O jogo acabou, outro um
a um, com o goleiro Santos como o destaque do jogo. Após quatro jogos, com três
pontos ganhos, fica estabelecido que este é o nível do Atlético, o nível dos
times interioranos, jogos difíceis, vitórias raras. Vamos penar no meio da
tabela. Confesso que esperava mais.
Confesso também que a
escalação não é nem de longe o que eu imaginava. Não entendo o afastamento de
Harrison, parece-me nem no banco estava. A declaração inodora do treinador no
site rubro-negro após o jogo contra o Paraná, já sinalizava sua saída. Disse o
treineiro que tinha colocado o menino para dar umas espetadas e ele atrasou
duas ou três bolas. Jogou o piá às feras. Para bom entendedor meia entrevista,
mesmo que conduzida, basta.
Assim, a quilômetros de
distância, com toda a possibilidade de errar, e errar muito, creio que a vinda
do treinador só veio complicar algo que já se configurava difícil. Penso que o
recém-chegado percebeu a fragilidade do Sub-23, mexeu muito na equipe em
treinamento, empatou a primeira, tremeu e foi para a defesa. Com um ataque que
já demonstrou deficiências nos jogos no Uruguai, enfraquecido pelo privilegiar
da defesa, a vaca foi para o brejo.
Terminado o jogo, a
minha maior surpresa. Os jogadores do Atlético não podem dar entrevista. Aí não
tenho medo de errar. É obviamente um exagero. Jogar o campeonato à brinca para
dar melhores condições de treinamento aos titulares tudo bem, impedir a
entrevista é comprometer o polimento da formação do atleta jovem. Um pecado. Se
só a TV CAP pode entrevistar, oriente-se o repórter de campo para colocar o
microfone próximo à boca do jogador, senão, só se escuta a pergunta. Coisas do
engatinhar.
Exagero maiúsculo é o
senhor Osmar Antônio incitar o repórter a tentar a entrevista com os meninos,
procurando encontrar um que “de saco cheio” dê a entrevista que o irá
prejudicar definitivamente. Tá com ódio, saia no sopapo, antes tire as crianças
da sala. Jornalismo da pior qualidade.
Sábado vou ver o Atlético
jogar pela primeira vez. Vou lá com calma, entendendo que os meninos merecem
todo o meu apoio, todo o carinho da torcida rubro-negra. Se o amigo pensa em ir
ao Janguito para fazer cobrança e julga que essa cobrança deva atingir os
jogadores em campo, fique em casa.
Esse time que está aí
não tem a obrigação de ganhar campeonato. Tem o dever de bem representar a instituição
Atlético Paranaense, jogar com dedicação, fazer o melhor na defesa das cores do
Furacão. O apoio incondicional do amigo pode dar um pouco de calor à garotada,
fazê-los brincar de bola, sentir-se bem de alguma forma, ir ao ataque sem medo,
dar uns dribles, fazer um gol, amontoar-se sobre o artilheiro, quem sabe até
ganhar.
Vamos lá atleticano,
entendendo a filosofia do negócio, ajudando os meninos. Não sei de onde tirei
um otimismo sem qualquer fundamento. Acho que assistirei nossa primeira
vitória. Vamos lá irmão, bote fé, acredite no que eu digo.