domingo, 30 de novembro de 2014

IR PARA O JOGO

Três horas para o jogo. Chego da praia e espio minhas anotações sobre o Goiás. Jogo duro.
O time do Nhô Drub aguentou o 1 a 1 com o Cruzeiro doido para ser campeão até os dezoito do segundo tempo. Depois de marcar o segundo e consagrador gol, o Cruzeiro ainda passou uns sustos, uma bola na trave, o Fábio ainda catou umas boas. Deu um trabalho danado para a Raposa, num campo molhado, exigiu um cansaço que facilitou a vida do Galo na última quarta-feira.
O Goiás que eu vi não tem nada de retranqueiro. Ataca e defende. Quando atrás, com nove, só fica Erik na frente. Quando no ataque, sobe o volante David, muito bom, usa Thiago Mendes aberto pela direita, Ramon chegando de trás, Erik centralizado e Samuel pela esquerda. Chuta muito de fora, produz um jogo intenso de noventa minutos.
Entrando com vontade na arena magnífica, o Goiás vai dar muito trabalho, é um time que não se omite. Se o Claudinei bobear, pode emplacar seu terceiro resultado negativo no Caldeirão. Só falta um mau resultado no último jogo em Curitiba, acabar o ano vaiado pela torcida. Vamos acreditar na seriedade, procurar o smart, colocar o Furacão acima de tudo e ir para o jogo.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

ARRIVEDERCI MARCELO

Leio a relação dos convocados para a seleção sub-20 e fico com a impressão que ela ainda se baseia no contato telefônico com os clubes.  Acreditei que o Gallo estivesse fazendo um trabalho cuidadoso, assistindo jogos, escolhendo a dedo a piazada. Tomara me engane redondamente, mas ainda percebo a influência dos donos dos meninos na convocação. Uma pena, o futebol 7 a 1 não quer nos largar.
Escuto a entrevista do Claudinei e descubro que o departamento de futebol vem monitorando atletas já há algum tempo. Que assim seja. Mais ainda, fico satisfeito com o pensamento do treinador de que o Atlético tem que contratar jogador com peso de titular, jogador para compor o elenco deve surgir da base. O dono da camisa imaginado pelo prof. custa caro, não faz muito o perfil do dono do cofre.
O Galo deu um salto com a contratação do Ronaldinho Gaúcho. Foi uma aposta que deu muito certo. Ganhou a Libertadores, despediu o dentuço, perdeu-se momentaneamente, contratou o Levir, aprumou o barco e levou a Copa do Brasil, está de novo na Libertadores. Repito, o dono da camisa custa caro, pode motivar o torcedor, trazer títulos. É sempre uma aposta. Vamos ver o peso do titular a aportar no Caju.
A possibilidade da saída de Marcelo depende muito do seu rendimento nestas últimas partidas. Dizem que os olheiros andam por aí, sentindo a pressão. Eu acho que o 7 rubro-negro perdeu o foco. Tem apresentado dificuldades no controle da bola, bloqueado com facilidade. Ninguém perde o futebol na esquina. Voltando o foco, com um pouco de ajuda dos companheiros, arrivederci Marcelo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

MUITO CHATO

Abro o site e vejo a notícia sobre a abertura da venda dos ingressos. Espio e encontro lá os preços de sempre. Fiquei decepcionado. Sem qualquer motivo ou sinal, imaginei que poderíamos ter preços mais baixos para este último jogo, alentadores da presença maciça de rubro-negros, tornando partida sem qualquer atrativo celebração de ano de tantas conquistas.
Não gosto de criticar. Olho pela janela e vejo o teto retrátil em instalação, sei da trabalheira que deve dar, sei dos tantos problemas enfrentados pela diretoria neste ano. Volto aos meus tempos de menino, lembro o velho morador ao lado do meu campo de pelada pegando a bola que caía no seu quintal e, vencedor, dizendo: “Quem não trabalha não estrova”.
Íamos todos para casa, a bola só voltava no dia seguinte, pelas mãos da dona Mindoca, mulher de bom coração. Eu até que entendia o velho, ele estava lá sossegado ouvindo rádio e a bola estourava na sua parede. Entendia, mas o achava um chato de galocha.
Penso entender essa política de preços altos, tentativa até agora frustrada de aumentar o número de sócios. Confesso que com essas rendas milionárias acontecendo pelo país, tenho dúvida se um grande quadro associativo nos moldes configurados pelo Atlético é boa solução.
A final de ontem rendeu para o Cruzeiro 7,9 milhões para um público de 39800 pagantes. O ingresso mais barato para sócio – a Raposa cobra o ingresso do sócio – custou 140 reais. O time estrelado ainda conta com a arrecadação mensal dos seus 70 mil associados. Deve ser outra bolada. Imagino que com 40 mil sócios o Atlético venha a ter por mês uma renda de 10 milhões. Um caso para sentar e fazer contas. Com calma.
Pensativo, fazendo contas, comparando, especulando, vou remoendo a minha frustração. Sei que vou voltar da praia no domingo para encontrar o templo vazio. Eu até entendo, mas acho muito chato.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SEMPRE PROBLEMÁTICA

O Grêmio já está atrás de atacante do Coritiba. Começou a caçada, os organizados enfraquecendo ainda mais os necessitados. Quem pode mais chora menos. Existe algum destaque no Criciúma, no Botafogo, no Bahia, no Vitória, candidatos maiúsculos à série B, então é hora de jogar um lero, tentar cativar a novidade para fortalecer o elenco.
É corrida curta, mais duas semanas e nas prateleiras não teremos mais o bom, barato e interessado em dar salto na carreira, evitar o turismo pelos rincões do Brasil varonil. Restarão os medalhões caríssimos, os problemáticos, o mercado sul-americano e seus craques sem aproveitamento garantido.
No início do ano, o Atlético lutou com o Flamengo por Lucas Mugni, jovem meia argentino. Perdeu e ganhou, o jogador morou no poleiro do Urubu por todo o ano. Para cada Conca, Guerrero, D’Alessandro existem dezenas de castelhanos comendo e dormindo em clubes brasileiros. As boas certezas vão para a Europa, as ótimas exceções perdidas no Brasil, só servem para confirmar a regra.
Historicamente, o Atlético é um time sem pressa. Via de regra acaba fechando o elenco após o Paulista, catando uma ou duas revelações de times do interior que deram certo. Branquinho e Bady são exemplos. Eu gostaria que em outubro passado já estivéssemos sondando jogadores, assinando pré-contratos, completando com certezas nacionais as lacunas do nosso elenco.
Espero que com a disponibilidade do Departamento de Inteligência, o Furacão esteja girando rápido na busca dos melhores produtos do mercado, a preços ainda razoáveis. Com essa nova estrutura, confio tenham ficado no passado os tempos de pegar a xepa de fim de feira, sempre problemática.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

O GRITO DO SEU CORAÇÃO

Vem aí o último jogo na Arena em 2014. Cerram-se as cortinas no ambiente magnífico que tanto trabalho deu, tantos sustos, finalmente ficou pronto e hoje é nossa casa definitiva, belíssima, ponto de partida para um futuro de títulos nacionais e internacionais. Quem viver verá.
Pode-se dizer que é só um jogo a leite de pato, um vale nada, até os coxas já salvamos, agora é só deixar o ano escoar frouxo, deixar o rio chegar manso ao mar de 2015. Pois eu estou feliz demais para ficar só num solteiros e casados. Feliz, quero gente ao meu lado.
Penso que Atlético e Goiás é jogo para celebrar, reunir sob a estrutura majestosa a maior quantidade de rubro-negros possível, cantar o “conhecemos teu valor” com entusiasmo, fechar o ano abraçando o desconhecido ao lado, o irmão rubro-negro de tantas marchas ombro a ombro, sempre cantando... o hino do Furacão.
O vento sopra forte na minha janela e parece dizer “escreva, escreva mesmo, convoque teus irmãos, vocês merecem celebrar, vocês foram ousados, arriscaram, tiveram fé, foram contra tudo e contra todos, arrostaram mil perigos e venceram. Nesta derradeira batalha, vocês têm que estar juntos”. Atendendo ao vento... escrevo.
Amigo, espero você lá, no entardecer vermelho e preto do final de domingo. Para ver o jogo, torcer, gritar gol? Também. Mas também para conversar, ver o gol do Dênis Marques no telão e contar histórias, ver o Ozéias matador subindo feito aranha no alambrado e sentir saudades, contar que estava lá, que viu, que saiu de campo de alma lavada.
Domingo não será só um jogo qualquer, será um momento de afirmação rubro-negra, uma celebração, um instante de amor ao Furacão. Apareça. Se você não quer ouvir o meu apelo, nem ao chamado do vento, ouça o grito do seu coração.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PERGUNTAR À RAPOSA

Cruzeiro bicampeão. Mais do que merecidamente bicampeão. Ano que passou, achei que a Raposa fora beneficiada pela saída prematura da Copa do Brasil, jogou muito menos que seus perseguidores, Atlético e Grêmio, teve descanso maior, possibilidade de recuperar jogadores e treinar o coletivo nas semanas cheias.

Este ano calou minha boca. Está na final da Copa do Brasil quarta-feira, deve ter jogado mais que todos os times da competição, mostrou incrível competência na formação do elenco, se levar a tríplice coroa terá conseguido êxito para se escrever nas estrelas. Parabéns.

O Atlético vai fechando o ano como o melhor dos clubes de baixo investimento. Deve terminar assim. Ótimo resultado. Poderia ter sido melhor? Penso que não. Estamos no lugar que nos é devido. Infelizmente não tivemos equilíbrio durante a competição. Começamos surpreendentemente bem, nos perdemos no meio do caminho, periclitamos, nos reerguemos e acabamos o ano de sangue doce.

O desmonte do time de 2013, a saída de jogadores importantes, a troca de treinadores, são fatores a justificar o rendimento inferior ao do ano que passou, quando fomos terceiro no Nacional, chegamos à Libertadores e fomos vice na Copa do Brasil. A bem da verdade, na história do Furacão 2013 foi um ano atípico.

A missão agora é torná-lo típico. Dar um salto no futebol. Um salto medido, sem Adrianos, com pratas da casa e ótimas contratações pontuais. Dagoberto, Willian, Manoel, campeões pelo Cruzeiro, provam que dá para confiar nos meninos. O segredo está em não exagerar nos meninos e contratar muito bem. Tolo, penso saber o segredo. Melhor colocar os pés no chão, dar um pulo em BH e perguntar à raposa.

domingo, 23 de novembro de 2014

CELEBRAR CONQUISTAS

A madrugada vai chegando e as couves de Bruxelas, as alfaces lisas, as americanas, os brócolis, a horta toda canta pelas ruas de Curitiba “Eoooo... Eoooo... Atléticoeoo”. A torcida foi forte e deu resultado. O Furacão venceu na Bahia, os coxas respiram aliviados.  Telefono para o amigo alviverde e ele me responde aos soluços: “Sou Atlético desde criancinha”. Agora é fazer a sua parte, perdendo para o Palmeiras, já não garanto mais nada.
O Furacão venceu o Bahia no estilo que nos tirou da degola, defendendo, saindo com tranquilidade, aproveitando-se do desespero baiano. Claudinei posicionou Marcelo na esquerda, Marcos Guilherme na direita, Della no meio e foi atrás do contra-ataque. Guilherme perdeu um, Della chegou centímetros atrasado noutro, o primeiro tempo fechou em 0 a 0.
No segundo, os santos da Boa Terra foram fazer uma ceia e Fahel fez contra em escanteio. Logo depois, Bady passeou na frente da área e chutou colocado, um belo gol, dois a zero. Parecia que o caixão estava fechado. Assustados, os santos voltaram ao campo, Barbio cruzou e Henrique diminuiu. Toda vez que vejo esse Barbio jogar cria um salseiro, mas está sempre na reserva. Um caso a estudar.
Daí para frente foi pressão baiana, as câmeras passeando pelas lágrimas na arquibancada. A vitória pareceu tranquila, porém obrigatório lembrar uns três milagres de Weverton, um pênalti não marcado a favor do Baêa. Weverton foi a melhor contratação do Atlético nos últimos anos.
O jogo termina e a repórter de campo enaltece a torcida baiana que mesmo no sábado à noite foi à arena Fonte Nova. É bom explicar que sábado é dia de festa em Salvador, tirar 15 mil pessoas da zoeira para ir a campo torcer pela vida do seu time é um absurdo.
O atleticano tem que se preparar, domingo à noite, contra o Goiás, teremos o último jogo do ano na arena magnífica. Foi um ano difícil em todas as áreas, merece digna comemoração, casa cheia. Vamos fazer de domingo um dia especial, dia de celebrar conquistas.

sábado, 22 de novembro de 2014

FICA PARA OUTRA VEZ

Douglas Coutinho foi negociado, quatorze milhões de reais nos cofres do rubro-negro. O artilheiro tinha tudo para deixar o Furacão. Tudo significa vigor físico, boa técnica, objetividade, possibilidade de transformação, isto é, crescer técnica e taticamente. Lá se foi Coutinho quando se imaginava que Marcelo fosse a bola da vez.
Marcelo caiu muito depois de dar em nada negociação com o Corinthians. O papa-léguas já fazia juras de amor para os manos, o negócio não andou, Marcelo ficou e ficou. Cresceu em momento importante, ajudou na série de vitórias que nos tirou do buraco e de novo empalideceu.
Erro grave do empresário. Ao invés de olhar para fora do país, dar o grande salto, quis dar um pulinho ali em Itaquera. Nocauteou sua galinha dos ovos de ouro.  Marcelo tem as mesmas características de Coutinho, três grandes partidas e tira o passaporte.
Por falar em loja, o Furacão joga hoje com o Bahia. O amigo sabe o nome do prof. do Bahia? Não? Vou lhe dizer: Charles Fabian. Acho que já ouvi esse nome na novela Tititi de saudosa memória. Pois o costureiro tático quer de seus atletas o mesmo espírito vencedor de Criciúma, com uma ressalva, mais técnica. Imaginem o nível da pelada na terra do carvão.
Os jogadores no vestiário pediram em coro a Monsieur Charles que o preço dos ingressos fosse barateado. Querem casa cheia, milhares de cabras da gota serena a gritar “Baêa! Baêa!”. Até dava para ajudar os irmãos nordestinos, já nos acostumamos, mas a prioridade é ajudar o coirmão Coxa, precisando urgente de uma Bolsa Pontos. Agora não vai dar amigos da Boa Terra, fica para outra vez.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

AGRADECER AO PETRAGLIA

Falo com o vizinho Coxa e ele joga todas as fichas no Fluminense, conta com a vitória tricolor sobre o time de Chapecó. Concordo que seja uma barbada, homem de bom coração, digo que o alviverde não cai, vai sofrer, sofrer, mas fica na série A. Acaba o jornal, estou sapeando canais e me lembro do jogo no Rio. Teclo a centena fatal e quanto está?
Quase caio da cadeira, 4 a 1 para a Chapecoense. Os sinais estavam claros. Meu vizinho de cima, rubro-negro de carteirinha, já tinha gritado gol umas duas vezes. Vizinho feliz, prédio feliz. Penso, repenso e não tenho mais tanta certeza que o time das couves de Bruxelas permaneça na elite. Quanto a sofrer, sofrer, sofrer, não tenho dúvida.
Quando o Atlético lutava para fazer sua Arena por conta própria, ouvi que as arenas pelo Brasil afora estavam loteadas pelas grandes empreiteiras, a Baixada já estava na cota de uma delas. A resistência do Furacão estava atrapalhando o negócio. Homem de boa fé, fiquei reticente a respeito.
Hoje, com as empreiteiras faturando BILHÕES nas costas da Petrobrás, perdi as reticências. Entendo que a Copa do Mundo rendeu dinheiro de pinga para as donas do Brasil varonil e, possivelmente, para alguém que agora deve estar com as orelhas em chamas. Mesmo assim, penso que vale a pena a PF abrir uma Operação 7 a 1, para dar um susto, salvar a Olimpíada.  
Para quem reclama que a Arena magnífica foi feita com dinheiro público, deve ser um consolo saber que os recursos estão na obra, não em gordas contas bancárias na Suíça. O tempo passa, o mundo dá voltas e vira e mexe a gente tem que agradecer ao Petraglia.


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

JOGANDO POR MEIA BOLA

Dois jogos em casa e um ponto ganho. Para quem gosta de ganhar todos os dias, como eu, desestimulante. Vou esquecer minhas vontades e avaliar a partida como um teste de final de ano, o cumprimento daquela promessa do Prof. Claudinei de dar chances aos pouco aproveitados.
Quem teve direito às chances? Em início de partida, Lucas Olaza e Dellatorre. O Della todos conhecemos, sabemos da sua rapidez, da sua chegada forte na área para marcar. Escalado pela esquerda, pouco rendeu. A bola chegou pouco, foi sempre direcionada para Marcelo, outro com baixo rendimento, poucas vezes ultrapassou seu marcador, uma dificuldade tremenda para matar a bola, o papa-léguas precisa de umas boas férias urgente.
Olaza fez o feijão com arroz, marcou bem, pouco foi à frente, nada do lateral artilheiro que se falou quando da sua chegada. Precisa de uma boa sequencia de jogos para mostrar serviço.
No segundo tempo entraram Hernani e Coutinho. Hernani foi o que de melhor se viu na minha opinião. Sabe matar a bola sem jogá-la a dois metros de distância, sabe passar, tem boa visão do jogo, pode enfiar companheiro no ataque se preciso. É candidato à camisa. Coutinho é o dono da camisa, mas esse vai embora, joga só para deixar saudades.  Faltou Nathan, outro que vai embora, vai sem deixar saudades.
O coletivo mostrou falha absurda da defesa no gol de Robinho, bons momentos ofensivos, uns brilharecos de Furacão, o gol de Cléberson premiando sua boa condição na bola aérea ofensiva. O individual mostrou dificuldades com os fundamentos básicos, matada, passe, condução de bola, que só ficam evidentes quando se tenta jogar no ataque.
Fica a certeza de que saímos do buraco pelo entendimento de que jogar por uma bola era a saída para o elenco disponível, mérito do seu Claudinei. O ano acabou. Fica a certeza de que se o Atlético 2015 pensa em jogar no ataque tem que contratar. Com o que restará desse time, só jogando por meia bola.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CORAGEM CLAUDINEI

Com o pé no estribo para pular fora do Santos, o professor Enderson Moreira resolveu mudar o esquema, colocou no banco o Gabigol e vem para Curitiba montado num 4-4-2 com Robinho e Damião no ataque.
Qual a intenção do treinador? Primeiro, fortalecer a defesa. Vem com o zagueiro Neto no lugar do trapalhão Bruno Uvini, Souza, um meia-volante – seria um meiolante ou um voleia? – no lugar de Rildo, fica com Alisson, Arouca e Souza na proteção da zaga, Lucas Lima para armar as jogadas, Robinho para flutuar no ataque, Damião para finalizar.
Ganha defensivamente e não perde força ofensiva. Como? Prende Alisson na frente da zaga e solta Arouca, Souza e Lucas Lima para atacar, criar as jogadas para o Peixe. Sem contar que os laterais Cicinho e Mena moram no ataque, esse Mena nasceu para a ponta esquerda.
Quais os jogadores para apreciar no Santos? Arouca, um volante com ótima chegada ao ataque, futebol simples e eficiente, e Lucas Lima, um meia que gosta da bola, quer ela sempre em seus pés, joga vertical, dribla, bate escanteios, faltas, um fominha de qualidade. Robinho é sempre atração e Damião é o homem de 42 milhões que mora no banco.
Se não der certo, Prof Enderson pode voltar aos três atacantes, Gabriel na direita, Robinho centralizado, Rildo na esquerda. Opção é o que não falta. O nosso Prof deve ter estudado o Peixe e encontrado a melhor forma de descamá-lo e fazer a moqueca. Se entrar com o mesmo time que jogou contra o Sport corre o risco de terminar a noite sem finalizar a iguaria. De frente para o caldeirão, só posso recomendar uma coisa: Coragem Claudinei. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

FÉRIAS SUSPENSAS PARA A INTELIGÊNCIA

Leio que o seu Claudinei Oliveira admitiu aproveitar as quatro últimas partidas para dar chances a atletas que foram pouco utilizados durante a competição. Eu fico louco de feliz, quem sabe por um momento consiga ver em campo o time que penso seja o melhor com o elenco disponível no Furacão. Nem que seja por quinze minutos. 
No meio de novembro, começamos a jogar 2015. Bom sinal.
O bom planejamento induz que o Departamento de Inteligência já saiba se o treinador vai permanecer, que jogadores estão para ganhar novos ares, quais as reposições disponíveis no elenco para essas saídas, quais os jogadores a contratar caso os hospedados no Caju não tenham nível adequado. É o mínimo que se pode desejar. Ah... é claro, alguém tem que informar as disponibilidades em recursos para novidades.
Um lateral-direito, dois zagueiros, um volante que saiba chegar ao ataque, dois armadores que consigam ter o corpo voltado na direção do gol no momento de receber a bola, atacantes dependendo das negociações que possam envolver Coutinho e Marcelo. As revelações da segunda divisão, os melhorzinhos dos caídos, dos endividados, são os observáveis. 
Com a base disponível, juntem-se duas ou três ótimas aquisições e o Atlético monta um time de qualidade. Faltará ainda montar o elenco para enfrentar 2015 sem sustos. Espero que o DI esteja avançado nos seus trabalhos. Se não estiver, férias suspensas para a inteligência.

Em tempo: Eu gostaria de ver Nathan jogar os noventa minutos de umas duas partidas. Vejo no jogador muitas qualidades. Para mim é titular desse time com um pé nas costas, mas o teste dos noventa ainda falta.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

PEQUENO DA CABEÇA AOS PÉS

De novo mal escalado, jogando com dez desde o início, lento na saída de bola, sem transição, laterais bloqueados, as individualidades em férias, o Atlético perdeu merecidamente. Foi um jogo ruim, até pênalti perdido aconteceu. Quem foi à Arena jogou a tarde fora, se aborreceu, boa oportunidade para explicar ao filho pequeno que futebol é assim mesmo, às vezes a tal semana inteira de trabalho de nada adianta.
Esta é oportunidade ótima para prorrogar o contrato do seu Claudinei. O treinador foi triste. Escalou mal, já conhece bem demais seus atletas para repetir erros, demorou para mudar, levou o time para o buraco com sua relutância em escalar o melhor onze atleticano. Um bom puxão de orelhas, mantido o salário, bota a assinatura no papel.
Foram sessenta minutos de futebol de salão chatíssimo, uma troca de passes improdutiva à retaguarda sem ninguém à frente com genialidade para resolver o problema. Trinta de tardio e infeliz esforço coletivo. Individualmente ninguém se salvou. Uma nota mais ou menos para Natanael, uma menção honrosa para Nathan pela tentativa de organizar o desastre, pelos poucos minutos de futebol limpo e objetivo.
O Atlético foi de uma falta de criatividade assustadora. Paulinho Dias e Deivid, Cleberson e Gustavo trocaram dezenas de passes laterais, podiam ter dado as mãos ao final de jogo e cantado alegremente atirei um pau no gato. O gato se esquivou bem, deu uma patada e levou os três pontos.
Terminada a arena chegou a hora do Atlético decidir se quer ser mesmo o tal gigante. Ontem foi pequeno da cabeça aos pés. 

domingo, 16 de novembro de 2014

QUE MIGREM PARA O MELHOR

O boato virou notícia. O Manchester United está interessado em Douglas Coutinho. É natural. Nosso artilheiro dos míseros minutos é ótima promessa. Forte, rápido, no lugar certo na hora certa, o atacante atleticano faz gols e perde gols mesmo com poucos momentos dentro de campo.
Quem o observa sabe das suas deficiências, mas reconhece seu grande potencial. Sabe que com correta orientação Coutinho pode se transformar em jogador importante para equipe de primeiro nível do cenário europeu. Eu diria ser certa a transferência do jogador. Os valores envolvidos, fala-se em trinta milhões de reais, ficam para depois.
Para Coutinho é um salto na carreira, mesmo que do Manchester seja emprestado para outra equipe europeia. A transferência internacional envolve crescimento profissional, aprimoramento tático, técnico, o talento em si não basta para se alcançar a titularidade no Velho Mundo. Veja-se o nosso goleiro Neto. Ficou longo tempo no banco da Fiorentina, hoje é dono da camisa um, treina com a seleção brasileira.
Outros jogadores devem sair do Furacão neste final de ano. Que saiam para o exterior, onde podem crescer em todos os sentidos. A transferência nacional só é válida para as dúvidas, para times menores, onde poderão jogar e ganhar a experiência necessária. As mudanças para equipes do primeiro escalão do nosso futebol quase sempre são saltos no escuro, de maturação longa, valorização duvidosa. Leia-se Manoel.
A torcida que vá se acostumando, as aves aprenderam a voar, está na hora de migrar, gerar os lucros necessários. Que migrem para o melhor.

sábado, 15 de novembro de 2014

A PATADA QUE FERROU O URUBU

O Leão está na city, vem buscar os pontos que lhe faltam para esperar Papai Noel deitado na rede. Espiei seu último jogo contra o Fla para saber quantos copos de suco de maracujá devo tomar.
O Sport começou o jogo com três volantes, Rithely, Rodrigo Mancha e Wendel, Ibson na transição, Felipe Azevedo e Joelington na frente. Defendeu com as tradicionais duas linhas de quatro, do Real Madrid ao Iraty, todo mundo faz así. O cuidado defensivo de nada adiantou. Aos 8, Léo, aquele atleticano que foi esquentar banco no Fla, cruzou da direita e gol carioca. Aos 25, cruzamento da esquerda, outro gol do time do Luxa.
Luxemburgo espetou Everton na ponta esquerda, bloqueou o lateral Patric, defendeu e contra-atacou. Derrubou o Leão. Para dar uma arrumada na juba em frangalhos, o treinador trocou Wendel por Régis, um armador, acabou o primeiro tempo num 4-2-2-2 pouco produtivo. Deixou Ibson no vestiário e foi para o 4-2-1-3, com Régis na transição, Azevedo pela direita, Joelington centralizado e Mike pela esquerda.
O Urubu estava indo para o dez, quando lá pelos quarenta e tantos sofreu o empate. Um de falta, Danilo que entrou no lugar do lateral Renê, outro de Mike aparando cruzamento de Patric. Luxemburgo quase teve um faniquito.
Os bonecos de Olinda anunciam um time diferente para domingo. O mesmo 4-2-1-3, com Danilo na transição, Mike pela direita, Joelington de pivô, Diego Souza na esquerda. Esse Danilo é o capeta. Entrou no final do jogo, fez um de falta e quase marcou outro de cabeça. Joelington chuta tudo, 18 anos de força para finalizar. Se Patric avançar é um perigo.
A boa marcação do Atlético pode parar o Leão. O contra-ataque pode matar o felino. O cruzamento, já da intermediária, por trás da defesa, é tiro na testa. Penso que a necessidade do Sport se encaixa com o defender e contra-atacar do Claudinei, um copo do bendito maracujá basta. O Furacão tem tudo para ganhar, o que pode dificultar é a desatenção, a patada que ferrou o Urubu.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

TREINAR EM OUTRAS PRADARIAS

Em entrevista semanas atrás, Mancini declarou que vez por outra Antônio Lopes manifestava a insatisfação da diretoria com a escalação de Paulo Baier. Agora, reportagem da Gazeta do Povo lembra o sumiço de João Paulo. O jogador que carregou o piano no Atlético desapareceu, nem no banco fica. Segundo o jornal, fonte ligada à comissão técnica do clube teria declarado que: “Nunca veio ordem para não usá-lo, mas davam a entender que alguém não gostava dele”. Vamos colocar os pingos nos is.
Definitivamente, a Gazeta do Povo tende a publicar notícias que afetem o dia a dia do Furacão. Não estou dizendo que publica inverdades, digo apenas que a escolha parece preferir sempre o assunto negativo, algo assim como “nunca veio ordem para crucificar o rubro-negro, mas há o entendimento de que alguém não gosta dele”.
Quanto a João Paulo fica a certeza do grande trabalho realizado, do carinho que a torcida tem por ele, sem o seu esforço a volta à série A ficaria comprometida. O clube que o receber no seu elenco terá alguém competente e dedicado à sua camisa. Se somos gratos ao rei, sejamos gratos ao guerreiro. A gratidão é atributo dos justos.
Com relação ao meu Atlético, consolida-se a certeza da preferência por jogadores jovens, a possibilidade do negócio de curto prazo, o lucro imediato necessário aos pagamentos devidos. O duro é que vez por outra temos que aguentar uns pernas de pau de fazer inveja ao sub-23 do Íbis. Vejo as fotos do treino no Caju e eles continuam lá, consumindo recursos necessários aos pagamentos devidos.
No fundo é uma aposta em que você põe dinheiro em barbadas e pangarés. Eu preferia que alguém facilitasse para o treinador, um homem sábio na sua obediência, mandasse os pangarés treinar em outras pradarias.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

OS BANDIDOS FAZEM A FESTA

Quando converso com jovem iniciando no sofrimento com o futebol vou logo dizendo: “Futebol é espetacular. Escolha seu time, torça, vá ao campo, mas não exagere no fanatismo, não perca sua saúde, não crie inimizades, em meio a toda a magia do esporte, existem uns buracos negros inexplicáveis que aconselham o envolvimento comedido”.
A imprensa acaba de colocar a público que dirigentes da Portuguesa levaram algum para escalar Héderson suspenso e derrubar o time para a segunda divisão, agora na terceira. Já provado, quem sabe seja este o buraco negro mais sórdido do futebol nacional, a direção de um clube levando vantagem para o cometimento do suicídio.
O Atlético tem alguns desses black holes. O inexplicável vestiário de 1983 contra o Flamengo, quando vencíamos de 2 a 0 e, precisando de um gol, nada jogamos no segundo. O gol anulado de Baier no final do jogo contra o Cruzeiro, que nos levou à segunda divisão em 2011. No Paranaense, quem tem minha idade viu de tudo.
Para quem tem um pouco mais de tempo para acompanhar, escalações absurdas por vezes sinalizam interferências maléficas claras, pontos importantes perdidos para favorecimentos pessoais.
Sou um apaixonado pelo futebol, mais ainda pelo Atlético, não deixo de ir a campo, o jogo tem possibilidades táticas infindas, permite demonstrações inequívocas de valor, de amor à camisa, mas tem lá seus buracos negros. Em alguns momentos temos que fechar os olhos. Talvez por isso o Brasil seja o que é. O futebol nos acostumou a fechar os olhos, a achar normal a roubalheira, justificá-la. Impunes, os bandidos fazem a festa.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

PREDADOR DA BICHARADA

Abro o jornal na roda de atleticanos e leio a pergunta em manchete: O presidente Virso merece mais um mandato no Coxa? A resposta vem em uníssono: Siiiiiiiimmmmmmmmm. Brincadeiras à parte, o Coritiba nunca teve um presidente com tanta visibilidade nacional. Se é competente, não sei dizer. Como no futebol o que vale é resultado em campo, e em campo as alfaces estão em fim de feira, creio que o homem de mídia terá dificuldades para permanecer na direção da horta em decadência. Vamos ver.
No lado vitorioso da city, fala-se agora em naming rights para a arena magnífica. Pagos por quem? Nada mais, nada menos que uma das indústrias gigantes da Índia, onde o Furacão investe na liga de futebol em emergência.
Para quem não sabe, a Índia com mais de um bilhão de habitantes, nível de pobreza assustador, múltiplas religiões, centenas de dialetos, está vencendo todas essas dificuldades e dando a volta no Brasil varonil, cujo único obstáculo é a falta absoluta de inteligência e valores dos nossos dirigentes. O amigo não tenha dúvida, a placa da Tata Motors instalada na Arena será o carimbo definitivo e espetacular da incompetência nacional.
O Atlético enfrenta Sport e Santos em casa nas duas próximas rodadas. Duas grandes partidas. O Furacão de fim de campeonato é digno da presença do seu torcedor. Joga bem, organizado, tem banco para forçar no ataque, voltar a rodar como o rubro-negro gosta. O amigo animado me pergunta se deixaremos Leão e Peixe chorando no caminho e eu respondo de bate pronto: Dois filés para o Furacão predador da bicharada.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

GRITAR POR ELE

O Atlético deu a volta por cima e agora assiste de camarote aos coirmãos lutando na bacia das almas contra o rebaixamento. Aliás, a bem da verdade, o time dos brócolis e alfaces recebeu uma baita ajuda no último sábado. Acabada a partida, derrotado o Botafogo, a horta toda agradeceu de joelhos a São Cléo, o artilheiro das causas impossíveis.
Mais tranquilo que alemão em Copa do Mundo, vou lendo as notícias do meu rubro-negro avassalador. É momento de descobertas, buscam-se as paternidades do sucesso em final de campanha. Elas são muitas. O seu Claudinei ocupa lugar de destaque, os jogadores pelo comprometimento com o esquema, a diretoria que resolveu contratar um zagueiro, desistiu de me levar ao enfarto fulminante. Bem que tentou.
Eu tenho o meu candidato favorito. Perdão, não é candidato, é candidata. Quem é? Vou dizer aqui bem baixinho para os coxas não ficarem enciumados. Senhores, a minha candidata é a insuperável torcida do Furacão. O jogo contra o Figueirense estava emperrado, um zero a zero de tirar as calças pela cabeça, o grito da galera obrigou à substituição, três a zero, estava dada a partida para o atropelamento em massa.
O que a torcida não pode fazer é escalar Nathan. O piá bom de bola briga na justiça contra o Furacão, esquenta o banco quando podia ajudar muito o clube que o carrega nas costas há anos. Nathan é promessa que ainda tem que provar qualidade em noventa minutos, o que provavelmente não vamos ver. O pai do piá quer vê-lo vazar do Caju a todo custo.
Olho essa ânsia para deixar o Atlético com desconfiança. Manoel era titular aqui, foi para o Cruzeiro para ser terceiro reserva. Está fora da vitrine. Aqui foi pensado até para a seleção, na Raposa se esconde na toca. Neymar cresceu no Santos, amadureceu, virou gente, chegou no Barcelona super valorizado, pronto. Nathan tem que escolher seu destino. Se a escolha recair no Furacão, no um passo de cada vez, vamos lá gritar por ele.


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

TODO O TEMPO DO MUDO

O evento MMA Shooto 52 não acontecerá mais na Arena magnífica, foi transferido para Brasília. A causa, a instalação do teto retrátil não ficará pronta a tempo. Uma pena. O homem que tem no tempo o seu maior aliado, que considera o tempo o senhor da razão, desta vez foi barrado pelo companheiro fiel. Petraglia deve estar furibundo, ou somente triste.
Eu que olho pela janela aquela imensa estrutura de ferro sendo erguida devagar, com extremo cuidado, sem nada conhecer do assunto, penso que foi a melhor solução. Nada de correrias nesta hora, não temos qualquer prática no assunto, nesses casos, o velho e sábio ditado aconselha: Devagar com o andor que o santo é de barro.
O teto retrátil era a coroação de um ano espetacular para Petraglia. Dificuldades tremendas enfrentadas, todas ultrapassadas, a Copa em Curitiba realizada com imenso sucesso, o time já estabelecido na série A 2015, o evento seria a cereja do bolo. Ficou faltando? Penso que não.
“É preciso paz para poder sorrir, é preciso a chuva para florir”. Passada a chuva, a flor surgirá. Petraglia terá paz para sorrir. Como velho comandante, Petraglia “carrega o dom de ser capaz”, sabe “compreender a marcha e ir tocando em frente”, um teto não lhe roubará o “dom de ser feliz”.
Os atleticanos sabem que, para quem conhece tudo das “manhas e das manhãs”, falta muito pouco para sentar à mesa e provar o “sabor das massas e das maçãs”. Será preciso apenas dar um pouco de tempo ao amigo tempo. Então, reconhecidos, vamos dar a ele todo o tempo do mundo.

PS: Entre aspas versos de “Tocando em frente”, de Almir Sater e Renato Teixeira, uma das canções mais lindas do Brasil.

domingo, 9 de novembro de 2014

NINGUÉM MERECE

Voltamos na primeira divisão 2015. O sonho de muitos atleticanos para este ano difícil foi atingido. Podemos descansar, o que vier a partir de agora é lucro. A grande distância para os times à nossa frente não permite maiores expectativas, mas, vamos à luta, ponto a ponto.
Como previsto, o Atlético venceu o Botafogo. Fez boa partida, criou ótima chance logo aos quatro, sofreu com as bolas cruzadas, foi se aproveitando da defesa avançada do Fogão, aos quatorze o auxiliar impediu Marcelo de marcar, pelos vinte começou a tramar bem no ataque, aos vinte e sete Marcelo colocou Cléo na frente de Jefferson, gol do Furacão. Desta vez o auxiliar ajudou. Cléo estava em impedimento.
A partir daí, o Furacão parou de rodar, foi para a defesa, perdeu a chance de acabar a partida ainda no primeiro tempo. Nessa situação, Bady e Marcos Guilherme têm que se oferecer mais para o jogo, fazer a transição, se ligarem o botão na função defender exclusivamente o contra-ataque tem poucas chances de acontecer, ainda mais com os laterais focados totalmente na segurança.
Volta o segundo tempo e a coisa piora. O Botafogo pressiona, resolvemos trocar passes perigosamente na frente da nossa área, aos vinte o Bota quase marca, nada de substituição, Marcelo troca de lado, estou pressentindo o empate e então, caindo do céu, surge o justo cartão vermelho para Júnior César. É um sinal, o Botafogo vai cair.
O Atlético passa a gastar a bola sem objetividade e o Bota esperneia. Aos trinta e três mete uma na trave, só aos trinta e cinco começam as substituições, aos quarenta e dois Weverton faz o milagre do dia, aos 48 Nathan toca a Dellatorre, daí a Cléo, para as redes, fim de pelada.
O jogo era fácil, o Atlético andou para ceder o empate sem necessidade. Foi tranquilo, o que é ótimo, sem ser agudo. Pode melhorar. Se Marquinhos tem que jogar, tem que aperfeiçoar a marcação. O que Claudinei tem no banco não pode ficar sentado oitenta minutos. Nem os atletas, nem eu, nem você, ninguém merece.

sábado, 8 de novembro de 2014

PRIMEIRA DIVISÃO 2015

Tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Às vésperas do jogo com o Furacão, o Comitê de Disputas da FIFA deu até a próxima semana para o clube saldar dívida de 800 mil com o Vitória ou corre o risco de perder seis pontos no Brasileiro. A perda de seis pontos coloca o Fogão na segunda divisão. A dívida se refere à parcela devida ao clube formador na venda do atacante Elkeson para o futebol chinês.
Com mais esse peso psicológico sobre seus jogadores, Mancini trabalha para evitar o apagão que desmontou sua equipe nos primeiros quatorze minutos de jogo contra o Cruzeiro. Desculpe-me o treinador. Não foi um apagão. Em casa, a Raposa pressionou e fez o placar fulminante fruto do seu melhor futebol. O mesmo futebol que chegou ao empate após estar perdendo na Vila para o Santos por 3 a 1.
Com o apagão tem que estar preocupado o Atlético. E está. A entrevista de Marcelo mostra que o professor alertou para possível acomodação rubro-negra frente a time instalado confortavelmente na ZR. Estou perfeitamente de acordo. Disse ontem que se o Atlético jogar com sangue na boca ganha fácil. Rebolou, se achou a última bolacha do pacote, volta com o rabo entre as pernas.
Eu estou confiante. O Furacão tem em Weverton, Gustavo, Paulinho Dias e Cléo uma coluna vertebral experiente, capaz de garantir o foco necessário durante todo o tempo de jogo. Daí é jogar com equilíbrio, atacar e defender, defender e contra-atacar. Se assim for, fazendo uma partida redonda em Volta Redonda, voltamos na primeira divisão 2015. 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

NEM CONTRA O BOTAFOGO

O Cruzeiro enfrentou o Botafogo no domingo, jogou quatorze minutos, fez dois a zero, descansou o resto da partida, garantiu gás para eliminar o Peixe na CB. Dois a um, o Fogão marcou aos 45 do segundo, três pontos em caixa, frente garantida no Brasileiro.
Segundo seu Mancini, o glorioso entrou em campo para “marcar e aproveitar o erro do Cruzeiro”. Os nove atrás da linha da bola, só Carlos Alberto sem responsabilidade de marcação, foram incapazes de garantir quatro minutos de zero a zero no placar. Erro grave de Rodrigo Souto permitiu a entrada de Marquinhos livre para marcar. Dez minutos depois, falta do mesmo Rodrigo e Egídio pôs a Raposa para descansar.  
É esse Botafogo que o Atlético vai enfrentar. Mancini sabe que o time é ruim de doer, duvido que vá se lançar ao ataque em início de partida. Vai defender com duas linhas de quatro, Carlos Alberto e Yuri espiando a saída de bola, usar a bola longa para chegar ao gol de Weverton.
Querendo jogar, vai usar os laterais na saída de bola, forçar Carlos Alberto na ligação, a bola tem que passar por ele, movimentar Jobson em toda a frente, Murilo sobre o setor de Sueliton, Yuri no comando do ataque. Em final de partida, o cansaço transfere Carlos Alberto para a área, entra alguém para fazer a transição defesa-ataque.
O Bota está na ZR por merecimento. É time desarrumado, com preparo físico deficiente, defesa muito fraca na bola aérea, dependente de Carlos Alberto, esperançoso em Jobson, problemas dentro, crise fora do campo. Jogando com sangue na boca, bem escalado, o Furacão ganha fácil.
Só um reparo. Depois dos dois gols marcados, o Cruzeiro foi para o contra-ataque e pouco incomodou o goleirão Jefferson. Estudiosos afirmam que o contragolpe é a melhor arma para se chegar ao gol e eu acredito, mas não é assim tão fácil. Nem contra o Botafogo.


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

QUE TRAGA OS TRÊS PONTOS

“Sabemos que eles precisam muito do resultado, e nós temos que estar bem organizados defensivamente, explorando o nosso contra-ataque e, entre aspas, o desespero do Botafogo, que tem essa necessidade maior do resultado”, diz seu Claudinei. Conclusão, teremos no sábado outro jogo por uma bola. Eu não gosto.
E não gosto porque não vejo o contra-ataque do Atlético funcionar com a frequência necessária, levar perigo constante ao adversário. Contra o Criciúma tivemos realmente uma única chance e marcamos, contra o Fluminense marcamos quando perdendo nos lançamos ao ataque, frente ao Galo fizemos no primeiro minuto e nada mais criamos.
Não gosto porque se basear apenas no possível desespero do adversário é muito pouco para o planejamento de uma partida. Penso que o Atlético possui departamento de inteligência para analisar em profundidade a equipe a enfrentar, descobrir caminhos adequados para a vitória, utilizá-los no trabalho da semana. O momento psicológico do time da estrela solitária é apenas um dos componentes dessa análise, muito pouco para a estrutura existente.
É inegável que o Claudinei organizou a defesa rubro-negra, fundamental para o crescente da equipe no campeonato. Inegável também que o melhor futebol produzido pelo Atlético aconteceu após ter sofrido gols, contra o Flamengo e Fluminense por exemplo. O time atacou com propriedade, conseguiu marcar e defendeu de forma segura. A inferioridade no placar levou ao jogo equilibrado.
Entrevistas produzem respostas instantâneas, necessárias, não significam que o dito seja obrigatoriamente aplicado. Claudinei conhece bem o seu time, o time de Mancini, tem todo o elenco ao seu dispor, todas as condições para fazer o melhor. Que traga os três pontos.

Em tempo: Quando retornam no tempo, entrevistas são arqueológicas, permitem compreender o passado, entender o presente. A entrevista de Mancini no programa Bola da Vez (ESPN) é um desses casos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

QUE GRAÇA TEM

Dei uma cutucada nos alviverdes e alguns leitores chegados num brócolis ficaram alterados. Primeiro agradeço a leitura, segundo quero dizer que os considero amigos como os atleticanos que têm a paciência de ler o que escrevo.
Amigos se divertem e futebol é diversão. Vale o amigo me zoar, lembrar das vitórias do Coxa, e não foram poucas, falar do fita azul, do torneio do povo, essas coisas, só não vale se irritar. Perder o humor é perder saúde com algo que não sabemos um terço do que acontece nos bastidores.
O amigo ficou interessado nessa história do fita azul. Vou contar. Era uma vez o Vovô foi para a Europa jogar com times que iam do grêmio dos funcionários da fábrica de máquinas de costura de Finis Terra à seleção do sindicato de gondoleiros de Trento. Como ganhavam tudo, nem podia ser diferente, inventaram essa história de fita azul. Até hoje contam vantagem. Ficou bravo de novo amigo coxa? Relaxa, olha o coração.
Para o amigo ficar mais calmo, vou contar outra história. Sabe aquele jogo contra o Bangu que acabou nos pênaltis e vocês foram campeões brasileiros? Pois eu estava lá, acompanhando agrião nervoso, ao lado de buzina movida a bomba de bicicleta detonando meus ouvidos.
É claro que torci contra, mas não pude deixar de acompanhar o amigo verdolengo naqueles perigos do Rio de Janeiro. O futebol piorou tecnicamente, gols a conta-gotas, dribles raros, os jogadores parecem crianças banguelas, falam tapando a boca com a mão, trocamos o “vamos meter 5 nesses caras” pelo “jogar por uma bola”, um fracasso.
Viraram lendas as declarações do Dadá Maravilha, os dribles do Edu, os gols do Pelé, a classe do Ademir da Guia. Amigos, o futebol brasileiro ficou chato demais, se a gente não brincar um pouco, que graça tem.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

O FURACÃO VAI TE SALVAR

O amigo mais satisfeito que Coxa no Paranaense afirma que não caímos mais, estamos fora, o sofrimento acabou. Impossível discordar. Olha para mim com as meninas dos olhos dançando uma vanera e pergunta: “Então podemos perder para o Bota, só para ferrar os verdinhos?”
Não é má ideia. Menos dois Atletibas no ano significam ausência de problemas, briga de torcidas, possibilidade de perda de mandos, todas essas chatices que nos aborrecem quando se enfrentam os coirmãos. Significam um retrocesso na vida alviverde, um aumentar das dificuldades já imensas, uma queda com consequências muito graves. O sonho de todo atleticano.
Pois vou dizer aos amigos, já passou o tempo de nos preocuparmos com o Coritiba. Estamos à frente do alviverde em múltiplos aspectos, o que nos nivela apenas é o clássico, por se tratar de futebol, esporte onde tudo pode acontecer.
Temos que enfrentar essas seis últimas rodadas buscando nos aproximar o máximo possível das primeiras posições, terminarmos o ano consolidando a ótima imagem de 2013, tornando natural, frequente, nossa presença entre os primeiros.
Esse deve ser nosso objetivo na reta final, mesmo que nossas vitórias ajudem o time do seu Virso, há meses no bico do corvo. Assim, além de terminarmos com chave de prata ano em que a maionese desandou feio, ainda vamos poder zoar o pessoal em desespero, massacrando a calculadora, cantar em alto e bom som “Ah! Ah! Ah! O Furacão vai te salvar”

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A FAUNA QUE SE CUIDE

Foi um belo jogo de poucas faltas, muita bola rolando, intenso, um esquisito caso em que o cozinheiro teve que ficar noventa minutos na pressão para cozinhar o Galo. Um gol nos primeiro segundos de partida e o resto do jogo de extrema dedicação defensiva garantiram os três pontos ao Furacão.
Quando vi o chute de Paulinho Dias desviado pelo zagueiro para o fundo das redes tive a certeza de que o time do Levir teria problemas para virar o placar. No sábado, conversei com o amigo, disse que aquele jogo tocado, por dentro do Galo teria dificuldades para ultrapassar as duas linhas muito próximas armadas pelo Claudinei. Assim foi.
O Furacão enfrentou um time cascudo, bem treinado, com jogadores de qualidade, com as armas que criou com o passar do tempo. A defesa, que era uma peneira, ganhou solidez, passou a ser a estrela da companhia. Tivemos em Gustavo e Willian Rocha barreira impenetrável, quando a bola relou na área os xerifes mandaram no pedaço.
Não houvesse a norma que garante o retorno do jogador afastado pelo cartão amarelo, seria difícil acreditar na volta de Cléberson. Willian Rocha foi uma pedra no caminho do Galo. Assim como Deivid e Paulinho Dias. E o ataque?
O ataque viveu do isolado Cléo e das heroicas tentativas de Natanael e Mário Sérgio para criar alguma coisa. O nosso queniano Marcos Guilherme correu como sempre, Dellatorre, Bady, Marcelo não conseguiram jogar, tiveram importante comprometimento defensivo. Como diz o Claudinei é uma forma de ganhar. Já foi assim contra o Tigre em Criciúma, agora foi a vez do Galo. Desse jeito, a fauna que se cuide. 

sábado, 1 de novembro de 2014

VAI DAR FURACÃO

O furacão previsto pela meteorologia para ontem nem passou perto. Hoje vai dar praia, amanhã tem Furacão na Baixada. É uma corrida até o litoral, praia, caminhadas tranquilas, frutas, camarões, robalos e tempo suficiente para voltar para a galinhada de final de tarde na Baixada.
O time das alterosas tomou dois do Fla em meio de semana pela Copa do Brasil, vem a Curitiba ainda com chances mínimas no Brasileiro, a cabeça no jogo da próxima quarta, esperançoso no retrospecto que em 2013 o levou à conquista da Libertadores mesmo com derrotas sucessivas na casa do adversário. Como diz sua torcida, o Galo é forte e vingador.
O time tem três ausências certas. O goleirão Vitor, o lateral Marcos Rocha, uma porta aberta para o gol contra o Fla, e Dátolo. As novidades devem ser o retorno de Leonardo Silva para a zaga, Alex Silva substitui Marcos Rocha, Luan vem no lugar de Dátolo. Ganha solidez na defesa, perde o avanço de Rocha pela direita, ganha objetividade com Luan.
A estrela da companhia é Tardelli vindo buscar o jogo, entrando pelo meio, buscando as tabelas, como gostam de dizer os treinadores, é por meio do jogo por dentro, tocado, vertical, que o Galo busca chegar ao gol. Contra isso, aquelas duas primeiras linhas muito próximas do Furacão podem dificultar bastante o esforço ofensivo galináceo.
Defender está resolvido. Falta atacar. Aí complica um pouco mais. Alex Silva deve ficar mais preso na lateral-direita, Pierre e Josué protegem bem a zaga, o ataque rubro-negro vai ter que rebolar para achar uma brecha. Eu estou de sangue doce, com algum esforço são três pontos na sacola. Estou indo para a praia. O Simepar, que ontem errou feio, tem chance de se redimir. Para amanhã, em final de tarde, pode cravar, vai dar Furacão.