A vitória conquistada com golaço de
Deivid teve a vantagem de colocar a mostra as dificuldades enfrentadas pelo
Atlético e a causa desses embaraços, simplesmente ao comparar as formas de
atuar de Santinha e Furacão. O amigo deve ter observado, eu só vou colocar no
papel seu pensamento. É simples.
O Atlético troca passes no meio de
campo, sofre a primeira marcação dos atacantes adversários e fica nesse chove
não molha até que alguém apareça para receber, demoramos um milênio para
ultrapassar linha de defesa que tem apenas a finalidade de dificultar a saída
de bola rubro-negra. Aí partimos para garoa, mas não rega, trocamos passes
laterais, não há verticalidade, quando há, o armador passa ao pivô, avança para
receber e o passe de retorno acontece de forma equivocada. Enfim, ficamos
dependentes de um milagre. Ele aconteceu.
O time do Milton Mendes é diferente. A
transição é rápida. Recebida a bola, o homem da transição ultrapassa na
velocidade a primeira marcação, se houver necessidade de um drible ele é
permitido, avança, com passe vertical entrega a bola a jogador posicionado
entre as duas primeiras linhas de defesa, aparece para receber, a troca de
passes é certeira, o time chega ao ataque, pelo centro e pelos lados do campo
com rapidez e eficiência. Tivemos sorte. Não fosse a intervenção de Santo
Expedito, a bola que Weverton espalmou para dentro da área e o gol incrível
perdido por Grafite, o resultado seria diferente.