Preferi não acreditar, embora
tenha passado um aperto tremendo em 1972, única vez em que peguei ônibus de
torcida para assistir jogo fora de Curitiba. Foi um Atlético e Pontagrossense
em que o time da casa não tinha o menor interesse, mas entrou para detonar e
detonou mesmo. A vítima foi a perna de Ademir Rodrigues, fratura múltipla e fim
de carreira do jogador.
Por efeito da raça e do milagre o
Furacão ganhou, 2 a 1, por milagre não fui atingido pelas dezenas de pedras que
destruíram os vidros e a lataria do ônibus. Os deuses nos beneficiaram.
Favorecido pelo péssimo final de
campeonato do Jotinha, o Operário se viu em condições de conseguir vaga na
Série D do Brasileiro. Está focado no jogo, terá que vencer e sonhar com o
tropeço do moleque contra o Toledo em Curitiba. Já poderia ter conseguido a
vaga, não fosse o péssimo rendimento sob o comando de Lio Evaristo, o técnico
de todas as camisas, e os resultados negativos obtidos principalmente em seu
próprio estádio.
O Atlético não tem nada a ver com
isso, vai a Ponta Grossa para jogar bola, ganhar, tornar-se campeão do segundo
turno, obter a vaga para a final. O time ganhou intensidade no jogo, criou uma
dinâmica de marcação e precisão ofensiva na hora certa. Para quem como eu era
temeroso da constante oscilação durante as partidas, o que se viu foi um time
constante os noventa minutos, um sufocar sem direito a respiros.
A torcida se preocupa com as
ausências de Crislan e Zezinho. Eu não... quero dizer, nem tanto. Douglas
Coutinho volta, o outro a entrar nem me atrevo a tentar adivinhar. Depois que
Guilherme, que eu nem sabia que existia, apareceu no final do clássico no lugar
de Edigar Junio, tudo pode acontecer, e, como virou rotina, tem grande chance
de dar certo.
Alex e Willian desfalcam o coxa
contra o Londrina. O Tubarão é melhor que o coxa completo, se for para cima,
imitar o Rubro-Negro, tem boas chances de ganhar.
O Atlético tem que estar
preparado emocionalmente para vencer o jogo muito difícil. O retrospecto
negativo do Fantasma em casa mostra que tendo que atacar mais leva sustos do
que mete medo. O jeito é repetir o clássico, acionar de novo o gatilho que
matou os coxas.
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