Fui para o jogo após ver o Real Madrid perder para o Atlético de
Bilbao. Cristiano Ronaldo, Benzema e Bale não conseguiram marcar, um a zero
para o pequeno Bilbao. É o futebol. A camisa, os milhões gastos em contratações
não bastam, a vitória às vezes dá de ombros para tudo isso. Entrei na Arena com
certeza da dificuldade, coração preparado para tudo.
Ainda bem. Assisti à pelada com os olhos da realidade, sem
destemperos, minto, uma ou duas vezes me desesperei com o futebol burocrático
de Paulinho Dias e dei lá meus gritos, no início do segundo tempo, fiquei
segundos com a respiração suspensa quando o moleque do ecoestádio esteve a
ponto de marcar. Foi só.
O Atlético pouco incomodou, duas boas incursões ofensivas de
Deivid assustaram o Jotinha, Daniel Borges acertou a trave, Cléo perdeu um
livre, só tivemos uma falta a favor no final do segundo tempo. Nikão se arrumou
para bater, amigos... nem nos meus piores dias de amador.
Esperei pela entrada de Nathan e Claudinei o colocou pelo lado do
campo. Aí não dá. O departamento de futebol rubro-negro, acometido por terrível
catarata, entre a névoa que lhe perturba a vista deve ter percebido que há 180
minutos o Furacão não incomoda o goleiro adversário. É um time de coelhos que
corre corre e não chega a lugar nenhum. Nem eu que resmungo desde a primeira pelada
na Europa, que procuro ter os pés no chão, pensei que estivesse assim tão ruim.
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