quarta-feira, 3 de setembro de 2014

LEVO NO MEU CORAÇÃO

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é o jogo, dificílimo, necessário quase um milagre para a passagem de fase. Outra coisa é a reabertura da querida velha nova Baixada, dona de um cantinho no coração de todos os atleticanos.
O grupo Fotos do Atlético Paranaense, do facebook, posta pedaços de memória que nos remetem a equipes valorosas, jogadores de talento, de garra, artilheiros, defensores, milagreiros com e sem luvas que todos lembramos com carinho, fizeram a história do Furacão.
Toda essa gente de sangue rubro-negro passou pelos gramados da Baixada. Foi ela o cenário de jogos sensacionais, vitórias maiúsculas, derrotas duríssimas, palco de desempenhos épicos, dramas, lágrimas vertidas frouxas em glórias e tragédias.
A tudo ela viu, sentiu e nos acolheu carinhosa, jogo após jogo, firme, resoluta, símbolo da resistência, quando abandonada fez-se fortaleza, quieta, guardando forças para o seu retorno triunfante. Hoje, depois de tanto tempo, calorosa e magnífica, abre seus braços para todos nós atleticanos de fé, a terra santa a acolher seus peregrinos.
Hoje não é dia de reverenciar a Pedro, a Paulo, a Chico, ou a Francisco, é dia de celebrar o solo sagrado que nos dá guarida, que nos viu nascer, crescer e ganhar espaço entre os maiores, e nos alenta a sonhar sonhos nunca dantes concebidos.
A ti Baixada que vi pequena e simples, gestante do meu amor por essas cores que me impregnam a alma, referência sólida em tantos momentos de saudoso distanciamento, o meu abraço agradecido.
Que toquem os clarins, que rufem os tambores, que se curvem em reverência as bandeiras desfraldadas, em reverência a ti Baixada querida, da terra tanta que tanto amo, a terra pouca que levo no meu coração.


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