Existe na literatura militar a figura do aproveitamento do
êxito. A campanha longa, você ganha uma batalha, duas, abre vantagem sobre o inimigo,
aproveita o bom momento, reforça seu ataque, procura ganhar ainda mais ímpeto,
seguir com esforço vigoroso para a conquista dos seus objetivos. Simples,
desequilibrou, atropela.
Com a surpresa como companheira, o Atlético rompeu o ataque e
foi derrubando tudo pela frente. Upalalá! Fogo neles. Hora de contratar as
faltas evidentes, reforçar o time, aproveitar a chance, seguir em frente
conquistando pontos, sócios, o céu é o limite.
Infelizmente o sucesso inicial parece ter reforçado a ideia
dos dirigentes de que o elenco é suficiente, o treinador é um sábio despencado
no Caju. O baiano esperto contratou um zagueiro com problemas clínicos – o que
é isso? –, acolheu refugos paulistanos, o time esbarrou na primeira macaca que
encontrou pela frente. O treinador manietado a um certo esquema institucional,
amarrado a um tal modelo, a escalações obrigatórias, perdeu o sorriso. Esse vai
ser difícil culpar.
Amigos... vai sobrar para nós novamente. Prepare-se, eu sei
que é cansativo, mas a luta continua, precisamos empurrar o time para que o êxito
inicial não vire pesadelo. Nesta hora o único reforço em que acredito é você.
Hoje, nesta manhã friorenta estou contratando você, entregando a você a camisa
dez sem dono no Furacão. Vamos lá guerreiro velho, tome um bom quentão com
gemada e fogo neles.