O Atlético tem dois jogadores de lado
de campo de características muito diferentes. Pela direita Marcos Guilherme,
jogador de toque, pouca velocidade, alheio ao confronto físico, eficiente dentro
da área, uma promessa a marcar, sua presença contra o Palmeiras obrigou Egídio
a guardar posição os 90 minutos.
Pela esquerda Nikão, forte, o tranco
do lateral bem suportado, o gosto pelo confronto, pelo drible de arranque,
difícil tomar-lhe a bola, com pouco espaço chega à linha de fundo, cruza ou
maltrata o goleiro. Outro a exigir marcação firme, negar ao lateral a
possibilidade do ataque. Taticamente são muito úteis.
Resta saber se a aplicação de
Guilherme pelo lado, sem maior liberdade para se movimentar pelo ataque lhe dá
condições de exercer o melhor do seu futebol. Contra o Avaí, entrando pelo meio
marcou dois gols, ganhou a partida. Contra o Palmeiras, após a entrada de
Walter, alternando posições com o Gordito voltou a produzir ofensivamente,
deixou de ser apenas obstáculo à progressão de Egídio. Problema para seu MM.
Quem tem problema importante pela
frente é o pessoal da preparação física do Furacão. Com Sul-Americana e segundo
turno do Brasileiro correndo paralelos, um troféu internacional e uma vaga para
a Libertadores bastante possíveis, jogos quarta e domingo, quarta e domingo, o
elenco mais do que enxuto, gente saindo toda hora, o pessoal do pique no lugar
vai ter que gastar o miolo para garantir o máximo rendimento dos atletas, evitar
contusões, manter a intensidade meses a fio. Problemas bons, reconhecidos com
antecedência, na boa fase, tempo suficiente para ajustar. Melhor assim. Toda força
à frente Furacão.
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