Recebendo queridos amigos, assisti Brasil e México entre
recordações do passado e olhadas rápidas nos gols brasileiros. Só fui prestar
atenção mesmo lá pelos quinze do segundo tempo. Amigos imaginem minha surpresa.
O Brasil era um Atlético de camisa amarela, jogado atrás da linha do meio de
campo, defendendo, jogando por uma bola.
Por sorte revendo os gols encontrei vestígios do verdadeiro futebol
brasileiro. No primeiro, Philippe Coutinho dá um “já vai” no marcador, entra
pelo lado e marca colocando a bola entre o goleiro e a trave. No segundo, Elias
livra-se do zagueiro com uma caneta e assiste Tardelli. O drible disse
presente.
Eu sei que a antiga finta está no acostamento. Outro dia
Neymar deu uma lambreta num cabeçudo e o time adversário ficou furioso,
humilhado pelo drible lindo, um refinamento da técnica individual. É o mesmo que
ficar indignado com a Ferrari que passa ao seu lado zunindo o motor.
Sabe-se lá o que se passa na cabeça do Dunga tático – quem sabe?
–, mas eu gostaria que o Dunga técnico incentivasse o drible, mesmo que não
fosse a dele quando jogador. O drible é a nossa marca registrada, nos deu
títulos, transformou o jogo da bola em arte pura. Se quer prender o canário na
gaiola defensiva tudo bem, os 7 a 1 quebraram a coluna nacional, pelo menos dê
liberdade para driblar, no mínimo, no mínimo, vai me fazer lembrar Dorval,
Pelé, Coutinho e Edu. Que saudades.
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