sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

FÉRIAS PARA O CORAÇÃO

Apoiei de coração aberto a utilização do sub-23 no Paranaense. Depois, confesso, passei um tempo receoso, meio arrependido de tanto arrojo opinativo. Agora voltei a acreditar. Por que tantas idas e vindas? Explico.

Quando se falou em sub-23, imaginei equipe contando com os bons jogadores jovens que todos já vimos jogar. Harrison era um deles, só para dar um exemplo. Ao consultar a escalação do time que foi jogar no Uruguai, dos que eu esperava ver com a camisa somente Pablo estava em campo. Trinquei os dentes.

Assustava-me o desconhecimento dos jogadores, a ausência de alguns que acreditava ter escalação assegurada. Atirada a palavra nada mais se poderia fazer. Só me restava esperar, afinal, a minha ignorância não implicava na baixa qualidade dos relacionados, eu apenas não os conhecia.

Penso que em iguais condições de treinamento, o Atlético com os seus meninos tem condições de ganhar dos times do interior, e, com um pouco de sorte, chegar à final contra o Coritiba. Frente à maior das peleias é acreditar em todos os anjos e santos, pedir auxílio aos orixás, ir conversar com o pastor, pagar o boleto adiantado e esperar a resposta celestial.

Em começo do ano em que se pagam boletos de todos os tipos sem esperar qualquer retorno, o que custa pagar um boletinho a mais pelo bem do Furacão.

Nos últimos jogos começaram a aparecer os meus titulares. Harrison, Edigar Junio, Taiberson, Zezinho e Héracles vestiram a camisa do tornadinho. Melhor assim, fico mais confiante. Um goleirinho mais taludo, com horas de banco em 2011, aumentaria ainda mais minha crença para o jogo de domingo.

Se pouco conheço o Atlético a jogar, muito menos o Rio Branco, nosso primeiro adversário. A partida será ótimo teste para o Furacão. Joga em casa, o rubro-negro curioso vai comparecer, e vai ajudar. Os meninos estão na vitrine, conhecem o campo, que mais podem querer? Quem neste país do futebol tem chance semelhante?

O torcedor tem que entender que este é projeto em que os meninos estão isentos de qualquer responsabilidade. O Atlético acredita neles, os coloca na arena pelo bem da melhor preparação da equipe principal. Não dá para ir a campo esperando milagres, jogos fáceis, largas vitórias, ter expectativas além da realidade. A promessa é de briga boa.  

Mais uma vez você torcedor terá que ser o camisa 12 imprescindível. É meu querido amigo, sinto lhe dizer, mas você está relacionado, coloque na carteira aquele comprimidinho para por embaixo da língua e vá para o campo, é o tão desejado fim de férias para o coração.

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