Jogo duríssimo, falha
tremenda da defesa e aos 13 o Maringá faz um a zero. O que nossa defesa já
falhou nesse Paranaense dá para entupir coração de maratonista. Falha um, gol
do Maringá, falha o segundo, cai um fulminado na arquibancada. Aos 24 e aos 26
a Zebra só não aumentou por falta de sorte.
Quando nossa zaga parou
de fazer caca, fomos ao ataque, mas só a partir dos 40 conseguimos incomodar,
com duas boas chegadas de Jean Felipe pela direita. O time foi para o vestiário
e eu para o oratório. Outro dia, sem conhecer santo sérvio, chamei Santo
Estanislau. Deu certo. Leitor no Egito me alertou que o padroeiro da Sérvia é
São Sava. Então, chamei São Sava, vai ver ele nos salva.
O Ventania sopra no
ataque, entra pelos lados, tenta demais o pivô com Crislan, Hernani sai
contundido, entra Harrison, aos 20, o time começa a errar passes, sintoma
clássico de que a vaca se encaminha para o brejo. Para complicar, o Maringá
contra-ataca com perigo, Rodolfo tem trabalho. Vamos São Sava!
Aos mesmos 20, sai
Juninho, entra Guilherme. Volante por atacante é tudo ou nada. Quem enxergou
alguma organização no Ventania dos últimos 25 minutos ganha vaga de julgador da
Liga Independente das Escolas de Samba do RJ, vai julgar o quesito harmonia em
2015. Foi um São Sava nos acuda.
No horror, quem se dá
bem é quem está ali na área a passeio, o coração batendo a 72 quando todo mundo
está a 150. E quem é o sangue frio do Ventania? O menino Nathan. O piá já tinha
obrigado Ednaldo a grande defesa no 1º minuto de jogo, aos 8 cruzou bola que
Crislan dormiu no ponto e perdeu. O dia era do guri.
Trinta e um minutos,
Sidcley entra pelo meio, toca a Marquinhos, daí a Guilherme, excepcional passe
por cobertura para Nathan, o piá entra solando e empata. Ufa! Aos 46, São Sava
gritando pela boca de Petkovic, Nathan recebe na ponta esquerda, cruza alta, a
bola passa por todo mundo e cai no pé certeiro de Harrison. Bola na rede. Fim
de pelada.
São Sava olha para mim
com o coração aos pulos e pergunta: “Foi você que me chamou aqui?”. Balanço a
cabeça afirmativamente. Ofegante, o santo dá adeus e sai praguejando: “Aqui
nunca mais. Dá outra vez chama o Estanislau”.
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