A declaração de Otávio ao fim do
primeiro tempo serviu para o jogo todo: “O Atlético não finalizou”. Esse é
problema que se arrasta, já conversamos sobre a baixa média de gols rubro-negra,
assim também é com o número de finalizações. Mesmo com a desculpa que
enfrentamos times fechados os 90 minutos é determinante que obriguemos o
goleiro adversário a grandes defesas. Nem isso acontece. Noventa por cento dos
chutes da entrada da área foram para fora.
O Paraná defendeu, deu até certa
liberdade para Vinícius, impediu o avanço de nossos laterais e na chance que
teve matou a partida. Jogou três minutos no ataque. Logo após seu gol teve
jogador expulso e se agrupou dentro da pequena área. Deu certo. É um jeito de
jogar, usou e ganhou. Mereceu a vitória.
Se eu fosse analista, desses de
prancheta em baixo do braço, diria que faltou ao seu Cristóvão um plano B a
utilizar logo após o gol da Gralha, no mínimo segundos após a expulsão da ave
rebelde. Guardar uma substituição para os 40 minutos só na frente do placar,
para ganhar uns segundos. Perdendo, o banco tem que ser usado enquanto o time
ainda mantém a disciplina tática, é um reforço, não uma aposta.
Como torcedor acho que o Atlético não
vibrou, foi para a Vila para ganhar pela natural superioridade técnica e
perdeu. Nada justifica. O time se limitou a cruzar bolas sobre a área, ninguém
tentou a jogada individual, deu as canelas para tomar pancada, sofrer um
pênalti. O amigo percebeu que, mesmo com toda aquela pressão atleticana, gostei
de muito pouco. É simples. O Atlético pode jogar muito mais.