terça-feira, 31 de março de 2015

VIDA LONGA AO FURACÃO

A diretoria em nota endereçada à torcida assume “a culpa e responsabilidade perante os maus resultados” no Paranaense. Era necessário. No texto à disposição no site oficial, revela não ter identificado “razões suficientes claras para esta queda (torneio da morte)”, pois, com praticamente o mesmo grupo de jogadores de 2014... no Campeonato Brasileiro, chegamos entre os 8 melhores”.

O Atlético está mal. Na minha primeira postagem deste ano – VOLTAR PARA A PRAIA –, já anunciava o sofrimento “observada a penúria do elenco rubro-negro”. Essa penúria sempre foi clara, nunca foi modificada por contratação importante, deu no que deu.

O elenco do Atlético é mínimo em qualidade, salvam-se Deivid e Weverton, não tem ninguém para dar solução aos problemas com liderança, engenho e arte. Quando o problema acontece, o time desaba.  O conjunto forte e a presença de Marcelo, talvez Sueliton, levaram aos 8 melhores de 2014. Perdido o conjunto, o papa-léguas, não sobrou nada. O time foi mal na Europa, desastroso no Paranaense. Por essa nem eu esperava.

O que restou foi ainda um pingo do conjunto do ano anterior. Quando Claudinei mexeu na equipe, ganhou passe livre. Quando no segundo tempo contra o Londrina Enderson seguiu o mesmo caminho, confirmou-se a derrota. O Atlético é um time inchado a ser remontado. Uns três meninos, no longo prazo, podem ajudar. É só. Uma zaga tem que ser importada com urgência, um armador cair de paraquedas amanhã. Tudo no afogadilho, caro. Infelizmente é assim. Vida longa ao Furacão.

domingo, 29 de março de 2015

JACA MOLE

A queda para o torneio da morte revela o desastre coletivo de todas as esferas diretivas do Clube Atlético Paranaense. Por favor, ninguém me diga que para o Atlético o Estadual não tem valor, a bobagem serve apenas como desculpa em mesa de boteco, nada mais. O presidente do clube tem que vir a público explicar a situação em que se encontra o futebol atleticano. É o mínimo a fazer.

Em jogo que o Atlético tinha que vencer a qualquer custo, o time viveu de cobrança de falta na trave ainda no primeiro tempo. Nada fez durante todo o jogo, expôs sua paquidérmica defesa ao contra-ataque, a casa ficou em pé enquanto o assistente ajudou , quando trocou de lado, em lateral, Artur entrou livre e marcou. O amigo sabe quem é o reserva dessa defesa ruim?

Tendo que trocar, o treinador tirou Cléo, que já entrou tremendo em campo, e colocou Bruno Mota. Se ele acha que o Rafinha ainda não chegou no Caju, esse Bruno Mota ainda está no avião. Crysan é o substituto de Cléo, como Coutinho o do ausente Edigar Junio, todo atleticano sabe, só o treinador ainda por chegar no Atlético não sabe, em final de jogo tinha uma piazada dentro d’água infestada de tubarão.

O jogo foi um momento ridículo na história do Atlético, mostrou que toda a infraestrutura de futebol do clube carece de um mínimo de inteligência, de conhecimento do esporte. Vivemos de peladeiros, de zagueiros que não ganham uma bola aérea, de laterais que cruzam para o nada, de atacantes medrosos, nem vou falar de armadores, impossível falar do que não existe. O Atlético que se cuide. Ninguém respeita esse time ruim. Se não mudar muito, cai como jaca mole.

IMPULSO PARA A VITÓRIA

O que acho desse domingo decisivo? Acho que o Atlético vence o Londrina, o Cascavel tropeça e passamos para a próxima fase. O que me faz acreditar no milagre? Nada específico, apenas um Atlético mais trabalhado pelo treinador, um Foz do Iguaçu grande, longe de vinganças.

Leio a relação dos jogadores que seguiram para Londrina e sinto falta de um fora de série, falei um, só um, alguém que pudesse me dar a esperança de num lance único, numa dessas mágicas que o talento produz, resolver o problema, colocar o time nas costas e vencer. Então é acreditar no treinador, na sua capacidade de criar um grupo vencedor.

Em resposta a pergunta sobre qual o melhor treinador, Luxemburgo ou Felipão, Paulo Nunes, o amigo vai lembrar o atacante do Grêmio e Palmeiras, optou por Felipão, ressaltou a capacidade de Luxemburgo no entendimento tático do jogo, mas exaltou a capacidade do gaúcho na formação do grupo. Da boca do craque, ouvi que a “família” é mais importante que a tática.

Melhor dizer que um bom tático que saiba construir um grupo forte produz melhores resultados. É em opção tática inteligente e em grupo atleticano interessado em recuperar a imagem destruída que aposto minhas fichas. Hoje, aquela foto que estampa a equipe antes do início da partida poderá revelar no futuro o grupo atleticano que disputou o torneio da morte no Paranaense 2015. É um belo impulso para a vitória.

sábado, 28 de março de 2015

AO TRABALHO MEU REI

A saída de Marcos Guilherme para a seleção Olímpica traz de volta a campo Dellatorre. Não pode haver dúvida quanto a isso. Dellatorre é rápido, bom finalizador, o problema é que tem a faísca adiantada, vê e realiza jogadas para companheiros pouco acostumados à sua velocidade de raciocínio.

Seu futebol poderia render muito mais conseguisse se manter titular, ganhar entrosamento com os companheiros, beneficiá-los com o seu bom futebol. Difícil. Dellatorre é daqueles jogadores que basta aparecer novidade toma o caminho do banco. É assim que da arquibancada vejo o futebol de Dellatorre. O amigo não gosta do Dellatorre? É assim mesmo, eu também não gosto do Léo Pereira.

As contratações prometidas quando da chegada do seu Enderson por enquanto estão sob sigilo. Nem se fala mais nisso. Espero que seja o tradicional segredo para não complicar as negociações. O treinador em suas entrevistas demonstra estar atento a todos os aspectos do jogo, faz-me crer que suas equipes entrem em campo com bom nível de preparo.

Precisa de jogadores. Os elencos mais bem formados têm sempre a necessidade de atletas experientes e bem qualificados tecnicamente. É um procurar contínuo. O Atlético está distante da qualidade série A em todos os setores. O Atlético precisa ajudar seu treinador. Ao trabalho meu rei.

sexta-feira, 27 de março de 2015

O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL

O dia passou com múltiplas demonstrações de amor ao Furacão. O Clube Atlético Paranaense não vai acabar, atleticanos continuarão nascendo, a paixão continuará povoando corações, assim como nascem e se apaixonam torcedores de todos os clubes. Se vamos alcançar patamares mais elevados, se vamos crescer como organização, tudo depende de nós, do nosso grau de comprometimento com a política do clube, de associação, de realização da crítica honesta determinante do progresso. Enfim, se o Atlético dos nosso filhos e netos será ainda maior, só depende de nós.

O Atlético de um homem só foi levado ao máximo do seu progresso, foi muito mais longe do que o esperado. É uma realidade patrimonial exuberante. Para chegar a essa realidade, endividou-se, a nova conjuntura exige pagamentos em dia, os salários dos atletas são absurdos, sem atletas de nível o Furacão continuará simples coadjuvante das competições nacionais, anos melhores, anos piores, uma repetição do nosso passado recente.

O salto à frente depende de novas ideias, novas e exuberantes ideias, que podem surgir de cabeças não coroadas, longe da ciência que às vezes parece querer pautar todas as diretivas, como único e insubstituível caminho para o sucesso. Penso que o vínculo com o seu torcedor é o principal vetor do progresso rubro-negro. Esse vínculo, esse conversar entre as partes, o ajuste entre necessidades e possibilidades de ambos, que abra as portas da Baixada ao seu torcedor é o primeiro passo para um Atlético maior. Que ele seja dado o mais rápido possível. 

quinta-feira, 26 de março de 2015

FELIZ ANIVERSÁRIO FURACÃO

Nesta data, no longínquo 1924, Internacional e América se uniram para formar o Clube Atlético Paranaense, um jovem completando hoje 91 anos. Quantos times passaram pela Baixada, quantos jogadores vestiram a jaqueta rubro-negra, quanto suor derramado para sobreviver ao tempo, quantos gols e vitórias necessários para virar Furacão.

Os grandes nomes todos sabem de cor. Mas o amigo sabe que o primeiro Atlético foi escalado com Marreco e Marrecão? Que no primeiro título em 25 ganharam faixas Franico e Bororó? Que o campeão invicto de 29 contava com Rintintin e Anjolillo? Que em 33 Mimi e Naná ardendo em febre bateram os coxas e transformaram o Atlético no time da raça? Que o Furacão ganhou vida com Sanguinetti e Villanueva?

O amigo sabe que seu primeiro presidente foi Arcésio Guimarães, primeiro de tantos que lutaram com dificuldades imensas até Marcos Coelho vencer o Brasileiro em 2001. É irmão, os grandes nomes estão na ponta da língua, todos sabem, veneram, idolatram. É assim mesmo.

Mas o Atlético não foi feito apenas de grandes nomes, é o reflexo perfeito da sua torcida, gente de todas as cores, de todos os cofres, aninhados na Baixada bendita, cobertos pela bandeira sagrada, unidos no canto ardoroso, na alegria estrepitosa, na tristeza profunda. Esse é o Atlético imortal de todos os rubro-negros, grandes e pequenos, respeitados e amados igualmente. Afinal, o que seria do Atlético sem Mimi e sem Naná, sem Jackson, sem Sicupira... sem você? Feliz aniversário Furacão.

quarta-feira, 25 de março de 2015

SÓ PODE MELHORAR

Intrigas palacianas excluíram do quadro de sócios do Atlético o ex-presidente Marcos Malucelli. Até o flautista que toca para entreter o rei sabe que isso não é bom. 

Nathan esperneia para sair do Atlético. Ninguém em sã consciência pode admitir que após tantas idas e vindas o jogador um dia vestirá a camisa do Furacão com algum ânimo. Está na hora de concluir este parto.

Cleberson pode desfalcar o Atlético por oito meses. O setor que já era o menos qualificado do elenco está ainda pior. Tem que contratar.

Sidcley foi emprestado para o Atlético de Goiás. Com 21 anos Sidcley tem potencial, pode brilhar em Goiás, voltar e compor o time do Furacão 2016. Mário Sérgio e Héracles foram liberados para o Joinville. São os dois caminhos a seguir. Tem um ônibus lotado para seguir destino.

A tentativa de assumir o controle da Federação Paranaense de Futebol pela dupla Atletiba deu com os burros n’água. Tempo perdido, desgaste garantido.

O Foz tem chance do colocar o Atlético no torneio da morte, basta perder para o Cascavel. A eleição da Federeca provocou o rompimento da parceria Foz / Furacão, o pessoal da fronteira ficou mordido, agora pode derrubar o gigante. A que ponto chegamos. De onde estamos, só pode melhorar.

terça-feira, 24 de março de 2015

DE JOELHOS

Eu que gosto de números, em vitória de sete a zero, passei longe da estatística. Nunca é tarde para elogiar, exaltar apresentações. Bady, Dellatorre, Marcos Guilherme e Natanael fizeram assistências. Dos artilheiros o amigo sabe os nomes. Dobradinha gol-assistência Natanael e Dellatorre. Vinte minutos em campo mostraram a eficiência de Dellatorre.

Traduzindo a entrevista do eficiente Enderson chegamos à conclusão que o Atlético vai contratar jogadores experientes. Pelo jeito está encerrado temporariamente o ciclo das apostas. A notícia é de chorar lágrimas em catarata, um craque e a torcida volta correndo para o Caldeirão.

O mote leva a outra frase do treinador: “Reconquistar a torcida com boas atuações”. As boas atuações trarão de volta o sócio arrasado pelo mau futebol, causador da febre que joga o torcedor no sofá, impede seu deslocamento ao campo de jogo. Os não sócios virão com ingressos a baixo custo. Aí não depende do Prof.

Ainda do discurso do treinador: “Jogar de maneira ofensiva com responsabilidade defensiva”. É um clássico, está na cartilha de qualquer treinador, algumas boas chances perdidas pelo Nacional recomendam investir na segurança. Enderson está falando e sendo ouvido, pedindo e ganhando. Que aproveite. Nós agradecemos. De joelhos.

segunda-feira, 23 de março de 2015

TEM QUE CONTRATAR

Se o futebol é o esporte dos sobressaltos o do Atlético é montanha russa inexplicável. Você leva um time para jogar no exterior, deixa outro jogando o estadual, o pessoal volta do tour europeu cheio de marra, resolve fazer uma ponta no caseiro, perde uma, cai do salto, perde duas, três, o treinador naufraga, chega outro, o time arruinado volta a campo e ganha de sete a zero.

Não há mágica nenhuma. O time que goleou é basicamente o mesmo que acumulava derrotas. Nem o esquema mudou. Uma maior presença defensiva de Deivid, a entrada de Lula na defesa e ficamos por aí. O amigo vai dizer que o Nacional é ruim que dói e estará certo, mas até onde eu me lembro até agora não tinha sofrido massacre igual.

O que importa? A troca do treinador estancou a hemorragia. O que mais importa? Ter a consciência que a vitória pouco muda a necessidade imperiosa de contratações. Se a vitória trouxer de volta a noção de que temos grande elenco, o erro estava unicamente no comando, de nada serviu, pior, continuaremos iludidos, no descaminho.

De tudo que vi, gostei da novidade Eduardo, da tenacidade de Deivid, da dupla defesa de Weverton no segundo tempo. O rendimento coletivo avançou, mais próximos os jogadores conseguiram trocar passes, o gol de Natanael é bom exemplo.  Foi ótimo. Em um jogo fizemos mais gols do que nos nove jogos anteriores. Foi recomeço de sonho. Porém, sete a zero não transforma ninguém em craque. Tem que contratar.


domingo, 22 de março de 2015

COM SANGUE E COM RAÇA

Vamos às frases da primeira semana do seu Enderson.

“Já no primeiro contato, passei para eles que é o momento de trabalharmos muito, que temos que lutar muito dentro de campo”. Parece que não foi da boca para fora, os trabalhos no Caju foram intensos.

“Não tem como fazer mágica de uma hora para outra”. Verdade. Mas temos que ganhar hoje.

“Tenho a minha concepção e a minha ideia de jogo. E uma ideia de time que joga para frente, busca a vitória”. Ótimo, o Atlético tem por tradição jogar no ataque. Mas cuidado com a defesa, é o ponto mais frágil da equipe. Tomou gol, a torcida pega no pé, lá se vai a vaca para o brejo.

“(Os experientes) serão bem importantes porque vão dar tranquilidade aos mais jovens”. Perfeito. Mas inexistem titulares absolutos. Lembrar que os experientes colocaram o Atlético nesta situação.

De tudo isso, com o otimismo a todo pano, vamos escalar o Furacão: Weverton; Eduardo, Gustavo, Lula e Natanael; Deivid e Paulinho Dias; Bady e Cléo. Faltaram dois. Felipe, Dellatorre, Marcos Guilherme e Edigar Junio são candidatos à vagas que definirão o time que “busca a vitória”.

Gostei de Marmentini na relação dos convocados para o jogo. Sabe sair da marcação, tem visão de jogo. Senti falta de Crysan. É assim, treinador novo, ideias novas, uns renascem, outros fenecem. Vamos lá sócio-torcedor. Sua ausência é inadmissível. Começar de novo, com sangue e com raça.


sábado, 21 de março de 2015

SAILING

O amigo atleticano, hoje vivendo as delícias do Nordeste, me pergunta se Nathan fica, se Nathan vai. Digo que não sei.  Já perdi a conta de quantas vezes o caso foi a julgamento, quantas vezes Nathan ganhou, quantas perdeu. Certo é que Nathan já foi esquecido pelo Manchester United, agora é pretendido pelo Inter, pode virar bambi. Nathan não será titular nem no Inter, nem no São Paulo. No Atlético tem chance. Deveria ficar no Atlético. Mas aí tem o pai, o advogado e seus trocados, a Justiça e seus recursos. Enfim, aconselhei ao amigo esquecer Nathan, voltar à praia, tomar por mim uma boa caipira.

Entro no site oficial do Atlético, vou baixando, baixando, chego às fotografias dos atletas e clico em meio-campo. Sabe quantos volantes e armadores tem o Furacão? Espie lá. Seu Enderson tem 13 jogadores para montar a transição. Eu trocava uns sete por jogador de qualidade.

O São Paulo divulgou em seu site oficial os preços para o jogo com o Marília domingo. Para sócio-torcedores R$ 10,00, para o público em geral a entrada mais barata custa R$ 20,00. O alto preço dos ingressos afastou o são-paulino do estádio. A manchete no site Terra é “São Paulo reduz preço para reconquistar torcida no Paulista”. O Atlético poderia seguir o exemplo. Depois de amanhã.

O teto retrátil ficou pronto. Rod Stewart vem para o Rock in Rio em setembro. Poderia esticar viagem e fazer show na Arena. Mesmo com ingresso padrão Furacão Champions League, eu estaria lá. Sou um velho, sailing.

sexta-feira, 20 de março de 2015

INVESTIR NO CENÁRIO

Assistindo aos jogos no exterior, além das canetas, rolinhos, golaços e tudo mais relativo ao jogo, é de cair o queixo o cenário, as arquibancadas cheias, espetaculares. Não... não estou falando de Chelsea e PSG, Barcelona e City, falo de United e Burnley no fim da tabela, 1 a 0 Burnley, 21000 pessoas lotando o pequeno estádio do pequeno time.

Pois o meu Atlético, que está para lá de mal das pernas em campo, parece ter esquecido o cenário, insiste em política de preços de ingresso de Comunidade Britânica, 150 reais o mais barato, 250 e 800 os mais caros. Pelamor. Ninguém que vá ao supermercado acredita que alguém pague esse preço por ingresso para ver as peladas que temos assistido.

O país está no buraco, o desemprego assusta, a inflação cresce e estamos insistindo em política de preços caros para empurrar o atleticano para a associação. A diretoria tem que entender que os hoje associados o são por amor ao clube, passaram anos pagando para ver o time pela televisão, esses continuarão sócios custe o que custar, mesmo que o ingresso custe vintão.

Os sócios pretendidos estão fugindo da despesa, vão para o pay-per-view, cinquentão e assistem tudo do sofá. Alguém tem que mudar isso, o dinheiro tem que entrar, as despesas são imensas, dinheiro não tem nome, nem cor, vale o do sócio, o do não sócio, o do adversário. O torcedor quer ir ao jogo e está em impedimento. Precisamos mudar. A conjuntura obriga, o Atlético tem que abaixar a bandeira amarela, investir no cenário.

quinta-feira, 19 de março de 2015

TODO CUIDADO É POUCO

O Atlético estreia no Brasileiro dia 10 de maio contra o Internacional na Baixada. Faltam quase dois meses para o que vale, e o que vale é a permanência na série A. Esse é o nosso real objetivo para 2015. Temos que acertar um time, começar bem, evitar problemas.

O começo do trabalho do seu Enderson coincide com a promoção de uma série de jogadores do sub-23 para o time principal. As publicações divergem na relação. Vou ficar com a mais extensa. Vamos lá. Os veteranos Lula e Mattheus, os mais mocinhos Macanhan, Rafael Zuchi, Ricardo Silva, Bruno Mota, Caíque e Cryzan.

O DF rubro-negro tem que pensar em dispensas. Tem jogadores nesta relação e no elenco principal que são totalmente dispensáveis, é uma perda irreparável de recursos, quem com vinte anos não mostrou serviço, pode partir para o concurso público. É a realidade.

Para que Enderson tenha sucesso o Atlético tem que contratar. Quem dá a missão dá os meios. Depois vem o seu trabalho. Ensinar fundamentos, a matada, o passe, o cabeceio, o cruzamento, para só depois passar para o coletivo. Tem que tomar cuidado. O atleticano presunçoso fala em ser campeão do torneio da morte. Nós também íamos ganhar do Operário, do Maringá, a semana de seis pontos expulsou Claudinei do Caju. Estamos muito mal. A torcida bafeja e o time se borra em campo. A Arena do carrinho de picolé é uma imensa armadilha. Todo cuidado é pouco.

quarta-feira, 18 de março de 2015

SE AGARRAR COM OS SANTOS

O Atlético já apresentou seu novo treinador, Enderson Moreira, despedido do Santos. Passou uns dias na estrada ajudando o parente a indicar o posto Ypiranga e já está no Caju. Acertei parte das minhas previsões. Enderson é segunda linha, com passagem por clubes importantes, com um bom rendimento médio de 60%. Ligado no Paulista até dias atrás, desconhece a realidade atleticana. Errei quando disse que não teria boca para pedir contratações.

Um dos motivos da sua despedida da Vila Belmiro foi a insistência na contratação de Walter, aquele gorducho bom de bola hoje no banco do Fluminense. Que se prepare o nutricionista do Furacão. Como já li que o Atlético vai fazer uma série de contratações o problema está resolvido, mas, se era assim, por que demitir Claudinei?

O motivo principal da demissão do Peixe foi sua forma de tratar os mais jovens do elenco, cobrança desmedida, no mínimo desrespeitosa. Segundo a imprensa “não havia clima entre Enderson e os jogadores da base”. Bronca no zagueiro Gustavo Henrique foi a gota d’água. Os veteranos que seguravam a barra desistiram. O elenco comemorou.

Antes da contratação o Atlético deve ter ouvido psicólogo de gabarito. Na atual conjuntura, com a quantidade de jogadores jovens no elenco, em momento técnico e tático especialmente ruim, precisando de um pai, o baiano foi arrumar um padrasto. Esperemos que os dias de estrada indicando o posto Ypiranga tenham acalmado o rapaz. È o que tem prá hoje torcedor. Não deu no Santos, vai ver aqui dá certo. O jeito, mais uma vez, é se agarrar com os santos.

terça-feira, 17 de março de 2015

NÃO CONDIZ COM A REALIDADE

Quando critico o Furacão, apresento fatos que julgo inconvenientes, alguns me acusam de estar “mafuzando”. Usado pejorativamente, o termo tenta me imputar características do cronista do site Paraná-online Augusto Mafuz, segundo a publicação virtual “único e inconfundível”.

O colunista é profissional do jornalismo, tem informações que não possuo, discorre sobre o Atlético com conhecimento de detalhes de sua vida interna, por certo obtidos com informantes de crédito. Assim, situo-me a milhas de distância do “único e inconfundível”. Sou só um atento observador de jogos de futebol.

Lendo sua coluna “Casca de ovo” em que aponta o fracasso da administração Petraglia, encontrei lá pelos parágrafos terminais a frase “controla o dinheiro à opinião dos conselheiros”. Certamente um erro gráfico, a intenção seria atirar um “controla do dinheiro à opinião dos conselheiros” no peito dos leitores. Acontece. Eu que o diga. 

Sou conselheiro do Atlético. O amigo sabe que as reuniões do conselho são raras, privilegiam decisões importantes, com bom nível de discussão. Saliento que em minhas postagens quase que diárias critico com independência – alguns coxas duvidam que eu seja atleticano –, e nunca recebi qualquer contestação da diretoria sobre meus chiliques. Assim, para o conhecimento do meu par de leitores afirmo: o tal controle sobre a opinião dos conselheiros inexiste. Até que alguém prove o contrário, não condiz com a realidade.

segunda-feira, 16 de março de 2015

É UM TRUQUE

Claudinei Oliveira não é mais treinador do Atlético. Para o torcedor é importante estar pronto para o futuro. O novo professor provavelmente é segunda linha, sem qualquer conhecimento da realidade do clube, sem boca para pedir contratações, quem sabe um “estudioso”.

Sem conhecer insistirá nas fragilidades do elenco, um perigo tremendo. No sábado sinistro, o próprio Claudinei insistiu na escalação de reconhecidas incompetências. Alguém que está há meses no cargo devia saber que alguns que filam boia no Caju não têm a menor condição de usar camisa série A. Com o novato em algum momento eles serão solução. Como disse, um perigo.

Ano passado os jogadores botaram para correr o treinador espanhol Don Miguel. Agora, alguma liderança devia ir ao presidente dizer que o elenco é fraco, imperativo contratar. O Atlético que sobreviveu a 2014 foi fruto do coletivo promovido por Claudinei. Quando chegou ao clube foi correndo buscar Gustavo no Paraná, tal a carência de zagueiros existentes no clube. Passou o tempo e continuamos sem zagueiros.

Um time que perdeu Éderson, Baier, Manoel, Everton e Marcelo e não contratou ninguém culpa seu treinador, vale-se da rotina. Tivesse demitido Claudinei e mandado barca plena de jogadores rumo ao ignoto tudo bem. Como ficou só no comandante, puro despiste. Eu até propus um fato novo, algo como uma contratação de peso. Demitir Claudinei não é fato novo, é um truque.

domingo, 15 de março de 2015

DEMOROU

Depois de tantos anos nunca imaginei passar por isso. Pensei que esses horrores tivessem ficado para trás, no tempo do “era uma vez...”. Agarrado à esperança de sorte “megasênica” esperei até o último minuto e envergonhado me incorporei à massa silenciosa que se apressava em abandonar a Baixada. Que Atlético é esse?

Qual a razão desse desastre? Como em toda catástrofe inexiste uma razão específica. Série de fatores, como desleixos, ilusões, prepotências, verdades exclusivas, visões equivocadas, falta de recursos, influência de empresários, distância dos amigos conselheiros, crença no apoio dos que idolatram cegamente, deram nisso que aí está.

Agora a porta está arrombada. O time de 2013 foi sendo desmontado, o que restou não dá conta, a base não supre, as contratações são apostas, lideranças inexistem, o gramado necessita descanso urgente, a torcida cansou, os serviços de alimentação da arena são precários, perdeu-se a alegria do intervalo, a associação micou, a vaca foi para o brejo geral.

Petraglia tem que esquecer a Federação que sempre nos ferrou e sentar para ouvir com a humildade os que sabem e amam o Atlético. Existem milhões de tarefas a cumprir para tirar a vaca do atoleiro. Infelizmente para o presidente impossível dar tempo ao tempo. Eu nem preciso dizer, ele sabe. Ele tem que ser ágil? Ele sabe. Como dizem os mais jovens, demorou.

sábado, 14 de março de 2015

EM PONTO DE BALA

As estatísticas se multiplicam apontando o atual momento do Furacão como um dos piores vividos nos últimos anos. Para o atleticano são desnecessárias referências, dados, datas, documentos para saber que a situação entrou em descompasso, os resultados não condizem com a estatura rubro-negra.

Sente no mau humor sem causa outra, na impaciência sem razão, o desempenho rubro-negro como origem clara. É um mal-estar persistente, que afugenta dos programas esportivos, das páginas de esporte, das ondas do rádio que maltratam. O amigo já ouviu falar em fase?

É amigo, é a tal fase. Até o galáctico Real Madrid tem lá seus incômodos, agora passa por tempestade horrorosa, perdeu a liderança no espanhol, tomou de quatro a três do Schalke 04 em Madrid, quase foi eliminado da Champions. A imprensa massacra CR7 e companhia.

A experiência mostra que a fase molda novos rumos, cria exigências que frutificarão no futuro próximo. Nada que justifique ausências da Baixada, o fim da associação imprescindível. O Atlético não é um time, é um clube, do qual você faz parte, é peça indispensável da engrenagem com poder de soprar forte a nuvem da tormenta. Por isso sem chiliques, à Baixada, te encontro lá, hoje, com o berrador aberto, em ponto de bala.


sexta-feira, 13 de março de 2015

CONFIAMOS

Já que tenho a boca grande, vivo falando em mudança, resolvi montar um time, mudar o esquema, propor a novidade. Busquei nos relacionados para o jogo contra o Operário a base para o trabalho.

Vamos lá. Pensei em três zagueiros, segura atrás e libera os alas já que a armação inexiste. Quais são os zagueiros relacionados? Cleberson, Gustavo e Léo Pereira. A hipótese é impossível. Falta o líbero.

Então vejamos. Segura o Deivid e libera os laterais. Aí já é possível. E daí para frente. Hernani de segundo volante defende e ataca. Bady e Felipe armam, jogam se aproximando, de braços dados, auxiliando os alas, chegando na área. Dellatore flutua em toda a frente, desorganiza a marcação, Cléo prende os zagueiros, faz o pivô, finaliza.

O amigo dirá que no mínimo cheirei um lança perfume. É só para ver o tamanho da tarefa que tem pela frente o seu Claudinei, o elenco disponível pouco ajuda, insistir no existente é o caminho mais fácil, difícil não cair na tentação.

Sem um salvador da Pátria, alguém com futebol para dar solução mágica ao problema, ficamos totalmente dependentes do coletivo, um bolo com receita complicada, dependente de experimentações múltiplas até o resultado ótimo aparecer. O consumido Claudinei pós-jogo contra o Operário deve entender que o melhor mestre cuca para fazer este bolo ainda é ele. Confiamos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

CAMINHE AO NOSSO LADO

Castigado nos últimos minutos o Furacão volta para Curitiba sem os três indispensáveis pontos. Avisei que o Fantasma era uma asa negra assustadora. A derrota acende o sinal vermelho cinco cruzes, não fui nem especular, fazer contas, mas penso que já começamos a depender de resultados outros para fugir da zona do rebaixamento. Uma tristeza.

Há dias disse que seu Claudinei teria que voltar à prancheta, remontar a equipe, repensar o esquema. O que vimos em Ponta Grossa foi a insistência no que não vem dando certo, é conhecido de todos, com a ausência de Marcelo perdeu a quebra do sistema defensivo adversário pelas qualidades do papa-léguas.

Desde antes da queda do grande cometa que exterminou os dinossauros é sabido que o Atlético não tem um armador, eu digo um, e continuamos com esse pessoal dançando o vira na intermediária ofensiva sem qualquer objetividade, criatividade, os atacantes agindo individualmente, sem aproximação dos companheiros, os laterais cruzando para o goleiro, para o atacante imaginário pedindo bola do outro lado do campo.

No futebol tudo pode. Por incrível que pareça, o Atlético ainda pode até ser campeão deste estadual de equipes arrumadas. Tudo pode desde que haja consciência da necessidade de mudança, que ela aconteça e a sorte caminhe ao nosso lado.

quarta-feira, 11 de março de 2015

CACHECOL E JAPONA

Do mais criativo laboratório do departamento de invenções atleticano surge Paulo Carneiro, já de japona, ex-presidente do Vitória, para dirigir o futebol rubro-negro. Polêmico, currículo estranho, definitivamente não é o que o torcedor atleticano deseja. Difícil entender como alguém vindo de um futebol duplamente na segunda divisão pode ajudar. São essas coisas que afastam o torcedor da associação. Nem com óculos cor de rosa consigo enxergar algo bom. Caridade? Pode ser. Irmãos, oremos.

O marketing do Atlético tem apostado nas imagens de Deivid e Weverton, os dois ainda com crédito junto ao torcedor. Deivid apresenta bom rendimento individual em equipe tecnicamente longe da performance de 2014. Anda até se assanhando no ataque. Deivid é profissional exemplar, tem tudo para ganhar rumo. Se assim for é fim de festa. Irmãos, oremos.

Velho é ser cheio de lembranças boas e ruins. Com o tal Operário não tenho boas recordações, sempre uma asa negra no caminho do Furacão. Hoje é dá ou desce. Chega a dar calafrios. Cadê minha japona. Irmãos, oremos.

Claudinei acha que esta tem que ser “semana de seis pontos”. Não resta menor dúvida. Pensa em entrar com Marquinhos contra o Fantasma. É a volta a 2014 sem Marcelo. Aí se percebe a falta que faz o papa-léguas. Irmãos, oremos. Para maior merecimento, de galocha, luvas, cachecol e japona.

terça-feira, 10 de março de 2015

VISITAR A PRATELEIRA

Leitor com óculos cor de rosa comete o desatino de ler o que escrevo e me atira todas as pedras da sacola. Quer que eu escreva que está tudo bem, é normal em início de ano perder para o Foz na Baixada, quase perder para o Jotinha, toda aquela inconformidade da torcida é doidice de desentendidos, temos que dar tempo ao tempo, daqui a semanas assistirei vitórias e lançarei meus textos na fogueira.

Em dúvida sobre ir a Ponta Grossa, fui contaminado pelo otimismo do atirador de pedras e estou pronto para comprar passagem, pegar o ônibus e seguir cantando “só eu sei... por que não fico em casa”, certo de que tudo vai dar certo, é só dar tempo ao tempo, confiar que o girar da imensa nave Terra trará as vitórias que espero.

Com os pés no chão vou dando os meus pitacos. Quarenta e cinco minutos de Nikão mostraram que a novidade sabe sair da marcação, o que em termos de Furacão é grande passo. Outro que sabe fugir do marcador é Marmentini. Quem não sabe, fica dando totó lateral, cede o lugar, tchau e benção. A fila anda.

Outra posição em aberto é a de volante. Ou sabe atacar, ou chega à frente, ou está fora. Volantes modernos são armadores que sabem marcar. A melhora do Atlético passa por mudança de atores. Tem gente se achando o comendador da novela. No elenco rubro-negro só Weverton é dono da camisa. O Paranaense serve para trocar peças, ajustar a máquina. Claudinei tem que visitar a prateleira.

segunda-feira, 9 de março de 2015

É O QUE DÁ PARA FAZER

Parece piada. Estou eu aqui advogando a ajuda do Atlético ao Paraná e a danada da Gralha está cinco pontos à nossa frente na tabela. Imagine se os salários estivessem em dia. O final do jogo em Paranaguá lembrou “rir é o melhor remédio”. Jogadores com cãibras terríveis, cansaços evidentes, ostentavam nas camisas o slogan “energia pura”.

Energia pura deve ter a torcida “pelotão geriátrico” tocada a chá de losna nas arquibancadas do “caranguejão”. Para encerrar, final de jogo, entra no Paraná a humildade em pessoa, ninguém mais que Alex Brilhante com seu cabelo de pudim. Um a zero, venceu a Gralha, o meu amigo pipoqueiro paranista está em festa. Eu mereço.

O site do Furacão traz a fala de Claudinei sobre o empate de sábado. A foto que ilustra o texto é emblemática. No banco, atrás do professor, boca aberta, está Felipe. Felipe estava no Figueirense, bem, foi chamado para compor o elenco rubro-negro e é reserva do reserva. Alguém pode me explicar por que foram atrapalhar a vida do rapaz? Chega a doer.

Claudinei diz não ter medo da cobrança. Nem pode. Tem a seu favor a inoperância do DF rubro-negro. O Prof. tem que entender que seu time não sabe jogar no ataque, desde sua chegada joga para defender e contra-atacar. Atacando, sem espaços, bate na parede.Tem que fazer o que fez quando quis atacar e andou tomando peia na Europa, voltar à realidade. No estadual é meio constrangedor, mas é o que dá para fazer.

domingo, 8 de março de 2015

ASSIM TÃO RUIM

Fui para o jogo após ver o Real Madrid perder para o Atlético de Bilbao. Cristiano Ronaldo, Benzema e Bale não conseguiram marcar, um a zero para o pequeno Bilbao. É o futebol. A camisa, os milhões gastos em contratações não bastam, a vitória às vezes dá de ombros para tudo isso. Entrei na Arena com certeza da dificuldade, coração preparado para tudo.

Ainda bem. Assisti à pelada com os olhos da realidade, sem destemperos, minto, uma ou duas vezes me desesperei com o futebol burocrático de Paulinho Dias e dei lá meus gritos, no início do segundo tempo, fiquei segundos com a respiração suspensa quando o moleque do ecoestádio esteve a ponto de marcar. Foi só.

O Atlético pouco incomodou, duas boas incursões ofensivas de Deivid assustaram o Jotinha, Daniel Borges acertou a trave, Cléo perdeu um livre, só tivemos uma falta a favor no final do segundo tempo. Nikão se arrumou para bater, amigos... nem nos meus piores dias de amador.

Esperei pela entrada de Nathan e Claudinei o colocou pelo lado do campo. Aí não dá. O departamento de futebol rubro-negro, acometido por terrível catarata, entre a névoa que lhe perturba a vista deve ter percebido que há 180 minutos o Furacão não incomoda o goleiro adversário. É um time de coelhos que corre corre e não chega a lugar nenhum. Nem eu que resmungo desde a primeira pelada na Europa, que procuro ter os pés no chão, pensei que estivesse assim tão ruim.


sábado, 7 de março de 2015

DOCE FELICIDADE DE MENINO

Hoje levantei com vontade de ir ao jogo. Vontade, vontade, não aquela quase obrigação de comparecer, bater o ponto, assumida sem receber salário, e sim vital consequência do amor infante que adolesceu, quedou-se adulto e não feneceu, pior, virou mortífera paixão imortal.

Nem sei o que me sacode o ânimo. Por certo não as chegadas de Nikão, Eduardo, Rafinha, similares em futebol de genéricos, nem entrevistas em que o potencial do grupo é exaltado, energia armazenada ainda discutível quanto à sua transformação em movimento coletivo.

Sei que estou aceso. Já fui à gaveta das camisas, rebusquei modelos e escolhi a amarelada vintage de listas horizontais, identificada com o meu ardor de infância, em que economizava tostões para comprar o ingresso de voz que ouvia sem enxergar o rosto, apenas o papelucho mínimo ofertado anunciando vida atrás do buraco negro em que se escondia.

É um sentimento bom de fazer parte, de ser rubro-negro, sem necessidade de esperança descabida, exigente apenas da raça que nos legou a história. Hoje estou assim, sem pensar em craques, em ídolos, só vivendo a emoção de ser Atlético, o time mágico sem eira nem beira que escolhi seguir, hoje com eira e beira, ainda carente dos meus tostões e meu já rouco grito. Que o tempo passe rápido e o crepúsculo ilumine meu caminho, e o teu caminho, rumo à minha doce felicidade de menino.

sexta-feira, 6 de março de 2015

NEGÓCIOS DA CHINA

O amigo pede minha opinião sobre as eleições que “se avizinham”. Concordo que o tempo voa, já estamos em março, mas as eleições ainda estão distantes, falar nelas hoje é “futurologar”. Vou correr o risco.

Petraglia ganhou um ano para organizar o pagamento das dívidas, finalizar e transformar a arena na mina de ouro prometida. Com ele tudo pode. Conseguindo, montando um time que não faça água está reeleito. Necessário saber se deseja continuar no comando. Aí só perguntando ao dito cujo.

O atleticano se acostumou com o Petraglia camisa 10 do gol nos acréscimos. Acomodou-se. O Atlético pós-Copa tem dívida significativa, a Pátria Brasil corre perigo, as pedras se acumulam nos caminhos do 10 rubro-negro. Petraglia precisa urgente do apoio do torcedor, da sua associação ou frequência ao estádio via aquisição do ingresso.

Com a promoção da timemania para o jogo de sábado, o ingresso mais barato está a R$70,00. Ótimo para quem não quer se associar e gosta de fazer uma fezinha na loteria. O preço é justo e mesmo assim assusta, empurra o torcedor para a associação, prova que as mensalidades do Sócio Furacão Fan (R$100,00) e Furacão (R$150,00) estão de graça. Em tempos bicudos, as duas opções são negócios da China.


quinta-feira, 5 de março de 2015

O QUE O AMIGO ACHA?

Problemas diários com a internet me afastaram do mundo, deixaram minha pouca paciência em frangalhos. Estou de volta, vamos ver até quando. Volto feliz com a promoção atleticana para o jogo de sábado. Falo da troca de apostas da timemania por ingressos. Em minha última postagem falei em cevar o pesqueiro, trazer o torcedor para a Arena. Creio que é um primeiro passo, boa forma de animar robalos e linguados.

O time principal contra o Jotinha é outra isca importante para o torcedor. O Atlético tem que ganhar, se afastar das últimas colocações, entrar nos oito finalistas, impossível ficar fora do mata-mata que leva ao título. O torcedor tem que comparecer. É jogo contra o líder. Quem diria?

Leio a relação dos dez times brasileiros com mais sócios e não vejo o Furacão. O Internacional, primeiro colocado com 130.000 sócios, cobra de seus associados valores anuais que vão de R$240,00 a R$12.000,00. O Atlético tem seus preços variando entre R$480,00 e R$9.600,00 e menos de 24.000 associados. Estamos muito atrasados.

O Palmeiras à morte em 2014 saltou para segunda posição com 96.000 pig-sócios, custos entre R$119,88 e R$7.188,00 anuais. É possível que as contratações em massa do Verdão tenham cativado leitões de todos os pesos. Quem sabe no futebol a melhor isca ainda seja o craque, a sentida possibilidade da vitória. É tema para discutir longe da internet, na beira do rio entre uma linhada e outra. O que o amigo acha? 

segunda-feira, 2 de março de 2015

ASSUSTE O CARDUME

Assisti Barcelona e Granada de olho no jogo dos coxas, 0 a 0 Prudi. Hoje as “partidaças” se multiplicam na telinha. No paraíso em que passei o carnaval, nas rodas de bate-papo a conversa era sobre Real Madrid, Chelsea, Juventus, Bayern, seus fenômenos, os jogos lembrados pelos lances sensacionais, a grandiosidade dos eventos.

Cada vez mais a aldeia global se apequena, nossas peladas ficam em segundo plano, o torcedor brasileiro tem opções que o direcionam para o mundo, afastam-no dos entreveros tupiniquins, dos quebra-bolas, dos erra-passes, dos perde-gols, só a paixão o anima aos estádios, quem souber cultivá-la colherá os fanáticos do futuro.

Vida dura para o pessoal do marketing ainda sufocado pelo ingresso a peso de ouro na tentativa de empurrar o torcedor para a associação. O Atlético já criou uma série de promoções que beneficiam seu associado, luta por evitar a evasão, tenta conseguir novos afiliados. Uma dureza.

A luta pelo torcedor passa por escolas, empresas, baixo custo, time competente, craques, atrações e promoções contínuas. Pescar fanático não é fácil. As iscas têm que ser variadas, do gosto e ao alcance do freguês. Nada de iscas artificiais caríssimas. O Atlético está no caminho, o mar está cheio de fanático, só falta encontrar a isca certa. Enquanto procura, podia ir cevando o pesqueiro, enchendo a Arena com ingresso a preço que não assuste o cardume.