terça-feira, 30 de junho de 2015

FOGO NELES

Existe na literatura militar a figura do aproveitamento do êxito. A campanha longa, você ganha uma batalha, duas, abre vantagem sobre o inimigo, aproveita o bom momento, reforça seu ataque, procura ganhar ainda mais ímpeto, seguir com esforço vigoroso para a conquista dos seus objetivos. Simples, desequilibrou, atropela.

Com a surpresa como companheira, o Atlético rompeu o ataque e foi derrubando tudo pela frente. Upalalá! Fogo neles. Hora de contratar as faltas evidentes, reforçar o time, aproveitar a chance, seguir em frente conquistando pontos, sócios, o céu é o limite.

Infelizmente o sucesso inicial parece ter reforçado a ideia dos dirigentes de que o elenco é suficiente, o treinador é um sábio despencado no Caju. O baiano esperto contratou um zagueiro com problemas clínicos – o que é isso? –, acolheu refugos paulistanos, o time esbarrou na primeira macaca que encontrou pela frente. O treinador manietado a um certo esquema institucional, amarrado a um tal modelo, a escalações obrigatórias, perdeu o sorriso. Esse vai ser difícil culpar.

Amigos... vai sobrar para nós novamente. Prepare-se, eu sei que é cansativo, mas a luta continua, precisamos empurrar o time para que o êxito inicial não vire pesadelo. Nesta hora o único reforço em que acredito é você. Hoje, nesta manhã friorenta estou contratando você, entregando a você a camisa dez sem dono no Furacão. Vamos lá guerreiro velho, tome um bom quentão com gemada e fogo neles. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

A CAMINHO DO MANICÔMIO

Um bom primeiro tempo, umas boas cinco chances de gol contra outras três da Ponte, um belo gol de Nikão seguido do empate da Macaca, replay do segundo gol Coxa, alguém entrando livre pelo lado de Gustavo, cinco minutos finais morando no ataque deram esperanças ao rubro-negro.

A Macaca bipolar matou suas esperanças. Veio para a fase final para ganhar o jogo e venceu. Biro Biro resolveu jogar, foi minando a defesa rubro-negra pelos lados do campo, deu um baile em Eduardo, enfiou uma bola central e Felipe Azevedo definiu o placar.

O Atlético cometeu os erros de sempre. Walter muito isolado, só chuta a gol quando sai para buscar jogo, Ytalo sumido, os volantes tentando o chute de fora sem qualquer eficiência, Eduardo tomando dribles e bolas nas costas, a dupla de zaga mais aberta que cofre da Petrobrás, Natanael cruzando para o outro lado do campo, Marcos Guilherme voltando com seu potencial que não consegue gerar passes para frente.

Para fechar, quando o Atlético precisava de força no ataque, o nosso idolatrado MM entrou com Felipe, deixou no banco Dellatorre e Douglas Coutinho. Folheio a revista que trás em detalhes a roubalheira promovida pelo PT e leio que um dos sinais da loucura é continuar fazendo a mesma coisa e esperar que o resultado seja diferente. Se isso for verdade, o Furacão está a caminho do manicômio.

domingo, 28 de junho de 2015

A PÁTRIA DO FUTEBOL MORREU

O zagueiro Vilches não foi relacionado para o jogo. Dizem não estar 100% fisicamente. Wellington emprestado pelo Palmeiras sim. Quem é esse Wellington? Por que não era titular no time ruim do Palestra? Por que refugos chegam no Caju e viram titulares? Começo a temer pelo resultado do jogo. Toda essa ciência do Atlético me aterroriza. Ricardo Silva me faz acender velas e velas de sete dias. Que os santos nos protejam.

Assisti no Maraca a Brasil e Paraguai, jogo final das eliminatórias para a Copa do Mundo de 70, um a zero canarinho, jogo duríssimo. O Brasil tinha um timaço, Pelé derrotou os castelhanos. Jogos são imprevisíveis, resultados idem, times aguerridos podem se transformar em obstáculos intransponíveis. Por isso, o empate no jogo de ontem não me mortifica.

O que me maltrata é a baixa qualidade dos milionários jogadores brasileiros chamados para servir a seleção. Perdeu-se a noção, alguém me mostre algo de brasilidade no futebol do time do Dunga, um fora de série, um drible que clarifique jogada, um lance de criatividade, algo que não seja um correr sem fim terminado em desarme adversário.

O futebol brasileiro transformou-se em negócio horroroso empenhado em formar vacas brabas para o celeiro europeu, para onde outro dia o Atlético vendeu o terrível Fernandão por milhões de euros. Os empresários dominam os clubes, escalam equipes apoiados pela ciência da bola, não acertou aqui, acerta ali, enfiam perebas nas nossas seleções de base, fartam-se de ganhar dinheiro, o futebol brasileiro que leve a breca. Amigos, se juntarmos Oscar, William e Coutinho não dá um Gerson, um Rivelino, um Tostão. A pátria do futebol morreu.

sábado, 27 de junho de 2015

É REPETIR A DOSE

Aos quinze minutos de jogo, em pleno Maraca, o técnico Guto Ferreira pede aos jogadores pontepretanos que pressionem no campo ofensivo. A Ponte fez um primeiro tempo superior ao Flu, a torcida tricolor vaiou seus jogadores. A volta do vestiário trouxe um Fluminense superior, a vitória veio suada, o segundo gol nos acréscimos.

A Ponte bipolar é time compacto, ataca e recompõe defensivamente com rapidez. Mantém o volante Fernando Bob sempre protegendo a defesa, é o dono da saída de bola, solta os laterais, Gilson pela esquerda avança longo, chega à linha de fundo, Rodinei vai menos, é de fazer cruzamentos já da intermediária ofensiva. O time não dá chutão, rouba bolas, usa a bola aérea com frequência. Seu Guto reclama da queda da eficiência ofensiva. Biro Biro no lugar de Borges pode resolver o problema.

Renato Cajá é o dez padrão, bate faltas e escanteios, sabe enfiar bolas nas proximidades da área, fazer lançamentos longos a partir da defesa. É bom marcar. Diego Oliveira e Borges formam a dupla de ataque. Felipe Azevedo é uma máquina, joga pelos lados do campo, pelo meio, exerce atividade constante, outro a merecer marcação efetiva. A articulação com Cajá e Azevedo e a subida dos laterais alimentam o ataque.

Como o Flu fez os seus dois gols? Jogadas centrais, Fred dando o passe para o arremate final. No primeiro o goleiro bateu roupa, Wellington Silva encostou para a rede. No segundo Vinícius chutou de fora e marcou. O Atlético vai enfrentar uma Macaca entrosada, na sua bananeira, vai ter que suar sangue para derrubá-la do galho. É jogo para intensos noventa minutos. Contra o Coxa o Furacão provou que pode. É repetir a dose.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

DO TAMANHO DO NOSSO CORAÇÃO

Com bom atraso vou fazer meu elogio à turma do painel. Vejo-os na fotos, não os conheço, impossível não lhes render homenagem pela bela composição pretendente a jogar o Furacão para cima do coxa rumo a Arapiraca e congêneres.

Todos sabemos o tempo que essas atividades tomam da vida de cada um, normalmente assoberbadas com seus interesses pessoais, trabalhos, estudos, famílias, os grandes e pequenos problemas que esta gente que elegemos se esmera em nos proporcionar. Reservar parte desta vida tumultuosa para engrandecer o clube do seu coração, algo sem pagas, nem confetes, revela carinho, desprendimento além das exigências normais atribuídas ao torcedor comum.

O futebol reúne na entidade clube sua diretoria, seus profissionais de campo, sua torcida ardorosa. A diretoria constrói, a equipe executa, a torcida estimula, as duas primeiras racionais, a terceira emoção no seu maior grau. Quando consegue passar essa emoção para dentro do campo toda a engrenagem se mobiliza para o melhor.

Assim gasto minhas linhas hoje para homenagear a turma do painel, aqueles que se reúnem em suas casas, restaurantes, todos os lugares para comemorar a existência rubro-negra, usam suas inteligências e esforços para celebrar o Atlético, ganhar um torcedor, criar um mínimo laço de afeição do indiferente com a camisa que só se veste por amor. Parabéns a todos. Assim vai se construindo o Furacão, grande, emocionante, talvez um dia gigante, do tamanho do nosso coração.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

EU QUERO SETE PONTOS

A Ponte Preta perde para o Fluminense e a entrevista do jogador ressalta dado importante, o time jogou cinco fora e só perdeu para o tricolor. O nosso adversário de domingo é exemplo ser seguido pelo Furacão que enfrenta três jogos fora nos próximos quatro a jogar. A saber a Macaca no domingo, depois o São Paulo na Arena, na sequência Cruzeiro e Corinthians longe da torcida. É pedra sobre pedra.

O tempo de pinhão, pipoca, um quentãozinho esperto acabou, agora é pular fogueira atrás de fogueira, uma mais alta do que a outra. Vamos conhecer a rotação do Furacão fora de casa. Na frente da tabela, o Atlético é o adversário a ser batido, a ser ultrapassado, o objetivo claro, a oportunidade de jogar em casa estimula os proprietários.

As primeiras oito rodadas para lá de amigas deram tempo para o Furacão deixar para trás as sequelas do péssimo Paranaense, arrumar o time, entrosar peças, conhecer jogadores, ter uma forma de jogar defensivamente que vai ajudar nas partidas longe da Buenos Aires. O clássico obrigou ao ataque, ensinou a marcar alto, precisávamos ter essa experiência, estávamos bitolados demais ao tal modelo.

A chegada de Vilches vai ajudar, o aproveitamento correto de Marcos Guilherme pode favorecer a transição rubro-negra, o Atlético ganhou peso na competição, a existência de atacantes de qualidade no banco de reservas pode resolver problemas, como resolveu no Atletiba. Não dá para fugir, tem que jogar, então que seja com consciência, privilegiando o coletivo, a luta defensiva, a precisão ofensiva. Roendo as unhas como sempre, eu quero sete pontos. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

PERGUNTA DA SEMANA

O São Paulo sofria contra a Chapecoense, fez um gol lá pelo meio do segundo tempo, o baladíssimo treinador colombiano das canetinhas trocou o atacante Thiago Mendes por zagueiro, o velho Kleina foi colocando atacantes, deu um calor no santo, empatou no último minuto. Seu Osório agachou do lado do campo, pegou a caneta vermelha e escreveu na caderneta: Nunca mais faça isso.

Como diria a sabedoria do velho cabo Carlos, lateral de primeira, técnico é tudo a mesma lesma lerda.

Volta ao Furacão Marquinhos Guilherme da seleção sub-20, ele e sua medalha de prata. O passeio de Marquinhos permitiu o nascimento de Nikão. E agora? Que fazer? Nikão continua ocupando seu lugar pela esquerda no esquema institucional? Vai para o meio, Marquinhos assume o lado? Ou Nikão volta para o banco?

O amigo pegue suas canetinhas e me responda. Esta é a pergunta da semana.

terça-feira, 23 de junho de 2015

TEM QUE CONTRATAR

Creio que análise de um jogo deve ser amadurecida, pensada, ainda mais de um Atletiba, onde o torcedor pretere tudo, o julgamento se tolda e os erros podem se cometer à larga, detonados pelo coração em pedaços. O clássico de domingo foi de lascar corações, pleno de emoções até os últimos minutos. O encaminhar para o empate arrefeceu os ânimos, aquietou sístoles de diástoles. Ficou para a história.

Hoje é dia de dar pitacos. Primeiro reforçar meu pensamento de que o Atlético errou no planejamento tático inicial, defendeu e pagou caro pelo equívoco. De nada adianta a estrutura existente, DIF e companhia se o tropeço acontece no elementar. Defender em casa só contra o Barcelona.

Já que estamos falando em negativos, vamos aos miúdos. Temos que encontrar um batedor de faltas que coloque a bola na cabeça dos atacantes. Temos que aproximar alguém de Walter, nem aquela baita andorinha sozinha faz verão. Temos que nos antecipar aos zagueiros nos cruzamentos, chegar mais gente dentro da área para finalizar. Temos que fazer o último passe no momento certo, perdemos ótimas chances por não dar ligeira continuidade aos contragolpes. Nossos volantes têm que aprender a enfiar bolas, estão muito dedicados ao chute a gol quando se aproximam da área.

Para não falar só de negativos, vou elogiar o segundo tempo no campo do adversário, a entrada decisiva de Edigar Junio, a clareza do futebol de Otávio. A dezena de atacantes relacionados para o jogo foi útil, funcionou. É assim, lapidando, burilando e lembrando, tem que contratar.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

PRA CIMA FURACÃO

O time entrou em campo e o belo painel dava a ordem clara: PRA CIMA. Infelizmente a ordem do vestiário era contrária à vontade do torcedor, o Atlético se encolheu conforme o modelo e esperou pelo erro Coxa. Quando o engano vem do comando, a mudança só ocorre com a desgraça. Ela avisou, Weverton defendeu cabeçada do interior da pequena área, no chute equivocado de Marcos Aurélio a bola sobrou para Wellington Paulista, gol verde, desgraça feita.

Derrubado o modelo, obrigado ao ataque, o Furacão foi à frente e repetindo a sorte alviverde empatou. O cruzamento da direita, Ytalo erra o chute, a bola cai no pé de Walter, o tiro forte, no canto, empata a partida. O gol ainda no primeiro tempo deu chance para que seu MM revisse seus conceitos, mudasse para melhor.

O Atlético da segunda etapa atendeu ao mosaico, jogou no ataque, dominou amplamente a partida, sofreu o gol no erro defensivo de Gustavo, um cabeceio equivocado no meio de campo, empatou com o gol de Edigar Junio, uma das boas e oportunas substituições feitas pelo MM.

Clássico de muitos gols, máximo aproveitamento de poucas chances claras, muito esforço, muita luta, as torcidas deram show, entra com sobras para a galeria dos grandes Atletibas. O Atlético perdeu menos, ficou atrás no placar duas vezes, conseguiu o empate, continua na frente, o Coxa permanece na zona, perdeu jogadores lesionados, expulsos, tem a vida complicada, perdeu mais. Melhor de tudo, o MM aprendeu que na Arena o modelo é único, atacar e lutar. Pra cima Furacão.

domingo, 21 de junho de 2015

SOLTE A VOZ PRESIDENTE


Petraglia quer 40 mil torcedores na arena. O começo do Brasileiro mostrou o caminho. Após a debandada do torneio da morte, bastou uma contratação e sequência de vitórias para que o atleticano voltasse ao espaço sócio Furacão. Contratações, time vencedor e o povo retorna.

E olhe que as contratações foram mínimas. Se o amigo buscar os vinte e um relacionados para o Atletiba verá ainda alguns série B se preparando para pegar o ônibus. O Atlético rescindiu com Olaza, o Corinthians chamou Arana, só temos Nat Varada para a posição. A zaga pede orações de beneditino para que nada aconteça com a dupla titular. Alguém poderia dizer que a experiência positiva mostrou o caminho a Petraglia.

Nada disso. Petraglia sabe o caminho, mas tem um gosto especial pela aposta. Na entrevista na Fox, torcedor pediu pela contratação de um dez e o Mario Sergio, uma escada para o presidente, disse que o Atlético sempre optou pela transição rápida, o dez era desnecessário. Bobagem sem tamanho, o Furacão teve montanhas de bons armadores, só após a aposentadoria de Baier deixamos de tê-los.

Petraglia sabe disso, sabe que o ótimo jogador Mario Sergio estava lhe fazendo um afago, sabe que o Atlético precisa de um dez. Sabe também que precisamos ganhar hoje, vai para a Arena gritar campeão. É a hora em que vira torcedor, sabe da importância do grito, do valor do exemplo. Assim, com dez ou sem dez, faça a sua parte, solte a voz presidente. 

sábado, 20 de junho de 2015

EL GORDITO GOLEADOR

Como sempre faço, dei uma espiada no adversário às vésperas do jogo, assisti a Coritiba e Flamengo para conhecer o glorioso, entender o seu esquema de jogo com Ney Franco no comando. Amigos, duro de assistir, difícil de entender, nada a enaltecer.

O Coritiba perdeu demonstrando um futebol fraco individual e coletivamente, contra um Flamengo sem brilho, placar construído com gol em que a defesa alviverde incorreu em falha indesculpável, repetida pela defesa da ave agourenta sem o mesmo aproveitamento do atacante coxa. Jogo ruim, baseado nele o Atlético poderia ser considerado favorito.

Penso que o Atlético é favorito, joga em casa, a torcida vai apoiar, está repetindo escalações há mais tempo, a perda de Nikão pode ser minimizada com correta substituição, o treinador teve toda a semana para ajustar a equipe. Pode ser surpreendido? Claro que pode, uma bobeada na defesa, um gol coxa e o jogo se transforma, tudo pode acontecer.

Minha expectativa fica pela atuação de Walter. Maltratado pelo esquema defensivo, desaparecido contra o Grêmio, tem domingo a chance de fazer a grande partida por ele anunciada. Clássico é jogo truncado, por vezes decidido na individualidade. Que o decisivo não seja uma dessas aquisições coxas de ultima hora, seja Walter, El gordito goleador.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ANOTHER BRICK IN THE WALL

O Atletiba já aponta no horizonte e a expectativa dos atleticanos é das melhores. Tenho passado diariamente à frente do espaço sócio Furacão e a movimentação é intensa, a cada minuto a arena magnífica enche um pouco mais, no domingo vai extravasar rubro-negros. Há muito tempo não vejo um clima de Atletiba tão positivo.

O Furacão de início de Brasileiro mobilizou a tropa, sem perguntar causas, conhecer motivos, a torcida embarcou na onda, a difícil situação coxa venta a favor, a tempestade rubro-negra promete surfar no campo seco a teto-retrátil, fazer exibição digna de brasileiros na Golden Coast australiana. A vizinha coxa lamenta, diz que o alviverde vai levar uma lavada. Jogo fácil?

Para os novatos em Atletiba é bom avisar, no derby curitibano não tem jogo fácil, não tem favorito, o jogo se decide no campo. A mobilização atleticana é formidável, nota dez, certeza de milhares de vozes cantando a poética versão de Another Brick in the Wall. Daí à vitória é um pulo vai dizer o amigo. O amigo sabe que eu sempre tenho um mas.

O mas termina se o amigo souber me responder se o que o move a torcida é o seu comprometimento com a missão, torcer em quaisquer situações, ou o bom caminhar da equipe em campo? O amigo que vai à arena no domingo tem que estar comprometido com a missão, torcer noventa minutos, empurrar o time, forçar a vitória. Se assim não for, se o amigo for lá só para ver o espetáculo, perdoe-me, você não ajuda em nada, é só another brick in the wall.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

NÃO GANHA NADA

Rodando canais assisti a documentário sobre divisões de base, mas precisamente trabalhos realizados na categoria juvenil do Botafogo para jogo contra a Ponte Preta em Campinas. Presentes todas as emoções, da esperança no sucesso, ao drama da derrota.

A comissão técnica ressaltava o valor da experiência, a viagem, a hospedagem, o jogo valendo, tudo a vivenciar era espelho da vida dos profissionais do clube. Fui sendo levado pelo mundo de esperanças criadas, as expectativas dos meninos, todos com seus fones de ouvido, cópias prematuras dos nossos jogadores série A.
O que me surpreendeu foi a terminologia utilizada pelo treinador. È certo que cada profissão tem sua linguagem e eu pensei conhecer bem o futebolês nacional. 

Completo engano, nos poucos minutos de vestiário ouvi o Prof. discursar usando termos adequados para pós-graduação em filosofia da bola, nunca para meninos engatinhando no esporte. Teoria pura. Resultado, cinco a zero Ponte Preta, uma decepção tremenda.

Tomada por paixão pelo MM a imprensa nativa publica tudo a seu respeito. Foram buscar citação sua em entrevista à Universidade do Futebol. Transcrevo: “Essa relação entre o custo dos jogadores e os resultados não é linear precisamente pelo fator tático, no qual entra o treinador de uma forma decisiva”. Fiquei preocupado. Esta não é uma verdade absoluta, bons jogadores são fundamentais, a prática comprova a cada pelada. O bom, bonito e barato bem treinado não cai, o fator tático ajuda, mas também não ganha nada.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

GRAVADA COMO TATUAGEM

Lucas Olaza teve o seu contrato rescindido com o Atlético. Vindo do futebol uruguaio, o lateral-esquerdo chegou em Curitiba recomendado, lateral artilheiro, tinha tudo para dar certo no Furacão. Olaza esqueceu a bola em Montevidéu. Ficou na sombra de Nat Varada, nunca teve chance, com a chegada de Guilherme Arana seguiu destino.

Para quem observa futebol algumas coisas parecem funcionar fora da normalidade. Há duas semanas chegaram ao Caju Giovanni e Guilherme Arana do Corinthians. O amigo sabe, se fossem craques o Timão não liberaria. Estavam lá na sombra, parados, chegaram ao Atlético e são quase titulares. Gosto de futebol, assisto futebol, mas não perco mais saúde com o esporte, aconselho o amigo a não perder também.

Ver o futebol de sangue doce, preservando as coronárias não significa se afastar do estádio, deixar de ajudar o que faz parte da minha existência desde a molequice, deu-me alegrias imensas, está agarrado à minha pele como farda que se veste pela vida toda e mesmo forçado a desvesti-la sente-se o peso, a força, a glória imortal do seu passado, impossível ouvir o tambor e não acertar o passo.

É por isso que te convoco a viver o Furacão, vestir a camisa com amor, ela só se veste por amor, lotar as arquibancadas com sua emoção, o seu ardor de soldado novo. Domingo tem Atletiba, vamos lá empurrar camisas. De todos que as vestem alguns merecerão tua memória. A camisa companheira estará sempre com você, gravada como tatuagem.

terça-feira, 16 de junho de 2015

NÃO ME DESAPONTE

Gelei quando vi aquele cartão amarelo para Nikão, sabia que ele estaria fora do clássico. Nikão tem sido fundamental para o Atlético, vai fazer falta. Qual o jeito para arrumar esse time sem a grata surpresa? Fosse eu o seu MM começava a treinar amanhã com o Felipe fazendo a função de Nikão e Dellatorre como dupla de Walter.

Com Dellatorre em campo o jogo ganha velocidade, ele pode alternar a marcação pela direita com Coutinho, a alternância dificulta a marcação, facilita o jogo ofensivo. Contra o Coxa o Furacão vai ter que jogar no ataque, pressionar, atender ao apelo do torcedor.

Fala-se em 30 mil fanáticos ocupando a arena no domingo. Semana passada fui ao espaço sócio Furacão, fiz minha pesquisa e soube que a associação aumentou, o torcedor voltou a colocar nome na cadeira. Descobri também que alguns setores já estão fechados, claro que os de menor custo. Se o amigo está querendo economizar, é pão duro como eu, é bom correr logo até a Petit.

Com a torcida em festa, é bom alguém avisar seu MM que jogar atrás só será admissível com a vitória na mão, fazendo o tempo passar. Eu sei que jogar no ataque é um risco, sei também que a torcida tem pouca paciência. MM tem a semana para achar o equilíbrio entre defesa e ataque, privilegiar o ataque. O clássico sem Nikão é ótima oportunidade para o MM mostrar a que veio. Já estou comprando bexigas, não me desaponte.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

ESTOU PEDINDO DE JOELHOS

Mais uma vez não passamos do pãozinho com alho. Bons vinte primeiros minutos, jogo igual, então o Grêmio avançou, pressionou pela direita, se houve alguma ação para diminuir o buraco no lado eu não vi, Douglas aproveitou a brecha, passou a Giuliano, gol tricolor. Weverton já tinha feito uns dois milagres, o gol merecido chegou tarde.

Vem o segundo tempo, Hernani empata na falta sobre Nikão, o Grêmio volta a estar na frente no cabeceio de Rhodolfo, logo ele, a bola com 99% de chances de acontecer. Daí esperneia prá lá, prá cá, seu MM faz alterações distantes do meu gosto, perdemos outra vez.

Por que não gostei das alterações? Primeiro porque não vi Ytalo em campo, segundo porque Coutinho e Nikão eram minhas esperanças de gol. Infelizmente está escrito com caneta vermelha na agenda do MM: “no segundo tempo tirar Coutinho e Nikão”. É o futebol. Tivesse Felipe feito o gol logo na sua entrada, eu poderia ter gostado de tudo. Não fez.

O primeiro gol do Grêmio mostra bem a importância do 10 pensador. As vacas brabas correndo o campo todo, o placar fechado, ele foi lá pelo canto e colocou a bola no pé do atacante. O Atlético precisa de um 10 pensador. Petraglia, estou pedindo de joelhos.

O jogo do Brasil acabou e o time todo correu para o Neymar perguntando se ele tinha tomado a vacina da gripe. Do jeito que a canarinho está, sofrível, Neymar não pode nem pensar em resfriado, faltar ao expediente. Ruim que dói, o time do Dunga pelo menos tem um dez.

domingo, 14 de junho de 2015

EMPANTURREM-SE MENINOS

Assisto a entrevista de Coutinho e me animo com sua vontade de permanecer no Atlético, fazer história no clube, ser campeão com o Furacão. Coutinho é uma raridade, um anti-Nathan, merece tudo de bom. Falando sobre o atacante, seu MM diz que encontrou o jogador com muitos problemas, problemas lançados para o escanteio, com a cabeça boa o artilheiro voltou a marcar gols e laterais adversários.

Coutinho cumpre no Furacão missão das mais difíceis. Bloqueia a subida do lateral pela direita, com a retomada da bola vira ponta para assistir companheiros, ou dispara para o interior da área para receber assistências e finalizar. Vida dura. Para complicar, nos escanteios contrários está dentro da área fazendo valer sua altura, tirando o perigo aéreo que tanto nos incomoda.

É do esforço de jogadores como Coutinho, empenhados no ataque e na defesa, que reside a força do Furacão líder. O mesmo acontece com Nikão, seu correspondente na esquerda. Qual a qualidade desses jogadores que os faz tão úteis? Simples, jogam para frente, são verticais, tentam a ultrapassagem, não se limitam a encarar o marcador e retornar a bola para alguém cinco metros atrás.

Mais simples ainda, são bons finalizadores, com eles uma bola é uma bola, passou na frente vai para a rede. Melhor ainda, sabem assistir os companheiros, tem fome de mostrar serviço, dar o passo definitivo em suas carreiras. Este é o Atlético que deu certo, um restaurante para quem tem fome de vencer, cheio de gente com fome de vencer. Por falar em fome, hoje é domingo, dia de churrasco. Empanturrem-se meninos.

sábado, 13 de junho de 2015

TEMOS CHANCE

A escalação do Grêmio que me anima a contar a vitória rubro-negra no final de domingo alinha os seguintes mosqueteiros: Tiago; Galhardo, Geromel, Rhodolfo e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Giuliano e Luan; Pedro Rocha e Yuri Mamute. O amigo enxergou algum fora de série em meio ao onze tricolor? Nem eu.

Assisti a São Paulo e Grêmio, dois a zero justo para o time do santo. Após bom empate contra Goiás fora e vitória frente ao Corinthians na arena azul, a turma do novo Prof. Roger não andou em campo, defendeu com duas tradicionais linhas de quatro, foi impedido de atacar pela marcação efetiva de Luan, Maicon e Giuliano, perdeu. O time parou em campo, uma ou duas boas estocadas de Pedro Rocha incomodaram Rogério Ceni.

Contra o Timão matou o jogo em cinco minutos, fez dois a zero e segurou o resultado. Final três a um. Contra o Goiás fez um a zero, controlou a partida e cedeu o empate. Fez oito gols e levou nove. Não é bicho papão, mas sai para matar de madrugada, conseguindo os gols precoces, ajudado pela torcida, tem tudo para somar três pontos.

O Grêmio é equipe em evolução, com muitos jogadores jovens, seguro o 0 a 0 as oportunidades irão aparecer no ataque, é marcar e deixar a gauchada dançar a chula, correr como petiço novo atrás do empate, em contragolpe fechar a conta no bolicho OAS. Estou contaminado pela liderança, acreditando em Furacão que não existe, menosprezando o tricolor? Pode ser. Mas... mas... sem dúvida... temos chance.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

LOUCO PARA CONTAR

Lá pelas folhas doze da minha vida, cuspindo caroços de ameixa amarela, hoje conhecida como nêspera, ouvi junto com amigos de todas as camisas transmissão de jogo entre Coritiba e Grêmio em Porto Alegre. Nem sei mais qual a competição, nem a que a vitória habilitava, sei que a decisão foi para o cara ou coroa e fiquei cruzando os dedos, o ouvido colado no meu rádio de pilha Teleunião, quase um tijolo, esperando o resultado. De repente, o clamor da torcida anunciou a vitória tricolor.

Penso que a praga dos amigos coxas lançada contra o meu retumbante sorriso rubro-negro pegou forte, não me lembro de vitória do Atlético em Porto Alegre, os amigos me desculpem, vai ver sou culpado pelo infortúnio permanente. Vou à pesquisa e descubro que o Atlético ganhou em POA em 1983, para mim o melhor Atlético de todos os tempos, e 2002, na Copa Sul-Minas, o mais campeão Atlético de todos os tempos.

A história mostra a dificuldade de ganhar dos gaúchos no Olímpico. Lá já vi o Atlético perder até de 3 a 0, todos os gols de pênalti. Inacreditável. Cabe lembrar que o Olímpico de tantas lendas está em ruínas, a arena OAS é livro em branco para que novas histórias sejam escritas e contadas. Por isso vamos para o sul com ganas de vitória, sem temores, prontos a escrever capítulo glorioso na linda casa azul no fim do porto alegre dos casais.  Esta história nova, eu estou louco para contar.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

SALVE SURPRESA

É óbvio que a estrela desse Furacão líder é o recém-chegado Walter, o fora do peso fora de série. Implorado pelo seu Enderson, hoje no Fluminense, certamente lamentando seu esforço para trazê-lo para o rubro-negro, Walter tomou conta da posição, faz gol, assiste, segura a bola no ataque, só é desarmado a trambolhão e botinada.

Outras estrelas brilham de igual forma. Weverton salvador é uma delas. A casa já andou para cair, a invencibilidade defensiva comprometida e lá estava ele impedindo o gol adversário, milagreiro, a última barreira transformada em obstáculo intransponível. Salve Weverton.

Gustavo é outro que cresceu na competição. Comandante da defesa, experiente, ganhou um parceiro de bom nível técnico, deixou de carregar pianos pesadíssimos e seu rendimento foi ladeira acima, ainda falta o gol de cabeça como prêmio, vai acontecer, contra o Vasco a bola já lambeu as traves, vai entrar. Salve Gustavo.

A belísssima surpresa é Otávio. O volante parece ter entendido o tamanho da chance que o Atlético lhe proporciona e resolveu mostrar serviço, está jogando uma barbaridade, é dono da saída de bola, desarma como poucos, ultrapassado tem ótima recuperação, é promessa tornada realidade. Prossiga na missão Otávio. Parabéns. Salve Otávio.

Weverton, Gustavo, Otávio e Walter compõe a coluna vertebral do Atlético líder. Falta a ligação entre o Otávio e Walter, a V10. Ou alguém do elenco vira Otávio e resolve o problema ou tem que contratar. Que surja do elenco. Salve surpresa.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

É FÁCIL

Nas primeiras seis rodadas o Atlético foi Furacão, venceu cinco, perdeu uma, está na ponta da tabela, para quem estava no torneio da morte do estadual o resultado é surpreendente. Cabe rápida análise.

O Atlético jogou 4 em casa, 2 fora. Enfrentou 3 clubes entre os 10 primeiros, entre eles o Inter desfalcado, 3 na zona do rebaixamento. A conclusão é simples, o Atlético fez o que tinha que fazer. A surpresa real fica pela vitória contra o Galo, um dos candidatos ao título da temporada, completo, os demais eram resultados possíveis.

Nada que desmereça a campanha, a melhor do Furacão na era dos pontos corridos (2003). Em todo esse tempo enfrentamos outras sequências de mesmo nível e nos arrastamos entre derrotas e empates. O esforço defensivo garante a série positiva, é o setor destaque da equipe, o ataque com 9 gols não pode ser desprezado, é o quinto da competição.

A advertência a Walter mantém o gordito em campo e sua efetiva participação nos gols rubro-negros. Falta ainda encontrar seu parceiro ideal. Até onde vai minha lembrança, a velocidade, o jogo central, vertical, a chegada forte na área, a boa finalização eram as características de Ricardo Goulart, o par do gordito no Goiás. O Atlético tem alguém com essas características no elenco, pelo menos com velocidade e que saiba explorar o jogo central? Claro que tem. Quem? Não vou interferir, vou deixar o MM encontrar a joia. O amigo sabe. É fácil.

terça-feira, 9 de junho de 2015

É BOM ORIENTAR A TRIBO

Meu porteiro coxa há muito deixou meu prédio, ficou a boa amizade. Foi trabalhar ali na Iguaçu, quatro quadras do emprego antigo. Ontem, no seu horário de trabalho, fui lá, enfrentei o negrume do vidro à prova de balas, a frieza do interfone, perguntei pelo alviverde e uma voz estranha respondeu falsa: “Em férias, só volta final do mês”. Deixei um abraço para aquela voz eletrônica deprimida, cansada, soando a série B.

O Coxa trocou de técnico, diz o diretor que a pressão foi grande para a queda do xodó do seu Virso. Durou muito, no Brasil perdeu duas seguidas está prestigiado, perdeu três demitido. Lá se vai feliz o viajante, os reais tilintando no bolso, mais uns vinte dias está empregado de novo.

De passagem por Curitiba, sapecado pelo Furacão, seu Doriva botou a boca no trombone. Disse o “nariz” sobre a curta experiência rubro-negra: “É um clube difícil de trabalhar, muita gente dá opiniões, a gente nunca sabe de onde vêm as opiniões, as interferências. Para quem vem de fora, sem respaldo, fica muito difícil trabalhar”.

Para quem viu sua apresentação no Vasco em que o Eurico Miranda o obrigou a atacar, depois o obrigou a ficar, negando proposta do Grêmio, seu Doriva não anda dando sorte na escolha do local de trabalho. Mesmo assim, nos devidos termos o choramingar do vascaíno é sinal de fumaça, alerta, serve para aprimorar a instituição. Aperfeiçoar é trabalho para todo dia. Índio é bicho atrapalhado, bobeou quer saber mais que o cacique, dar ordem sem permissão. É bom orientar a tribo.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

QUE SAUDADES

Recebendo queridos amigos, assisti Brasil e México entre recordações do passado e olhadas rápidas nos gols brasileiros. Só fui prestar atenção mesmo lá pelos quinze do segundo tempo. Amigos imaginem minha surpresa. O Brasil era um Atlético de camisa amarela, jogado atrás da linha do meio de campo, defendendo, jogando por uma bola.

Por sorte revendo os gols encontrei vestígios do verdadeiro futebol brasileiro. No primeiro, Philippe Coutinho dá um “já vai” no marcador, entra pelo lado e marca colocando a bola entre o goleiro e a trave. No segundo, Elias livra-se do zagueiro com uma caneta e assiste Tardelli. O drible disse presente.

Eu sei que a antiga finta está no acostamento. Outro dia Neymar deu uma lambreta num cabeçudo e o time adversário ficou furioso, humilhado pelo drible lindo, um refinamento da técnica individual. É o mesmo que ficar indignado com a Ferrari que passa ao seu lado zunindo o motor.

Sabe-se lá o que se passa na cabeça do Dunga tático – quem sabe? –, mas eu gostaria que o Dunga técnico incentivasse o drible, mesmo que não fosse a dele quando jogador. O drible é a nossa marca registrada, nos deu títulos, transformou o jogo da bola em arte pura. Se quer prender o canário na gaiola defensiva tudo bem, os 7 a 1 quebraram a coluna nacional, pelo menos dê liberdade para driblar, no mínimo, no mínimo, vai me fazer lembrar Dorval, Pelé, Coutinho e Edu. Que saudades.

domingo, 7 de junho de 2015

ETERNA ENQUANTO DURE

A ceia foi uma beleza, o bacalhau harmonizou perfeitamente com o vinho, o resultado foi excelente, deitei e rolei. Seis rodadas, quatro jogos em casa, quinze pontos, a liderança absoluta, o bacalhau foi pouco para comemorar. Na saída do campo o torcedor bem humorado louvava a pré-temporada no torneio da morte. Nestas horas tudo é festa.

Amanheci revendo o jogo, procurando tirar a impressão de que o Atlético fez outra partida fraca, sem inspiração ofensiva, dar ao amigo visão otimista que reforce o apelo numérico à sua presença no espaço Sócio Furacão, à sua imprescindível associação.

Predisposto a elogiar, vou dizer que o Furacão repetiu o esquema três pontos na gaveta, defendeu com duas linhas de quatro, às vezes uma segunda linha de cinco, e deixou as coisas acontecerem no ataque, na expectativa da tal uma bola. Ela quase aconteceu no primeiro tempo no cabeceio de Walter, no chute para fora de Giovanni, veio com a penalidade sobre Gustavo aos 14 do segundo tempo.

A aplicação ao esquema trouxe a vitória, o fraco time do Vasco ajudou. Outra atuação discreta de Giovanni, não consigo ver produção em Hernani, lá pelo final de jogo, na cobrança de lateral, Kadu deixou o atacante do Vasco cabecear, alguém precisa avisar ao Kadu que o esquema implica em erro zero.

É uma forma de jogar, como diz o poeta, que seja eterna enquanto dure.

sábado, 6 de junho de 2015

A CEIA SERÁ UMA BELEZA

Ninguém poderá dizer que não me preparei para o jogo de hoje. Comprei um saboroso vinho chileno, da uva Carménère, o bacalhau será degustado com pompa e circunstância. O time do seu Eurico abandonou a toca em São Januário e vai conhecer a arena magnífica, será a primeira vez a tomar peia sob teto-retrátil. Sempre há uma primeira vez.

Atropelado pela Macaca, no primeiro minuto já estava levando gol e só parou no três a zero, o Vasco consegue estar atrás do Coxa na zona do rebaixamento, vem a Curitiba com seu terceiro goleiro, desfalcado de Guiñazu e Gilberto, o técnico Doriva, com aquele nariz tomara não pegue uma gripe na viagem, procura “reunir forças, recuperar os atletas muito desanimados, prosseguir em busca da reabilitação”.  

O torcedor cruzmaltino implora a Doriva “que jogue na retranca”, outro diz que o Vascão “tem cheiro de série B”. Campeão estadual, o Vasco perdeu força, a criação rateia com nosso conhecido Julio dos Santos, o ataque pipoca com nosso “querido” Dagoberto, o time entrega bolas no meio de campo, há imensa liberdade para jogar frente à sua primeira linha de defesa. Emanuel Biancucchi é a esperança.

O cenário sinaliza para a necessidade do Furacão morar no ataque, marcar alto, avançar a defesa e continuar com bom nível de segurança. Eu bem que falei. Vamos ver se o Furacão fez a lição de casa. Eu fiz a minha. O bacalhau e o vinho já estão comprados. A ceia será uma beleza.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

É UMA NECESSIDADE

A novidade da quarta-feira foi a dupla Walter e Cléo. Por que não funcionou se os dois são bons jogadores, poderiam dar muito trabalho à defesa do Figueira? Vou dar meus pitacos. Primeiro porque o treinamento foi próximo do zero, um papo-treino, um vão lá e matem o leão. Segundo porque são jogadores de mesma característica, matadores, lentos, abelhas rainhas, sem o apoio dos zangões voejando por todos os lados a produção fica limitada.

E onde estão os zangões? O esquema vencedor exige marcação, os zangões jogam no lado do campo, bloqueiam a subida dos laterais, retomada a bola tem que sair em disparada para chegar na área. Possível? Sim e vem dando resultados, Nikão e Coutinho têm feito os gols necessários à liderança.

O problema é o cansaço dos zangões. Como o time marca atrás da linha do meio de campo, inexiste a marcação pressão no ataque, cada avanço significa um tiro de cinquenta metros para ir, um trote da mesma distância para voltar. Daí a obrigatória substituição de Nikão e Coutinho no segundo tempo.

Difícil mudar, passar a marcar no ataque, trocar o certo pelo duvidoso, a defesa zero é o ingrediente básico da liderança rubro-negra. O resultado reforça o procedimento defensivo, é normal zangão ser substituído por volante, ficarmos ainda mais longe do ataque. Precisamos aprender a marcar alto, avançar a defesa e continuar com bom nível de segurança. Só por que sou chato? Em absoluto, simplesmente é uma necessidade.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

EU ESPERAVA MAIS

Se o que vale é o resultado, e eu acredito nisso, valeu. O placar diet, fruto de ótima assistência de Walter e chutaço de Nikão, garantiu a liderança. Não sei quanto ao amigo, não me entusiasmou. O “jogar um pouco mais avançado” do MM foi muito pouco, contra um adversário sem proposta, sem força, dependente demais de Carlos Alberto.

Foi uma partida fraca, um primeiro tempo em que o Atlético teve minutos de furacão, um segundo de desestimulante brisa. O bom jogo contra o Joinville, com importante posse de bola, vertical, inexistiu na Arena. A experiência com Walter e Cléo no ataque não funcionou, a entrada de Giovanni em nada mudou o comportamento da equipe. A partida se arrastou, o atleticano ainda teve que sofrer dois sustos com cabeceio livre e jogada individual de Carlos Alberto dentro da pequena área.

O futebol bailarino de Hernani está ultrapassado, pouco produtivo em todos os sentidos. Ou acorda, ou está fora. O Atlético tem volantes que podem ajudar mais. O esquema mata Coutinho e Nikão fisicamente, marcar na lateral e chegar na área para finalizar o jogo todo é coisa para queniano de São Silvestre. Walter isolado no ataque, sem aproximação de outros jogadores é desperdício de bom futebol.

Eu esperava mais. Um time mais coletivo, muito mais à frente, com mais chegada na área, mais vibrante, com mais cara de Furacão. Se o Atlético não aprender a jogar no ataque, pressionar a saída de bola adversária ficará restrito a esse futebol tímido, virar Figueirense, levar um gol e morrer de tédio. Amigos, contra o Figueirense eu esperava mais.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

FAZER FESTA

Depois de duas partidas sendo atacado, o Atlético enfrenta hoje o Figueirense com responsabilidade de atacar. O MM já declarou: “Vamos assumir as rédeas do jogo... jogar um pouco mais avançados”. O segredo da declaração está no “um pouco mais”, significa que o Furacão vai atacar, sem descuidar da defesa. Ótimo.

O Figueirense é madeira de lei, osso duro de roer. Ano passado segurou o resultado nos iniciais 45, foi vítima de exuberante atuação de Dellatore no segundo tempo. Deve repetir o defender e contra-atacar, acreditar no futebol do polêmico Carlos Alberto, forçar na bola parada.

Vai correr a arena inteira, mesmo sem o incentivo de Argel expulso contra o Cruzeiro, uma dessas novas expulsões tipo boquejou, vermelho levou. Os nomes não assustam. Veja o amigo: Alex; Leandro Silva, Marquinhos, Saimon e Cereceda; Paulo Roberto, Fabinho, Ricardinho e Carlos Alberto; Clayton e Everaldo. Vale o coletivo.

O Furacão deve vencer, não sem o Walter perder uns dois quilos. Vai precisar do apoio da torcida. Para dar alegria ao Holzmann, coloque sua camisa, peça a um sócio Furacão para comprar seu ingresso mais barato, vá ao jogo com a garganta para gritar “Lííííder! Lííííder!”. Se o passinho à frente anunciado pelo MM der certo vale terminar o jogo com o “É... campeão! É... campeão!”. Nunca é cedo demais para fazer festa.

terça-feira, 2 de junho de 2015

MELHOR MOMENTO IMPOSSÍVEL

Como era maluquice prever que o time titular do Atlético, voltando da Europa, fosse fazer água da maneira que fez no Paranaense, da mesma forma é impraticável acreditar que este Furacão que segue líder do Brasileiro seja verdade absoluta, somos desde já candidatos ao título.

É inegável o crescimento técnico e tático da equipe, mesmo possam se fazer observações a respeito da fragilidade dos adversários, diminuir o valor das conquistas rubro-negras. Não vou fazê-las, não vou jogar água na fervura, quero o melhor para o Atlético, o melhor para o Atlético significa ter os pés no chão, a realidade como companheira.

Os nove pontos em quatro rodadas são ganho excepcional, a possibilidade de mais seis nas duas próximas em casa é meta a ser buscada com peões, bispos e cavalos, oportunidade ótima para chamar a torcida, angariar sócios, vender camisas, mexer com o torcedor saindo da UTI, mês atrás rasgando smarts nas arquibancadas.

A diretoria tem que prosseguir na busca de reforços, as necessidades permanecem, peças de qualidade entram em qualquer engrenagem para maximizar rendimentos, dar ao grupo melhor condição para atingir objetivos que de hora para outra mudaram de patamar, mudaram para melhor.

Na atual situação, o Atlético se tornou atrativo, deixou de ser piano a carregar. É aproveitar a chance, ser pontual, preciso, fortalecer o elenco, ajudar o vento a favor. Melhor momento impossível.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

LARA VITÓRIA

Aproveitando o novo patrocínio da 99Táxis, o Furacão fez uma corrida até Joinville, colocou 2 a 0 logo no primeiro tempo, fez os jequeanos espernearem nas arquibancadas, venceu. Se eu achava que o primeiro a marcar tinha grandes chances de vitória, os dois gols garantiram os três pontos.

Obrigado a atacar, o JEC avançou sua primeira linha de defesa e ficou vulnerável. Em duas jogadas pela direita o Atlético marcou com Nikão e Coutinho, dois jogadores de lado de campo chegando na área, completando ações com importantes participações de Cléo.

Quando gastava a bola, envolvia o Joinville, MM trocou meia por volante, convidou o adversário ao ataque e foi punido. Dois minutos depois Rafael Costa marcou de cabeça. O mesmo escanteio que nos matou em Goiás, feriu na Manchester catarinense. Tem que treinar. O jogo mostrou evolução absurda na troca de passes, partida exuberante de Otávio, passou o cadeado na defesa e jogou a chave fora.

Giovanni teve atuação discreta, apenas um belo chute de fora, a estreia e a as imposições do esquema tático dificultaram seu trabalho ofensivo.  Melhor avaliação fica para o futuro. A vitória previsível resultou do belo trabalho coletivo já demonstrado contra o Galo, obrigatório destacar a influência do treinador no crescimento da equipe, os 3 pontos passam pelo cartão de crédito MM.

Fui dormir líder e acordei avô mais uma vez. Nasceu Lara. Das muitas bonecas da irmã que a recebeu com beijos, uma se chama Maria Vitória. Lara Maria... Lara Vitória... pronto, decidi. A princesa que chegou para me tornar ainda mais eterno, será para mim Lara Vitória a pequena e linda. Que Deus te abençoe Lara Vitória.