Levir Culpi em
entrevista elogia Diego Tardelli após o jogador ter decidido a partida contra o
Vitória nos minutos finais, diz que o atacante pode ajudar Dunga na seleção.
Declaração muito diferente da emitida meses atrás, quando substituiu Tardelli e
teve que responder sobre as palavras do atleta indignado, cuspindo marimbondos
no banco de reservas.
Para Levir a atuação do
jogador se reflete em números. Um atacante que não faz assistência, não chuta a
gol, não marca gol, tem que ser substituído, o time tem que ganhar, se ele não
faz talvez outro faça, mesmo sem o talento do substituído. É simples de
entender.
A simplicidade de Levir
funcionou, o Galo está ladeira acima, saiu da prostração da perda do título
mundial, voltou a vencer, Tardelli está voando. Todo time série A deve ter um
setor de estatística que produza análise do rendimento de seus atletas. O Atlético
certamente o tem.
Esta estatística deve
ser assimilada pelo treinador, é dele a decisão. Ele pode chegar à conclusão de
que o atacante não assiste, não faz gol, mas coopera com o setor defensivo,
sendo o que deseja, então fica. Como o torcedor não sabe as expectativas do
professor, sua análise é prejudicada, engole em seco e curte solitário a sua indignação.
A estatística do ataque
atleticano é sofrível, fez 3 nas últimas 5 partidas, levou 6. Enfrenta sábado o
Coritiba que fez 7 e levou 10 nas mesmas rodadas. O Coxa com essa peneira na
cozinha vai ter que sair, atacar, ficar vulnerável, a situação exige, é causa de
tantos gols sofridos.
É a chance de o seu
Claudinei estudar o adversário luminoso, descobrir as brechas e melhorar os
números do ataque. Vai ter que trabalhar muito, criar, mudar atitudes, exigir
novos movimentos, aproximações, capricho nas finalizações. Tem uma semana para
azeitar a máquina. Trabalhando bem, talvez ao findar do sábado recomende
Marcelo para a seleção.