quinta-feira, 6 de novembro de 2014

QUE TRAGA OS TRÊS PONTOS

“Sabemos que eles precisam muito do resultado, e nós temos que estar bem organizados defensivamente, explorando o nosso contra-ataque e, entre aspas, o desespero do Botafogo, que tem essa necessidade maior do resultado”, diz seu Claudinei. Conclusão, teremos no sábado outro jogo por uma bola. Eu não gosto.
E não gosto porque não vejo o contra-ataque do Atlético funcionar com a frequência necessária, levar perigo constante ao adversário. Contra o Criciúma tivemos realmente uma única chance e marcamos, contra o Fluminense marcamos quando perdendo nos lançamos ao ataque, frente ao Galo fizemos no primeiro minuto e nada mais criamos.
Não gosto porque se basear apenas no possível desespero do adversário é muito pouco para o planejamento de uma partida. Penso que o Atlético possui departamento de inteligência para analisar em profundidade a equipe a enfrentar, descobrir caminhos adequados para a vitória, utilizá-los no trabalho da semana. O momento psicológico do time da estrela solitária é apenas um dos componentes dessa análise, muito pouco para a estrutura existente.
É inegável que o Claudinei organizou a defesa rubro-negra, fundamental para o crescente da equipe no campeonato. Inegável também que o melhor futebol produzido pelo Atlético aconteceu após ter sofrido gols, contra o Flamengo e Fluminense por exemplo. O time atacou com propriedade, conseguiu marcar e defendeu de forma segura. A inferioridade no placar levou ao jogo equilibrado.
Entrevistas produzem respostas instantâneas, necessárias, não significam que o dito seja obrigatoriamente aplicado. Claudinei conhece bem o seu time, o time de Mancini, tem todo o elenco ao seu dispor, todas as condições para fazer o melhor. Que traga os três pontos.

Em tempo: Quando retornam no tempo, entrevistas são arqueológicas, permitem compreender o passado, entender o presente. A entrevista de Mancini no programa Bola da Vez (ESPN) é um desses casos.

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