Lucas Olaza teve o seu contrato rescindido com o Atlético.
Vindo do futebol uruguaio, o lateral-esquerdo chegou em Curitiba recomendado,
lateral artilheiro, tinha tudo para dar certo no Furacão. Olaza esqueceu a bola
em Montevidéu. Ficou na sombra de Nat Varada, nunca teve chance, com a chegada
de Guilherme Arana seguiu destino.
Para quem observa futebol algumas coisas parecem funcionar
fora da normalidade. Há duas semanas chegaram ao Caju Giovanni e Guilherme
Arana do Corinthians. O amigo sabe, se fossem craques o Timão não liberaria. Estavam
lá na sombra, parados, chegaram ao Atlético e são quase titulares. Gosto de
futebol, assisto futebol, mas não perco mais saúde com o esporte, aconselho o
amigo a não perder também.
Ver o futebol de sangue doce, preservando as coronárias não
significa se afastar do estádio, deixar de ajudar o que faz parte da minha
existência desde a molequice, deu-me alegrias imensas, está agarrado à minha
pele como farda que se veste pela vida toda e mesmo forçado a desvesti-la
sente-se o peso, a força, a glória imortal do seu passado, impossível ouvir o
tambor e não acertar o passo.
É por isso que te convoco a viver o Furacão, vestir a camisa
com amor, ela só se veste por amor, lotar as arquibancadas com sua emoção, o
seu ardor de soldado novo. Domingo tem Atletiba, vamos lá empurrar camisas. De
todos que as vestem alguns merecerão tua memória. A camisa companheira estará
sempre com você, gravada como tatuagem.
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