O Atlético mudou o painel da frente da Baixada.
Ainda não vi ao vivo e a cores, mas tenho certeza que está show de bola. De dar
água na boca ficou o cardápio do setor VIP no domingo, o site oficial fala em
“pães, geleias, queijos, mel, bolos, croissants e sonhos”. Não é para o meu
bico, ralei na fila para comprar pipoca, ruffles e refri. O setor sócio Furacão
é uma pobreza danada, está esquecido, até a menina do picolé desistiu, a velha
Baixada do pão com bife, praliné salgado e doce e paçoquinha dava de sete a um
na arena magnífica. Falta munição para quem carrega o piano.
Com os xodós em casa acordei cedo domingo para
comprar ingressos, levar a tropa ao jogo. Aproveitei e corri até a tal loja que
mudou do espaço sócio Furacão para a Arena atrás de camisas e recuerdos
rubro-negros. A lojinha é deprimente, não fosse pelo atendimento eu dava grau
quatro. E seu Holzmann reclama que a torcida não compra camisa. Como diria o
Joãozinho Trinta, pobre gosta de luxo, o Holzmann ainda não sabe.
Anos atrás, ainda lá no estádio ecológico, vi
Hernani estrear no sub-23. Lá pelos minutos trinta do segundo tempo, entrou
pela direita e deu passe para gol. Pensei, “esse guri joga”. Depois disso vi
Hernani fazer péssimas partidas, perdido em campo, longe da marcação, errando
passes a torto e a direito. Perdi a fé. De um momento para outro Hernani
acordou, chegou na marcação, passou a acertar passes, finalizar de fora, fazer
gol. Ainda precisa aprender a colocar efeito na bola em faltas diretas. Vai
aprender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário