quarta-feira, 5 de novembro de 2014

QUE GRAÇA TEM

Dei uma cutucada nos alviverdes e alguns leitores chegados num brócolis ficaram alterados. Primeiro agradeço a leitura, segundo quero dizer que os considero amigos como os atleticanos que têm a paciência de ler o que escrevo.
Amigos se divertem e futebol é diversão. Vale o amigo me zoar, lembrar das vitórias do Coxa, e não foram poucas, falar do fita azul, do torneio do povo, essas coisas, só não vale se irritar. Perder o humor é perder saúde com algo que não sabemos um terço do que acontece nos bastidores.
O amigo ficou interessado nessa história do fita azul. Vou contar. Era uma vez o Vovô foi para a Europa jogar com times que iam do grêmio dos funcionários da fábrica de máquinas de costura de Finis Terra à seleção do sindicato de gondoleiros de Trento. Como ganhavam tudo, nem podia ser diferente, inventaram essa história de fita azul. Até hoje contam vantagem. Ficou bravo de novo amigo coxa? Relaxa, olha o coração.
Para o amigo ficar mais calmo, vou contar outra história. Sabe aquele jogo contra o Bangu que acabou nos pênaltis e vocês foram campeões brasileiros? Pois eu estava lá, acompanhando agrião nervoso, ao lado de buzina movida a bomba de bicicleta detonando meus ouvidos.
É claro que torci contra, mas não pude deixar de acompanhar o amigo verdolengo naqueles perigos do Rio de Janeiro. O futebol piorou tecnicamente, gols a conta-gotas, dribles raros, os jogadores parecem crianças banguelas, falam tapando a boca com a mão, trocamos o “vamos meter 5 nesses caras” pelo “jogar por uma bola”, um fracasso.
Viraram lendas as declarações do Dadá Maravilha, os dribles do Edu, os gols do Pelé, a classe do Ademir da Guia. Amigos, o futebol brasileiro ficou chato demais, se a gente não brincar um pouco, que graça tem.


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