terça-feira, 16 de setembro de 2014

FERRAR A DANADA

A derrota para o São Paulo acendeu a luz vermelha no Cruzeiro, o campeonato que já estava ganho ficou em aberto com a ascensão do São Paulo, pior para o Furacão que vai a Minas amanhã enfrentar os dentes afiados da raposa inquieta.
O atleticano mais animadinho pode voltar ao jogo contra o Grêmio e imaginar que o empate é possível na terra das alterosas, com o pensamento de que se ponto fora é um tesouro, contra o Cruzeiro seria um galeão espanhol carregado com toda a prata das terras da América.
Aí vem a dúvida. Voltamos ao esquema com dois armadores que fez Felipão arrancar os cabelos, ou mantemos os três atacantes que nos deram a vitória contra os baianos? O que prefere o amigo?
Para decidir precisaríamos saber se Dellatorre e Coutinho terão condições para o jogo em Minas. Supondo que ambos estejam na ponta dos cascos, eu optaria pelos três atacantes. O que libera o Cruzeiro para atacar, dá a ele a superioridade ofensiva, é a possibilidade de avançar volantes e laterais, deixar a defesa nas mãos dos zagueiros mais um.
Três atacantes obrigam a maior segurança, mais gente atrás, por óbvio menos agressores a dar trabalho ao nosso sistema defensivo, elogiado por Claudinei, até pela boa marcação exercida pelos nossos três mosqueteiros. O Atlético faz bons jogos em Minas, a arbitragem é paulista, bom sinal, pelo menos nada de pênaltis extravagantes, cartões absurdos.
Com dois ou três atacantes, o que interessa é a postura. Não recuar em demasia, assustar no ataque, evitar faltas na intermediária defensiva, pontos de partida para os muitos gols de cabeça marcados pelo Cruzeiro. A derrota para o São Paulo deu uma balançada nas certezas da raposa azul, vai ver ela se joga no ataque e fica vulnerável. Então é ter gênio de caçador, montar a armadilha, esperar e ferrar a danada. 

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