domingo, 28 de fevereiro de 2016

JOGAR MUITO MAIS

A declaração de Otávio ao fim do primeiro tempo serviu para o jogo todo: “O Atlético não finalizou”. Esse é problema que se arrasta, já conversamos sobre a baixa média de gols rubro-negra, assim também é com o número de finalizações. Mesmo com a desculpa que enfrentamos times fechados os 90 minutos é determinante que obriguemos o goleiro adversário a grandes defesas. Nem isso acontece. Noventa por cento dos chutes da entrada da área foram para fora.

O Paraná defendeu, deu até certa liberdade para Vinícius, impediu o avanço de nossos laterais e na chance que teve matou a partida. Jogou três minutos no ataque. Logo após seu gol teve jogador expulso e se agrupou dentro da pequena área. Deu certo. É um jeito de jogar, usou e ganhou. Mereceu a vitória.

Se eu fosse analista, desses de prancheta em baixo do braço, diria que faltou ao seu Cristóvão um plano B a utilizar logo após o gol da Gralha, no mínimo segundos após a expulsão da ave rebelde. Guardar uma substituição para os 40 minutos só na frente do placar, para ganhar uns segundos. Perdendo, o banco tem que ser usado enquanto o time ainda mantém a disciplina tática, é um reforço, não uma aposta.

Como torcedor acho que o Atlético não vibrou, foi para a Vila para ganhar pela natural superioridade técnica e perdeu. Nada justifica. O time se limitou a cruzar bolas sobre a área, ninguém tentou a jogada individual, deu as canelas para tomar pancada, sofrer um pênalti. O amigo percebeu que, mesmo com toda aquela pressão atleticana, gostei de muito pouco. É simples. O Atlético pode jogar muito mais.

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