sexta-feira, 31 de julho de 2015

PÃO COM MORTADELA

O Palmeiras já vendeu todos os ingressos para o jogo de domingo. Casa cheia. Os verdes vão a campo para atropelar o Furacão e correr para a cantina comer uma lasanha ao sugo. Ano passado tremeram contra o Ventania, salvaram-se da segunda divisão com um empate magro, melhor dizendo, foram salvos pelo Atlético que levou para São Paulo o time reserva. Por isso é que repito a máxima conhecida, contra o inimigo até a calúnia, não dá para deixar crescer, ele vai se voltar contra você na primeira oportunidade.

Seu Marcelo é adepto do pressionar e não perder oportunidade. Como contra o Avaí no último jogo, o Furacão vai tomar pressão desde o primeiro minuto, a torcida verde vai cumprir seu papel nas arquibancadas. Tudo bem. Melhor saber disso com antecedência.

Quarta-feira o River enfrentou o Tigres no vulcão e conseguiu sair do México com o empate que o favorece para o jogo no Monumental de Nuñes. Está com uma mão na Libertadores. Qual a principal arma do River? Seu entrosamento, o apoio mútuo entre os jogadores, a experiência do plantel em jogos decisivos. A imensa torcida amarela de nada adiantou. O River será nosso adversário na final da Sul-Americana, é bom ir acompanhando os castelhanos.

O Furacão tem pouca experiência em jogos decisivos, tem o entrosamento prejudicado por algumas ausências, sofre em jogos fora de casa. Sem problemas. Experiência se ganha em campo, contra adversários fortes, quando tudo parece jogar contra. Só peru morre na véspera. O Atlético tem que seguir para Sampa conhecendo as dificuldades e pronto a ultrapassá-las. Fizemos bom jogo contra o Corinthians em Itaquera e entregamos em falhas absurdas. Em jogos assim não dá para errar. Por isso rubro-negro, desde já mentalizando, sem erros. Sem deslizes, a lasanha dos verdes vira pão com mortadela.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

NAT VARADETS

Pouco a pouco o Atlético vai dando destino ao excesso de contingente. Na Ponte Preta aportaram Felipe e Bady, para o Joinville voltou Edigar Junio. Ótimo. Jogadores medianos, com poucas boas entradas em finais de partida, ganham a chance de produzir em outra equipe, dão descanso ao torcedor, deixam de iludir o treinador encantado com bom treino, origem de desgastantes tropeços estabelecidos pelo jogo e sua dura realidade. Que sejam felizes.

Para a disputa da série C do Brasileiro pelo Guaratinguetá seguiram treze atletas, entre eles Lucas Macanhan, Jonathan Lucca, em quem eu vislumbrei uma fagulha de bom futebol no Paranaense, Gustavo Marmentini, Caíque e ninguém mais, ninguém menos que Léo Pereira, finalmente afastado do elenco que assombra meus piores pesadelos. Que sejam felizes, arrebentem e voltem confirmados como craques. Tem idade para isso.

Em substituição traz apostas castelhanas e lusitana. O argentino Fernando Barrientos, o colombiano Daniel Hernández, o português Bruno Pereirinha que até já estreou substituindo Eduardo contra o Avaí. Os dois primeiros são armadores, posição em que o Atlético é órfão, vive hoje de Bruno Mota e remendos, bons taticamente, zero assistências. Quando digo isso, entendidos me confrontam, dizem que os resultados provam o contrário.

Evito o confronto, concordo, cada um tem sua verdade. Meu problema é ter deixado no passado o Atlético de meio de tabela, lutando para atingir os 45 pontos, fechar o ano. Não tenho culpa, induziram-me a isso. Meu Atlético luta pela ponta, se fui pobre me esqueci. Assim vejo com bons olhos as novas contratações, têm a dimensão do meu sonho, boto fé. Se vão dar certo não sei, como tudo em futebol, a verdade verdadeira o campo dirá.

Em tempo: Dou uma última olhada no noticiário e leio que Nat Varada, o Natanael, foi vendido por 5 milhões ao Ludogorets da Bulgária. Alguém me belisque. Sabe-se que lá será chamado de Nat Varadets.

terça-feira, 28 de julho de 2015

SAILING

Em 21 de março terminei com um desejo o texto com que incomodo os amigos todos os dias: O teto retrátil ficou pronto. Rod Stewart vem para o Rock in Rio em setembro. Poderia esticar viagem e fazer show na Arena. Mesmo com ingresso padrão Furacão Champions League, eu estaria lá. Sou um velho, sailing”.

Abro o site oficial do rubro-negro do meu coração e dou de cara com o roqueiro inglês. Diz lá: “Rod Stewart anuncia mais um show no país, em Curitiba, 17 de setembro”. Amigos, comecei a achar que o rei me escuta.

Nada mais que uma baita coincidência, uma vontade satisfeita pelo acaso, pela magnitude da estrela que é Rod Stewart, escolha certa para a inauguração do magnífico complexo multieventos que é a Arena da Baixada.

Sem dúvida estarei lá. Vou ter que dar uma revisada em “Tonight’s The Night”, “Sailing”, “Maggie May”, “The Way You Look Tonight”, estar pronto para quando o cantor bater no peito e silenciar, fazer parte do coral de milhares de vozes que darão seguimento aos seus sucessos de mais de cinquenta anos de carreira. O amigo não pode perder. Curitiba não pode perder. A cidade entra finalmente na turnê de megaestrela internacional, graças à disponibilidade do melhor equipamento construído no Brasil para megaeventos desta natureza.

Menino aprendi observando o velho Caju consertando as arquibancadas da Baixada que pelo Furacão qualquer tijolo que se acomode é muito, o sonho se constrói em ondas, com amor, persistência, um dia o castelo estaria em pé.  O castelo está em pé, as festas no reino começaram. Fico feliz em ter soprado mínimas marolas favoráveis, defendido o esforço, lançado farpas contra os negativos. Assim sigo feliz, velho, aproveitando a maré crescente, sailing.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

BOA SEMANA PARA DESCOBRIR

O Atlético tem pela frente o Palmeiras em Sampa na próxima rodada. Amigos, espiei o começo de Palmeiras e Vasco, um gol atrás do outro, três a zero Verdão no final do primeiro tempo. Apavorado seu Roth esqueceu qualquer tipo de instrução e fez um pedido de oração aos jogadores, a todos os santos e santas, seu Eurico no canto do vestiário orava de joelhos, os olhos esbugalhados para uma vela de sete dias.

O jogo com o Verdão será domingo, onze horas, bela oportunidade para o torcedor atleticano ir a SP no sábado, visitar a 25 de Março, fazer umas comprinhas, assistir a belo show à noite e amanhecer gritando Furacão já no café da manhã, para depois seguir rumo ao Allianz Parque ver o rubro-negro faturar três pontos e seguir forte no rumo da Libertadores.

Domingo, o Allianz Parque vai bombar, certeza de casa cheia, o atleticano vai poder perguntar, entender a fórmula de associação adotada pelo Palestra que lhe permitiu atingir em 16 de junho último a marca de 127.438 torcedores e tornar-se o sétimo clube em número de sócios no mundo. Qual o segredo? Por que o Atlético empacou nos vinte e poucos mil torcedores?

Seu Petraglia suspira por 40 mil sócios e o pessoal do espaço sócio furacão boceja sonolento. Se a pesquisa que afirma ter o Atlético 2,5 milhões de torcedores é verdadeira, nada explica o distanciamento atleticano. Qual o problema? Esta será uma boa semana para descobrir.

domingo, 26 de julho de 2015

E ASSIM SEGUE O FURACÃO

Roteiro escrito, roteiro encenado. O Avaí ataca, força pela direita com Nino Paraíba, Roberto faz a dobradinha, ajuda, as bolas chovem na área atleticana, fora o bom início o Atlético sofre, parece que o gol catarina não tarda a acontecer. Aos trinta, este parece o limite físico dos times que pressionam desde o início, o Avaí cansou e o Furacão começou ao girar.

Um escanteio, um chute fraco de Bruno Mota, um cruzamento de Natanael, bela falta de Nikão, aos 42 Marcos Guilherme recebeu pelo meio, serviu o pivô Crysan com todo o espaço do mundo para assistir Marquinhos, gol do menino. Eu não disse que um eles entregavam. Belo gol. Vamos para o segundo tempo na frente, depois de Roberto queimar a trave de Weverton.

O Atlético tenta trocar passes, Eduardo erra de novo o bote lá na direita, Rômulo escapa, Weverton salva o quase gol. MM dá logo um cascudo nesse Eduardo. O juiz não dá um pênalti para o time azul, fica no crédito, a bola longa encontra atacante impedido, aiaiai, seguem-se os cruzamentos, as jogadas centrais, aos 38 a mesma bola longa encontra Roberto em condições, jogada de treino, gol do Avaí. Não adianta, nem lendo o roteiro antes a coisa dá certo.

Espere aí, não saia da sala, o filme ainda não acabou. 44, Nikão recebe pelo meio, toca a Ytalo, daí a Otávio, a bola desvia no zagueiro e sobra para Marcos Guilherme marcar. Outra bela trama rubro-negra, essa não estava no roteiro. Antes do The End ainda tem crédito a ser cobrado.

Kadu força sobre o atacante dentro da pequena área, agora o juiz nem vacila. Pênalti. Sobrou para o Weverton e ele não decepciona. Gol de Weverton. Dois a um, vitória merecida, grandes partidas de Marcos Guilherme e Weverton. Passinho para frente. E assim segue o Furacão.

sábado, 25 de julho de 2015

UM ELES ENTREGAM

Hoje vamos a Floripa, tentar a nossa segunda vitória fora de casa. A tarefa não é fácil. Assisti Cruzeiro um, Avaí um e vi um time catarinense muito consistente, jogando de mano com o time do Manoel, levou gol logo no início, jogada vertical sobre Jéci, foi empatar lá pelo final do segundo tempo com André Lima.

O Avaí joga com uma primeira linha de quatro, a dupla Coxa Jéci e Emerson guarda o meio da área, dois volantes, Renan e Eduardo Neto, um armador enfiando bolas entre os zagueiros, Renan Oliveira, e três atacantes, William centralizado, Tauã e Roberto pelos lados. Parece o Furacão. Defende... O Avaí não vai defender.

O lateral direito Nino Paraíba vai muito, chega na linha de fundo, cruza bem, no intervalo do jogo em BH seu Kleina colocou Everton Silva pela direita, a dobradinha funcionou, o lateral cruzeirense tomou um calor todo o segundo tempo. O gol barriga-verde saiu em passe de Tauã enfiado entre os zagueiros. A defesa sofre com o lateral ofensivo cobrado dentro da área, o ataque usa o veneno de igual forma. Tem que cuidar.

Bolas aéreas cruzeirenses não tiveram sucesso, as jogadas centrais sobre os zagueiros e os chutes de fora levaram maior perigo. Penso que o jogo será decidido no erro defensivo, se o Atlético se enfurnar na defesa correrá riscos, pode voltar com o rabo entre as pernas. O amigo pela manhã tem que ir à Arena – onze horas – para a foto no painel, depois concentra para o jogo. Eu não vou nem me estressar, vou confiar no miolo de zaga coxa-branca. Um eles entregam.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

JUGAR A LA MUERTE

Não tenho acompanhado o Pan-americano como gostaria. Doente por jogos queria estar na frente da televisão vendo cada pelada, cada pega entre americanos de todas as bandeiras. Vejo o que posso. Mesmo assim fiquei com impressão bastante clara da diferença monumental entre os Brasis de água e de terra. Nossa natação arrebentou, rivalizou em medalhas com os Estados Unidos. Nosso atletismo é uma decepção, raros talentos confirmam suas marcas, raros exemplos de raça emocionam. Por quê?

Depois da derrota do Inter para o Tigres, nova prova da decadência do nosso futebol, o vexame do time brasileiro no Canadá sepultado pelo Uruguai com dez desde os nove minutos de partida confirma a desgraceira em que nos metemos, fruto de administrações péssimas, corruptas, gente que não coloca o pé fora do Brasil com medo de cair nas garras do FBI. O Brasil precisa de uma Revolução Francesa, povo nas ruas exigindo o fim desses ratos que nos enojam e continuam a ocupar postos na administração nacional, com a maior cara de pau. Chega!

O Atlético é o Brasil forte na Copa Sul-Americana. O Furacão passa a ter dois objetivos para o segundo semestre, tentar a Libertadores, ser campeão da Sul-Americana. Times tem que vencer campeonatos, o Atlético tem que assumir o compromisso de vitória, reforçar-se, a torcida tem que cumprir seu papel, ir a campo, empurrar o Furacão ao título internacional. O Atlético e os atleticanos tem a obrigação de salvar a honra Pátria, chega de vexames, vamos com tudo, jugar a la muerte.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

SEMPRE ESTIVEMOS

Não interessa saber como nem quando, interessa saber que a imprensa deitou e rolou com declaração do presidente Petraglia. Copio e colo: “Todo o crescimento, toda a transformação havida nestes 20 anos no Furacão aconteceu sem nenhuma, absoluta e material ajuda da torcida. O nosso patrimônio vale hoje um bilhão de reais e foi construído sem um mísero tostão da torcida”. Durma-se com um barulho desses. Essa queda de braço entre Petraglia e torcida vem de longe, não leva a nada.

O dito por Petraglia pode ser expressão da verdade, ele sabe os números, não vou contestar. Resta saber se a torcida nada fez por mais de setenta anos para manter o Atlético de todos nós vivo até que ele, um torcedor, assumisse o clube e realizasse a transformação iniciada com os dinheiros conseguidos da venda do PAVOC, dormindo em berço esplêndido à sua espera, gatilho de todo esse presente grandioso.

Petraglia é excepcional empreendedor, conseguiu com seu expertise levar o Atlético a esse patrimônio fabuloso, confessemos irmãos, ninguém mais nos levaria a tanta opulência. Entretanto, Petraglia não consegue montar times fortes, os times que monta tem que ser carregados pela torcida, pois não se sustentam sem o grito da arquibancada. O time atual é exemplo claríssimo do que digo. A torcida operosa, fiel, não deve sentir-se ofendida pelas palavras do presidente, tem missão a cumprir, torcer, e o faz muito bem. É o único exército que paga para cumprir missão. Não gosto quando o comandante carrega no sal. Sinal de que algo não vai bem. Fique tranquilo presidente, nós estamos aqui para ajudar. Sempre estivemos.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

ANIMANDO A PRAÇA

Tudo indica que os meias Barrientos e Hernandéz já são rubro-negros, bastando o encaminhar da burocracia fazê-los aparecer no BID. O atleticano que lamba os beiços, tirar baiano da rede para tocar alguma empreitada é tarefa gigantesca, se o soteropolitano que comanda o nosso futebol conseguiu acordar e trazer alguém mesmo no apagar das luzes, abram-se as champanhes a golpes de espada, vamos comemorar irmãos.

O futebol dos castelhanos foi colocado em dúvida pela Gazeta do Povo. Entre elogiar a pelagem e esfolar os bichanos a Gazeta optou por jogá-los na panela e deixar o fogo brando fazer o serviço. Não conheço nem um, nem outro, tampouco vou me valer dos dados do noticiário para tirar conclusões prematuras, esfolar as novidades antes de vê-las em ação.

A realidade é que o Atlético precisa de um armador, simplesmente pela inexistência de alguém da posição no elenco. Se não tem, tem que contratar. Dentro da ideia do “esquema institucional”, o 4231, o Atlético tem seus “wingers”, Guilherme e Nikão, armadores de lado de campo formados para atender o mercado internacional. Falta o tal jogador por dentro, alguém com visão que possa colocar artilheiros na cara do gol. Então que sejam “bienvenidos los hermanos”, que venham na esteira de David Arturo Ferreira Rico, o Ferreira, que nos deu tantas alegrias. E vamos em frente, com sangue e com raça, esquecendo o encosto, animando a praça.

terça-feira, 21 de julho de 2015

VAI APRENDER

O Atlético mudou o painel da frente da Baixada. Ainda não vi ao vivo e a cores, mas tenho certeza que está show de bola. De dar água na boca ficou o cardápio do setor VIP no domingo, o site oficial fala em “pães, geleias, queijos, mel, bolos, croissants e sonhos”. Não é para o meu bico, ralei na fila para comprar pipoca, ruffles e refri. O setor sócio Furacão é uma pobreza danada, está esquecido, até a menina do picolé desistiu, a velha Baixada do pão com bife, praliné salgado e doce e paçoquinha dava de sete a um na arena magnífica. Falta munição para quem carrega o piano.

Com os xodós em casa acordei cedo domingo para comprar ingressos, levar a tropa ao jogo. Aproveitei e corri até a tal loja que mudou do espaço sócio Furacão para a Arena atrás de camisas e recuerdos rubro-negros. A lojinha é deprimente, não fosse pelo atendimento eu dava grau quatro. E seu Holzmann reclama que a torcida não compra camisa. Como diria o Joãozinho Trinta, pobre gosta de luxo, o Holzmann ainda não sabe.

Anos atrás, ainda lá no estádio ecológico, vi Hernani estrear no sub-23. Lá pelos minutos trinta do segundo tempo, entrou pela direita e deu passe para gol. Pensei, “esse guri joga”. Depois disso vi Hernani fazer péssimas partidas, perdido em campo, longe da marcação, errando passes a torto e a direito. Perdi a fé. De um momento para outro Hernani acordou, chegou na marcação, passou a acertar passes, finalizar de fora, fazer gol. Ainda precisa aprender a colocar efeito na bola em faltas diretas. Vai aprender.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

PUXOU AO AVÔ

Graças ao gol de Hernani hoje não passo por mentiroso. O Furacão venceu, o placar magro, como a grande maioria dos resultados de domingo. Os netos saíram soterrados de pipoca, salgadinhos e refrigerante, guardando os ingressos vitoriosos nas suas carteiras mágicas. Valeu.

O Atlético pressionou até cansar, quando cansou, ali pelos trinta, quase levou um, Weverton salvou, o intervalo chegou com o zero a zero perigoso. Nenhuma novidade na atuação rubro-negra. Sem penetração, incapaz de finalizar, o time foi tentando as tabelas centrais sem sucesso, os cruzamentos ineficientes. Crysan fora do jogo, a cada momento parecendo sentir o joelho, era menos um, substituição certa, voltou.

O gol aos seis, belo cabeceio de Hernani em escanteio, fechou o jogo. Nada mais de importante aconteceu, umas boas jogadas de Nikão pela esquerda salvaram os restantes quarenta minutos. Foi pouco e suficiente. A Chapecoense nada mostrou, foi o adversário ótimo para belo domingo de sol em que a torcida já às nove da manhã passeava ao redor da arena magnífica. O beleza do monumento, o show da torcida, a vitória levaram o povo feliz às picanhas e maminhas.

Estivéssemos em início do ano, formando a equipe, poderíamos considerar o jogo como treinamento proveitoso. Já beirando agosto temos que agradecer à sorte, ao empenho dos escalados, ao futebol pouco da esforçada Chape. Foi bom, divertido. Lá pelo final do jogo o neto de oito anos reclamou: “Esse Caíque mal entrou, já levou amarelo e já se machucou”. Que orgulho. Puxou ao avô.

domingo, 19 de julho de 2015

HOJE EU CORRO ESSE RISCO

Com a chegada dos netos estou meio sem tempo para o Furacão. Dou uma olhada nos jornais, nos sites na expectativa de encontrar algo que me dê forças para levar os meninos ao jogo, esperança de vitória. Infelizmente nada vejo. O time do treinamento tático é de jogar a toalha: Weverton; Eduardo, Vilches, Kadu e Sidcley; Otávio, Hernani e Bruno Mota; Nikão, Edigar Junio e Ytalo. Melhor levar os piás ao shopping.

A escalação revela a precariedade do elenco rubro-negro, o efetivo afastamento de alguns jogadores que eu pensava tinham lugar neste time com um pé nas costas.
Mesmo assim impossível não levar os piás. Então é rezar para que algo aconteça, alguma grande atuação se verifique, a torcida tenha paciência e consiga empurrar o time à vitória.

Penso que nossa diretoria passou dos limites, está brincando com o perigo há muito tempo, não sei com que objetivo. O trabalho realizado no futebol é fraco, desestimulante. Mesmo assim vou inventar uma história, dizer que eles vão conhecer o Furacão, um time de raça, capaz de todas as vitórias. Tudo o que uma criança não precisa é de um avô mentiroso. Hoje eu corro esse risco.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

BRAÇO FORTE GURIAS

O atleta ganha sua medalha, vai ao pódio, ouve o Hino e presta a continência respeitosa ao seu canto de guerra ou daquele que honrada e merecidamente o venceu na luta justa. Ali está um Soldado Brasileiro, da Marinha, do Exército, da Aeronáutica, não importa, nem melhores nem piores que tantos a ultrapassar barreiras incríveis para dignificar o Brasil, apenas diferentes no gesto, gesto que para fardados de todas as cores emociona, fortalece, a lágrima tensa se equilibra esforçada, cresce e rola frouxa, salgada, saudável, saudosa. Brasil acima de tudo!

Leio que o Atlético contratou o português Bruno Pereirinha e vou falar com seu Elio, um sargento lusitano conhecido há pouco, por acaso torcedor do Sporting, clube formador do gajo recém-chegado. Disse-me seu Elio: “É bom jogador, pequeno no tamanho, da mesma fornada de Ronaldo, o Cristiano, o vi jogar como médio e atacante esquerdo. É bom jogador”. Se o sargento falou tá falado, bota o miúdo para jogar.

Seu Elio tinha perdido contato com o jogador, digo que estava na Lazio, atuando mais pela lateral-esquerda. O português desconhecia a nova situação, mas assegura enfático “é técnico, bom jogador”. Agradeço e volto para te passar a informação miúda. Digito rápido e corro para a TV, o Hino Nacional toca orgulhoso, na tela quatro nadadoras prestam continência, vencedoras, vaidosas, a missão cumprida com gosto de ouro. Daí até “és mãe gentil, Pátria amada Brasil” presto a elas a minha mais perfeita, emocionada e agradecida continência. Braço forte gurias.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

E O SEU ATLÉTICO SEU IVAN?

Atendendo aos reclamos merecidos da patroa resolvi fazer umas mudanças na residência com vista para a arena magnífica, transformar salas que iluminava com duas lâmpadas em castelos iluminados por nove. Ficou bonito. À noite acendo a lamparada, abro a janela e tenho a Baixada em vermelho sangue como panorama. Ficou bonito pra caramba.

Para fazer a obra contratei um profissional de boa qualidade com defeito maiúsculo, coxa de nascimento. Foram semanas vendo o sofrimento do bichinho. Tudo terminado, recomendado por mim, continua espalhando belezas pelo condomínio. De vez em quando o encontro no elevador e ele me pergunta desenxabido: “E o meu Coxa seu Ivan?"

Mais mentiroso que petista em palanque digo que tudo vai acabar bem, de uma hora para outra o “glorioso” engata umas vitórias e sai do descaminho. O irmão balança a cabeça desalentado e sai da cabine resmungando um “não sei, não sei”, pronto para colocar cerâmicas, instalar dicroicas, lampadinhas e lampadonas.

Quem tem que se iluminar é o meu Furacão. Os últimos jogos eram duríssimos, tanto que o nosso MM já foi vestido de manequim de funerária afinado com a desgraça. Tem uma semana para acertar o ataque, dar jeito na defesa que está se acostumando a tomar dois por partida. A Chape não é adversário fácil, vem para incomodar. Se o Atlético não ganhar, no próximo encontro com meu novo amigo coxa já sei o que ele vai me perguntar: “E o seu Atlético seu Ivan?”

quarta-feira, 15 de julho de 2015

UMA NOVA HISTÓRIA

O Atlético anuncia as saídas de Bady e Felipe para a Ponte Preta. A passagem pelo portão de embarque já deveria ter acontecido há muito tempo. Para alcançarem a titularidade, jogadores de retorno e encostados na reserva devem ter a escalação garantida por sequência de jogos que lhes permita mostrar futebol não visto anteriormente. A necessidade de vitórias, a exigência de fazer caminhar bem time em dificuldades não lhes dá esse tempo, a torcida não permite. O fracasso é certo.

Existem outros na mesma situação. O melhor para eles seria o mesmo empréstimo para equipes em que pudessem exercer suas profissões, brilhar, o que sempre é possível por enfrentarem menor cobrança, somar apenas, sem a necessidade de carregar o piano.

Depois de perder tempo absurdo, timidamente a imprensa apresenta a chegada de castelhanos para compor o meio de campo atleticano. Fala-se em Daniel Hernandez do Once Caldas e Fernando Barrientos do argentino Lanus. O torcedor atleticano sabe que nada é certo enquanto não aparecer no BID. Outro dia Mugni assistiu jogo no camarote do presidente, dormiu atleticano, acordou no Newell’s Old Boys.

As possibilidades vem preencher claros tremendos no Furacão, se jogarem o que imagino vão ajudar muito. Até terem condições de jogo o Atlético poderia ser mais solidário. Contra o Flu, Walter deixou de passar bola para Nikão entrando livre, Ytalo fez o mesmo com Sidcley. Um passe, um gol, a história seria outra. É disso que precisamos, uma nova história.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

EM PÉ DE GUERRA

Desta vez meu irmão, nem a tua ajuda funcionou. Fred 2, Walter 1. A contusão de Walter acabou com a nossa única possibilidade de gol. Fred permaneceu e venceu. Eu avisei que Fred era o dono do time. Como tenho certeza que ninguém do Atlético lê o que escrevo vou ficar na vontade, vontade de dizer “não foi por falta de aviso”.

Os meninos de Fluminense se matam de correr, Fred fica ali ao trote, dois lances e determina o placar, ganha a partida. E eu tenho amigo tricolor que não gosta do Fred. Gosto não se discute. Mortos de cansados os meninos do Flu vão dormir felizes, na ponta da tabela. Os nossos ganham o abraço carinhoso do agora preocupado MM.

Há uma diferença em relação ao Atlético. No Flu a assistência de Fred vira gol pela eficiência de Scarpa, o cruzamento milimétrico vai para rede no cabeceio perfeito de Fred. O Atlético sua em bicas sem conseguir passe perfeito para gol, cruzamento na cabeça do atacante, um chute no canto. É problema de técnica individual. Não é falta de esforço, culpa do treinador. Sem Walter o Atlético perde a lucidez no ataque.

Hoje tem reunião do Conselho. Eu gostaria que alguém dissesse que devemos um monte, todos os milhões obtidos com venda de jogadores não pagam dez por cento da dívida, não dá para contratar, ainda temos que vender mais. Eu largaria minhas armas e seguiria para o fim da fila conformado. A sorte dos nossos cientistas é que o Coxa está à morte, não estivesse a torcida estaria em pé de guerra.

domingo, 12 de julho de 2015

DIA DE SUBIR E SUBIR

O amigo quer uma boa notícia? Pois vou dar uma com peso de duas. Jean e Pierre estão fora da partida na Arena magnífica. Quem entra? Rafinha e Edson, meninos de Xerém, como a quase totalidade do Flu que venceu o Cruzeiro por mísero um a zero e é vice-líder do Brasileiro.

E como joga o time que o torcedor do Urubu chama de Florminense? Na defesa o amigo já adivinha. Uma primeira linha de quatro, uma segunda de cinco, muito sólida, na frente Fred para articular o contra-ataque. A saída de bola acontecia pela dupla que ficou no Rio, principalmente Jean, um volante com muita chegada no ataque. Esse faz falta.

 A terceira linha formada por Gustavo Scarpa, Gerson e Marcos Jr, todos da base, marca e ataca alternando posições. Movimentam-se por todo o ataque. Gerson começa na direita e acaba na esquerda, Scarpa entra pelo meio e ocupa espaço na direita, Marcos Jr joga em toda a frente, os três podem aparecer ocupando a vaga de Fred que volta para ajudar. O carrossel é intenso, seu Henderson anima, vem com fome de vitória.

O dono do time é Fred. Volta para dar passes precisos, faz o pivô aéreo no lançamento longo para colocar companheiro na cara do gol, faz o pivô na frente da área para assistir quem vem de trás, com chance bola na rede. É o pai dos meninos. Hoje vai jogar sobre Eduardo, ajudar nas ultrapassagens pelo setor. O Atlético tem que repetir Itaquera, pressionar, marcar os gols que está devendo, cuidar dos contra-ataques. Rumo à baixada, enfrentar escadas, dar espetáculo, hoje é dia de subir e subir.


sábado, 11 de julho de 2015

DE CAIR A DENTADURA

O Corinthians faz seu gol repetindo jogada de lateral, um gol para deixar qualquer treinador furibundo e o nosso MM segundos após faz um afago no lateral Fagner, o autor do lançamento para dentro da área rubro-negra, alegre como pinto no lixo. O psicólogo do meu lado arregalou o olho.

Em entrevista ao site oficial, MM alinhou todos os índices positivos colhidos pela equipe no Itaquerão. Posse de bola, posse de bola no ataque etc. A estatística comprova o observado em campo, o Atlético jogou partida corajosa, foi ao ataque, perdeu gols, merecia melhor resultado. Perdeu. Se perdeu algo coisa não funcionou, ou funcionou mal.

A torcida aprova o trabalho do treinador. Tem lá seus motivos. O Atlético a lutar para não cair teve começo devastador, liderou a competição, vem caindo, a gordura inicial segura a equipe entre os dez primeiros. O resultado agrada o torcedor. O jogo contra o Timão aumenta créditos. Eu vejo como positivos o crescimento absurdo de alguns jogadores, Otávio é exemplo, quarta-feira Hernani deixou de ser um perdido em campo para atuar acima da média. O treinador tem dedo nessa evolução.

A falta de contratações minimiza seus equívocos, que existem, alguns retornos só se justificam por deficiências no elenco. Essas carências parece estão para acabar. Tem notícia vindo de todo lado anunciando contratações de qualidade. Se tomando gol de lateral o Prof. tem uma alegria irritante, imaginem com o Caju cheio de castelhanos. Vai ser de cair a dentadura.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

COM TUA AJUDA

Falei em saudade boa e fiquei com saudade de Jadson. Com um gol e uma assistência o ex-atleticano deu a vitória ao Timão. Fico impressionado com a frequência com que somos fulminados por nossas crias. A partida provou que não basta jogar bem. O Atlético até pressionou, mas Cássio fez apenas uma defesa importante. Apesar de toda nossa “tramação” finalizamos zero.

Falei em esquema com três zagueiros para liberar os laterais, fazer o jogo fluir pelos lados e ficou provado que de nada adianta. O Atlético cruzou no mínimo 20 bolas sem que atacante raspasse na danada. Mudar a forma de jogar, tentar a individualidade, o jogo central, a entrada na área, a possibilidade da penalidade, um jogador alto para o cabeceio, nem pensar. Entrou Bady. Se Bady era a solução para tudo isso, tudo bem.  A segunda substituição aconteceu aos 86 minutos. Para quê?

O Atlético perdeu em dois erros defensivos. Cléo perdeu dois feitos, a defesa falhou duas vezes, resultado justíssimo. Para ser justo vou elogiar Hernani, fez partida surpreendente, marcou bem, foi ao ataque, deu gol para Cléo desperdiçar. É esse o caminho menino. Otávio mandou em Itaquera, prepara alguém da base que esse vai embora amanhã.

Achei o juiz caseiro demais, a defesa alvinegra deitou e rolou, o Corinthians não precisa. Importante ter consigo bloquear o esquema Tite, ter corajem para jogar no ataque. Infelizmente as ensaiadas nos mataram. Essas nós não temos. Dos 7 pontos que eu queria em 4 jogos ganhamos 3. Muito pouco. Domingo tem Baixada, talvez vitória. Sem desânimos. Sem contratar vai ser assim. Vitórias só em casa, com tua ajuda. 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

SAUDADE BOA

Informação de cocheira diz que o Furacão entra com Ytalo e Cléo contra o Timão. Basicamente a mesma equipe que venceu o São Paulo com Cléo substituindo o Gordito, basicamente o mesmo esquema, Guilherme e Nikão pelos lados, Cléo centralizado, Ytalo mais marcando que armando, com chance pimba, chute de fora. Já deu certo uma vez, pode dar outra.

Com a transição prejudicada pela falta do necessário armador, o Atlético sofrerá novamente, defenderá e contra-atacará na tentativa do gol salvador. Foi mais ou menos o que o Goiás fez no Serra Dourada, teve maior sucesso quando das bolas paradas ofensivas corinthianas, momento em que seu Tite leva quase todo o time para dentro da área adversária, a cozinha fica desguarnecida. Vamos ver o que faz nosso MM.

Agora que temos Vilches liberado, eu tentaria três zagueiros, dando liberdade para o avanço dos laterais, a transição inexistente pelo meio do campo aconteceria pelos lados. A volta do ofensivo Sidcley ajudaria muito. Otávio, Jadson, Marcos Guilherme, Ytalo, Nikão, Coutinho, Dellatorre, Walter e Cléo brigariam pelas cinco vagas restantes.

O 352 caiu em desuso, mas todo atleticano tem um chamego pelo esquema que lhe deu o título Brasileiro, a vaga na seletiva para a Libertadores com  seu Vadão em 99. Está no DNA do Furacão vitorioso. Não dá para esquecer. Na porta da arena Itaquera, com o rosário na mão, torcendo pelo dragão contra São Jorge, um momento de saudade. Saudade boa.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

VAMOS PRO JOGO

Assisti a Goiás e Corinthians zero a zero e fiquei impressionado com jeito de jogar do Timão, promessa de dificuldades. Como joga o nosso adversário que dizem na pindaíba, mas está oferecendo seis milhões por atacante argentino? Essa pobreza me comove.

Simples. Defensivamente volta todo mundo, uma primeira linha de quatro, uma segunda de cinco, Wagner Love é o único pouco mais à frente, ainda assim dedicado à marcação. Se fizer o primeiro gol é melhor pedir ao juiz que acabe a partida e se apresse o retorno, economizem-se forças.

Ao atacar, avança os laterais, Fagner muito mais que Wendel, dois “volanmeias”, Elias e Renato Augusto por dentro, mantém Jadson pela direita, Love centralizado, Malcom pela esquerda. Aí que fica interessante. Pela direita o jogo é coletivo, Fagner, Jadson, Elias trocam passes, realizam ultrapassagens que levam Fagner à linha de fundo ou em bola enfiada para Love, Renato Augusto ou mesmo Bruno Henrique, o último dos volantes, entrando pelo meio, ficando na cara do gol.

Pela esquerda é individual, Malcom vai para cima do lateral a dribles, chega à linha de fundo e cruza. Quando tudo parece estar controlado, Jadson aparece pelo meio e sai enfiando bolas entre os zagueiros para infiltrados. E dá-lhe chute de fora. Nos escanteios Gil e Felipe são os alvos de Jadson. Na falta central a bola enfiada rasteira para alguém que se desloca é meio gol. Foi o lance de maior perigo do jogo. Toda a trama corinthiana rendeu um ponto. Nos últimos dias é só com isso que eu sonho, um ponto. As cartas estão abertas sobre a mesa. Vamos pro jogo.


terça-feira, 7 de julho de 2015

SENDO SÁBIOS

Após a derrota na Copa América a turma da CBF resolveu chamar velhos treinadores da seleção para discutir o futebol nacional. O amigo sabe que desse mato não sai cachorro, os antigos professores não têm poder, serão colocados numa sala, dirão suas verdades e c’est fini, a caravana prosseguirá como dantes, dando seus vexames.

Outra turma luta pela aprovação da Medida Provisória 671 que busca refinanciar a dívida dos clubes de futebol, o que dizem seria o primeiro passo para modernização do esporte no país. Essa é até meio 171, uma vitória da cigarra sobre a formiga. Esopo terá que renascer para reescrever suas fábulas. Dizer que o Flamengo que acaba de contratar Emersom e Guerreiro tem direito a refinanciar suas dívidas, é um coitadinho, só no Brasil varonil que conhecemos bem.

Acho tudo isso armadilha a se evitar, principalmente para presidentes de clubes fora do eixo Rio-SP, por mais reconhecidas que sejam suas ideias, intenções e capacidades.  Metidos na luta serão inocentes úteis usados para quebrar lanças em benefício daqueles que vencida a batalha tirarão proveito para triplicar seus ganhos, aumentar salas de troféus.

Presidentes têm que conduzir seus clubes, resolver seus problemas urgentes, fortalecê-los, se outros estão mal tirar proveito, ganhar campeonatos, cumprir promessas, ter visão para embarcar no barco certo na hora certa, transformar-se em grande, gigante aproveitando marés cheias e vazantes, crescer na crise sendo práticos, sendo sábios. 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

FAMÍLIA DE VERDADE

Após o jogo contra o São Paulo disse o zagueiro Gustavo: “Aqui somos uma família”. A frase me dá calafrios, faz-me lembrar o 7 a 1 que a família Scolari tomou da Alemanha. Família pode significar bom ambiente, todos envolvidos com os objetivos, prontos a fazer sacrifícios pelo bem comum. Nesse caso ótimo.

Também pode significar esconder erros, passar a mão na cabeça, manter no time o menos qualificado para não causar estremecimentos. Se a família existisse na Copa de 58 seu Zito e seu Didi não se reuniriam com o comandante Feola e pediriam pela entrada do menino Pelé no lugar do Mazola. Ganharíamos sem Pelé?

A família deve ter lideranças honestas que possam conversar com o treinador quando o prejuízo é claro, sem que os membros da família se sintam traídos e fiquem de beicinhos pelos cantos. É óbvio que o Atlético precisa de reforços, seu Walter perdeu a paciência de tanto correr em vão, deu um peteleco no adversário e foi expulso.

É óbvio que alguns jogadores estão mal. Hernani é um deles, erra dois em cada três passes, é um asteroide em campo, só desarma quando por acidente tromba com alguém. Eduardo funciona no ataque, na defesa é um buraco, a cobertura imprescindível inexiste. Fiquemos por aqui. O Atlético precisa jogadores, foi dominado pelo Cruzeiro, pelo Grêmio, pela Ponte Preta. Dos últimos 15 pontos disputados ganhou 4. Está na hora de sentar e conversar. Virar família de verdade.

domingo, 5 de julho de 2015

GASTE UNS TROCADOS

O juiz apita um minuto de silêncio em homenagem a finado ilustre e à morte da inteligência. Seu MM entrou com três volantes, pedindo para perder, o meu silêncio foi tributo à sua fatídica invenção. Por que eu ainda submeto minha saúde a assistir jogos que sei na entrada em campo que a derrota é certa?

Dito e feito. Seu Luxa, que deixou até o volante Charles no banco, botou o time para frente, foi cercando, cercando, as bolas incomodando Weverton, os perigos de gol acontecendo, o Atlético sem saída, até que aos 40 Arrascaeta marcou. Bom momento para o gol da Raposa. Seu MM tem o intervalo todo para mudar, colocar o time para frente, ajustar a equipe. Nada, volta a mesma encrenca. Esse inventa com convicção.

Só lá pelos dez minutos troca Hernani por Giovanni. Vamos fazer um parêntese. O Cruzeiro pagou um milhão e duzentos por Marinho. Há quanto tempo você não houve falar que o Atlético pagou dez pilas por jogador? Acho que isso só aconteceu quando o outro MM era presidente e nós fomos correndo buscar o dinheiro de volta.

 Voltemos a Giovanni, “craque” corinthiano. Entra o piá, o Cruzeiro já ganhou corpo na partida, defende com sobras, o jogo acabou, o segundo gol cruzeirense só confirma o buraco que temos na direita. Os jogos fora deixam claras as dificuldades rubro-negras. Sem contratações nada vai mudar. Viveremos de Baixada, jogos suados, torcida jogando junto. Ou Ytalo fez falta? Se fez, choro lágrimas de velório. Petraglia, por favor, faça alguma coisa pela minha saúde, gaste uns trocados.

sábado, 4 de julho de 2015

O PAI DA ARROGÂNCIA

O Cruzeiro perdeu para o Grêmio, um a zero. Suportou a pressão, jogou na frente, pressionou, poderia ter obtido melhor resultado. Gol de pênalti cometido sobre Luan salvou o tricolor. Luan é jogador que sabe driblar, vertical. Jogadores assim ganham partidas.

A Raposa vai atacar, jogar tudo para sair do buraco. Para isso vai soltar seus laterais, principalmente Fabrício, avançar o volante Charles, explorar seu bom chute de fora. O ataque é uma incógnita. Damião e Willian não jogam, os quatro atacantes seu Luxa vai escolher entre Marquinhos, Arrascaeta, Marcus Vinicius, Henrique Dourado, Allano e até Marinho, aquele atacante do Ceará que deu entrevista maluca em final de jogo.

O meia Arrascaeta da seleção uruguaia é certo. Ótimo armador, dribla com facilidade, faz assistência, tem que marcar. Marcos Vinícius é atacante que volta para buscar, outro driblador vertical, afasta do esquema a ideia do atacante fixo. Dourado é centroavante, Marquinhos joga aberto pela direita, Allano idem, Marinho é o Robben do Ceará, canhoto que joga pela direita. Se complicar Bruno Rodrigo pode resolver na bola parada. Bolas aéreas no ataque voam para ele.Tem que cuidar.

O Furacão terá que correr muito, ser preciso, Fábio é uma muralha. O futebol coletivo do Atlético dá esperanças, a dúvida fica se teremos a mesma intensidade 90 minutos. Contra Grêmio e Ponte Preta entregamos no terço final do jogo. O torcedor azul pergunta indignado: Se não ganhar do Paranaense vai ganhar de quem? Para quem está a um ponto da ZR, seu  raposo é o pai da arrogância.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

DONO DA PASTELARIA

Ganso saiu do jogo cuspindo marimbondos, reclamando de falhas da defesa. Imaginem se a defesa do santo tivesse falhado a ponto de lhe permitir o chute livre dentro da grande área salvo por Gustavo, ou Ceni tivesse nos dado o gol que Weverton entregou a Centurion. Ganso está mal, seu futuro só o horóscopo chinês sabe.

A vitória esconde erros. A falha de Natanael é fruto do seu espírito afoito, tentou o corte quando era só fechar sobre a marcação do dez tricolor, bloquear o chute. O desastre de Weverton surge do excesso de confiança gerado pela Copa 7 a 1 em que se aprendeu que atrasar bolas para o goleiro é expediente a usar a todo instante. O pote tanto vai à fonte que um dia quebra. Quebrou. Santos já nos dera bons sustos em Campinas.

A vitória mostra acertos que devem ser elogiados. A atuação vertical de Marcos Guilherme é um deles. Pela primeira vez assisti ao jogador preferindo o confronto ao passe lateral. Mais útil, começa a me convencer. Gustavo ganhou a partida. Otávio transformou-se em bela realidade, bom ver alguém que gosta da bola. Walter sofre com a falta de assistências, sai da área, assiste, é exemplo de jogador coletivo. Nikão livra-se da marcação, assiste, teve chance finaliza.

Joguei confete em todo mundo. Penso que as trocas deveriam ser menos tardias, o Atlético tem jogadores no banco para manter o nível da marcação e preocupar no ataque. O esforço foi imenso, amanhã já tem outra pedreira, dava para economizar forças. A caminhada é longa, sentar à beira do caminho, descansar um pouco, é sábio conselho do chinês dono da pastelaria.


quinta-feira, 2 de julho de 2015

MELHOR AINDA

Quer uma boa notícia? O Atlético jogou bem e venceu. Quer uma notícia melhor ainda? Marcos Guilherme fez ótima partida, foi vertical, até gol fez? Quer uma notícia que vai te encher de orgulho? Se dependíamos de você, você vestiu a camisa dez, deu m show e garantiu a vitória.

O jogo foi muito além do confronto entre velhos adversários, foi um espetáculo desde os primeiros minutos. Jogo aberto, chances perdidas dos dois lados e eu estou preocupado com o lançamento cruzado nas costas de Natanael. Aquilo lá ainda vai dar problema. Michel Bastos chuta cruzado rente à trave, Pato lança longo, Natanael fura, Ganso tira do goleiro, Gustavo salva sobre a linha. Um milagre.

A imediata troca de lado entre Nikão e Guilherme parece ter resolvido o problema. Nikão entrou área adentro e por pouco não finalizou, logo em seguida sofreu falta, bateu, a bola pedindo para entrar, Gustavo fez de cabeça o gol que já merecia há muito tempo. Gustavo o dono do jogo.

A partida se definiu no gol de Marquinhos, finalizando no contrapé de Ceni o cruzamento perfeito de Walter. A vitória relegou ao plano dos ensinamentos o erro tremendo de Weverton que deu origem ao gol do santo. O Atlético foi intenso, atuações importantes deram brilho à vitória rubro-negra sobre São Paulo muito desfalcado que tive dificuldade em reconhecer e tinha apenas cinco jogadores no banco. Azar o dele. Vencer o São Paulo é uma delícia. Com espetáculo melhor ainda. 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

DEPENDEMOS DE VOCÊ

O Santo tomou uma sova de dar dó do Palestra. Quatro a zero. Teve superioridade na posse de bola, morou no ataque e foi levando gols, um atrás do outro, um pesadelo para Rogério Ceni, uma tarde de sonho para a torcida verde.

O São Paulo segura seus dois zagueiros e o volante Hudson atrás da linha do meio de campo e libera sete para atacar. Pela direita entram Bruno, Souza e Michel Bastos, pela esquerda Carlinhos e Pato, Luís Fabiano fica centralizado esperando a assistência para concluir. Esqueci o Ganso? Quase, a promessa de craque perambulou pelo campo seguido por Arouca que o anulou por completo.

Aí o segredo do Palmeiras. Marcou com intensidade e proximidade, sem fazer faltas demasiadas, desarmou e teve Egidio em dia de graça, fez três assistências para gol, só não bateu o escanteio que gerou o segundo gol alviverde. Quanto mais levava gol o santo mais atacava, mais se abria, mais Rogério ia buscar dentro da rede.

A derrota não torna o São Paulo um filé. O time tem bons laterais, Carlinhos chega à linha de fundo a cada minuto. Pato fez ótima partida, Michel Bastos foi ponta pela direita, Ganso tem que marcar, deu espaço é assistência certa, o volante Souza vira e mexe está dentro da área. Tem ainda Thiago Mendes na reserva, um atacante para todos os cuidados.

Por sorte, Hudson, o dono da saída de bola não joga, coisa de amarelos. Outros que devem estar fora são Tolói e Doria, a dupla de zaga, e o veterano Luís Fabiano. Quem entra só as canetas do seu Ozório sabem. O Atlético pega um São Paulo sapecado, desfalcado, modificado. Mesmo assim, eu ainda acho que dependemos de você.