Fui
ao campo com uma camisa branca, o escudo antigo no peito, o número 49 nas
costas, o ano do Furacão, pronto para ver o Furacão vencer. O amigo estava lá e
viu, melhor, sentiu os 90 minutos duríssimos por que passamos. Não deu nem para
esquentar, aos 15 meu pressentimento ruim disse presente. Lá vai o Diego Souza
pelo meio, a defesa se atrapalha, bola para Marlone, gol do Leão.
Eu
que esperava ver um Sport organizado, confesso que o time passou muito além das
minhas expectativas, jogou futebol que o credencia a ocupar a posição de
destaque que assume no Brasileiro. O Sport não é um acaso de bom futebol. Sem
dúvida é time bem treinado, a boa disposição em campo faz parecer que a bola
procura os pés dos seus jogadores. A tradicional catimba, um dia isso vai
acabar no futebol brasileiro, a troca de passes eficiente, com o tempo fizeram minha
esperança na vitória ir se desvanecendo.
Não
só a seriedade do futebol pernambucano me fez imaginar a derrota. A dificuldade
para entrar em jogo de alguns atleticanos foi testando minha fé, mantida em
fogo brando por bons momentos normalmente terminados em milagres de Danilo
Fernandes, o verdadeiro leão do Leão. Lá pelos finalmente da partida Diego Souza
entrou livre na área, olha o meu pressentimento ruim se confirmando, Weverton
também faz seus milagres. Um gol ali era fim de pelada.
O
juiz marombado anunciou sete minutos. Das minhas conclusões restava uma chance
de empate, a bola aérea atleticana funcionar. A bola cruzou toda a área, Walter
perdeu livre no segundo pau. Cinquenta e dois minutos, Hernández beija a bola,
arruma a danada com carinho na quina do campo, cobra o escanteio, Don Vilches
cabeceia, agora sem milagres, gol castelhano do Furacão. Pela dedicação, pelo
acreditar sempre o Atlético mereceu o empate. Ufa! O Leão demorou, mas caiu.
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