O cara olha e me diz na
lata: “Você é pessimista!”. Sou pior que um pessimista, sou um desesperançado.
O pessimista ainda carrega um ódio na palavra, está vivo, e, em certas
situações, estar vivo é grande negócio.
O desesperançado como eu
é aquele que já viu tudo, já fez tudo para resolver problema e nada aconteceu,
tudo continua na mesma, então à espera de um milagre, da cavalaria salvadora
dos santos.
Quase tudo que imaginava
pudesse ser feito para a melhoria do Furacão foi feito pelos treinadores de
plantão. Substituições evidentemente necessárias, movimentação de jogadores,
mudança de esquema, muito do que eu imaginava se realizou, óbvio que não
exatamente, mas muito próximo. Quem sabe só tenha faltado o meu
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Jogadores que imaginei
capazes de dar um passe, criar uma jogada, me iludiram, os bons momentos em que
me baseei devem ter sido fruto da desqualificação dos adversários. Meu tombo
quebra-coluna aconteceu no domingo. Falei que Dráuzio tinha lugar na zaga do
Atlético com um pé nas costas, e não é que o Dráuzio tirou o pé e deixou a bola
ir mansinha para o fundo das redes. Dráuzio jogou a pá de cal nas minhas
esperanças.
Agora só me falta alguém
tentar os três zagueiros, liberar os alas já que o nosso meio não funciona,
tirar Marquinhos e entrar com qualquer um que tenha a visão além do alcance,
possa ter a bola rolando entre os pés e os olhos nos parceiros, pronto a
enxergar a oportunidade e fazer a assistência perfeita, deixar o atacante na
cara do gol.
Amigos, agora me dei
conta que a coisa está feia mesmo, estou em busca de um thundercat.
PS – Só para quem viu a
série Thundercats lá pelos oitentas.
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