Creio que análise de um jogo deve ser amadurecida, pensada, ainda
mais de um Atletiba, onde o torcedor pretere tudo, o julgamento se tolda e os
erros podem se cometer à larga, detonados pelo coração em pedaços. O clássico
de domingo foi de lascar corações, pleno de emoções até os últimos minutos. O
encaminhar para o empate arrefeceu os ânimos, aquietou sístoles de diástoles.
Ficou para a história.
Hoje é dia de dar pitacos. Primeiro reforçar meu pensamento de que
o Atlético errou no planejamento tático inicial, defendeu e pagou caro pelo
equívoco. De nada adianta a estrutura existente, DIF e companhia se o tropeço
acontece no elementar. Defender em casa só contra o Barcelona.
Já que estamos falando em negativos, vamos aos miúdos. Temos que
encontrar um batedor de faltas que coloque a bola na cabeça dos atacantes.
Temos que aproximar alguém de Walter, nem aquela baita andorinha sozinha faz
verão. Temos que nos antecipar aos zagueiros nos cruzamentos, chegar mais gente
dentro da área para finalizar. Temos que fazer o último passe no momento certo,
perdemos ótimas chances por não dar ligeira continuidade aos contragolpes. Nossos
volantes têm que aprender a enfiar bolas, estão muito dedicados ao chute a gol
quando se aproximam da área.
Para não falar só de negativos, vou elogiar o segundo tempo no
campo do adversário, a entrada decisiva de Edigar Junio, a clareza do futebol
de Otávio. A dezena de atacantes relacionados para o jogo foi útil, funcionou. É
assim, lapidando, burilando e lembrando, tem que contratar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário