Só ontem pude assistir o atropelamento
sofrido pelo Vasco em São Januário, 4 a 1 para o Palestra. Seu Eurico afogou-se
com o charuto, abandonou o camarote ainda no primeiro tempo. Incrível foi
observar o time do seu Roth, um especialista em retranca, tomando gols a torto
e a direito ainda no primeiro tempo. Tudo se explica. O Vasco tem culpa, é
desorganizado, erra passes, o emocional ruim complica tudo, matar a bola vira
dificuldade extrema.
O Palmeiras é time sem estrelas, sofria
no Brasileiro até a chegada do treinador campeão Marcelo Oliveira, perdeu para
o Grêmio e transformou-se em vencedor cruel. Qual o segredo verde? Simples. O
time adotou o treinador, confia nele, marca pressão alto com os atacantes
Rafael Marques, Leandro Pereira e Dudu, os armadores Arouca e Robinho e o
lateral esquerdo Egídio. Retomada a bola é um pulo para dentro da área, tendo
chance é bola na rede.
Perdida a bola encolhe toda atrás da
linha do meio de campo, aproxima a marcação, conseguido o desarme, lá vai o
contra-ataque em velocidade. Nesse vaivém os onze porquinhos são incansáveis,
as manchas de lama marcam os uniformes de todos, parece um desenho da Pepa, os
avós sabem do que estou falando. O insuperável incansável é Dudu, o ex-gremista
ataca por todos os lados, defende por todos os cantos, vai na vertical,
consegue faltas, incomoda.
A aproximação de Arouca e Robinho
proporciona passes precisos para jogadores com liberdade, assistências, quase
sempre encontra Egídio livre pela esquerda, fonte de cruzamentos daqueles de só
empurrar para dentro. Arrasado, o Vasco fez um gol em jogada central. Se o
Vasco fez, qualquer um faz. O Atlético não é o Vasco, pode tentar jogar longo,
obrigar o Verdão a alongar seu esquema, tem soluções para o problema. Vai ter
que sujar o uniforme, acreditar no resultado, quebrar a confiança verde. Pode?
Claro que pode.
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