Desde há muito tempo, nossas
administrações municipais têm se revelado antítese patética do furor
novidadeiro que espalhou obras que ainda hoje embelezam e facilitam a vida do
curitibano. A criatividade que nos legou as estações tubo, os parques
belíssimos, as vias expressas, minguaram. Os pensadores da cidade
transformaram-se em avestruzes, enfiaram suas cabeças terras abaixo e episodicamente
pintam de vermelho uma ciclovia, criam uma “zona calma”, soluçam saídas para os
problemas da city.
A Arena Magnífica, fruto
do poder de realização, da persistência e do arrojo dos atleticanos, é obra
única a marcar o presente da capital da terra dos pinheirais, das lavouras de
soja, milho, trigo, café e tantas outras.
Mesmo o coxa de
maternidade, o paranista de pia batismal, quando recebem amigos de outras querências
fazem questão de passar pela Buenos Aires, mostrar o colosso encravado na Água
Verde. Dissertam sobre o teto-retrátil, a grama sintética, deixam escapar aos
visitantes um orgulho a que têm direito como curitibanos.
Assim, as filas que se
alongam para a compra de ingressos para o jogo contra o Criciúma se justificam.
O torcedor vai assistir ao Furacão em jogo da Primeira Liga, usufruir do espaço
maravilhoso com direito a promoção, preços mais baratos, tudo para que
atleticanos de fé, simpatizantes e visitantes possam subir escadarias e,
adentrando ao mundo dos sonhos, deliciar-se com o esporte que nos emociona, é
religião no coração dos brasileiros. Vamos às filas atleticanos, o carnaval
acabou, o ano começou... é hora de correr para a igreja.
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