quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FOI UMA AULA

O jogo me interessou ainda mais depois de saber a escalação. O Atlético jogaria com três zagueiros, esquema que advoguei como solução para a fragilidade da defesa atleticana. Meu interesse virou angústia a partir dos dez minutos. Totalmente recuado, o 352 transformado num ferrolho, o Furacão estava em perigo extremo.
Dito e feito, aos 26 a casa caiu. Marcelo Oliveira tinha mudado o lado de atacar, aos 24 e 25 dois cruzamentos perigosos da esquerda, aos 26 o gol determinante. O resto do jogo foi o esperar dos demais gols cruzeirenses, felizmente só mais um, em tremenda falha defensiva que começou lá no meio de campo. O Atlético foi soterrado pelo Cruzeiro.
Vendo o jogo com calma, a derrota definida, ficou clara a extrema superioridade da Raposa. Avançou sua defesa, impediu a saída de bola atleticana, quando o lançamento chegou aos nossos atacantes a antecipação limpa pôs fim à ousadia. Definido o predomínio absoluto, impossível negar a partida ruim do Furacão. Infantis erros de passe, submissão à marcação, tentativas de obtenção de faltas inexistentes, distanciamento entre os atacantes, falta total de ligação.
As modificações de nada adiantaram. A exótica entrada de Sidcley só fez lembrar Petkovic e seu sub-23. Faltou ao Atlético o entendimento do jogar com três zagueiros – um esquema ofensivo – e o que sempre faltou, alguém para pisar na bola, pensar o jogo, fazer uma assistência. Foi uma derrota coletiva. Hoje, definitivamente, não é dia de escalar culpados.
O tombo serviu para mostrar a inviabilidade dos três zagueiros, que nossa transição continua capenga de imaginação, embora com pernas de maratonista. Ficou claro que o Atlético tem que fazer o feijão com arroz, escalar um time e manter, fazendo trocas ovo com farofa, strogonoff nem pensar. O jogo foi pleno de ensinamentos, clareou o pensamento de Claudinei, mostrou como se monta um time de futebol. Foi uma aula.

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