terça-feira, 30 de abril de 2013

JOGOS DE ARREPIAR

No dia 12 de dezembro passado, escrevi em ECOS DA UTI: “A boa notícia é a pré-temporada do Sub-23. Colocar os ‘aspirantes’ para jogar o estadual, dando tempo para que os titulares se preparem com tranquilidade para as competições nacionais é ótima ideia. Vai dar certo. Os times do interior são muito fracos, com boa preparação é dever ganhar de todos, passar por cima. O Paraná... pode fazer uma traquinagem. O resultado final depende, como sempre, do jogo com o Coritiba. Aí é jogar a moeda para cima”.

O Paraná não fez traquinagem nenhuma, fizemos um grande segundo turno, jogamos a moeda para o alto no Atletiba, ganhamos com méritos, resultado, somos campeões, estamos na final.

Tinha tanta confiança na campanha do Sub-23 que o péssimo começo de campeonato me deixou apreensivo. Não podia estar tão errado. Ser campeão do turno, o “passar por cima” podia ser um exagero, mas beirar a queda para a segunda divisão impossível. A chegada à final provou minha sanidade.

Agora são dois Atletibas, o coxa com todas as vantagens.

Atlético e Coritiba se conhecem perfeitamente. O coxa está com a guarda alta, ainda magoado com o 3 a 1, o baile na Boqueixada deixou sequelas graves. O Sr. Rafinha e sua boca grande revoltada fala da revanche para qualquer microfone. Alex aceitou ser poupado contra o Sousa da Paraíba, muito diferente de Seedorf que faz questão de jogar pelo Botafogo contra o CRB nas vésperas da decisão da Taça Rio. Cada um conhece suas fragilidades, joga com elas.

O Furacão foi do céu ao inferno em sete dias, saiu de Ponta Grossa com a taça na mão e o as chuteiras pegando fogo. O jogo contra o Operário lembra derrota sofrida pelo Corinthians às vésperas da viagem ao Japão, 3 a 1 para o segundo time do São Paulo.

O timão arrogante, com banca de campeão do segundo turno do Brasileiro, colocou as barbas de molho, o elenco encarou a simples realidade do futebol, se achou a última bolacha do pacote, rebolou, foi tirado para dançar. Resultado: viajou desacreditado, voltou campeão do mundo. Sabendo-se tirar lições do desastre, só ajuda.

É neste ponto que me apego para nivelar as forças na final. O Atlético tem melhor comando, a semana pós-derrota será duríssima, os meninos têm fé no treinador, já passaram o diabo juntos, vão cumprir suas ordens ao pé da letra, com o acréscimo da torcida insuperável, a resultante é Furacão avassalador.

Quem imagina que a final será um passeio coxa pode estar muito enganado. O amigo rubro-negro tenha fé. Salvo desequilíbrios cruciais, determinantes, acredito em dois jogos de arrepiar.

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