Com chances remotas de
passar de fase, o Atlético vai à Vila Capanema tentar o que até hoje não
conseguiu, fazer uma boa partida, ganhar com folga de um Paraná motivado, rodadas
e rodadas sem perder, louco para alcançar a semifinal do paranaense, alegrar
sua torcida cansada de dificuldades.
O seu Pet treinou os
meninos por toda a semana, orientou, estimulou, deu a eles a esperança na
vitória salvadora, convenceu-os da capacidade de conseguir o sucesso, dar a
volta por cima. O nome do jogo é futebol, tudo é possível.
Pet pode ajudar muito
mais. Escalar um time equilibrado e tirar a pressão da piazada, deixar as promessas
ao sabor do vento, animá-las coletivamente, dar chance para que a
individualidade brote e dê seus frutos benfazejos, em casos extremos o brilho
individual pode por si só corrigir mazelas e rumos.
Dizem que contra a
parede, frente ao fim do mundo, os homens se superam, conseguem realizar proezas
dignas de um Duro de Matar 7. É outra possibilidade, ir à batalha com todas as
forças, longe dos tambores e das fanfarras defender com raça e atacar com a fúria
dos desesperados.
Impossível esquecer que
o Atlético tem uma camisa a honrar, não importa a idade ou capacidade técnica
dos jogadores em campo, a inexperiência do treinador. Enfim, a camisa a honrar
proíbe a diversão e impele para o jogo da morte.
O Ventania tem que enfrentar
a Gralha presunçosa e suar sangue, os onze em campo tem que esquecer o sub-23,
os adjetivos que lhes perdoam erros infantis e jogar como grandes, ganhando ou
perdendo, misturando raça e criatividade, jogar bem, no mínimo, dar um susto na
Gralha.
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