segunda-feira, 31 de agosto de 2015

É ASSIM QUE TEM QUE SER

Sai da arena magnífica com a certeza de que o jogo foi ganho pela defesa. Gustavo colocou Zé Love no bolso, Sidcley parou Bruno Henrique, simplesmente não vi Erik jogar. A vontade do Goiás ficou mesmo na vontade. Buscou jogar no ataque, foi o time que eu esperava, sem exageros defensivos e perdeu quando o Atlético de lateral virou vertical.

Aos vinte Walter colocou Marcos Guilherme na cara de Renan, ali pelo meio como eu pedi, o goleiraço salvou. Aos vinte e seis Hernández esticou Nikão pela esquerda, o cruzamento saiu perfeito, Walter marcou. O gol garantiu o Goiás ofensivo, a necessidade de marcar para sair da dolorosa ZR. Voltamos à defesa.

E assim foi o jogo. O técnico Juninho mandando o time atacar e a barreira comandada por Otávio sustentando os três pontos. Fora alguns lances na bola aérea que passaram perto, nada incomodou Weverton. Seguro, o Atlético foi ao ataque esquecendo os lados do campo e forçando a dupla de zaga goiana. Faltava o gol da tranquilidade, o fim daquela sensação de que uma falha qualquer poderia por fim ao ótimo resultado.

Trinta e dois minutos, Hernández lançou Hernani pelo alto, um caso claro de atropelamento colocou Walter para bater a penalidade. Um balaço Del Gordito e fim de pelada. Ainda não. Entraram Dellatorre e Ewandro e o time desandou a ter chances de gol. Aos quarenta e quatro Dellatorre finalizou de fora, Renan bateu roupa, Ewandro marcou. Agora sim, pode apitar seu juiz. Em jogo em que o ataque vai ser mais que badalado, hoje vou ficar com a defesa, com a partida excelente de Sidcley. Seu MM ajudou, a torcida ajudou, ganhamos o jogo que era obrigatório ganhar. Agora sim, seguimos com chances, obrigando a grande mídia a gastar dois minutos conosco. É assim que tem que ser. 

domingo, 30 de agosto de 2015

ELE QUE NOS AJUDE MUITO

Diz seu Milton Mendes: “Nosso torcedor tem que estar paciente e ajudando a equipe. Espero que ele vá ao estádio e nos ajude muito”. Ele está certo. Com esquema apostando na segurança defensiva o Atlético é time de poucos gols, vinte e três no Brasileiro, pouco mais de um por partida. O time pouco pressiona a saída de bola adversária, encolhe na expectativa do desarme e do contra-ataque. É o jeito de jogar escolhido pelo treinador.

Quando ataca tem os jogadores espalhados pelo campo, os cruzamentos encontram poucos dentro da área, os defensores deitam e rolam. Aí o gol fica para as bolas paradas, para as jogadas individuais, como o gol de Nikão contra o Joinville. Como pouco marca, o Furacão corre o pior dos riscos, levar um gol e ficar à mercê do adversário, ser vítima do seu próprio veneno.

Para quem tem dificuldades para marcar com o adversário pouco mais solto em campo, com o danado entrincheirado na defesa torna-se quase impossível. Fácil lembrar o jogo com o Sport em que fomos empatar no último dos minutos, o zero a zero contra o Santos salvo por Weverton, as partidas contra Flamengo e Inter perdidas nos primeiros minutos.

A participação mais central de Nikão e a chegada de Hernández melhoraram o volume de jogo pelo meio do campo, podem acabar com a solidão de Walter no comando. Já pedi a mesma participação de Marcos Guilherme. É duro imaginar que vamos nos defender na arena magnífica. Enfim, estou resignado, vou para o estádio com toda a paciência do mundo, atendendo aos apelos do seu MM. Ele sabe a necessidade da vitória. Ele que nos ajude muito.

sábado, 29 de agosto de 2015

CORRA LÁ

Vou dar uma ideia do Goiás para o amigo. Contra o Vasco no Serra Dourada entregou a bola ao time do Eurico, aos quatro cobrou um lateral no ataque, Bruno Henrique cabeceou para trás, Zé Love estreando fez de bicicleta. O Vasco continuou gastando a redondoca, passaram-se poucos minutos, o lateral cruzmaltino puxou a camisa de Bruno Henrique, pênalti, Erik dois a zero. Aos vinte, Jorge Henrique perdeu a cabeça e foi expulso. Acabou o jogo. A partir daí o verde do cerrado trocou passes, fez mais um com Erik cobrando novo penal e descansou até o apito de sua senhoria. Só para complementar, aos dezessete tinha feito dois gols, finalizado quatro vezes, perdido duas chances claras.

O time defende com as duas tradicionais linhas de quatro, David bloqueia pela esquerda, Bruno Henrique pela direita, Patrick e Rodrigo fecham pelo meio na segunda linha. Vigiando na frente ficam Zé Love e Erik. Ataca com o avanço do lateral-esquerdo Diogo, de David armando pelo meio, Bruno Henrique pela esquerda, Zé Love fixo no comando, Erik circulando pelo ataque, dando passes, marcando gols. É ótimo jogador, fez chover na vitória contra o São Paulo, tem que marcar.

De vez em quando David arrisca um lançamento longo para atacante livre de marcação. Tem que cuidar. Vulnerabilidades só vi Renan caçando borboletas nos cruzamentos e o afastamento de Gimenez, lateral direito, por amarelos. O Goiás não perde há cinco jogos no Brasileiro, entregou a Sul-Americana para o Brasília, vem babando para Curitiba. O Atlético volta a jogar na próxima quarta-feira contra o Galo em BH. O jogo a ganhar é o de domingo. Vamos torcedor, dia de time completo, casa cheia, três pontos na sacola. Ainda não se associou, comprou ingresso? Corra lá.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

BOTA JOGO NISSO

O torcedor que foi à arena magnífica pode ver um treino de luxo do Furacão. Com o time possivelmente titular em campo, o Atlético venceu o alternativo Joinville e passou de fase na Sul-Americana, enfrenta agora o desconhecido Brasília que eliminou o Goiás, nosso adversário de domingo.

Fora um certo lateral Rogério que não entendeu o sentido da pelada e desandou a dar botinadas, os catarinas pouco incomodaram, o belo gol de Nikão em arrancada central tirou qualquer esperança das mentes mais otimistas e o jogo acabou em infindável troca de passes rubro-negra, o reloginho demorado tirando profundos bocejos das arquibancadas.

Vamos aos ensinamentos. O Atlético tem um problema defensivo na falta diagonal a partir da intermediária. A casa andou para cair umas duas vezes. Quando avançamos a defesa para o meio de campo, trocamos muitos passes laterais, corremos riscos, um erro e o atacante sai na cara do Weverton. Tem que cuidar. Nossos cruzamentos encontram Walter isolado dentro da área, é muito pouco. O crítico fica por aqui.

Gostei do vertical Nikão, do rápido Eduardo, do primeiro tempo de Walter. Hernández aos poucos vai se tornando origem de boas jogadas. Foi um bom treino, sem muitos desgastes, de acordo com as necessidades, os problemas podem e devem ser corrigidos. O treino acabou, domingo tem jogo, e bota jogo nisso.

Em tempo: Acabo de escrever e o comentarista da TV diz que o Atlético deve entrar com alguns reservas contra o Goiás. Se fizer isso perde.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

ELE BEM QUE PRECISA

O Atlético esconde a escalação, mas sinaliza para time próximo do que o torcedor acredita titular. Fala-se em ataque com Marcos Guilherme, Hernández, Nikão e Walter. Isso é bom. A demonstração de vontade, aproveitar a ótima vantagem obtida em Santa Catarina pode dissuadir PC Gusmão de entrar com os atacantes Kempes e Ricardo Bueno na tentativa de armar alguma traquinagem.

Se a vitória do Brasília nos anima ainda mais para a Sul-Americana, anima também o Joinville. Sem desprezar o time brasiliense, é óbvio que sua presença na próxima fase torna a caminhada para as quartas de final mamão com açúcar, pelo menos na teoria. Então por que não vir a Curitiba para tentar fazer uma molecagem com o Furacão e prosseguir na competição?

Com o time titular contra o Fluminense no domingo passado, o Joinville virou e venceu por dois a um, já tinha dado um calor no Grêmio que só conseguiu a vitória aos 38 do segundo tempo em Porto Alegre. O time está em evolução, que se guarde para o dia 5 de setembro quando nos encontraremos novamente pelo Brasileiro. Que venham hoje a passeio, para conhecer o teto-retrátil, cumprir a missão sem muito ânimo, dar um descanso ao coração do torcedor rubro-negro. Ele bem que precisa.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

PRECISAMOS DE VOCÊ

Além da contratação do lateral-esquerdo Roberto do Bragantino nada há de importante no noticiário rubro-negro. Seu MM foca seu trabalho no jogo de quinta contra o Joinville, os preços dos ingressos permanecem elevados, os sócios Furacão e Furacão Plus podem comprar ingresso com desconto e ficamos nisso. Ah... Esqueci. Nosso técnico manequim está de contrato novo com alfaiataria da terra. O “uma frase, um sorriso” está faturando.

Só uma catástrofe pode nos tirar a classificação para a próxima fase na Sul-Americana. O Joinville já entregou a rapadura, se não fizermos aquele joguinho de mais encolhe do que estica passamos ao natural. Na Manchester catarinense brincamos com o perigo, a fragilidade do adversário evitou o começo ruim na competição. Com a derrota do Goiás para o Brasília, entregou na Sul-Americana, estamos praticamente nas quartas de final.

O torcedor atleticano deve se preocupar e mobilizar seus esforços para o jogo contra o Goiás no próximo domingo. O time do cerrado é o primeiro fora da ZR, mas vem de dois ótimos resultados, botou 3 a 0 no São Paulo no Pacaembu e repetiu o placar contra o Vasco no Serra Dourada. O jogo às 18:30 pode encontrar o verde goiano mergulhado na ZR, motivação extra para flechar o Furacão sob o teto-retrátil.

Uma derrota domingo tira o sorriso da cara, começam as especulações, o time que já não é um primor passa a sofrer pressão, o amigo conhece a história de cor e salteado. Vamos lá torcedor, sem priorizar competição, o time vem de quatro resultados ruins no Brasileiro, temos que voltar a ganhar. Para evitar qualquer dúvida guarde o fôlego, domingo precisamos de você.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

TROPEÇOS QUE VEM PARA O BEM

Walter afirma: “O principal hoje é a Sul-Americana”. Li no site furacao.com. Queria saber quem disse isso para ele? É o planejamento do clube, ficou claro em reunião com o Dep. Fut., largamos de mão a possibilidade da Libertadores via Brasileiro, vamos jogá-lo para 46 pontos?

Se vamos para 18 rodadas de Brasileiro a leite de pato é bom avisar a torcida, tirar dela as ilusões, evitar desgastes, gastos, deixamos para o Furacão fazer os 16 pontos faltantes, ficamos apenas com a Sul-Americana, colocamos o sonho na cabeça e a ele nos dedicamos de corpo e alma. Ao findar a noite de domingo, voltando da praia, damos uma espiada no Fantástico para conferir a posição do nosso cavalinho. Que não se peçam sócios.

O amigo saiba que leio seus comentários, sei das suas opiniões, muitas vezes bastante contrárias ao meu pensamento. É natural. Tenho por elas o maior respeito. O futebol é simples, sua leitura está ao alcance de todos, tudo que se fala merece ser ouvido, pode ter importante fundo de verdade. Leio para aprender.

Sei que muitos estão de acordo com a tal gestão do elenco. Ótimo. Acho apenas que largar uma competição e priorizar outra não tem nada a ver com gestão. A verdadeira gestão do elenco se caracteriza pelo uso científico dos meios existentes no Caju. Identificar atletas com vulnerabilidades, evitar contusões, diminuir o ritmo dos treinos, atuar com a medicina esportiva, nutricionistas, fisioterapeutas, usar todo o arsenal disponível para ter em campo um máximo do time principal com total entrosamento de forma a ganhar partidas sem desgastes importantes. O que se fez em POA foi uma gestão de fundo de quintal que naufragou aos três minutos. Foi até bom. Acabaram-se as ilusões, prosseguir no erro será imperdoável. Há tropeços que vem para o bem.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

UMA GRANDE FIGURA

Primeiro: Sexta tinha texto pronto criticando a escalação sugerida por jornal. Sábado levantei, reli e pensei com meus botões, para que assustar os amigos, tirar o sono de gente que acredita? Passei em branco, devia ter publicado.

Segundo: Seu MM justificou a escalação doentia como gestão do elenco. O Atlético tem um time mediano que só tem valor pelo conjunto. Acabou o conjunto morreu o time, lutamos para não cair. Seu MM passou dos limites, com liberdade começou a brincar de boneca. Prepara para o tombo.

Terceiro: Meus parabéns ao departamento de futebol do Atlético. Levou sete meses para contratar dois castelhanos e os salvadores dormem no banco, Hernández nem no banco estava. Alguém que gaste recursos para contratar jogadores para a reserva de Bruno Mota e Hernani é de uma incompetência acima de qualquer suspeita. Chega dessa gente.

Quarto: Seu MM entrou com Marcos Guilherme no segundo tempo, em minutos trocou Pereirinha por Walter e deslocou Marquinhos para a lateral-direita. Isso deve constar dos anais do futebol escocês, para o velho futebol brasileiro pentacampeão é monumental incompetência.

Quinto: Hernani é nulo na marcação, vive de dois gols de cabeça e um de falta. Aos 19 minutos levou amarelo, era para sair no minuto seguinte. Foi ficando. Na minha prancheta consta: 14/2T – Falta direta – Hernani – Uma bos... Sua escalação é insulto ao Deivid.

Sexto: Há tempos tento definir seu MM. Ontem o narrador do jogo me ajudou, em determinado momento classificou o treineiro do Atlético de “grande figura”. Seu MM é isso e nada mais que isso, uma grande figura.

sábado, 22 de agosto de 2015

DIPLOMA NA PAREDE

Há uma diferença entre superioridade e supremacia. Na superioridade teu time vence, é melhor, mas o adversário tem bons momentos, dificulta, faz o teu goleiro trabalhar. Na supremacia o adversário sofre os noventa minutos, tem zero chances ofensivas, luta para evitar goleada acachapante. Pois amigos, no jogo contra o Ituano o Internacional exerceu a supremacia sobre o time do seu Juninho Pernambucano.

Em dezessete minutos fez dois a zero e maltratou os supercraques de Itu como aquela lutadora americana que deu uns sopapos em brasileira bocuda. Como não poderia deixar de ser o Colorado do seu Argel é um time simples, joga num 4222 que se transforma em 442 defensivo. Os dois volantes Nilton e Rodrigo Dourado, os armadores D’Alessandro e Sasha, no ataque Valdívia e Vitinho. Tudo isso com muita movimentação, o esforço definido pelo lado direito do campo com D’Alessandro, Valdívia e o lateral William, o lado esquerdo quase que completamente esquecido.

Os atacantes Vitinho e Valdívia, a dupla “viva”, são rápidos e verticais, fortes no contra-ataque. É um time técnico, veloz, que não dá chance na defesa, força no ataque. D’Alessandro circula colocando bolas por sobre a defesa, deixando seus companheiros livres na cara do gol. Por sorte o lateral William, constante no ataque, não joga, será substituído por Léo, aquele que nos deixou pelo Flamengo e de lá para cá dorme em bancos variados.

Jogo duro. O que mais me assusta é escalação atleticana que colei de jornal: Weverton; Eduardo (Pereirinha), Kadu, Wellington e Sidcley; Otávio, Hernani, Bruno Mota e Nikão; Douglas Coutinho e Cléo. Isso se chama namorar com o perigo, dar sopa para time devendo satisfação à torcida. Vai ser luta entre o treinador com ensino médio e o mestre com pós-doutorado na Europa, admirador do futebol escocês. Vamos ver quanto vale o diploma na parede.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

GANHAMOS

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Placar excelente, em termos numéricos todos os meus desejos se realizaram. Em termos de atitude, futebol praticado, para o meu gosto o Furacão foi meio ventania, aquele encolhe estica esperado para o jogo de domingo contra Inter, nunca contra o Joinville carregado de desfalques que em determinado momento do primeiro tempo até se assanhou, andou querendo marcar, o que seria um desastre tremendo.

O jogo deixou clara a Walter dependência ofensiva do Atlético. Se El Gordito não está na ponta para cruzar, dentro da área para finalizar, o carro empaca, embora Coutinho tenha tido presença importante na área, feito um e perdido outro na cara do goleiro. Com Walter caindo pela direita e a subida de Eduardo o Furacão passou o primeiro tempo forçando pelo lado, esquecida a esquerda, o pote tanto foi à fonte que aos 42, e só aos 42, Hernández serviu Eduardo livre pela ponta, o cruzamento saiu perfeito, Walter esticou o pezão, gol rubro-negro.

O tempo inicial acabou com seis finalizações para o time da casa, três para o Furacão. Só aos 30 minutos tivemos jogada de pressão na saída de bola catarinense, o desarme e o lance perigoso. Eu esperava essa pressão o tempo todo, o Atlético em campo era muito superior ao adversário, com a apresentação desestimulante estimulou Davi a usar o seu bodoque.

Estou reclamando e dou uma olhada na minha prancheta do segundo tempo. O Joinville não fez nada, Weverton não foi incomodado. O Atlético teve ação ofensiva, no início de cada uma um W de Walter, de novo a presença importante do atacante. Aos 29 Coutinho marcou em escanteio. Fim de guerra. Na partida sem maiores estresses perdemos Vilches e Alan Ruschel, Kadu saiu baleado. Trabalho para a preparação física, departamento médico. Boa presença da torcida, meio desbocada, cutucando o leão com vara curta. É, não gostei de muita coisa. Pouco importa, ganhamos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

NO MÍNIMO

Hoje damos o primeiro passo para a conquista da Sul-Americana. Impossível pensar diferente. Impossível chegar em Joinville e fazer jogo que não busque a vitória desde os primeiros minutos. Temos que resolver o problema já em território barriga-verde, vir para Curitiba para terminar o serviço sem muito esforço.

Sequer li uma linha sobre o time catarinense, sei que está na zona do rebaixamento do Brasileiro, vem fazendo uns pontinhos, tentando tirar a cabeça fora d’água. Nesta condição, seguir em frente na competição internacional pode ser peso extra a diminuir suas forças na luta pela fuga da ZR. Daí a possibilidade da economia de forças não ser descartada, o Furacão pode enfrentar time sem todos seus titulares, um misto quente franco atirador pronto para o que der e vier.

Espero um franco atirador desestimulado, sem pretensões, pronto a se entregar no primeiro entrevero. Se assim não for, acho bom o Furacão entrar ressabiado, jogando tudo que sabe, sem dar chances na defesa, forçando no ataque, buscando o maior número de gols possível. O jogo é jogado, você pode torná-lo fácil ou difícil. Segunda-feira o Athetic Bilbao fez 5 a 1 no placar agregado e matou o Barcelona de Messi, tornou-se digno campeão da Supercopa da Espanha.

O Atlético é useiro e vezeiro em resultados ruins em partidas de ida, quantos sofrimentos já passamos para reverter situações difíceis, quantas delas não revertemos. Hoje a preleção tem que ser nível cinco megatons, daquelas de acordar até o Hernani. Entrou de salto alto, leva chumbo. É bom levar para o vestiário um clarim de cavalaria e tocar a alvorada três vezes. No mínimo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

É ASSIM QUE FUNCIONA

O presidente Petraglia meteu a boca na arbitragem, foi seguido por uns e outros, todos com base em fatos vistos e revistos, o assunto correu todos os programas televisivos e não vai dar em nada. As propostas para solução dos problemas dos coloridos homens do apito vão da extinção da CBF à cansada utilização dos meios eletrônicos hoje disponíveis. Repito, não vai dar em nada.

A única solução para não sofrer com a arbitragem é ser grande, no caso do Atlético tornar-se grande. Reclama-se da arbitragem favorecendo o Palmeiras contra o Flamengo, mas na hora de rebaixar o Palmeiras, mandamos para São Paulo um time de meninos. Mantivemos o Palestra na competição e reclamamos que a arbitragem o socorre. Aí o torcedor do Palmeiras nos comentários pergunta presunçoso: “Quem é Atlético Paranaense?” Chega a doer.

O presidente precisa ler Maquiavel. Hoje morre de amores pelo Flamengo, amanhã será detonado pelo Urubu. O Corinthians nem se toca. Já vi o Simon detonar a Brasiliense em final de Copa do Brasil, dar o título ao alvinegro em bandeja de prata e nada aconteceu. Por quê? Porque o Corinthians é grande, tem torcida, tem a mídia a seu favor, ela estremece perante tanta roubalheira, mas nos bastidores está louca de feliz, contando em gritar Corinthians campeão no final do Brasileiro, ter o Timão na Libertadores ano após ano.

A solução é crescer, ganhar peso, contratar jogadores, formar equipe forte que possa enfrentar adversários e arbitragem sem temores. Timidamente já contratamos dois ou três, precisamos mais, precisamos lideranças, a torcida tem que se mobilizar. Vejo jogos de catarinenses no Rio e São Paulo com seus espaços lotados nas arquibancadas, nos jogos do Atlético somente os torcedores que habitam o local, poucos se dignando a viajar para apoiar o clube. Este é campeonato entre Rio e Porto Alegre. Irmãos, a tarefa não é só do presidente, é de todos nós. É duro desejar crescer para ter a ilegalidade a seu favor. É duro, entretanto, é assim que funciona. 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

O AMIGO ENTENDE

Falei que voltaria para falar de esquema e aqui estou. Não para ensinar seu MM que deve saber mais do que eu, afinal, estudou nas Oropa, tem diplomas na parede. Sei menos, muito menos, mas sei que o esquema é dependente das características dos jogadores disponíveis, saiu muito fora desse eixo as abóboras não se acomodam, a carroça anda com dificuldade.  

Falando em jogador, falando em voltar, retorno a Marcos Guilherme. O menino novamente fez uma tabela com Crysan e ficou na cara do gol, a bola tirou tinta da trave, quase nos deu o um a zero de que tantos precisávamos. Marquinhos já fizera o mesmo contra o Avaí, então marcou nosso primeiro gol. A prática mostra que o piá rende muito mais entrando pelo meio, ficando próximo da área para chegar e concluir para as redes. E onde está Marcos Guilherme?

Escorregando pelos lados do campo, tentando entrar na diagonal, sempre em dificuldades. Não tem velocidade de ponta, eu falo da velocidade de Cirino, não tem o chute do Roben para finalizar com sucesso. Alguém lembra um cruzamento do piá que redundou em gol? Alguém me ajude. Não me lembro.

Marcos Guilherme é muito mais efetivo pelo meio, pode até vir buscar a bola pelos lados, mas seu rendimento máximo acontece ali pelo centro da lavoura onde pode entrar na vertical, trocar passes, colocar-se em condições de arremate, receber faltas, produzir. Agora com Hernández, o Atlético pode ter dupla de bons armadores com liberdade para circular pelo ataque, aproximar-se de Walter, a chegada pelos lados fica para os laterais, para quem tiver sabedoria para usar o espaço. E como fica a marcação vai perguntar o amigo? Marcação é recomposição rápida. Recompostas as duas linhas de quatro, clara a missão do piá, ele vai cumprir. Falei no esquema? Acho que sim. Por linhas tortas. O amigo entende.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FOCO NO TÍTULO

A torcida não parou de cantar, mas não deu. Novo empate em casa, nos últimos três jogos do primeiro turno fizemos dois pontos. Menos mal que jogamos bem, principalmente no segundo tempo. Foi um jogo de chances perdidas, o Santos perdeu um pênalti, é o segundo que Weverton pega, perdeu chance livre a 3 metros do gol com o artilheiro do campeonato. Tivemos sorte.

O Santos perdeu, perdemos nós também. Uma com Crysan livre na entrada da área, afobou-se, uma com Marcos Guilherme na cara de Vanderlei, uma com Walter de cabeça, era só encostar, duas com Coutinho, uma a bola se recusou a entrar, outra Vanderlei fez milagre, o amigo vai lembrar de outras que já esqueci.  O Atlético do segundo tempo foi muito superior, merecia a vitória.

Ainda vi pênalti claríssimo nas mãozinhas de dinossauro do zagueiro santista, o juiz julgou não haver intenção, intenção só no carrinho de Kadu. Suas senhorias indignadas fizeram um minuto de silêncio pedindo uns trocados de direito de imagem. Como alguém que só estraga o espetáculo, todas as semanas os erros se acumulam, pode querer ganhar mais.

A formação atleticana do segundo tempo parece ser a base para o segundo turno. O esquema não me parece ideal, voltaremos a falar sobre o assunto. O que devemos evitar são as longas viradas de jogo, tentamos umas seis, umas cinco nos pés do adversário ou completamente equivocadas. No pé do adversário são fontes de contra-ataques perigosíssimos. Com a aproximação dos jogadores, dois passes certos resolvem o problema. Convenhamos, o Zidane não está no elenco.

Gostei do retorno de Coutinho, da movimentação de Hernández, lembro que há três jogos o ataque não marca. Não foi por falta de criação. Quinta tem Joinville, Copa Sul-Americana. Vamos de time novo, vamos com tudo, foco no título.         

sábado, 15 de agosto de 2015

O TEMPO TODO

Hermanos rojo-negros, vamos à arena com fé, esquecidos da quarta negra, esperançosos até o último fio de cabelo, temos que passar para o segundo turno do Brasileiro com 32 pontos, na cola dos primeiros para na reta final meter a espora no petiço e conquistar a vaga na Libertadores.

Vamos lá, a partir das cinco da tarde a Getúlio, a Brasílio, a Buenos Aires, a Coronel Dulcído se transformarão em rios rubro-negros, rios correntosos levando a massa torcedora para o interior da magnífica, gargantas prontas para ganhar três pontos nem que seja na marra.

Para quem gosta de futebol ver o time do Santos é atrativo quatro estrelas. Com uma meninada que sabe jogar, espeta Gabriel pela direita fazendo gols e dando passes decisivos para o artilheiro do campeonato Ricardo Oliveira, Geuvânio pela esquerda com a mesma missão, dá liberdade para Lucas Lima atuar em toda a frente esbanjando bom futebol. O lateral que mais chega ao ataque é Victor Ferraz pela direita, os volantes Paulo Ricardo e Thiago Maia pouco avançam. No jogo contra o Vasco o Santos dominou com tanta propriedade que foi impossível ver a defesa praiana jogar, encontrar vulnerabilidades a serem exploradas. O pessoal das informações do Atlético deve saber.

O Atlético vem com Alan Ruschel na lateral-esquerda, Deivid ao lado de Otávio, eu aposto em Hernández na armação. Parece que vai jogar com onze jogadores acordados. Tem que estar. Bobeou na marcação as bolas serão enfiadas entre os zagueiros para a entrada de Ricardo Oliveira. Contra o Vasco perdeu uns três feitos. Tem que cuidar. Chega de tomar gol em início de partida. Não podemos desgarrar do grupo da frente, temos que lutar, ganhar nem que seja no grito. Falando em grito, como está a garganta do amigo? Arranhando? Tome um xarope logo cedo, hoje não tem desculpa, é “não para de cantar” o tempo todo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

QUE FAÇA BOM USO

O Atlético na muda se perdeu. No momento de introduzir os castelhanos na equipe, ou o castelhano, não é obrigatório que os dois joguem, o Furacão fez dois jogos ruins e saiu do rumo dos bons resultados. Alguém pode até justificar os números, um empate em casa com o Sport em ponto de bala e uma derrota por 3 a 2 contra o Flamengo no Maraca podem ser encarados como normal.

A má atuação contra o Flamengo não pode. O Atlético não jogou, alguns jogadores que vinham com atuações crescentes desapareceram. Otávio é um deles. A revelação que vinha impressionando positivamente a ponto de ser anotado no caderninho do seu Dunga desapareceu. É óbvio que a marcação iria apertar, o ir à frente ficar dificultado, mas a marcação, o bom posicionamento, o futebol limpo não poderiam sumir como em passe de mágica.

Alguma coisa aconteceu. O time perdeu atenção defensiva, estrutura, o jogo consciente contra o Palmeiras foi trocado por bolas rifadas sem qualquer necessidade. A entrada do armador que o Atlético precisa há séculos não pode desmontar o time, a estrutura deve ser mantida, é o que temos, o que nos levou aos pontos que nos dão tranquilidade para mudar e melhorar.

A análise dos gols sofridos contra Sport e Fla mostra falhas individuais graves. O reinício positivo deve começar pelo acerto da defesa. O retorno de Deivid ajuda, uma opção muito mais defensiva que Hernani. Porém, o imperativo é voltar a jogar com consciência, sem tremer, sem dar espaços ao adversário. Após o gol de Hernani contra o Fla, torci pela chegada ao intervalo com o empate, momento de rearrumar tudo, tudo que estava muito mal. Não deu. Perdemos o jogo em minutos. Agora seu MM tem mais que minutos para acertar cabeça, tronco e membros. Que faça bom uso. 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

AJOELHOU TEM QUE REZAR

Desacordado, uma das suas piores partidas do ano, o Atlético perdeu com méritos, créditos e louvores para o Urubu. Nada a contestar, baile no Maraca. Se o jogo é um espetáculo que dá razão ao tal direito de imagem, os jogadores do Atlético mereceram seus bons trocados, deixaram o Flamengo deitar e rolar, serviram de escada para a bela exibição da ave agourenta.

Quem acompanha o Atlético no seu jogo a jogo sabe que fora de casa, longe da torcida, o time é pífio, desfibrado, se pudesse ficar em Curitiba, entregar os três pontos e descansar seria bom negócio. Contra o Palmeiras acreditei que o Furacão tivesse atingido sua maturidade, pois me enganei. O Palmeiras é que é ruim mesmo, perdeu até para o Coxa. O grande elenco do Porco é uma dessas fantasias da imprensa do grande eixo.

O Atlético na muda com a chegada dos castelhanos ainda não conseguiu se acertar. Seu MM manteve o time do início de jogo contra o Sport, erro grave, teve que substituir ainda no primeiro tempo. Outro erro grave é entender que Barrientos é o jogador a entrar, Hernández é muito mais aceso, quer jogo, é dele a posição de Bruno Mota. Falando em Sport, a defesa do Atlético poderia aprender com o Leão que o cabeceio frontal deve ter a direção de companheiro e não ser uma bola sem destino para o meio de campo povoado pelo adversário.

Erros grosseiros levaram a gols do Urubu. Falha indesculpável de Vilches no primeiro, cabeceios ridículos no gol de Emerson. Contra uma defesa que entrega na bola aérea o Atlético não conseguiu nem escanteios, nem faltas que dessem oportunidade de aproveitar o erro. O Atlético nunca foi tão furacão, uma barafunda que acabou na sua autodestruição. Seu MM que vai para o campo com o provérbio pronto para o final do jogo, poderia ajustar a gravata, dar um sorriso equilibrado e usar o velho e surrado ajoelhou tem que rezar.

ENTREGA O BONÉ

Diz o técnico Cristóvão Borges que o Flamengo dos seus sonhos é o que jogou o primeiro tempo contra o Santos, um dois a zero não sustentado na segunda etapa, o Peixe empatou com golaço de Lucas Lima. Que Urubu é esse que voa livre nos sonhos do técnico que é pesadelo para muitos flamenguistas?

Vamos lá: Paulo Victor; Pará, César Martins, Wallace e Jorge; Canteros, Márcio Araújo e Alan Patrick; Emerson, Guerrero e Everton. Hoje Paulo Victor e Guerrero estão fora. César substitui o goleiro, Ederson o atacante peruano. Difícil dizer como vai voar esse Urubu sem seu comandante de ataque.

Já que seu Cristóvão afirma que o Fla joga para ganhar, vamos apenas especular o Urubu de primeiros tempos, sempre pressão, gols, quase gols, nos segundos tempos dos jogos que assisti a produtividade caiu muito. O Fla inicia suas partidas no ataque, forçando com Pará, Emerson e Alan Patrick pela direita, Jorge, Everton e o mesmo Alan Patrick pela esquerda. Os volantes Márcio Araújo e Canteros têm liberdade para atacar, desde que um guarde posição à frente dos zagueiros. Todo este aparato trabalha para Guerrero finalizar.

Já disse, Guerrero está fora. A dúvida fica para a função de Ederson, um meia escalado para lugar de atacante. Emerson ocupa o lugar de Guerrero, Ederson vai para a direita? Jogadores se alternam entre o meio de campo e a função de pivô? O escalado é outro, talvez Gabriel? Quem sabe? No mínimo complicado. Certo é que Jorge joga muito, é o que chamam de grata surpresa, se deixar avançar é encrenca certa, ainda mais com toda a atividade de Everton pelo setor. Emerson dá um sangue danado, Alan Patrick corre até ser substituído. O Fla vale pelo esforço de seus melhores jogadores, o primeiro objetivo do Atlético será bloquear suas ações. Feito isso incomodar no ataque. A bola aérea é boa pedida. Se o Furacão estiver acordado, amanhã seu Cristóvão entrega o boné.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

DISCORDAR À VONTADE

Volto ao jogo heroico de domingo, agora para colocar minhas reticências sobre a atuação rubro-negra. Antes de atirar ressalto novamente a capacidade do adversário, talvez justificativa para as falhas que aponto convicto em receber chuva de raivosas discordâncias. Faz parte.

Primeiro vou salientar a importância de um dez que saiba enfiar bolas entre os zagueiros. A primeira linha de defesa do Leão muito avançada, pedindo bola nas costas e nós sem ninguém com essa capacidade, trocando passes laterais, virando o jogo, sofrendo com a marcação do Leão. Walter caindo pelo lado bem que tentou, não é sua função. No segundo tempo, com a entrada dos castelhanos, o Sport enfiou-se na defesa, acabou a possibilidade.

Segundo ponto, as más partidas de Hernani e Walter. Hernani é ainda muito irregular, quando não entra no jogo é menos um, sua permanência em campo durante toda a partida só se justificou pela bola aérea. É muito pouco. Quando seu MM tirou Otávio a torcida fez cinco minutos de silêncio. Walter esteve mal, bem marcado, não conseguiu prender a bola, decidir no ataque. Nem sempre se joga bem. Tirar Walter é complicado, El Gordito pode decidir a qualquer momento, entretanto, sua substituição não pode ser afastada do cardápio.

Terceiro ponto, achei a entrada de Crysan pela direita uma impropriedade. Crysan é atacante de área, para jogar junto com Walter, para fazer a função pelo lado o Atlético tem jogadores mais adequados embora não os veja nem no banco de reservas. Não dá para impor o esquema ao jogador. Por falar nisso, se o Atlético não vai usar Dellatorre deve negociá-lo. Para elogiar no contrapé da crônica, vou ficar com a preparação física atleticana. Fundamentais para o empate foram as atuações dos laterais, 100 minutos de jogo e eles no ataque dando opção, cruzando bolas aos 99.  Pronto, falei. Agora pode discordar à vontade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

DEMOROU, MAS CAIU

Fui ao campo com uma camisa branca, o escudo antigo no peito, o número 49 nas costas, o ano do Furacão, pronto para ver o Furacão vencer. O amigo estava lá e viu, melhor, sentiu os 90 minutos duríssimos por que passamos. Não deu nem para esquentar, aos 15 meu pressentimento ruim disse presente. Lá vai o Diego Souza pelo meio, a defesa se atrapalha, bola para Marlone, gol do Leão.

Eu que esperava ver um Sport organizado, confesso que o time passou muito além das minhas expectativas, jogou futebol que o credencia a ocupar a posição de destaque que assume no Brasileiro. O Sport não é um acaso de bom futebol. Sem dúvida é time bem treinado, a boa disposição em campo faz parecer que a bola procura os pés dos seus jogadores. A tradicional catimba, um dia isso vai acabar no futebol brasileiro, a troca de passes eficiente, com o tempo fizeram minha esperança na vitória ir se desvanecendo.

Não só a seriedade do futebol pernambucano me fez imaginar a derrota. A dificuldade para entrar em jogo de alguns atleticanos foi testando minha fé, mantida em fogo brando por bons momentos normalmente terminados em milagres de Danilo Fernandes, o verdadeiro leão do Leão. Lá pelos finalmente da partida Diego Souza entrou livre na área, olha o meu pressentimento ruim se confirmando, Weverton também faz seus milagres. Um gol ali era fim de pelada.

O juiz marombado anunciou sete minutos. Das minhas conclusões restava uma chance de empate, a bola aérea atleticana funcionar. A bola cruzou toda a área, Walter perdeu livre no segundo pau. Cinquenta e dois minutos, Hernández beija a bola, arruma a danada com carinho na quina do campo, cobra o escanteio, Don Vilches cabeceia, agora sem milagres, gol castelhano do Furacão. Pela dedicação, pelo acreditar sempre o Atlético mereceu o empate. Ufa! O Leão demorou, mas caiu.

domingo, 9 de agosto de 2015

FELIZ DIA DOS PAIS

Começo de tarde e estava eu na bilheteria comprando ingresso para completar minha turma na arquibancada. Um sol de meninas de perna de fora, pelo jeito o inverno só volta ano que vem, e eu torrando naquela canícula. A boa notícia, a fila era até grandinha, sempre chegando gente, creio que vamos bater nosso recorde de público no ano. Seria muito bom.

Com o neto a tiracolo, caminhei pela frente da magnífica, ele me perguntando sobre portões, sócio Furacão, VIP, até chegar ao sócio Fan, ou fã? Disse a ele que a arena é um corpo vivo, tem um coração, pulsa, e o coração da arena é o sócio Fan. Recém-chegado do México, mas já com experiência no campo dos sonhos, perguntou-me se é aquele pessoal da caveira, que fica cantando e dançando o tempo todo?

O piá tem olhos de lince, entre pipocas, ruffles e refris enxerga tudo. Respondi que sim, disse que hoje eles vão puxar o canto e nós vamos atrás, levar o Furacão à vitória. Tenho a felicidade de viver a experiência serena de ser avô, dois piás, duas gurias, de oito anos a dois meses se infiltram em minha casa, comem, choram, riem, dormem, de vez em quando estão empoleirados sobre mim, controle remoto na mão trocando canais em busca do melhor “cartoon”. Perco a mesa-redonda e ganho carinho. Um baita dum lucro.

Do alto do meu posto de observação, com a missão cumprida, pai velho, quero dar meus parabéns a todos os pais neste dia, rubro-negros, coxas, paranistas. A todos saúde, paciência, fartura nos elogios, aqui e ali umas caras feias, uns petelecos para acertar a transição, está difícil distinguir entre o certo e o errado neste mundo novo, mas não custa tentar, é obrigatório tentar, faz parte do vestir a camisa, a camisa de pai, como a do meu Furacão, só se veste por amor.

A todos sucesso no cumprimento de suas missões, que Deus os proteja, feliz dia dos pais. 

sábado, 8 de agosto de 2015

TRÊS PONTOS GARANTIDOS

Enrolado com as emoções de Furacão e Palmeiras esqueci de gravar o primeiro tempo de Sport e Cruzeiro. O amigo vai ter que se contentar com minhas observações sobre os 45 minutos finais do jogo. Pois irmãos, o time atual do Leão faz jus ao nome inglês. Defende com duas linhas de quatro lineares, paralelas homem a homem, quando da substituição não é o treinador que fala com o substituto, é seu auxiliar, o mister fica com aquela cara de Sherlock, a mão segurando o queixo quase caindo de tanta sabedoria.

O time defende com o milagreiro Danilo Fernandes no gol, salvou contra o Grêmio e no último minuto contra a Raposa, uma primeira linha de quatro com Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê, a segunda com Élber, Rithely, Wendel e Marlone, na frente, atrapalhando a saída de bola, Diego Souza e André.

Para atacar solta os laterais, avança os volantes, abre uma linha com Élber pela direita, Diego Souza pela meio, Marlone pela esquerda, André faz o pivô centralizado. Para nossa sorte é espelho do Palmeiras, pouco mais rígido, tem até o seu Arouca, Rithely, dono da saída de bola, alguém a ser impedido de jogar. Assim, estamos prontos para enfrentar o Leão. Perdendo, o Brocador entra no lugar de Élber, a equipe passa a jogar com dois atacantes.

O time parece ter cansado no final do jogo, o Cruzeiro teve três ótimas chances de marcar a partir dos 85. Achei a defesa fraca na bola aérea, o pouco que vi pode me levar ao engano. O Leão vem a Curitiba para maravilhar-se com a Baixada, com a torcida atleticana, defender e contra-atacar. Aí eu torcedor me arrepio. Tenho cisma com esse Diego Souza, acho que sempre marca contra o Furacão. Sai prá lá pressentimento. O Sport é um Palmeiras em vermelho e preto, ganhamos no Palestra, ganhamos na magnífica. Você ainda não comprou ingresso? Pois pode comprar, com o seu apoio são três pontos garantidos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O ATLÉTICO DOMA ESSA FERA

A manchete anuncia: Jogo para casa cheia. Melhor chamada seria: Jogo para recorde de renda. Gostaria de entrar na Baixada no domingo e encontrá-la com público saindo pelo ladrão. Irmãos... como gostaria. Entretanto, todos sabemos que o sonho no caso é sonho mesmo, então mais justo esperar pelo melhor público do ano. Um bom acréscimo nas associações já seria gol de placa.

O Atlético contratou o lateral-esquerdo Alan Ruschel do Internacional. Mostra ser previdente. O elenco atleticano está carente de laterais, não estou nem falando em qualidade, estou falando de quantidade. Que o gaúcho velho apeie do pingo no Caju, vista os carpim, as bota de agarrador e dê-lhe laçaço no inimigo.

Meses atrás alguém reclamou que o torcedor do Atlético compra no ano menos camisas do clube que o botafoguense em um mês. Pois o presidente do Botafogo reclama da média de público na segundona, não chega a 7,5 mil torcedores no Engenhão, os piores números entre todos os times de maior expressão que passaram pela série B. Quando passamos por essa desgraça, jogando em campinhos classe E, o número de sócios do Furacão sempre se manteve acima dos quinze mil. Reclamar da torcida do Atlético sem ressalvas é um pecado.

Disse o lateral-direito Samuel Xavier do Sport: “O Atlético-PR é uma equipe rápida e jovem. Eles jogam para frente. Vi o jogo contra o Palmeiras e mesmo fora de casa eles vão para cima. É um time leve e temos que ter atenção. A gente está trabalhando a marcação e no ataque precisamos ser eficientes para matar o jogo”. Trabalhando a marcação, eficiência no ataque. A receita que serve para o Leão serve para o Furacão. Com uma pitada de ousadia, um recorde de renda nas arquibancadas, o Atlético doma essa fera.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O JOGO É IMPERDÍVEL

A estatística prova que o Leão é osso duro de roer. Perdeu uma, ganhou sete, empatou oito. Perdeu para o Galo, 2 x 1, em BH. Nas três últimas rodadas ganhou do São Paulo (C), 2 x 0, empatou com o Grêmio (F), 1 x 1, com o Cruzeiro (C), 0 x 0. O jogo de domingo vai ser de tirar as calças pela cabeça, o Atlético vai ter que reforçar a equipe médica para pais com as coronárias em pandarecos, distribuir “de grátis” baldes de suco de maracujá.

Apenas uma derrota mostra que o Sport é time coletivamente forte, bem treinado, os veteranos que o compõe estão dando sangue, desejosos de mostrar serviço, colocar o frevo nas ruas da Veneza brasileira. Com 15 gols sofridos, menos de 1 por partida, mostra a força da defesa, melhor, do esquema defensivo, o amigo sabe que defender começa com o atacante importunando a saída de bola adversária. Com 26 gols marcados, mais de 1,6 por jogo, é o segundo melhor ataque do campeonato. Tem saldo positivo de 11 gols. Defende-se a patadas vigorosas, ataca a dentadas devastadoras.

O Atlético vem de três vitórias, duas fora, Avaí e Palmeiras, Chapecoense na arena magnífica. Oscilou mais no campeonato, perdeu seis, está a um ponto do Leão graças às nove vitórias conseguidas. Disse que o jogo contra o Palmeiras marcou a maturidade do Furacão, a equipe se consolidou, parece ter chegado ao patamar de entrosamento já demonstrado pelo Sport há mais tempo. Bem na hora. A partida será encontro de gente grande, um Leão mais velho, ardiloso, pronto a causar dano, um Furacão mais jovem, ousado, pronto a provar que é o dono do pedaço, ou território. Você tem que ajudar. O jogo é imperdível.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

TODA FORÇA À FRENTE FURACÃO

O Atlético tem dois jogadores de lado de campo de características muito diferentes. Pela direita Marcos Guilherme, jogador de toque, pouca velocidade, alheio ao confronto físico, eficiente dentro da área, uma promessa a marcar, sua presença contra o Palmeiras obrigou Egídio a guardar posição os 90 minutos.

Pela esquerda Nikão, forte, o tranco do lateral bem suportado, o gosto pelo confronto, pelo drible de arranque, difícil tomar-lhe a bola, com pouco espaço chega à linha de fundo, cruza ou maltrata o goleiro. Outro a exigir marcação firme, negar ao lateral a possibilidade do ataque. Taticamente são muito úteis.

Resta saber se a aplicação de Guilherme pelo lado, sem maior liberdade para se movimentar pelo ataque lhe dá condições de exercer o melhor do seu futebol. Contra o Avaí, entrando pelo meio marcou dois gols, ganhou a partida. Contra o Palmeiras, após a entrada de Walter, alternando posições com o Gordito voltou a produzir ofensivamente, deixou de ser apenas obstáculo à progressão de Egídio. Problema para seu MM.

Quem tem problema importante pela frente é o pessoal da preparação física do Furacão. Com Sul-Americana e segundo turno do Brasileiro correndo paralelos, um troféu internacional e uma vaga para a Libertadores bastante possíveis, jogos quarta e domingo, quarta e domingo, o elenco mais do que enxuto, gente saindo toda hora, o pessoal do pique no lugar vai ter que gastar o miolo para garantir o máximo rendimento dos atletas, evitar contusões, manter a intensidade meses a fio. Problemas bons, reconhecidos com antecedência, na boa fase, tempo suficiente para ajustar. Melhor assim. Toda força à frente Furacão.

O WALTER LOTA A ARQUIBANCADA

O amigo dedicado de corpo e alma ao Furacão me pergunta sobre o jogo de domingo. Respondo que a torcida tem que dizer presente, a hora é de mobilização rubro-negra, o tempo do chororô já passou, eu sei que a crise tá braba, bate na porta de todo mundo, eu mesmo já vivo de genérico há muito tempo, o formosa já substituiu o papaia, mas quem tem um troco sobrando tem que correr para o espaço sócio Furacão e se associar.

Para quem vai a todos os jogos a associação é o melhor caminho, fica até barato. Para quem não vai, tem lá seus plantões, seus compromissos impeditivos, associa-se se puder, ai vai da carteira de cada um. Certo é que o ingresso é caro, se o amigo paga meia fica mais em conta, a inteira é pedra no caminho. A política do clube parece levar para a manutenção do preço alto como forma de obrigar a associação, o preço do ingresso não vai baixar.

O Atlético tem chance de manter a linha dura, abrir uma fresta nas portas da Arena magnífica. Domingo é dia dos pais, oportunidade de ouro para fazer um agrado ao pai rubro-negro, um meio ingresso àquele que apresentar a certidão de nascimento de um pestinha, levar na canguta diabrete vestido em rubro-negro. Coisas do gênero, gente de marketing é criativa por natureza, não sou eu que vou ensinar o padre a rezar missa.

O rei é malvado, tem lá suas razões, difícil abrir brecha na sua muralha. O jogo é cinco estrelas, para o não sócio que escolhe o que assistir é hora de gastar os 150, mas se vai gastar 150 para ver um jogo se associa logo e passa o mês dentro da arena. A vantagem é óbvia, penso que a situação, infelizmente, virou queda de braço em que todos perdem. A ascensão da equipe pode desequilibrar a balança, vai ver, de uma hora para outra, o Walter lota a arquibancada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A CAMINHO DA LIBERTADORES

E o almoço da grande família verde de Sampa foi mesmo pão com mortadela. Eles gostam. O Furacão foi pressionado no início dos tempos, defendeu, bloqueou o avanço dos laterais, impediu a saída de bola com Arouca, aos poucos passou a jogar no ataque, equilibrou movimentos, venceu com méritos, sem contestações. Seu MM colocou o Gargamel no bolso.

A entrada de Walter aos quatorze do segundo aumentou a possibilidade dos três pontos. A defesa verde se complicou com a alternância de posições Del Gordito com Marcos Guilherme entre a direita e o meio do ataque, quinze minutos depois Nikão cobrou escanteio, Lucas desviou a bola para os pés de Walter, a bola procura o craque, um toque, gol do Furacão, fim de pelada.

Grande partida de Nikão, exigência de marcação dobrada, de Otávio, além da reconhecida boa marcação ótimo passe para a finalização de Crysan, o chute de fora que deu origem ao escanteio e ao gol rubro-negro. Esse só cresce. Pela discrição pode passar despercebida a bela atuação de Vilches. Seguro, preciso, sem exageros, o chileno deu solidez e tranquilidade à defesa, na saída de bola uma primeira marcha sem engasgos. Bom de ver Don Vilches jogar.

O jogo marcou a maturidade atleticana, o reconhecimento da crítica. As contratações vão somar. Batendo falta Hernández colocou a bola no peito do Walter no meio da área. Bom sinal. Estamos em quinto com o Sport um ponto à frente, no dia dos pais vamos entrar no G4. Não é um sonho, é uma possibilidade real, o torcedor tem que acreditar, começar a pensar no passaporte, estamos a caminho da Libertadores.

domingo, 2 de agosto de 2015

LEVANTEI TORCEDOR

Obrigado exames médicos a fazer, passei frente ao estádio em decomposição que parece teremos de fazer uso tendo em vista o megaevento Rod Stewart a se realizar na Arena magnífica em 17 de setembro. Fila imensa de sofredores investia contra os guichês em busca de ingressos, as faces tristes, os corações aos pulos, as bocas tiritando preces, os rosários, as figas de guiné seguros com fé por mãos tremelicantes.

Nem sei contra quem o “glorioso” joga seu destino. Deve ser um daqueles jogos valendo a vida, um fim de guerra em que as crianças entram em campo para defender a bandeira em frangalhos, pronta a cair em mãos inimigas. Nem sei a situação do coirmão alviverde, sei apenas que Neto, o ex-atacante do Corinthians, já decretou que o verdinho segue de mala e cuia rumo à segunda divisão. Se for verdade tudo bem, o Coxa tem experiência no assunto, cai e volta. O torcedor do maior vencedor do mundo não tem com o que se preocupar.

O Furacão enfrenta o Verdão cheio de pose, o torcedor porco está cantando vitória, vai à Allianz Arena pensando em golear. O principal motivo é se achar superior, não por um elenco carregado de estrelas, um time verdadeiramente soberbo, e sim pelo histórico de time de grande centro, algo que deixou de entrar em campo há muito tempo, lenda que só sobrevive na cabeça do torcedor.

Tenho fé no Furacão. Uma vitória hoje nos coloca em excelentes condições em fins de primeiro turno, o empate também não é ruim. Vamos para o jogo cheios de cuidados, carregados de ousadia. Lá pelo final do jogo entra um castelhano e dá passe com açúcar para Nikão. É gol rubro-negro. O torcedor atleticano não se preocupe, o time vai ralar noventa minutos, defender, atacar e vencer. Acho que as filas no Couto Pereira influenciaram meu texto. Hoje levantei torcedor.

sábado, 1 de agosto de 2015

CLARO QUE PODE

Só ontem pude assistir o atropelamento sofrido pelo Vasco em São Januário, 4 a 1 para o Palestra. Seu Eurico afogou-se com o charuto, abandonou o camarote ainda no primeiro tempo. Incrível foi observar o time do seu Roth, um especialista em retranca, tomando gols a torto e a direito ainda no primeiro tempo. Tudo se explica. O Vasco tem culpa, é desorganizado, erra passes, o emocional ruim complica tudo, matar a bola vira dificuldade extrema.

O Palmeiras é time sem estrelas, sofria no Brasileiro até a chegada do treinador campeão Marcelo Oliveira, perdeu para o Grêmio e transformou-se em vencedor cruel. Qual o segredo verde? Simples. O time adotou o treinador, confia nele, marca pressão alto com os atacantes Rafael Marques, Leandro Pereira e Dudu, os armadores Arouca e Robinho e o lateral esquerdo Egídio. Retomada a bola é um pulo para dentro da área, tendo chance é bola na rede.

Perdida a bola encolhe toda atrás da linha do meio de campo, aproxima a marcação, conseguido o desarme, lá vai o contra-ataque em velocidade. Nesse vaivém os onze porquinhos são incansáveis, as manchas de lama marcam os uniformes de todos, parece um desenho da Pepa, os avós sabem do que estou falando. O insuperável incansável é Dudu, o ex-gremista ataca por todos os lados, defende por todos os cantos, vai na vertical, consegue faltas, incomoda.

A aproximação de Arouca e Robinho proporciona passes precisos para jogadores com liberdade, assistências, quase sempre encontra Egídio livre pela esquerda, fonte de cruzamentos daqueles de só empurrar para dentro. Arrasado, o Vasco fez um gol em jogada central. Se o Vasco fez, qualquer um faz. O Atlético não é o Vasco, pode tentar jogar longo, obrigar o Verdão a alongar seu esquema, tem soluções para o problema. Vai ter que sujar o uniforme, acreditar no resultado, quebrar a confiança verde. Pode? Claro que pode.