segunda-feira, 6 de julho de 2015

FAMÍLIA DE VERDADE

Após o jogo contra o São Paulo disse o zagueiro Gustavo: “Aqui somos uma família”. A frase me dá calafrios, faz-me lembrar o 7 a 1 que a família Scolari tomou da Alemanha. Família pode significar bom ambiente, todos envolvidos com os objetivos, prontos a fazer sacrifícios pelo bem comum. Nesse caso ótimo.

Também pode significar esconder erros, passar a mão na cabeça, manter no time o menos qualificado para não causar estremecimentos. Se a família existisse na Copa de 58 seu Zito e seu Didi não se reuniriam com o comandante Feola e pediriam pela entrada do menino Pelé no lugar do Mazola. Ganharíamos sem Pelé?

A família deve ter lideranças honestas que possam conversar com o treinador quando o prejuízo é claro, sem que os membros da família se sintam traídos e fiquem de beicinhos pelos cantos. É óbvio que o Atlético precisa de reforços, seu Walter perdeu a paciência de tanto correr em vão, deu um peteleco no adversário e foi expulso.

É óbvio que alguns jogadores estão mal. Hernani é um deles, erra dois em cada três passes, é um asteroide em campo, só desarma quando por acidente tromba com alguém. Eduardo funciona no ataque, na defesa é um buraco, a cobertura imprescindível inexiste. Fiquemos por aqui. O Atlético precisa jogadores, foi dominado pelo Cruzeiro, pelo Grêmio, pela Ponte Preta. Dos últimos 15 pontos disputados ganhou 4. Está na hora de sentar e conversar. Virar família de verdade.

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