sexta-feira, 26 de abril de 2013

O GATILHO QUE MATOU OS COXAS

Quando se discutia o local do Atletiba, li declaração assinalada como do presidente do Operário de que os torcedores do Fantasma teriam diferenças com a torcida do Atlético, o que poderia trazer problemas para a realização do clássico em Ponta Grossa. Fiquei imaginando as causas dessas diferenças, em que momento histórico o Furacão teria causado mal tão significativo ao time da Princesa dos Campos para gerar essa mágoa eterna.

Preferi não acreditar, embora tenha passado um aperto tremendo em 1972, única vez em que peguei ônibus de torcida para assistir jogo fora de Curitiba. Foi um Atlético e Pontagrossense em que o time da casa não tinha o menor interesse, mas entrou para detonar e detonou mesmo. A vítima foi a perna de Ademir Rodrigues, fratura múltipla e fim de carreira do jogador.

Por efeito da raça e do milagre o Furacão ganhou, 2 a 1, por milagre não fui atingido pelas dezenas de pedras que destruíram os vidros e a lataria do ônibus. Os deuses nos beneficiaram.

Favorecido pelo péssimo final de campeonato do Jotinha, o Operário se viu em condições de conseguir vaga na Série D do Brasileiro. Está focado no jogo, terá que vencer e sonhar com o tropeço do moleque contra o Toledo em Curitiba. Já poderia ter conseguido a vaga, não fosse o péssimo rendimento sob o comando de Lio Evaristo, o técnico de todas as camisas, e os resultados negativos obtidos principalmente em seu próprio estádio.

O Atlético não tem nada a ver com isso, vai a Ponta Grossa para jogar bola, ganhar, tornar-se campeão do segundo turno, obter a vaga para a final. O time ganhou intensidade no jogo, criou uma dinâmica de marcação e precisão ofensiva na hora certa. Para quem como eu era temeroso da constante oscilação durante as partidas, o que se viu foi um time constante os noventa minutos, um sufocar sem direito a respiros.

A torcida se preocupa com as ausências de Crislan e Zezinho. Eu não... quero dizer, nem tanto. Douglas Coutinho volta, o outro a entrar nem me atrevo a tentar adivinhar. Depois que Guilherme, que eu nem sabia que existia, apareceu no final do clássico no lugar de Edigar Junio, tudo pode acontecer, e, como virou rotina, tem grande chance de dar certo.

Alex e Willian desfalcam o coxa contra o Londrina. O Tubarão é melhor que o coxa completo, se for para cima, imitar o Rubro-Negro, tem boas chances de ganhar.

O Atlético tem que estar preparado emocionalmente para vencer o jogo muito difícil. O retrospecto negativo do Fantasma em casa mostra que tendo que atacar mais leva sustos do que mete medo. O jeito é repetir o clássico, acionar de novo o gatilho que matou os coxas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário