Lá pelas folhas doze da minha vida, cuspindo caroços de
ameixa amarela, hoje conhecida como nêspera, ouvi junto com amigos de todas as
camisas transmissão de jogo entre Coritiba e Grêmio em Porto Alegre. Nem sei mais
qual a competição, nem a que a vitória habilitava, sei que a decisão foi para o
cara ou coroa e fiquei cruzando os dedos, o ouvido colado no meu rádio de pilha
Teleunião, quase um tijolo, esperando o resultado. De repente, o clamor da
torcida anunciou a vitória tricolor.
Penso que a praga dos amigos coxas lançada contra o meu
retumbante sorriso rubro-negro pegou forte, não me lembro de vitória do
Atlético em Porto Alegre, os amigos me desculpem, vai ver sou culpado pelo
infortúnio permanente. Vou à pesquisa e descubro que o Atlético ganhou em POA
em 1983, para mim o melhor Atlético de todos os tempos, e 2002, na Copa
Sul-Minas, o mais campeão Atlético de todos os tempos.
A história mostra a dificuldade de ganhar dos gaúchos no
Olímpico. Lá já vi o Atlético perder até de 3 a 0, todos os gols de pênalti. Inacreditável.
Cabe lembrar que o Olímpico de tantas lendas está em ruínas, a arena OAS é
livro em branco para que novas histórias sejam escritas e contadas. Por isso
vamos para o sul com ganas de vitória, sem temores, prontos a escrever capítulo
glorioso na linda casa azul no fim do porto alegre dos casais. Esta história nova, eu estou louco para
contar.
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