Larguei um dia o teclado para ler
opiniões a respeito da derrota em Juiz de Fora. Do natural desapontamento ao
terror explícito tem tudo. Penso que a ponderação deve prevalecer sempre e a
sensatez só vem com estudo cuidadoso e sereno do desastre. Procurei entender a
derrota com frieza.
Primeiro temos que entender a
campanha. Lembrar que o Atlético chegou à final jogando três jogos fora de casa
e apenas um na Magnífica. Vencemos fora Fluminense e Flamengo, perdemos para o
Cruzeiro em jogo que vencíamos até os trinta do segundo tempo, derrota que
levou a decisão para Juiz de Fora. Não dá para reclamar.
Fomos para a final contra o Flu,
contra torcida numerosa, perdemos aos trinta e quatro do segundo tempo, quando
a partida já se encaminhava para as penalidades. Logo após o apito final,
perguntado sobre a vitória, a primeira palavra de Levir foi “sorte”. É claro que
não foi apenas sorte, mas é evidente que ela ajudou o tricolor naquele
contra-ataque.
Por isso, entendo que o mundo continua
em pé. O Atlético jogou decisão comemoradíssima pelo Flu, cumpriu seu papel,
vinte centímetros mais baixo o pelotaço de Vinícius na trave poderia ter decidido
a nosso favor. Os jogadores mostraram valor, sofreram no início, controlaram os
nervos, a partida, de alguma forma o time cresceu, preparou-se para as
dificuldades que batem à porta.
O torcedor tem que engolir o choro, unirem-se
pacíficos e furibundos, a vida continua, no domingo temos que garantir outra
decisão. Essa é nossa nova missão, torcedores e jogadores juntos. Com vantagem,
melhor infraestrutura, maior investimento, essa nós temos que cumprir.
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