Uma coisa é uma coisa,
outra coisa é outra coisa. Uma coisa é o jogo, dificílimo, necessário quase um
milagre para a passagem de fase. Outra coisa é a reabertura da querida velha
nova Baixada, dona de um cantinho no coração de todos os atleticanos.
O grupo Fotos do
Atlético Paranaense, do facebook, posta pedaços de memória que nos remetem a
equipes valorosas, jogadores de talento, de garra, artilheiros, defensores,
milagreiros com e sem luvas que todos lembramos com carinho, fizeram a história
do Furacão.
Toda essa gente de
sangue rubro-negro passou pelos gramados da Baixada. Foi ela o cenário de jogos
sensacionais, vitórias maiúsculas, derrotas duríssimas, palco de desempenhos
épicos, dramas, lágrimas vertidas frouxas em glórias e tragédias.
A tudo ela viu, sentiu e
nos acolheu carinhosa, jogo após jogo, firme, resoluta, símbolo da resistência,
quando abandonada fez-se fortaleza, quieta, guardando forças para o seu retorno
triunfante. Hoje, depois de tanto tempo, calorosa e magnífica, abre seus braços
para todos nós atleticanos de fé, a terra santa a acolher seus peregrinos.
Hoje não é dia de
reverenciar a Pedro, a Paulo, a Chico, ou a Francisco, é dia de celebrar o solo
sagrado que nos dá guarida, que nos viu nascer, crescer e ganhar espaço entre
os maiores, e nos alenta a sonhar sonhos nunca dantes concebidos.
A ti Baixada que vi
pequena e simples, gestante do meu amor por essas cores que me impregnam a
alma, referência sólida em tantos momentos de saudoso distanciamento, o meu
abraço agradecido.
Que toquem os clarins,
que rufem os tambores, que se curvem em reverência as bandeiras desfraldadas, em
reverência a ti Baixada querida, da terra tanta que tanto amo, a terra pouca
que levo no meu coração.
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