Após o jogo contra o São Paulo disse o zagueiro Gustavo:
“Aqui somos uma família”. A frase me dá calafrios, faz-me lembrar o 7 a 1 que a
família Scolari tomou da Alemanha. Família pode significar bom ambiente, todos
envolvidos com os objetivos, prontos a fazer sacrifícios pelo bem comum. Nesse
caso ótimo.
Também pode significar esconder erros, passar a mão na
cabeça, manter no time o menos qualificado para não causar estremecimentos. Se
a família existisse na Copa de 58 seu Zito e seu Didi não se reuniriam com o
comandante Feola e pediriam pela entrada do menino Pelé no lugar do Mazola.
Ganharíamos sem Pelé?
A família deve ter lideranças honestas que possam conversar
com o treinador quando o prejuízo é claro, sem que os membros da família se
sintam traídos e fiquem de beicinhos pelos cantos. É óbvio que o Atlético
precisa de reforços, seu Walter perdeu a paciência de tanto correr em vão, deu
um peteleco no adversário e foi expulso.
É óbvio que alguns jogadores estão mal. Hernani é um deles,
erra dois em cada três passes, é um asteroide em campo, só desarma quando por
acidente tromba com alguém. Eduardo funciona no ataque, na defesa é um buraco,
a cobertura imprescindível inexiste. Fiquemos por aqui. O Atlético precisa
jogadores, foi dominado pelo Cruzeiro, pelo Grêmio, pela Ponte Preta. Dos
últimos 15 pontos disputados ganhou 4. Está na hora de sentar e conversar.
Virar família de verdade.
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