“Sabemos
que eles precisam muito do resultado, e nós temos que estar bem organizados
defensivamente, explorando o nosso contra-ataque e, entre aspas, o desespero do
Botafogo, que tem essa necessidade maior do resultado”, diz seu Claudinei.
Conclusão, teremos no sábado outro jogo por uma bola. Eu não gosto.
E não
gosto porque não vejo o contra-ataque do Atlético funcionar com a frequência
necessária, levar perigo constante ao adversário. Contra o Criciúma tivemos
realmente uma única chance e marcamos, contra o Fluminense marcamos quando
perdendo nos lançamos ao ataque, frente ao Galo fizemos no primeiro minuto e
nada mais criamos.
Não
gosto porque se basear apenas no possível desespero do adversário é muito pouco
para o planejamento de uma partida. Penso que o Atlético possui departamento de
inteligência para analisar em profundidade a equipe a enfrentar, descobrir
caminhos adequados para a vitória, utilizá-los no trabalho da semana. O momento
psicológico do time da estrela solitária é apenas um dos componentes dessa
análise, muito pouco para a estrutura existente.
É inegável
que o Claudinei organizou a defesa rubro-negra, fundamental para o crescente da
equipe no campeonato. Inegável também que o melhor futebol produzido pelo
Atlético aconteceu após ter sofrido gols, contra o Flamengo e Fluminense por
exemplo. O time atacou com propriedade, conseguiu marcar e defendeu de forma
segura. A inferioridade no placar levou ao jogo equilibrado.
Entrevistas
produzem respostas instantâneas, necessárias, não significam que o dito seja
obrigatoriamente aplicado. Claudinei conhece bem o seu time, o time de Mancini,
tem todo o elenco ao seu dispor, todas as condições para fazer o melhor. Que
traga os três pontos.
Em
tempo: Quando retornam no tempo, entrevistas são arqueológicas, permitem compreender
o passado, entender o presente. A entrevista de Mancini no programa Bola da Vez
(ESPN) é um desses casos.
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