quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

CORRER PARA A IGREJA

Desde há muito tempo, nossas administrações municipais têm se revelado antítese patética do furor novidadeiro que espalhou obras que ainda hoje embelezam e facilitam a vida do curitibano. A criatividade que nos legou as estações tubo, os parques belíssimos, as vias expressas, minguaram. Os pensadores da cidade transformaram-se em avestruzes, enfiaram suas cabeças terras abaixo e episodicamente pintam de vermelho uma ciclovia, criam uma “zona calma”, soluçam saídas para os problemas da city.

A Arena Magnífica, fruto do poder de realização, da persistência e do arrojo dos atleticanos, é obra única a marcar o presente da capital da terra dos pinheirais, das lavouras de soja, milho, trigo, café e tantas outras.

Mesmo o coxa de maternidade, o paranista de pia batismal, quando recebem amigos de outras querências fazem questão de passar pela Buenos Aires, mostrar o colosso encravado na Água Verde. Dissertam sobre o teto-retrátil, a grama sintética, deixam escapar aos visitantes um orgulho a que têm direito como curitibanos.

Assim, as filas que se alongam para a compra de ingressos para o jogo contra o Criciúma se justificam. O torcedor vai assistir ao Furacão em jogo da Primeira Liga, usufruir do espaço maravilhoso com direito a promoção, preços mais baratos, tudo para que atleticanos de fé, simpatizantes e visitantes possam subir escadarias e, adentrando ao mundo dos sonhos, deliciar-se com o esporte que nos emociona, é religião no coração dos brasileiros. Vamos às filas atleticanos, o carnaval acabou, o ano começou... é hora de correr para a igreja.

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