcida. Domingo é dia de apoiar. Aconteça o que acontecer, o grito tem que ser “Vamos Furacão... Viemos para vencer”.

terça-feira, 26 de abril de 2016

O PORQUÊ DE EU NÃO FICAR EM CASA

Atlético e Coritiba vão para a final em situações opostas. O Furacão mareado pelo mar turbulento, os adversários mais taludinhos fizeram estragos, o Coxa passeou em mar de almirante, fez um cruzeiro pelas araucárias onde só faltou show do capitão Roberto Carlos, vai inteiro para o primeiro jogo na Magnífica.

Nada a reclamar. Logo após a derrota para o Paraná, ainda na primeira fase, amigo passou por mim e mandou um “lá na frente vamos pagar por isso”. Dito e feito. As derrotas para a Gralha e para o Coxa nos levaram às dificuldades, por isso, sem chororô, quem pariu Mateus que o embale, vamos à luta, com força em com raça, quem é velho rubro-negro de guerra como eu está dando de ombros, louco para entrar na Magnífica, louco para cantar “só eu sei... porque não fico em casa...”.

Com as ausências de André Lima e Otávio, sua senhoria estava vestida para matar, e Vinícius, o Furacão vai ter que mostrar que suas contratações de início de ano têm condições de tocar o piano, com o apoio da torcida botar o alviverde para dançar, sair com resultado positivo para a decisão no quebradinho. No mínimo repetir o feito de domingo no puxadinho.

Não dá para deixar de correr para o teu abraço irmão. Vamos precisar de você, do teu grito, do teu apoio de noventa minutos. A meio caminho nos distanciamos, acontece, sempre é tempo para recomeçar, o Atlético merece. Está é a hora de todos os aplausos, do fim dos ódios mortais, da união invencível. Quero entrar na Magnífica e ser deslumbrado pelo ambiente, assistir ao teu espetáculo com os olhos prontos para o correr das lágrimas e confirmar, mais uma vez,o  porquê de eu não ficar em casa.

domingo, 24 de abril de 2016

APENAS REALISTA

Tudo que eu queria ver no Atlético não vi. O ataque foi imobilizado pela defesa tricolor, criou muito pouco, a defesa falhou, perdemos. Diga-se para começo de conversa que é a segunda derrota em cinco dias. Em cento e oitenta minutos nada marcamos, levamos dois. Quem tem a responsabilidade de cuidar do futebol do Furacão deveria estar preocupado. Será que está?

Pensei que com a chegada de Autuori esqueceria as substituições sem o menor sentido, quebrei a cara, o “rei leão” comete as mesmas bobagens do Claudinei, do Henderson, do Milton Mendes, do Cristóvão. Muda a fisionomia, você pensa que vai sair dali alguma grande ideia, mas nada. Jadson é substituído pelo fator banco de minutos, a entrada de Ewandro no lugar de Nikão é impossível entender, com Marcos Guilherme ausente da partida.

Pelo menos desta vez conseguimos levar a decisão para as penalidades, a meleca em final de partida não aconteceu. Nos pênaltis passamos de fase. Cumprimos a missão. Tivéssemos perdido a vaga para a Gralha seria o vexame do ano, para quem enxerga um pouco, a dupla de área paranista é ruim que dói, durante a partida entrou o terceiro reserva da posição. Se a defesa é ruim, tem uns dois ali do meio de campo com uma vontade incrível, louve-se o esforço.

Autuori tem uma semana para tirar o gesso desse time, dar-lhe alguma flexibilidade, colocar alguém em campo que saiba dar um drible, que possa quebrar com lance criativo uma linha de defesa, entrar na área, dar ao adversário a chance de nos dar um pênalti de presente. O Brasileiro está chegando, a única partida boa que o Atlético fez até agora foi a primeira da semifinal contra o Paraná. É muito pouco. Temos que acelerar o passo do petiço. Pode parecer que estou chutando o balde, nada disso, estou louco de feliz, sou apenas realista.

sábado, 23 de abril de 2016

CHEGA DE MELECA

O Atlético tem recebido duras lições em final de jogo. Só este ano três. Contra o Cruzeiro em Minas, contra o Coritiba na Magnífica, contra o Fluminense em Juiz de fora. Passados os trinta minutos do segundo tempo não se pode mais levar gol, ainda mais se você está em vantagem, pode manter sua estrutura defensiva bem postada, jogar com segurança, marcar com proximidade, sem fazer faltas desnecessárias.

Isso não tem acontecido. Contra o Coritiba, Negueba recebeu livre pela direita, teve tempo para pensar, olhar e cruzar na cabeça do atacante. Contra o Flu, a bola sobrou para Magno Alves, que colocou Marcos Jr em condições de marcar. Nem Negueba, nem Marcos Jr poderiam ter recebido a bola com liberdade, no mínimo deveriam ter sofrido a falta. Bobeou, perdeu o jogo, perdeu o título.

Embora no primeiro jogo, o Atlético tenha dado um passeio no Paraná, ali pelo final da partida alguém enfiou bola vertical para Lucio Flavio, que ultrapassou Paulo André e deu um totó de esquerda, tivesse virado forte de direita a viola teria tudo para se partir em mil pedaços. Assim é o jogo da bola em seus noventa minutos, principalmente em clássicos.

Atenção, força, movimentação, troca de posições, substituições nos momentos certos, o adversário tem que trabalhar todo o tempo para conter o esforço daquele que o agride. É esse o Atlético que eu quero ver hoje, seguro na defesa, forte no ataque, Nikão, Marquinhos e Vinícius alternando posições, marcando gols para evitar riscos em final da partida. No popular, chega de meleca.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

ESSA NÓS TEMOS QUE CUMPRIR

Larguei um dia o teclado para ler opiniões a respeito da derrota em Juiz de Fora. Do natural desapontamento ao terror explícito tem tudo. Penso que a ponderação deve prevalecer sempre e a sensatez só vem com estudo cuidadoso e sereno do desastre. Procurei entender a derrota com frieza.

Primeiro temos que entender a campanha. Lembrar que o Atlético chegou à final jogando três jogos fora de casa e apenas um na Magnífica. Vencemos fora Fluminense e Flamengo, perdemos para o Cruzeiro em jogo que vencíamos até os trinta do segundo tempo, derrota que levou a decisão para Juiz de Fora. Não dá para reclamar.

Fomos para a final contra o Flu, contra torcida numerosa, perdemos aos trinta e quatro do segundo tempo, quando a partida já se encaminhava para as penalidades. Logo após o apito final, perguntado sobre a vitória, a primeira palavra de Levir foi “sorte”. É claro que não foi apenas sorte, mas é evidente que ela ajudou o tricolor naquele contra-ataque.

Por isso, entendo que o mundo continua em pé. O Atlético jogou decisão comemoradíssima pelo Flu, cumpriu seu papel, vinte centímetros mais baixo o pelotaço de Vinícius na trave poderia ter decidido a nosso favor. Os jogadores mostraram valor, sofreram no início, controlaram os nervos, a partida, de alguma forma o time cresceu, preparou-se para as dificuldades que batem à porta.

O torcedor tem que engolir o choro, unirem-se pacíficos e furibundos, a vida continua, no domingo temos que garantir outra decisão. Essa é nossa nova missão, torcedores e jogadores juntos. Com vantagem, melhor infraestrutura, maior investimento, essa nós temos que cumprir.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

CONTRATAR É IMPERATIVO

A noite quieta, quente, foi despertada pelos rojões de coxa, que parece ter um paiol de pólvora para comemorar as desgraças rubro-negras, quando do gol tricolor, e foi só. Desligue-se a TV, o sonho atleticano fica para depois.

Odeio procurar culpados em momentos como esse. Prefiro tentar entender o que se passou, olhar para frente, procurar a conquista de novos objetivos diminuindo a margem de erros que deu origem ao fracasso.

O jogo mostrou um Atlético despreparado para a decisão em seu início, dos quinze aos trinta tomou sufoco, conseguiu resistir e dominou o final do primeiro tempo, deu ao torcedor esperanças. Vamos ao vestiário, Autuori acerta detalhes, temos chances.

Fiquei na esperança. A presença estática de Autuori foi repetida dentro de campo. Jogadores imobilizados em suas funções, o Flu criando situações, fazendo modificações, e nós respondendo com faltas diretas conseguidas em jogadas centrais. A entrada de André Lima, não veio, o Flu marcou, o amigo sabe o final da história.

Situações como essa me dão a certeza de que treinador tem que durar anos no comando, para ter a consciência de que alguns jogadores tem que tomar rumo, se assim não for, sempre estarão no banco e poderão ser aproveitados sem qualquer proveito. E não estou falando de Sidcley, em quem vejo valor.

Ficou claro que o time precisa de reforços, como já sabido na última reunião do Conselho Deliberativo, quando se falou no assunto, sem qualquer resposta do nosso DF. Se desejarmos fazer algo grande, sair da rotina, contratar é imperativo.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O CANECO É NOSSO

Corri atrás de um jogo do Flu para dar um alento ao amigo que está em nervos e encontrei um já meio passado, 6 de abril, Tricolor 3, Tombense 0, na cidade de Tombos pela Copa do Brasil. O placar eliminou o jogo de volta.

Pois vamos ao check-up do time do Levir. Primeiro a escalação: Diego Cavalieri, Jonhatan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre e Cícero; Gerson, Gustavo Scarpa e Marcos Jr; Fred. O amigo percebeu? O esquema tático é idêntico ao do Furacão. Uma primeira linha de quatro, dois volantes, três armadores, dois abertos pelos lados, um centralizado, um centroavante fixo.

Da mesma forma que o Atlético, os três armadores trocam de posição com frequência. O primeiro gol do Flu aconteceu numa dessas trocas, Scarpa caiu pela direita, fez a jogada de linha de fundo, concluída por Gérson atuando pelo meio. Enquanto o Tombense conseguiu marcar Scarpa, o Flu pouco conseguiu, quando o meia tricolor arrumou espaço ganhou o jogo, o terceiro gol teve origem em assistência sua rasgando a área direto para os pés de Marcos Jr.

Além da movimentação dos três armadores, o apoio constante dos laterais e do volante Cícero, este sempre eficiente no cabeceio das bolas paradas, são fortes componentes do poder ofensivo tricolor. O segundo gol surgiu em cruzamento certeiro de Jonhatan para Marcos Jr cabecear.

E a defesa? Seria querer muito encontrar pontos fracos na defesa tricolor enfrentando o Tombense. Taticamente, o time defende com duas linhas de quatro, Fred e Scarpa dificultam a saída de bola. Onde eu digo Fred, leia-se Magno Alves. O Flu é time para respeitar, nada mais que isso. Se o Furacão que embarcou para Juiz de Fora jogar com força e equilíbrio, o caneco é nosso.

terça-feira, 19 de abril de 2016

UM GOLZINHO CAMPEÃO

Manchete no site oficial do Atlético diz que “Vinícius quer ser novamente protagonista contra o Fluminense”. A matéria explica. Vinícius teve ótima atuação no FURAFLU vencido pelo Furacão em Volta Redonda, foi dele o gol que deu vantagem ao rubro-negro. Agora em Juiz de Fora, na final importante, o meia quer deixar sua marca novamente. Sonho com isso.

Vinícius ainda não é no Atlético aquele armador que a bola vem lamber-lhe as botas de minuto em minuto, muito devido à maneira de jogar do Furacão, girando a bola, procurando com a virada de jogo criar os espaços necessários para furar o bloqueio defensivo. Assim, marcado de perto, é esquecido pelos passadores que dão preferência aos companheiros livres pelas laterais do gramado. Azares do ofício.

Mesmo assim, penso que Vinícius pode se movimentar mais, obrigar o marcador a persegui-lo, pedir a bola, tentar o lance frontal, entrar na área, forçar o adversário à falta, ao pênalti que ainda não conhecemos neste ano, ou já tivemos algum a nosso favor? Se confirmada a ausência de Walter sua importância fica do tamanho do mundo. Importante é reconhecer que Vinícius tem talento para exercer a função, é capaz, que ninguém tenha dúvida disso.

Além do protagonismo de Vinícius, eu gostaria que Autuori gastasse tempo no treinamento das nossas bolas paradas ofensivas. Estamos tirando pouco proveito delas, com sua experiência deve conhecer umas ensaiadas que poderiam melhorar nosso rendimento, dar origem a um golzinho campeão. Na final em Juiz de Fora é disso que precisamos, um golzinho campeão.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A INDISPENSÁVEL FÉ

Assisti com apagões de sonolência ao jogo do Coxa em Cornélio. Um jogo de ataque contra goleiro, de Juan brincando de cruzar, no final brincando de marcar, deixando o PSTC na história deste Paranaense. A partida de volta servirá para... para nada. O PSTC está morto e enterrado, descanse em paz.

O Coritiba que vi jogar no Atletiba não viajou para o interior, foi time dependente da bola parada, de Juan, sem qualquer outro jogador com atuação superior, fiquei na dúvida sobre o Coxa que enfrentaremos na final. O de ontem não dá nem para o começo.

O Furacão descansou o domingo e hoje começa seus preparativos para a decisão de quarta-feira. Enfrenta o Fluminense em retorno de Manaus, após perder para o Vasco e dar o título da Taça Guanabara ao time cruzmaltino. Nem o retorno de Fred, após ficar de bico com seu Levir, garantiu melhor resultado ao tricolor. O Fred 7 a 1 não joga na quarta, está fora do jogo assim como Léo, o amigo lembra do quiprocó entre os dois na partida em Volta Redonda.

Penso que o Atlético está melhor mobilizado que o tricolor. O título da Primeira Liga diz mais para os jogadores atleticanos, o time ganhou muito em combatividade contra o Paraná, está mais descansado, inexistem problemas de contusão, pela primeira vez temos um treinador à altura de uma decisão, vamos para o jogo com ganas de campeão.

A semana que começa venturosa para o Brasil pode ser aquela do nosso primeiro título em 2016. Não é um caso apenas de esperança, é um caso de confiança em inúmeros aspectos combinados com a fé, a indispensável fé.

sábado, 16 de abril de 2016

VAI FICAR AINDA MELHOR

Combativo, marcador, intenso, criativo no ataque, o Atlético deu uma estilingada na Gralha e deu ao torcedor tricolor a sensação de que no próximo domingo será melhor ficar em casa, espiar de longe, será muito difícil reverter a situação, embora em futebol tudo seja possível, a esperança é a última que morre, até para as aves.

O atleticano saiu de campo lamentando os gols perdidos, a chance desperdiçada de colocar a pá de cal na semifinal. É verdade, o Furacão trocou passes, jogou um toque, rodou a bola, criou situações, poderia ter feito no mínimo uns dois a mais, que nos dariam maior tranquilidade. O jogo deixou claro que repetida a partida de hoje, o Atlético é finalista do Paranaense.

O gol paranista, marcado em penalidade máxima, surgiu de falha de posicionamento. Robson é bom jogador, mata com facilidade, dribla, cai pelos dois lados, é daqueles que não podem receber a bola, ter espaço para jogar. Com a jogada adversária acontecendo pelo setor de Sidcley, Eduardo se aproxima muito de Paulo André, deixa o atacante livre na esquerda, chega atrasado, é tirado para dançar, faz a falta. Vai ser consertado durante a semana.

Dentro de um coletivo quase perfeito, “partidaças” de Paulo André, Otávio, Nikão e Walter. As entradas de Marcos Guilherme e André Lima deram vida nova ao ataque, a estrela do 99 definiu o placar com dois minutos em campo. Crescendo o coletivo, assistiremos a performances individuais mais criativas, tecnicamente mais corretas, jogadores ainda tímidos assumindo protagonismos para os quais estão aptos. Você gostou do Furacão que depenou a Gralha? Vai ficar ainda melhor.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

TEM QUE SER

O técnico Diego Aguirre, hoje no Galo, é um adepto da ideia de refrescar o elenco preconizada por Autuori. Dizem que o uruguaio andava com uma caderneta no bolso, quando jogador reclamava da ausência em campo, tirava o bloquinho e mostrava os minutos de jogo de cada um, tudo equilibrado, deixava o reclamante sem fala. O que funcionou bem no Gauchão, levou o Inter ao título, mostrou-se um pecado no Brasileiro, um dia Dom Diego caiu sem saber por quê.

As ausências refrescantes do meio da semana, certamente deixaram o Atlético em boas condições para enfrentar a Gralha descansada, seis dias com direito a voar e catar pinhão. Imagino a escalação rubro-negra: Weverton; Eduardo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Jadson e Otávio; Nikão, Vinícius e Marcos Guilherme; Walter. Empenhados decisivamente na quarta-feira somente Thiago Heleno, Sidcley e Marcos Guilherme.

Vamos para o jogo sem cansaços, o esquema se consolida a cada jogo, as substituições acontecem, as funções se repetem, ganhos se observam. Segundo Autuori, o Atlético tem um primeiro objetivo a cumprir que é a competitividade. Vejo evolução neste aspecto. Marcamos com proximidade, agressividade, damos pouco espaço para a armação das jogadas. O problema são as faltas desnecessárias, promovidas pelo excesso de vontade, sempre um perigo.

Falta-nos ainda exercer uma forte marcação avançada, que dificulte a saída de bola adversária, leve ao erro, nos possibilite matar o jogo por sufocamento. Quem sabe eu esteja querendo colocar a carroça na frente dos bois, esse seja passo ainda prematuro.  Talvez.  Hoje, o torcedor quer ver um Atlético próximo do Furacão que ele imagina. Neste caso nada de talvez. Tem que ser.

IMPRESCINDÍVEIS

O amigo me pergunta se acho justas as proibições impostas às torcidas organizadas. Eu acho que é o que a diretoria pode fazer, e ela tem que fazer alguma coisa. Melhor seria se a polícia fosse atrás dos primitivos responsáveis pelos delitos graves que foram causa dos impedimentos e os colocasse no xilindró, mas para isso tem que haver um BO, coisas da burocracia do crime, passe livre para os criminosos.

No jogo de quarta, logo em seu início, a organizada voltou aos xingamentos e tomou vaia retumbante, prova de que a torcida atleticana cansou da molecagem, não precisa de bárbaros aguilhoando jogadores para que as vitórias aconteçam na Magnífica. Melhor, a torcida se mobilizou e fortaleceu o time com o seu canto, desnecessário para isso o fanático chamado. Foi bonito, como foi belo quando a turma da caveira puxou o hino inteiro em alto e bom som. Reconheça-se.

Alguém poderia dizer que faltou diálogo entre a diretoria e as organizadas. Se houve não sei, mas tenho certeza que os presidentes dessas entidades não controlam os bad boys que fazem do futebol o play-ground para suas cretinices. Não controlam porque não têm condições, pergunto se a polícia tem. O menor corinthiano que assumiu ter determinado a morte da criança na Bolívia, livrando do crime todo um pelotão de corinthianos, continua livre, criando caso, participando de brigas, é da sua índole, só a cadeia conseguirá detê-lo.

Como acho fundamental que o jogo seja promovido e vejo no espetáculo proporcionado pelas organizadas um dos atrativos para o torcedor, sinto falta de faixas, caveiras, cantos etc, fazem parte da nossa história. Sinto falta, mas acho as proibições imprescindíveis.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

PASSAR PELA GRALHA

Fui para o picolé do intervalo achando que, por mais modificado que um time possa estar, nada justifica futebol tão sem inspiração como o demonstrado pelo Atlético. Nada justifica que jogadores que recebam chance tão importante nas suas vidas profissionais fiquem em toques para trás e evitem o confronto, o drible, errem passes de cinco metros. Quando volto, anunciam-se os melhores momentos, como se tivessem existido, só para confirmar meu desconsolo.

Walter aquecendo ao lado do campo sinaliza para um melhor período final. Pergunto a alguém com melhor vista, quem aquece ao seu lado. Hernani é a resposta. Eu devo ter cortado cebola, tomate, salsinha, salsão e outros ingredientes na tábua dos dez mandamentos para sofrer com Hernani há tanto tempo. Vamos lá, é meu carma. Cortei, tá cortado, pequei, enfrento o castigo.

Abrem-se as cortinas e o Brasil perde gol incrível, a bola estourou na cabeça de Weverton, em corner, na sequencia, raspou a trave. Quase que a canoa vira. Walter faz a faz a transição, vai dando trabalho, dribla, passa bem curto, longo, mostra sua natural qualidade, André Lima faz a parede dentro da área, o Atlético vai ganhando ares de Furacão. Ewandro entra, dá mais mobilidade, as chances aparecem, mas os jogadores atleticanos demoram para finalizar, há um preciosismo desnecessário, a procura do chute perfeito que só atrapalha.

Então, lá pelos trinta, bola esticada para André Lima, o pivô bem feito para Hernani e gol do Furacão, e tive que ir dormir com essa. Para falar de coisas boas, penso que o Atlético melhorou muito a marcação, embora soframos terrivelmente com as bolas paradas defensivas. Penso que o jogo mostrou ser possível contar com Walter e André Lima em campo. Penso que foi suficiente para passar pelo Brasil, pode ser pouco para passar pela Gralha.

terça-feira, 12 de abril de 2016

É VÉIO, MAS NÃO FÁIA

Existem coisas que me remetem à Chicago de Al Capone, os governos do PT, por exemplo, esses muito mais graves que a onda de crimes comandada pelo grande Capo americano, por destruir o sonho de todo um povo, de toda uma juventude que acreditou, foi nas suas águas e hoje naufraga na falta de empregos, no fim das bolsas de estudos, no ocaso de suas esperanças.

Outras me remetem à idade da pedra. Falo das torcidas organizadas, de todas, sem exceção, incluindo no rol das pré-históricas aquelas do meu Furacão. Não vou nem nominá-las. Vou apenas recordar o apedrejamento do ônibus do clube há poucas semanas, agora, as ameaças ao atleta Walter. Atos sem qualquer sentido, como se organização incapaz de motivar seus adeptos, atropelada pela torcida Coxa em plena Magnífica no último Atletiba, tivesse crédito para fazer cobranças. Por favor, menos, muito menos.  Chega, vamos falar de mais.

Hoje tem rodada dupla. Às 16:30, Atlético e Vasco pela Copa do Brasil Sub-17, às 19:30 enfrentamos o Brasil de Pelotas. O amigo fica de olho no relógio, acabado o expediente corre para a Magnífica, come um salgado, toma um “refri” e vai bater papo com os amigos na arquibancada, assistindo a cardápio que há muito tempo não se via na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

O Furacão vai de Pablo no lugar de Vinícius, Walter começa no banco. Eu quero ver um time mais vertical, sem cometer tantas faltas defensivas e aproveitando melhor as ofensivas, procurando o cruzamento sobre a área, ao invés do toque curto lateral para o reinício de toda a trama. Esse Furacão vai precisar de você torcedor, prepare a garganta, na falta da cançoneta malcriada vamos no geriátrico “Atlééético! Atlééético! Atlééético!”. É véio, mas não fáia.

AMANHÃ TEM DECISÃO

Disse que falaríamos de Walter. Pois vamos falar, começando lá atrás, em 2001. Naquele ano, o Atlético foi campeão Brasileiro com um time sem estrelas, fortíssimo no seu conjunto, na união transformadora de jogadores valorosos em heróis eternos. Em 2005, o rubro-negro foi à final da Libertadores nas mesmas condições. Inexistia naquele time dois, três supercraques, existiam jogadores sem vaidades, o coletivo acima de tudo, assim atingimos o julgado impossível. Hoje, o modesto Leicester City é o exemplo mundial do milagre promovido pela união, está a um passo de ser o novo campeão inglês.

Walter tem que entender que faz parte de engrenagem que pode se tornar poderosa, é peça da qual esperamos muito, até pela dedicação demonstrada na luta pelo emagrecimento, mas, é bom que se diga, esperamos dele a mesma disciplina e esforço esperados de qualquer jogador do elenco. Sem disciplina o caminho é incerto, os atritos constantes, o desprezo dos que lutam vem rápido. Walter tem que tomar um puxão de orelhas e voltar com tudo, humildade, disciplina e bom futebol.

Walter pode não ter entendido o que é jogar no Atlético, estar ansioso pelo retorno ao seu futebol de belos gols, pelo carinho da torcida, tudo pode ser desculpa para o ato impensado. Walter tem que entender que a fase sem gols acontece para todos, que no Furacão pode virar herói, pela entrega, pela humildade, pela solidariedade aos companheiros, pela compreensão dos diferentes momentos que enfrentará em sua trajetória, pela dignidade demonstrada a cada passo. Que assim seja, que Walter deixe de ser apenas um gordinho bom de bola, mais uma página sem brilho na nossa história, e se transforme em legítimo herói rubro-negro. E bola para frente, caneta na gauchada que amanhã tem decisão.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

FALAMOS AMANHÃ

Se Autuori queria que o Atlético controlasse o jogo deve ter saído de campo extremamente satisfeito. O Furacão colocou a bola no chão o tempo todo, procurou variar as jogadas, chegou ao seu gol em belíssimo arremate de fora de Vinícius, fez o segundo logo após com Marquinhos aproveitando rebote do goleiro, as singelas bexigas da torcida do Tubarão murcharam em exatos 31 minutos.

Para mim, que cheguei de barco na Magnífica, preocupado em ver o Furacão marcar mais de um por partida, a satisfação foi a mesma. Os gols do primeiro tempo, as chances perdidas no início do segundo, Giovanny perdeu um na cara do gol – ainda vão ensinar nossos atacantes a dar um totó sobre o goleiro –, e a derrota do Paraná contra o Foz encheram-me de esperança para os jogos da semifinal. Estamos crescendo na batalha.

É claro que a possibilidade do Tubarão marcar um e transformar o jogo num inferno foi me preocupando. Germano obrigou Weverton a fazer belíssima defesa, o time trocando passes laterais sem objetividade, fizeram a torcida pedir a contundência necessária, e o pedido tão estridente parece ter destruído a vontade do Tubarão, afinal, que torcida é essa que ganhando de 2 a 0 ainda reclama de seus jogadores. Assim morreu o Londrina.

Jogo sem sustos, com direito a considerações. Penso que Vinícius pode assumir maior protagonismo no jogo, tem que pedir a bola, tomar faltas, colher fartos amarelos, Otávio tem que se cuidar com aquele pé sempre por cima da bola, a intensa troca de passes na frente da nossa área é um convite ao desastre, até Weverton está correndo riscos. Em mata-mata não se corre risco. E tem o problema do Walter. Disso falamos amanhã.

sábado, 9 de abril de 2016

SEM SUSTOS

Enquanto o Coxa deu um baile no Toledo e garantiu sua vaga para a semifinal, o J. Malucelli entregou a rapadura e foi eliminado pelo PSTC, algo considerado impossível depois da vitória do time do Ecoestádio por três a zero na primeira partida fora de casa. Um gol sofrido logo no início, o goleiro expulso ainda no primeiro tempo, e a casa do Malu caiu na batalha das penalidades. Com futebol não se brinca, ótimo exemplo para quem joga neste domingo pela classificação no Paranaense, para o Furacão que pega o Brasil de Pelotas no meio da semana.

Quem esperava que a luta pelo título ficasse apenas entre os times da capital, ficou na esperança. O Coxa, que imaginava dar uma volta no Barigui e garantir a vaga para a final, ficou obrigado a viajar até o “nortão”, tomar um calor do matador do moleque, fortalecido para ferrar o vovô. Ficou mais difícil. Espero que no meio da semana, o PSTC vote pelo impeachment da Dilma e na primeira da semi encaminhe sua passagem para a final com o Furacão.

O Atlético joga para vencer, garantir a vaga, melhorar seu rendimento. Segundo Autuori, o trabalho é feito com olhos no presente e futuro, leia-se por futuro a chegada ao Brasileiro com time bem montado, em condições de lutar pelas primeiras colocações por mérito, pés fincados na realidade. Estou com ele.

O amigo deve perguntar pelo lateral esquerdo, tem dúvida pela presença de Walter desde o primeiro minuto. Penso que a lateral deve ser ocupada por Sidcley, com prioridade para a marcação. Acho que Walter vai compor o banco, sua entrada ficará para o segundo tempo. Questão de achismo. Você vai estar lá, já comprou seu ingresso, está com a garganta pronta para gritar campeão. Tiramos as dúvidas na arquibancada. Até lá irmão. Sem sustos.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A VITÓRIA SERÁ SUFICIENTE

O treinador mais badalado do Brasil, seu Tite, nosso Guardiola, apesar de estar muito bem em todas as competições disputadas pelo Timão, ainda encontra quem ponha defeitos no seu trabalho. É caso típico de que só o resultado não é suficiente. Necessita-se jogar bem, dar espetáculo, mesmo reconhecendo-se que a equipe perdeu cinco jogadores importantes no virar do ano.

O time não estaria engessado pelo esquema vencedor de 2015, com Jadson e Renato Augusto? Deveria o esquema ser modificado tendo em vista que seus substitutos são inferiores tecnicamente, não têm as mesmas características, estariam forçados a cumprir missões para as quais não têm aptidão? Só escuto, quando menino aprendi a não meter meu bedelho na vida alheia.

Ossos do ofício de treinador. Eu mesmo, encantado com a vinda de Autuori para o Furacão, já me peguei criticando seu trabalho.  Achei tardias as substituições em Londrina, achei que o professor poderia ter anulado Netinho, peça única que nos incomodou uma barbaridade, entrou e mudou a cara do jogo. É assim que funciona, treinador sofre mesmo, é assim até com Tite e seu “titês”.

Leio que Autuori repetirá o time na partida de volta. Não vejo problema algum. Penso que o ataque tem que se movimentar muito mais e creio que a semana de trabalhos intensos possibilitará que isso aconteça. O Atlético do próximo domingo será, certamente, melhor do que aquele que sofreu no VGD. O time vai se ajustando, o técnico vai conhecendo melhor seus jogadores, os jogadores vão se adaptando à sua filosofia, vamos vencer e seguir em frente. Vou lá para ver um time em ascensão, pronto para enfrentar um abril de decisões. Para mim, jogar bonito conta, mas a vitória será suficiente.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

BURRICE ME CANSA

Falando em promover o jogo, o Atlético abriu uma fresta nos portais da Magnífica. O torcedor poderá trocar um ingresso por 25 apostas da Timemania nos concursos 863 e 864, com o Atlético Paranaense marcado como “Time do Coração”. O ingresso sai por cinquenta reais, o torcedor não pode reclamar, eu que pedi a promoção, fico feliz, por ora calo meu bico. O amigo aproveite.

Corre nos subterrâneos da cidade a controvérsia sobre o pagamento dos valores referentes à construção da Magnífica. É penhora, não penhora, alguém manda avaliar, o prefeito dá um chilique, o governador concorda, só uns poucos devem saber como andam realmente as negociações. Estou distante do problema. Tenho o Brasil tomado por vagabundos para me preocupar, mais uma preocupação e o corpo velho não aguenta.

O que Governo e Prefeitura têm que avaliar é quanto vão ganhar com a realização do UFC em Curitiba. Em tempos de crise, em quanto vai aumentar a lotação dos hotéis, dos restaurantes, a circulação dos táxis, os valores a serem auferidos em impostos que reverterão para Estado e Município. A cidade cresce na cena mundial, o turismo aumenta, os benefícios são incalculáveis. Só não enxerga o idiota político, e convenhamos, disso o Brasil está cheio.

Nesta semana, no programa Redação SporTV, discutia-se o legado da Copa. Só a Magnífica e o Beira-Rio funcionam. O resto dá prejuízo, ninguém quer, o consórcio que toca o Maracanã, após a Olimpíada quer encerrar o contrato. Os exemplos estão aí, os elefantes brancos jazem moribundos pelo país, aqui, onde vive, é real, dá lucro para todos, querem matar a tiros. Amigos coxas, paranistas, rubro-negros, curitibanos em geral, confesso, burrice me cansa,

terça-feira, 5 de abril de 2016

É MUITO DIFÍCIL?

A morte de Yohan Cruyff, o supercraque holandês, trouxe à lembrança uma de suas frases: “Jogar futebol é muito simples, mas jogar futebol simples é a coisa mais difícil que há”. Para os supercraques como Cruyff e Messi jogar simples é o feijão com arroz. Vejam o Messi. Chega na frente do goleiro e basta um totó por cima para receber os abraços de Neymar e Cia. Vejam os nossos atacantes. Pablo e André Lima já tiveram a mesma chance e o chute contra o goleiro impediu o gol. Chego à conclusão que fazer o simples é difícil mesmo.

De todas as contratações do Atlético, desde Daniel Hernandez, Barrientos e os chegados neste ano, somente Paulo André e Thiago Heleno ganharam a titularidade. É muito pouco. Já se fala na negociação de Roberto que nem preencheu a ficha de hospedagem no Caju. Se existe um departamento que vai mal das pernas no Furacão é o de futebol. Há muito tempo. Ou contratar, que parece simples, também é muito difícil.

O Atlético tem média de gols marcados pouco superior a um em 2016. Complicador e tanto. Tomar um gol é possibilidade real em qualquer partida, isso nos coloca sempre contra a parede, a espada espetando o coração, qualquer descuido e a vaca vai para o brejo, como foi em Londrina. Precisamos marcar mais.

Autuori disse que a "A jogada do gol (de Jadson) foi muito bem construída e quero isso do início ao fim”, verdade, “no nosso campo poderemos fazer mais jogadas como a do gol”, precisamos. Disse também que necessitamos manter o controle do jogo. Autuori sabe tudo, precisa ajudar o time com substituições oportunas. Ou substituir, que penso elementar, também é muito difícil?

NO CAMINHO DA VITÓRIA

O público em Londrina prova que o estadual é para inglês ver. 3755 pessoas para ver o time da cidade de 500 mil habitantes, contra o Atlético, em mata-mata pela vaga para a semifinal do campeonato é prova do seu pouco valor, da desnecessidade da sua existência. Nem vou procurar os públicos dos demais jogos, devem ter sido muito piores. Joga-se para manter a tradição, empregos, mesmo se sabendo que os salários pagos no interior são miseráveis.

Jogos têm que ser promovidos, o povo deve ser incentivado a largar a poltrona, caminhar até o campo e ter uma tarde agradável com a família, se não for assim, quem vai trocar Corinthians e Palmeiras pelo melhor jogo da rodada do nosso estadual? Como se diz no meu glorioso Exército, nem com a guarda em forma.

O marketing do Atlético tem que atuar durante toda essa semana. Largar um pouco o UFC e botar os miolos para promover o jogo. Primeiro tirar a torcida visitante da arquibancada superior, uma boa ideia revelada um desastre no Atletiba. Reverter o espaço ao público de menor renda, com os mais baixos preços de associação, lotá-lo com uma promoção relâmpago de 5 mil ingressos a preços de Sallim. O amigo me responda, de que adianta a cadeira vazia?

Melhor seria ter um time na ponta dos cascos, um supercraque se apresentando no meio da semana, uma solução para nossa lateral esquerda, guerreiros que não se encolham frente a um Tubarão desdentado. Seria muito melhor. Aí já não depende mais do marketing, depende dos homens, dos seus talentos, das suas vontades. Nesse aspecto, penso que, às duras penas, o Atlético está encontrando  seu caminho. Você tem que fazer a sua parte, arraste um atleticano adormecido para a Magnífica, vamos, bote o sonolento no caminho da vitória.

domingo, 3 de abril de 2016

QUE COMECE AMANHÃ

O Atlético me assustou no início e no fim da partida. No início porque parecia um time de roça, a defesa rebatendo todas, com tudo, a melhora significativa no circular da bola, na tranquilidade para jogar que eu imaginava não aconteceu, fiquei pensando que sempre se pode emburrecer um pouco, que teríamos dificuldades em Londrina.

O chute de fora de Pablo aos dezoito, bem defendido pelo goleiro Marcelo Rangel, e logo após um milagre em cabeceio de André Lima, fez o Furacão tomar conta da partida, embora sem usar o lado esquerdo do campo, muito voltado para a direita com Nikão e Eduardo, explorando demais os cruzamentos longos, sem conseguir sequer um bom cabeceio.

No segundo tempo, o Atlético teve dez minutos de Furacão. Quase marcou aos três com André Lima, marcou aos seis com Jadson, andou para ampliar aos dez com Marcos Guilherme. Então morreu. Recuou, Autuori demorou a substituir, Netinho entrou, o velho e conhecido Netinho, e começou a cruzar as bolas longas que o ataque londrinense queria. Foram no mínimo sete escanteios a favor do Tubarão, fora as faltas laterais. Num deles, aos trinta, o gol de empate. Foi um final aterrador e desnecessário.

Pedi ao professor que trocasse logo. O calor em Londrina exigia. As substituições feitas pelo treinador adversário exigiam. O avanço do Tubarão em busca do empate exigia sangue novo, velocidade para o contra-ataque. As substituições tardaram, o Atlético só voltou a incomodar no ataque aos 39 em jogada de Vinícius e Anderson Lopes. Foi pouco. O empate é bom resultado, o jogo mostrou que o Atlético tem muito a melhorar. Que comece amanhã. 

sábado, 2 de abril de 2016

TROCA LOGO PROFESSOR

O Real Madrid ganhou do Barcelona, jogando com dez, em Barcelona, público superior a 99 mil pessoas. As mesas redondas estão gastando prosa para explicar o inexplicável. Assisti ao jogo com manifesta predileção pelo Barça, e confesso que quanto mais o jogo se aproximava do fim, mais trocava de canal, voltava espiar, evitando presenciar o desenlace negativo. Sou assim, vou ficando nervoso, vendo que o bicho vai pegar, prefiro ver minutos do “Cake Boss” e evitar a decepção do gol matador. Última espiada e estava 2 a 1 Real.

O Barcelona teve o domínio do jogo, mas não teve contundência. Seus supercraques, seja lá por quais motivos, as longas viagens para a distante América do Sul talvez, não foram incisivos, tentaram as infiltrações, ficaram no trocar passes, quando viram estavam perdendo a partida, voltaram para casa de orelha quente.

Essa contundência é imprescindível. Jogadores têm que jogar nos seus limites, marcar com disposição, atacar com ousadia, aquele que se mostrar ausente, envolvido pela marcação adversária, tem que ser substituído, dar lugar a outro com alguma vitalidade. É claro que ninguém troca Suarez, Neymar e Messi com essa minha determinação. Deles se espera tudo.

O jogo exemplar serve para os treinadores que hoje comandam suas equipes nas quartas de final do Paranaense. Autuori viu o Atlético naufragar contra o Coritiba e precisa ter um plano B no caso do nosso trio PMW empacar na subida do Vitorino. O Furacão tem obrigação de sair de Londrina com um resultado positivo, não vai ser fácil, para isso terá que ser contundente, aliar técnica e raça, força e determinação. Caso alguma peça fraquejar, troca logo professor.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

RODA FURACÃO

O STJD manteve a perda de pontos do Londrina. Muito justo. Não é por que o advogado de defesa tem a capacidade de chorar ou soltar traques na instância superior que os resultados precedentes devem ser ignorados, jogados na lata do lixo. Com isso, o Furacão está de malas prontas, melhor dizendo, arpões, redes e explosivos carregados para seguir destino e no mar azul do Vitorino Gonçalves Dias detonar o Tubarão.

Não vai ser fácil. O 1 a 1 no jogo da primeira fase mostrou bem a dificuldade de jogar no VGD. O Atlético empatou em perfeita cobrança de falta de Vinícius. O Tubarão tem a melhor defesa do campeonato, sofreu apenas sete gols em onze jogos, e é o quarto melhor ataque com dezesseis, ultrapassado apenas pelo Coritiba, Malucelli e pelo maluco do Rio Branco, que quase caiu, mas marcou dezenove. Alguém tem que espiar o time de serra abaixo. O Atlético tem números mais modestos, fez quinze, levou onze.

O Londrina venceu o Paraná, empatou com Atlético e Coritiba, ficou invicto contra os chamados grandes. O Atlético empatou com o próprio Londrina, perdeu para Paraná e Coritiba. Foi mal contra a Gralha, deprimente contra os Coxas. Conclusão: o Londrina é favorito. O jogo em casa aumenta o favoritismo.


A análise mostra um Tubarão mais regular, mais pronto para a competição desde as primeiras rodadas, diferente do Atlético, que até técnico trocou no meio do caminho. Nossa sorte é que o primeiro termo da estrada acabou, agora é vida nova, já cometemos nossos erros, é jogar como grande, mostrar que camisa conta. É verdade, camisa conta, mas suada conta muito mais. Então, quem suar mais, chora menos. Roda Furacão.