Se o futebol é o esporte dos sobressaltos o do Atlético é montanha
russa inexplicável. Você leva um time para jogar no exterior, deixa outro
jogando o estadual, o pessoal volta do tour europeu cheio de marra, resolve
fazer uma ponta no caseiro, perde uma, cai do salto, perde duas, três, o
treinador naufraga, chega outro, o time arruinado volta a campo e ganha de sete
a zero.
Não há mágica nenhuma. O time que goleou é basicamente o mesmo que
acumulava derrotas. Nem o esquema mudou. Uma maior presença defensiva de
Deivid, a entrada de Lula na defesa e ficamos por aí. O amigo vai dizer que o
Nacional é ruim que dói e estará certo, mas até onde eu me lembro até agora não
tinha sofrido massacre igual.
O que importa? A troca do treinador estancou a hemorragia. O que
mais importa? Ter a consciência que a vitória pouco muda a necessidade
imperiosa de contratações. Se a vitória trouxer de volta a noção de que temos grande
elenco, o erro estava unicamente no comando, de nada serviu, pior,
continuaremos iludidos, no descaminho.
De tudo que vi, gostei da novidade Eduardo, da tenacidade de
Deivid, da dupla defesa de Weverton no segundo tempo. O rendimento coletivo
avançou, mais próximos os jogadores conseguiram trocar passes, o gol de
Natanael é bom exemplo. Foi ótimo. Em um
jogo fizemos mais gols do que nos nove jogos anteriores. Foi recomeço de sonho.
Porém, sete a zero não transforma ninguém em craque. Tem que contratar.
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