terça-feira, 18 de agosto de 2015

O AMIGO ENTENDE

Falei que voltaria para falar de esquema e aqui estou. Não para ensinar seu MM que deve saber mais do que eu, afinal, estudou nas Oropa, tem diplomas na parede. Sei menos, muito menos, mas sei que o esquema é dependente das características dos jogadores disponíveis, saiu muito fora desse eixo as abóboras não se acomodam, a carroça anda com dificuldade.  

Falando em jogador, falando em voltar, retorno a Marcos Guilherme. O menino novamente fez uma tabela com Crysan e ficou na cara do gol, a bola tirou tinta da trave, quase nos deu o um a zero de que tantos precisávamos. Marquinhos já fizera o mesmo contra o Avaí, então marcou nosso primeiro gol. A prática mostra que o piá rende muito mais entrando pelo meio, ficando próximo da área para chegar e concluir para as redes. E onde está Marcos Guilherme?

Escorregando pelos lados do campo, tentando entrar na diagonal, sempre em dificuldades. Não tem velocidade de ponta, eu falo da velocidade de Cirino, não tem o chute do Roben para finalizar com sucesso. Alguém lembra um cruzamento do piá que redundou em gol? Alguém me ajude. Não me lembro.

Marcos Guilherme é muito mais efetivo pelo meio, pode até vir buscar a bola pelos lados, mas seu rendimento máximo acontece ali pelo centro da lavoura onde pode entrar na vertical, trocar passes, colocar-se em condições de arremate, receber faltas, produzir. Agora com Hernández, o Atlético pode ter dupla de bons armadores com liberdade para circular pelo ataque, aproximar-se de Walter, a chegada pelos lados fica para os laterais, para quem tiver sabedoria para usar o espaço. E como fica a marcação vai perguntar o amigo? Marcação é recomposição rápida. Recompostas as duas linhas de quatro, clara a missão do piá, ele vai cumprir. Falei no esquema? Acho que sim. Por linhas tortas. O amigo entende.

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