Depois de tantos anos nunca imaginei passar por isso. Pensei que
esses horrores tivessem ficado para trás, no tempo do “era uma vez...”. Agarrado
à esperança de sorte “megasênica” esperei até o último minuto e envergonhado me
incorporei à massa silenciosa que se apressava em abandonar a Baixada. Que
Atlético é esse?
Qual a razão desse desastre? Como em toda catástrofe inexiste uma
razão específica. Série de fatores, como desleixos, ilusões, prepotências,
verdades exclusivas, visões equivocadas, falta de recursos, influência de
empresários, distância dos amigos conselheiros, crença no apoio dos que
idolatram cegamente, deram nisso que aí está.
Agora a porta está arrombada. O time de 2013 foi sendo desmontado,
o que restou não dá conta, a base não supre, as contratações são apostas, lideranças
inexistem, o gramado necessita descanso urgente, a torcida cansou, os serviços
de alimentação da arena são precários, perdeu-se a alegria do intervalo, a
associação micou, a vaca foi para o brejo geral.
Petraglia tem que esquecer a Federação que sempre nos ferrou e
sentar para ouvir com a humildade os que sabem e amam o Atlético. Existem
milhões de tarefas a cumprir para tirar a vaca do atoleiro. Infelizmente para o
presidente impossível dar tempo ao tempo. Eu nem preciso dizer, ele sabe. Ele
tem que ser ágil? Ele sabe. Como dizem os mais jovens, demorou.
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