O zagueiro Vilches não foi relacionado para o jogo. Dizem não
estar 100% fisicamente. Wellington emprestado pelo Palmeiras sim. Quem é esse
Wellington? Por que não era titular no time ruim do Palestra? Por que refugos
chegam no Caju e viram titulares? Começo a temer pelo resultado do jogo. Toda
essa ciência do Atlético me aterroriza. Ricardo Silva me faz acender velas e
velas de sete dias. Que os santos nos protejam.
Assisti no Maraca a Brasil e Paraguai, jogo final das
eliminatórias para a Copa do Mundo de 70, um a zero canarinho, jogo duríssimo.
O Brasil tinha um timaço, Pelé derrotou os castelhanos. Jogos são
imprevisíveis, resultados idem, times aguerridos podem se transformar em
obstáculos intransponíveis. Por isso, o empate no jogo de ontem não me
mortifica.
O que me maltrata é a baixa qualidade dos milionários jogadores
brasileiros chamados para servir a seleção. Perdeu-se a noção, alguém me mostre
algo de brasilidade no futebol do time do Dunga, um fora de série, um drible
que clarifique jogada, um lance de criatividade, algo que não seja um correr sem
fim terminado em desarme adversário.
O futebol brasileiro transformou-se em negócio horroroso
empenhado em formar vacas brabas para o celeiro europeu, para onde outro dia o
Atlético vendeu o terrível Fernandão por milhões de euros. Os empresários
dominam os clubes, escalam equipes apoiados pela ciência da bola, não acertou
aqui, acerta ali, enfiam perebas nas nossas seleções de base, fartam-se de
ganhar dinheiro, o futebol brasileiro que leve a breca. Amigos, se juntarmos
Oscar, William e Coutinho não dá um Gerson, um Rivelino, um Tostão. A pátria do
futebol morreu.
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