Com a numeração definitiva
estampada nas costas de seus jogadores, o Atlético corre o risco de jogar sem
um camisa dez neste ano. Explico. Coube a Marcos Guilherme o número dez, o
menino veste a camisa do Pelé, daquele que resolve as partidas, daquele que
bate faltas milimétricas, daquele que pensa o jogo, é a expressão do talento
individual da equipe.
Acontece que Marcos
Guilherme não apareceu nas duas primeiras partidas do ano. Já falei sobre isso.
Obrigado a marcar o lateral, afastado dos espaços ofensivos onde sabe atuar, o
candidato a ídolo desaparece, sua substituição por Sidcley é obrigatória.
Domingo permaneceu em campo os noventa minutos. Caso Anderson Lopes não tivesse
apresentado desconforto, a meu ver, a promessa seria substituída.
Assim correria risco sua
aventura na seleção olímpica, a carreira promissora entraria em descompasso. Marquinhos
é bom jogador, atua bem nas proximidades da área, troca bem passes com o pivô, é
bom finalizador, pode se infiltrar entre os zagueiros para receber assistências
e marcar. É muito. Onde está jogando seu aproveitamento é quase nulo, alguém
poderia dizer que sua atuação é coletivamente importante e nem ele acreditaria
nisso.
A diretoria do Atlético
tem que colocar o chapéu pensador e estudar a questão. Marquinhos tem que
pensar no assunto. Dentro de campo ele pode arriscar mais, aparecer mais, jogar
mais solto, a carreira é dele, cabe a ele mostrar atitude, brilhar como
esperado. Torcemos por ele.
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